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RADAR promove ação de rua nas freguesias de São Vicente e Lumiar

O projeto RADAR realizou na terça-feira (20) na freguesia de São Vicente, em Lisboa, uma ação de rua com o apoio da PSP, que contou com a presença de Ângela Guerra, administradora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa com o pelouro da Unidade de Missão “Programa Lisboa, Cidade Com Vida Para Todas as Idades”, e de Mário Rui André, coordenador desta Unidade, que acompanharam a equipa da SCML no seu trabalho porta-a-porta junto dos residentes deste bairro, para averiguar das suas necessidades diárias e condições sociais e de saúde.

Este tipo de ações, que chegam todas as semanas até aos maiores de 65 anos da cidade de Lisboa, têm como objetivo dar a conhecer o projeto às pessoas mais idosas destas freguesias (bem como os meios à sua disposição), e chamar à atenção da comunidade local para a problemática do isolamento desta camada da população, sensibilizando os moradores a estarem atentos à dinâmica diária das pessoas com mais idade que conhecem ou vivem perto de si e, caso detetem alguma alteração no seu dia-a-dia, comportamento, aparência ou a sua ausência, entrem em contacto com os Radares Comunitários já identificados (voluntários, vizinhos e comércio local).

Depois de São Vicente seguiu-se a visita à freguesia do Lumiar, mais concretamente à zona da Universidade da Terceira Idade do Lumiar (UTIL), onde se encontrava uma Unidade Móvel do RADAR que, em parceria colaborativa com a farmácia Holon, estava a realizar rastreios de saúde à população idosa.

O projeto RADAR é uma das dimensões da operacionalização do “Programa Lisboa, Cidade Com Vida Para Todas as Idades”, baseado num conceito pioneiro em Portugal, que tem como prioridade a promoção de bairros mais solidários, comunicativos e atentos à população 65+ em situação de risco de isolamento e de solidão não desejada.

Identificando a população da cidade de Lisboa com mais de 65 anos, este projeto conta com diversos parceiros institucionais e estende-se por centenas de radares comunitários, seja através do comércio local (farmácias, cafés, papelarias, etc), seja através da própria comunidade, que atua de forma integrada para contribuir para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida da população sénior.

O que esperar do Projeto RADAR cinco anos após o seu início?

O RADAR, inserido numa das ações assumidas pela Santa Casa no âmbito do Programa “Lisboa Cidade de Todas as Idades”, nasceu no dia 1 de janeiro de 2019 enquanto instrumento para conhecer melhor a realidade das pessoas em situação de solidão e isolamento social do concelho de Lisboa. Desde então, alcançou cerca de 37 000 pessoas 65+.

Este trabalho exaustivo e resiliente só foi possível graças à parceria colaborativa que envolve  as entidades organizacionais com responsabilidade na área da longevidade e envelhecimento na cidade – Santa Casa, Município, Administração Regional de Saúde, Instituto de Segurança Social, GEBALIS, Polícia de Segurança Pública, as 24 juntas de freguesia e a Rede Social de Lisboa –, assim como mais de 4500 estabelecimentos comerciais, designados de Radares Comunitários, e que se constituem como os “olhos e os ouvidos da cidade” sobre esta realidade social.

Aqui chegado, o Projeto RADAR quer iniciar uma ponderação construtiva conjunta sobre o que já foi alcançado e o que será necessário para a sua consolidação enquanto instrumento de sinalização, recolha de informação e partilha de recursos. Para tal, irão decorrer as 1. as Jornadas envolvendo todas as partes interessadas – organizações parceiras, Radares Comunitários, cidadãos, voluntários e especialistas/académicos – no sentido de partilhar experiências, refletir sobre as práticas e reforçar as relações entre todos os envolvidos neste desígnio.

Este primeiro encontro terá lugar no Auditório 1 da Universidade Lusíada, em Lisboa, e abrange as freguesias de Belém, Ajuda, Alcântara e Campo de Ourique, territórios de influência do Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Ocidental.

Pode consultar o programa completo aqui.

“Momentos do Cuidador” ofereceu mimos e informação no Beato

Cuidar de quem cuida. Foi em torno desta premissa que a Associação de Moradores Viver Melhor no Beato acolheu, na passada sexta-feira, 17 de março, a iniciativa “Momentos do Cuidador”.

O objetivo foi promover ações de sensibilização junto de quem tem pessoas a seu cargo de forma a melhorar a vida quer de cuidadores, quer das pessoas por eles cuidadas. Amandine Bouillet, coordenadora da Associação de Moradores, apresentou o projeto.

“Há muito tempo que se fala dos cuidadores em si, mas quem são os cuidadores? Criámos então este primeiro encontro com uma dinâmica para chamar os cuidadores e podermos depois fazer projetos com estas pessoas: um cafezinho dos cuidadores de forma mais regular, outro tipo de eventos, e até o apoio em casa, porque estão aqui muitos mediadores que podem fazê-lo para que as pessoas se sintam menos isoladas”, referiu.

Ainda segundo aquela responsável, o mais importante é que os cuidadores se valorizem.

“As próprias pessoas normalizam o que fazem, mas têm um grande peso psicológico e físico e muitas vezes nem se apercebem”, alertou.

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Junta de Freguesia do Beato, Médicos do Mundo, Fundação Aga Khan Portugal, Gebalis, Associação de Moradores Viver Melhor no Beato e Exército de Salvação foram as entidades presentes no evento. Representantes de cada uma destas instituições estiveram à conversa com os cuidadores, numa tarde animada que incluiu um lanche, por entre tertúlias com elementos do Núcleo de Gestão e Produtos de Apoio e do Grupo de Autoajuda do Centro de Educação, Formação e Certificação da Santa Casa.

Os cuidadores tiveram ainda direito a pequenos mimos, como massagens de relaxamento.

Projeto-piloto

A iniciativa “Momentos do Cuidador” poderá agora ser replicada noutras freguesias do concelho de Lisboa. Teresa Gonçalves, do projeto RADAR, explicou que a intenção foi alargar este evento-piloto “a toda a comunidade, porque, de hoje para amanhã, todos podemos ser cuidadores”.

Além disso, realçou o papel da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que ali marcou presença de forma informativa.

“Enquanto Santa Casa mostramos que existem ajudas técnicas que podem facilitar os cuidados no dia a dia. Por exemplo, há muitas pessoas que não sabem que existe um lava-cabeças para dar banho à pessoa na cama. Temos aqui uma colega a demonstrar o que existe e como é que as pessoas podem aceder”, acrescentou.

Refira-se, por fim, que no exterior das instalações esteve uma unidade móvel dinamizada pela Associação Diabéticos de Portugal que realizou rastreios aos interessados.

Programa Lisboa Cidade de Todas as Idades: agora ainda mais perto da população sénior

Continuando o seu objetivo de apoiar, ajudar e identificar a população mais velha de Lisboa, o programa Lisboa Cidade de Todas as Idades, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, conta agora com mais um “aliado” nesta missão.

A mais recente unidade móvel utilizada pelas equipas do projeto RADAR pretende ser um equipamento de proximidade e de apoio aos parceiros e radares comunitários que compõem o projeto. Se por um lado permite uma maior rapidez e comodidade na atuação diária destas equipas junto dos idosos das várias freguesias de Lisboa, por outro lado facilita o desenvolvimento de um trabalho integrado e em rede.

Mário Rui André, coordenador da Unidade de Missão Santa Casa, considera que, para o RADAR, “será um importante meio de promoção da relação entre os mediadores de proximidade e os radares comunitários, pois serão estes que acabarão por ser envolvidos nas atividades de prevenção e promoção da saúde que venham a realizar-se na unidade móvel”. Frisa ainda que este equipamento “facilitará o trabalho de rua que está a ser desenvolvido pelos mediadores de proximidade no sentido em que para além de promover a aproximação aos radares comunitários, também facilitará a sua aproximação às pessoas 65+, informando-as e sensibilizando-as sobre a importância de aderirem ao projeto”.

Sendo uma resposta itinerante, a unidade móvel do programa Lisboa Cidade de Todas as Idades é, simultaneamente, um espaço de proximidade com a população de Lisboa e um meio de promoção de maior interação entre os vários parceiros do programa e as comunidades locais. Com este novo veículo de difusão da missão do programa, as equipas do RADAR preveem realizar várias iniciativas conjuntas que podem ir desde ações de rua até à presença em eventos, feiras sociais ou de saúde, ou noutros contextos enquadrados no âmbito do programa.

Unidade Móvel RADAR

Para o coordenador da Unidade de Missão é importante reconhecer que esta nova valência “não é um fim em si, mas um meio facilitador da atividade dos mediadores de proximidade junto dos radares comunitários e da população”, salvaguardando que “as ações de prevenção e promoção da saúde a desenvolver na unidade móvel são muito abrangentes, dependendo do radar comunitário que for envolvido”.

Exemplo disso são as ações de sensibilização e rastreios de saúde que decorreram nos dias 4 e 6 de outubro, na freguesia das Avenidas Novas, e no dia 18 de outubro, na Junta de Freguesia de Carnide, onde a unidade móvel foi palco de rastreios cardiovasculares gratuitos à população sénior de Avenidas Novas e rastreios à diabetes tipo 2, no caso da população da freguesia de Carnide. A primeira ação foi promovida em conjunto com o radar comunitário do mês de outubro, a Farmácia Prates e Mota. A segunda foi dinamizada em parceria com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.

Até final do mês de outubro, a unidade móvel do programa Lisboa Cidade de Todas as Idades vai estar no dia 19, no Inatel, na freguesia de Alvalade, para promover uma caminhada inserida, ainda, nas celebrações do mês do idoso. Já na sexta-feira, dia 21, vai estar estacionada na rua do Alvito, na freguesia de Alcântara, com a finalidade de realizar rastreios da tensão arterial, glicemia e colesterol, juntamente com a Farmácia Calvário, radar comunitário.

Tertúlia Café RADAR. O lugar onde a população sénior pode conviver e partilhar experiências

Catarina Fernandes e Inês Gonçalves, mediadoras do Projeto RADAR, vão preparando o cenário de mais uma edição da Tertúlia Café RADAR, uma iniciativa que tem como objetivo convidar a população sénior a sair de casa. A sessão de julho decorreu na Associação de Amigos e Idosos (AAI), na freguesia do Parque das Nações. A AAI é um Radar Comunitário fundamental, já que é um ponto de encontro para os fregueses do bairro.

O facto de esta dinâmica ocorrer num estabelecimento que se constitui como Radar Comunitário significa uma mais-valia, já que estreita relações e promove bairros mais solidários, comunicativos e atentos à população +65 em situação de risco de isolamento e de solidão não desejada.

Henrique foi o primeiro a chegar. Enquanto a sessão não começa, vai contando histórias do alto dos seus 87 anos. Ao longe vê Helena, a vizinha com quem “já não falava há muito tempo”. A Tertúlia Café RADAR também é isso: um lugar de reencontros. Pela tarde fora, Helena e Henrique vão recuperando memórias da juventude e enaltecendo a pertinência da desta iniciativa para “aproximar os vizinhos”. Hoje, o tema da Tertúlia Café RADAR é mesmo esse: as relações de vizinhança.

Em cada Tertúlia Café RADAR o objetivo passa por colocar os seniores a discutirem temas que sejam do interesse dos fregueses. Na primeira sessão, que decorreu em maio, na Pastelaria Zurique, na freguesia do Areeiro, durante quase duas horas as mediadoras do Projeto RADAR e os seniores convidados contaram histórias que aludiam ao tema “Onde é que estava no 25 de abril?”. Ao longo da conversa surgiram debates sobre várias temáticas como os valores da liberdade e humanidade, o impacto da descolonização no país e o regresso dos retornados, e o direito ao voto universal para as mulheres conseguido nas primeiras eleições pós-25 de abril.

A Tertúlia Café RADAR é uma iniciativa organizada em parceria com as juntas de freguesia, parceiro fundamental de atuação na cidade de Lisboa. A próxima tertúlia está agendada para o início de setembro, na freguesia de Benfica.

Idosos conversam com equipa do Projeto RADAR

Santa Casa e PSP reforçam parceria no âmbito do projeto Radar

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Polícia de Segurança Pública assinaram, esta segunda-feira, 13 de dezembro, um protocolo que reforça o compromisso das duas instituições no apoio, identificação e acompanhamento da população com mais de 65 anos, na cidade de Lisboa. Durante a cerimónia, foram ainda entregues aos agentes daquela força de segurança que integram o Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP), 42 tablets que irão permitir uma maior eficiência no trabalho desenvolvido.

O protocolo, assinado pelo administrador da ação social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra e pelo comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Paulo Pereira, visa melhorar a dinâmica, abrangência e sustentabilidade do projeto, reforçando a colaboração entre as instituições, com a finalidade de potenciar um maior envolvimento dos agentes MIPP na apropriação e utilização da plataforma Radar.

Para Sérgio Cintra, esta parceria com a PSP é “essencial para o sucesso do Radar”, reconhecendo que “as pessoas que necessitam de apoio sentem-se mais confortáveis quando é dado pelos ‘anjos’ vestidos de azul”. O administrador apontou ainda que os tempos complexos que a sociedade atravessa, devido à pandemia de Covid-19, “colocaram várias fragilidades a esta população, que anteriormente não se colocavam, com destaque para as questões da saúde mental”.

Sérgio Cintra defendeu também que o projeto só alcança o seu verdadeiro potencial “porque é trabalhado numa ótica de partilha de experiências e saberes, entre as várias instituições que integram o Radar”, frisando que a instituição que representa “tudo fará para apoiar e disponibilizar todos os meios que consiga para o sucesso”.

No final da sua intervenção, o administrador reforçou que “em breve voltaremos a ultrapassar os 30.000 idosos identificados e inseridos na plataforma”, concluindo que “no rescaldo da pandemia terá de ser feito um diagnóstico social atualizado às circunstâncias de cada um dos territórios da cidade”.

“É com grande satisfação que recebemos mais uma ferramenta importantíssima para prosseguirmos um projeto extremamente relevante na cidade de Lisboa”, afirmou o superintendente Paulo Pereira, durante a cerimónia, admitindo que a PSP “pode e deve ser um parceiro estratégico para o Radar”, relembrando algum dos programas que a PSP já tem para apoiar esta população, como é o caso do “Apoio 65 – Idosos em Segurança”.

Para Paulo Pereira, a intervenção da PSP neste processo é complementar a “todo o trabalho desenvolvido por todos os parceiros”, reforçando que “as ações de todos devem ter, como fim único, uma melhoria considerável nas condições de vida desta população”.

O Radar é um projeto pioneiro em Lisboa, liderado pela Santa Casa, que tem como objetivo identificar a população com mais de 65 anos, em situação de isolamento na cidade. Conta com o apoio da PSP, da Câmara Municipal de Lisboa e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, entre outros, e está integrado no programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”.

Projeto Radar recebe menção honrosa no Prémio Nacional de Sustentabilidade

O Projeto Radar, um plano de intervenção comunitária e de desenvolvimento local, que tem como principal objetivo identificar as necessidades, expetativas e oportunidades da população 65+ da cidade de Lisboa, recebeu uma menção honrosa na 1ª edição do Prémio Nacional de Sustentabilidade, na categoria “Bem-estar e Cidades Sustentáveis”. A distinção do Radar acontece devido ao importante papel deste projeto da Misericórdia de Lisboa na promoção do bem-estar da comunidade, tendo em conta o impacto positivo das metodologias utilizadas. A cerimónia de entrega dos prémios promovidos pelo Jornal de Negócios decorreu esta quinta-feira, numa sessão online.

Sérgio Cintra, administrador da Misericórdia de Lisboa, agradeceu o prémio atribuído pelo Jornal de Negócios e lembrou o contributo importante de todos aqueles que fazem parte do Radar. “Este projeto, acima de tudo, tenta corporizar as mudanças da sociedade moderna. Tentamos, através da rede social de Lisboa, fazer a evidência do mais importante: a base comunitária. O Projeto Radar tem muitos rostos, que são todos aqueles que são nossos agentes comunitários”.

O Projeto Radar foi criado em 2019 no âmbito do “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, programa que resulta de um protocolo de cooperação entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, a Administração Regional de Saúde Lisboa e Vale do Tejo, a Polícia de Segurança Pública, o Instituto da Segurança Social, a Gebalis e as 24 juntas de freguesia da cidade de Lisboa. O objetivo do Radar passa por proceder ao levantamento e reconhecimento da população 65+ em situação de isolamento, identificando as suas necessidades, expetativas e oportunidades, de modo a melhorar os serviços sociais prestados a esta faixa populacional, através do desenvolvimento de mecanismos integrados e de parcerias sustentadas.

O júri da 1ª edição do Prémio Nacional de Sustentabilidade, na categoria “Bem-Estar e Cidades Sustentáveis”, foi constituído por Miguel Castro Neto (subdiretor da NOVA Information Management School), José Manuel Pedreirinho (ex-presidente da Ordem dos Arquitetos), Luísa Schmidt (socióloga e investigadora principal do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), Miguel Eiras Antunes (líder mundial da prática de Smart City, Smart Nation e Local Government da Deloitte) e Paula Teles (CEO da Mobilidade.pt).

O Prémio Nacional de Sustentabilidade está inserido na iniciativa “Negócios Sustentabilidade 20/30”, promovida pelo Jornal de Negócios e pelo Grupo Cofina. A atribuição destes prémios é uma forma de reconhecer, inspirar, promover e divulgar o trabalho de empresas e organizações, de norte a sul do país, que se distingam em áreas relacionadas com a sustentabilidade.

Santa Casa e Gebalis juntos no combate ao isolamento social

O Centro Cívico Edmundo Pedro, na Junta de Freguesia de Alvalade, foi o palco escolhido, na passada sexta-feira, 18 de setembro, para a assinatura da carta de compromisso entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Gebalis, para a implementação do projeto RADAR no âmbito do programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”.

Na cerimónia estiveram presentes o administrador da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, a vogal do conselho de administração da Gebalis, Maria Helena Correia, o presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, José António Borges e os vereadores dos Direitos Sociais e da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Grilo e Paula Marques, respetivamente.

Sérgio Cintra começou por dizer que esta união entre a instituição e a Gebalis, no âmbito do RADAR, “apenas peca por tardia”. “Por ter uma lógica de proximidade com os moradores dos bairros que gere, [a Gebalis] tem a possibilidade de conhecer alguns territórios da cidade de Lisboa como ninguém”, frisou o administrador, acrescentando que “o RADAR só faz sentido numa lógica de partilha e cogovernação, entre as várias instituições que operam na cidade”.

Já a vogal da Gebalis, Maria Helena Correia, sublinhou que os desafios da longevidade alteraram radicalmente a forma como as sociedades se organizam, resultando, na grande maioria dos casos, no isolamento social dos idosos. Por esta razão, destacou que “são fundamentais, iniciativas como estas, para atenuar o isolamento social dos mais velhos e criar mecanismos de ajuda a quem mais necessita”.

Para Maria Helena Correia, não são só as instituições que devem ter a preocupação de “não deixar ninguém para trás”. Todos devem ser agentes de mudança, reforçando que: “Radares, somos todos nós”.

Com a assinatura da carta de compromisso, a Gebalis junta-se assim à Câmara Municipal de Lisboa, Juntas de Freguesia, à Polícia de Segurança Pública, ao Instituto de Segurança Social, à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e à Rede Social de Lisboa, para que de uma forma integrada as respostas de encaminhamento e acompanhamento de pessoas em idade avançada e em situações de risco, previstas no âmbito do RADAR, possam ser mais céleres e efetivas.

Projeto RADAR arranca para a terceira fase

Só na cidade de Lisboa são cerca de 80 mil pessoas, a população com mais de 65 anos, que vivem em situação de isolamento ou com alguém da mesma idade. Falar, escutar e cuidar esta faixa da população da cidade é a base do Projeto Radar, uma iniciativa que é uma vertente do Programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” e junta a autarquia de cidade, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Instituto da Segurança Social, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a PSP, as juntas de freguesia, a Rede Social de Lisboa.

Depois de uma fase piloto, que identificou pouco mais de 4500 idosos nas freguesias dos Olivais, Areeiro e Ajuda, o Radar estendeu-se a mais nove freguesias da cidade, Santa Clara, Marvila, Alcântara, Arroios, Alvalade, São Domingos de Benfica, São Vicente, Beato e Parque das Nações.

Na segunda fase, que decorreu de junho a outubro, foram identificados mais de 11 mil idosos (11.361) que vivem sozinhos, ou acompanhados por alguém da mesma faixa etária, sendo que só duas pessoas se encontravam no nível 1 de carência, o mais gravoso e cerca de 92% encontram-se no nível 5 o menos crítico.

Edmundo Martinho frisou que “o Radar deve ser um momento de mudança e de paradigma na nossa atuação enquanto instituição social”, considerando que “este projeto significa uma alavanca para que possamos em conjunto com as instituições da cidade dar continuidade a todas as iniciativas do programa: Lisboa, cidade de todas as idades”.

Para o provedor da Misericórdia de Lisboa, a atuação das instituições que operam neste setor da solidariedade social deve “ir ao encontro das pessoas” para que “possamos atuar de uma maneira mais célere e eficaz focando-nos nas respostas corretas”.

No final do seu discurso, Edmundo Martinho deixou ainda uma palavra de agradecimento a todos os parceiros que integram o projeto considerando que “sem o empenho de todos não seria possível chegarmos ao ponto onde chegamos e isso é o sinal claro que o que estamos a fazer estamos a fazer bem”.

Já Fernando Medina dirigiu um agradecimento muito especial à Santa Casa e a todos os parceiros envolvidos, pelo trabalho apresentado, referindo que “temos de momento uma radiografia social neste conjunto de freguesias sabemos quem são onde estão e que carências e necessidades tem”, argumentando que o Radar é um “guia essencial para a atuação de todos os parceiros”.

“Este trabalho vai-nos permitir, por um lado, fazermos de uma forma mais eficaz mais com as respostas que temos e, por outro, lançar de forma mais determinada as novas respostas que nós precisamos de ter”, conclui o autarca.

A terceira fase do Radar arranca esta quinta-feira, chegando a mais 14.274 pessoas, que vivem nas freguesias das Avenidas Novas, Belém, Benfica, Campo de Ourique, Campolide, Carnide, Estrela, Lumiar, Misericórdia, Penha de França, Santa Maria
Maior e Santo António. Ou seja, quando da sua conclusão, estima-se que o Radar identifique mais de 30 mil pessoas isoladas na capital.

Como funciona o projeto Radar

Identificação: É efetuada pelas equipas de rua, como por um conjunto de voluntários, devidamente formados pelo Serviço de Voluntariado da SCML e da CML.

Avaliação e Encaminhamento: Após a identificação pelas equipas e inserção dos dados na “Plataforma Digital Projeto RADAR” é feito o encaminhamento para avaliação. Posteriormente é realizada uma visita ao domicílio do participante, no sentido de avaliar o eventual encaminhamento para os parceiros do Radar.

Acompanhamento: É feito pelas Equipas de Apoio a Idosos (EAI’s), das Unidades de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP’s) e de outras entidades parceiras do Radar.

Monitorização: O processo de identificação e de acompanhamento será da responsabilidade da Unidade de Missão da Santa Casa, que assumirá o acompanhamento das EAI’s, das UDIP’s e dos parceiros.

Conheça mais sobre o Projecto Radar em mais.scml.pt/lisboacidadetodasidades.

Fundo Rainha D. Leonor apoia Misericórdia de Paredes

Foi a pensar nos idosos que a Santa Casa da Misericórdia de Paredes, no distrito do Porto, avançou com a requalificação do edifício que acolhe o Lar Elias Moreira Neto. Inaugurada na passada quinta-feira, 10 de outubro, esta obra de requalificação veio permitir mais qualidade de vida aos idosos que frequentam o espaço diariamente.

Trata-se de uma candidatura inovadora, baseada na redistribuição de espaços no lar, que promove o envelhecimento ativo através da criação de uma sala de fisioterapia, de um espaço de acolhimento às famílias, de uma sala para ouvir música e para leitura e da ligação do edifício ao jardim das traseiras com circuito de manutenção e espaços de lazer.

Acresce que a intervenção teve lugar no antigo hospital da Misericórdia de Paredes (1902) devolvendo ao edifício a fachada original com a retirada de elementos estranhos e com o ordenamento do jardim para uso dos idosos e suas famílias. De salientar, igualmente, que a cozinha e dependências foram alvo de reestruturação total.

O Fundo Rainha D. Leonor foi criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em parceria com a União das Misericórdias Portuguesas, para apoiar os valores e as atividades das Misericórdias de todo o País, no princípio da autonomia cooperante.

Saiba mais sobre o Fundo Rainha D. Leonor aqui.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas