logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência celebrado na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

A sessão foi abertura esteve a cargo de Luís Rego, administrador da Santa Casa, que agradeceu a presença de todos e destacou que, pelo terceiro ano consecutivo, a instituição celebra esta data com um conjunto de iniciativas que refletem o seu compromisso com a integração e valorização das pessoas com deficiência. No seu discurso, o responsável sublinhou a importância da dignidade e da autonomia: “Para nós, o que verdadeiramente importa não são as dificuldades que enfrentamos, mas sim aquilo que conseguimos fazer para as ultrapassar. Só assim valorizamos cada pessoa no seu exercício de cidadania. Este dia é, antes de tudo, um momento para sublinhar a importância da promoção dos direitos e do bem-estar das pessoas com deficiência, garantindo a sua participação plena nos diversos domínios da vida social, cultural, económica e política.”

Luis Rego não esqueceu o papel histórico da SCML: “Com 527 anos de história, esta Casa tem sido pioneira na integração e valorização das pessoas mais vulneráveis. É um legado que nos orgulha e que nos responsabiliza.” E finalizou com um reconhecimento interno, fazendo questão de agradecer às equipas da SCML envolvidas na iniciativa, destacando o “empenho coletivo que torna possível a concretização de projetos” que dão voz e visibilidade às pessoas com deficiência.

Por sua vez, António Santinha, Diretor da Direção de Infância, Juventude e Família da SCML, apresentou os atletas convidados da conferência, não sem antes recordar o percurso de Portugal nos Jogos Paralímpicos, iniciados em 1960, com a primeira participação nacional em 1972. Desde então, os atletas portugueses conquistaram 92 medalhas, das quais 25 de ouro, testemunho da força e talento que marcam o desporto adaptado.

administrador da scml, Luís Rego
Administrador da SCML, Luis Rego
António Santinha, da SCML
António Santinha, da SCML

Histórias de vida e superação

Moderada pelo comunicador Francisco Dias, a conferência deu voz a atletas que transformaram barreiras em conquistas.

Com apenas 19 anos, Vicente Pereira é campeão do mundo de natação adaptada e um exemplo vivo de como o desporto pode transformar vidas. Portador de síndrome de Down, Vicente começou a nadar aos 4 anos, incentivado pela família, que sempre esteve ao seu lado.

A sua rotina exigente – treina quatro vezes por semana, sempre de manhã cedo, dividindo o esforço entre a piscina e o ginásio – não o impediu de tirar um curso de culinária, uma vez que cozinhar é outra das suas paixões.

Vicente é descrito como ultrafocado e determinado, e parte dessa força vem da família. O pai, presente na mesa-redonda, destacou o papel essencial da família no percurso do jovem: “A inclusão começa em casa. Temos é de lhes dar ferramentas. O Vicente consegue surpreender-nos todos os dias.”

Para já, um dos grandes sonhos do Vicente é chegar aos Jogos Paralímpicos, algo que não pôde ainda concretizar devido a especificidades das regras para os portadores de Síndrome de Down.

Também a história de Cristina Gonçalves é marcada pela determinação e pela alegria contagiante. Portadora de paralisia cerebral, encontrou no boccia uma forma de afirmação pessoal e desportiva. Cristina foi ouro nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004 e voltou a ser, 20 anos depois, em Paris.

Treina três vezes por semana, com grande dedicação e disciplina. Recentemente, acrescentou uma nova paixão: o futebol em cadeira de rodas, ampliando o seu leque de experiências desportivas.

A história de Miguel Vieira é também marcada pela coragem e pela capacidade de adaptação. Ficou cego aos 12 anos, mas nunca deixou que essa condição o impedisse de perseguir os seus sonhos. Hoje, é atleta paralímpico de judo e colaborador da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (na Valor T), onde continua a inspirar colegas e comunidade.

Pai de três filhos, treina todos os dias, mas reconhece que a conciliação entre tudo o que faz não é fácil, enfrentando obstáculos que vão além da competição. Nos ginásios tradicionais, por exemplo, como o do Jamor, a falta de adaptações obriga-o a demorar quase o dobro do tempo em treinos comparado com atletas sem deficiência.

Mas Miguel recusa a ideia de “anormalidade” no desporto, até porque se vê como um atleta “normal”. Para ele, cada atleta tem as suas limitações e barreiras, sendo que os paralímpicos enfrentam desafios acrescidos que exigem maior resiliência e criatividade.

Ainda assim, sublinha que o esforço dos paralímpicos é muitas vezes invisível. A sua presença na conferência foi um lembrete de que a inclusão passa também por criar condições reais para que todos possam treinar e competir em igualdade.

A fechar o painel de intervenções esteve Jorge Pina. Ex-campeão de boxe, cresceu num bairro social problemático, onde o desporto foi a sua salvação. Durante um treino, perdeu a visão, mas nunca deixou de lutar. Reinventou-se e encontrou novas formas de dar sentido à sua experiência.

Foi campeão da Europa e do mundo em boxe, reconhecido pela sua força e talento. A cegueira não o afastou do desporto, mas levou-o a procurar novas formas de contribuir para a sociedade, “para tentar retribuir o que recebeu.” Para isso, decidiu criar iniciativas em bairros desfavorecidos. Fundou a Associação Jorge Pina, que promove a inclusão através do desporto e da formação. Depois de bater a muitas portas, conseguiu um espaço, em Chelas, com 1700 m², que transformou num ginásio multifuncional, com várias valências e um espaço de formação, tornando-se um polo de oportunidades para jovens e pessoas com deficiência.

A conferência contou também com a presença, em vídeo, da jovem Marta Paço, cega, campeã mundial de surf adaptado, que falou sobre como o surf adaptado mudou a sua vida e lhe trouxe um passado, um presente e, espera, um futuro.

A manhã terminou com um momento musical do atelier “Dá-me Música”, iniciativa do Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian da SCML, em parceria com a Escola Profissional de Imagem. Uma das músicas apresentadas, “Cristina Loba Gonçalves”, foi dedicada à atleta após a sua vitória em 2024, celebrando em notas e palavras o poder transformador do desporto.

A conferência “Mais que Atletas” foi uma das iniciativas que integraram o programa da Misericórdia de Lisboa para assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. O encontro destacou o papel do desporto na promoção da inclusão e da autonomia. Entre testemunhos pessoais e momentos culturais, ficou patente o compromisso da instituição em reforçar a participação plena das pessoas com deficiência na sociedade, mas não só: ouviram-se histórias pessoais e conquistas desportivas que mostraram que a verdadeira mensagem é a força em acreditar que todos têm lugar e voz numa sociedade inclusiva.

Vicente Pereira
Ao centro, Vicente Pereira
Da esq. para a direita: Cristina Gonçalves, Miguel Vieira e Jorge Pina
Da esq. para a direita: Cristina Gonçalves, Miguel Vieira e Jorge Pina
Atuação do grupo "Dá-me Música"
Atuação do grupo "Dá-me Música"

Presentes com história e esperança no Centro de Apoio Social de São Bento

Quase cinquenta pessoas encontram aqui, todos os dias, uma “janela de oportunidades”: formação, ocupação e, sobretudo, dignidade. O CASSB é um espaço onde a inclusão se faz com paciência e talento, e onde cada utente descobre que ainda tem muito para dar. Para os guiar e ajudar, contam com uma equipa de formadores. Não. De monitores. Ou será que são técnicos? Não interessa o nome ou o cargo. Acima de tudo, uma equipa que motiva, diariamente, os utentes que ali procuram e encontram um propósito.

O primeiro andar: a cozinha que alimenta mais do que o corpo e o ateliê de costura e da pasta de papel

No primeiro andar do Centro, temos a cozinha, liderada pela chef Lucinda, e na qual seis utentes preparam perto de cem refeições diárias. O cheiro dos tachos enche o espaço, mas o que realmente se sente é o orgulho. Como o do Sr. Coelho que faz este trabalho há 28 anos, ali.

As refeições servem quem trabalha no Centro, chegam a utentes diferenciados que ali vão comer e, muitas vezes, seguem para casa, como jantares que levam consigo. Há também pratos vendidos, porque aqui o trabalho tem valor e gera autonomia. Cada refeição é, ao mesmo tempo, sustento e símbolo de inclusão.

três pessoas na cozinha do centro de apoio social de são bento
Chef Lucinda ao centro
utente do centro social de apoio de são bento ajuda na cozinha
Sr. Coelho

Saímos da cozinha e, também no primeiro andar, encontramos arte. Uma arte que devolve confiança numa sala onde o papel de jornal ganha nova vida. Cortado em tiras finas, transformado em pasta e moldado com calma, torna-se pedra maleável nas mãos dos utentes. Francisco, monitor do CASSB, responsável pelo trabalho da pasta de papel, explica: “Cada caso é um caso. Para alguns, o foco é artístico; para outros, é sensorial. O simples ato de moldar traz tranquilidade.” Ao lado, Catarina David, monitora que nos acompanha nesta visita, acrescenta: “Vamos sempre reencontrando um novo dom nos nossos artesãos. É um ajuste constante.”

Aqui, nada se desperdiça. O que não serve transforma-se em arte. Turistas que visitam a loja do CASSB levam consigo peças únicas, carregadas de simbolismo e emoção. Nenhuma é igual à outra, porque cada uma guarda a marca de quem a criou.

Catarina descreve-nos alguns dos rostos e das mãos que contam histórias: “A Jéssica dedica-se ao detalhe, cria peças muito delicadas, quase frágeis, mas cheias de força interior. Já o Ilídio, apesar de algumas limitações de motricidade, encontrou na pasta de papel a possibilidade de criar em grande escala.”

Por outro lado, o Ilídio conta-nos a sua história em discurso direto: “Fui criado com a mãe da minha mãe nos Açores até aos 18 anos. E antigamente, como não havia luz elétrica, a família toda reunia-se à volta da lareira, com a luz de candeeiro a petróleo. Então, tive o prazer de fazer estes trabalhos à mão com a minha avó e a minha mãe, foram elas que me ensinaram estas coisas Todos estes pontos são feitos à mão”, remata com orgulho.

Catarina David acrescenta: “O Ilídio borda todos estes pontinhos, a que chamámos ‘pontinhos de afeto, memórias dos Açores’.”

Por sua vez, a Ana teve de procurar uma imagem que lhe falasse ao coração, e escolheu representar a Virgem com o Menino em rolinhos de papel.

O resultado é que cada peça moldada é mais do que um objeto: é memória, identidade e autoestima transformadas em arte.

utente do centro social de apoio de são bento mostra dois sacos que costurou
Sr. Ilídio
utente do centro apoio de são bento, sentada, a dobrar rolos de papel
D. Ana

O rés-do-chão da carpintaria e da loja

No rés-do-chão, o som da madeira a ser trabalhada mistura-se com conversas e risos. Paulo, monitor, orienta os utentes na carpintaria, pintura e trabalhos manuais. Aqui, a maioria são homens. Alguns trazem consigo experiências de vida que se refletem no trabalho. Como o Miguel Vivas, antigo serralheiro civil, que reencontrou na madeira uma forma de expressão. Se um utente não se sente à vontade num ateliê, pode mudar. Porque o CASSB acredita que cada pessoa merece encontrar o espaço onde se sente segura e confiante.

Olhar para o futuro

Entre colagens, costuras e pratos servidos, há também projetos que se preparam para sair à rua. O presépio do CASSB vai marcar presença nas exposições do Espaço Santa Casa, da Santa Casa, e os produtos artesanais estarão à venda no Wonderland Lisboa e na Feira de Natal do Largo [Trindade Coelho, onde se situa o edifício central da Misericórdia de Lisboa]. Cada peça vendida é mais do que um objeto adquirido: é o reconhecimento do talento dos utentes e a sustentabilidade de um projeto que une inclusão e criatividade.

Por isso, nesta quadra festiva, apoiar o CASSB é também oferecer presentes com significado. As peças de artesanato disponíveis na loja e nas feiras natalícias são únicas, feitas à mão e carregadas de histórias de superação. Ao comprar uma destas criações, cada pessoa leva para casa não apenas um objeto, mas um pedaço de esperança e autoestima dos artesãos que o produziram. É um gesto solidário que transforma vidas e dá ainda mais brilho ao Natal.

Centro de Apoio Social de São Bento (CASSB)

Morada: Rua de São Bento, 140 à Travessa da Arrochela | 1200-820 Lisboa

Contacto: 213 913 060 *custo de chamada local

 

utente do centro social de apoio de são bento a pintar uma peça
Sr. José Costa
dois homens e duas mulheres, responsáveis pelo centro social de apoio de são bento
Da esq. para a dir.: Francisco, Paulo, Maria João e Catarina

Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo acolhe sessão do Congresso Internacional dedicado ao mecenato de D. Leonor

Rainha de Portugal entre 1477 e 1525 e fundadora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, D. Leonor destacou-se pela influência política, pela profunda religiosidade e pelo papel pioneiro na criação das Misericórdias, instituições que viriam a moldar a assistência social em Portugal. Culta, devota e detentora de significativo poder, desenvolveu um vasto programa de mecenato artístico e religioso, fundando casas religiosas, encomendando obras de arte e patrocinando livros, incluindo algumas das primeiras edições impressas no país.

O Congresso Internacional, organizado pelo Instituto de Estudos Medievais (IEM-NOVA FCSH) e pelo Centro de Estudos de História Religiosa (UCP-CEHR), decorre entre 27 e 29 de novembro em três locais: Biblioteca Nacional de Portugal (dia 27), Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo (dia 28) e Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha (dia 29). A coordenação científica está a cargo de Delmira Espada Custódio, João Luís Fontes, Maria Adelaide Miranda e Maria Filomena Andrade.

Além de reunir um expressivo conjunto de conferencistas nacionais e internacionais, o encontro pretende aproximar o público do património associado à rainha, através de visitas guiadas e exposições temáticas, bem como da realização das sessões em espaços que conservam acervos relacionados com o seu mecenato.

O evento conta com apoio institucional da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, da Biblioteca Nacional, da União das Misericórdias Portuguesas, entre outras entidades culturais e públicas. As inscrições decorrem até 24 de novembro, com acreditação disponível para professores do ensino básico e secundário.

Com a celebração do V Centenário da morte de D. Leonor, o congresso pretende renovar o olhar sobre uma das figuras femininas mais influentes da história portuguesa, cujo impacto político, religioso e cultural permanece visível cinco séculos depois.

Consulte o programa completo aqui.

Informações e inscrições aqui.

imagem alusiva ao congresso: o mecenato da rainha d. leonor

Lotaria Nacional celebra 242 anos com extração especial

A extração especial dos 242 anos da Lotaria Nacional decorreu esta terça-feira (18), numa cerimónia transmitida em direto no programa Praça da Alegria, da RTP1, levando o momento festivo a milhares de portugueses.

A sessão contou com a presença dos administradores da instituição André Brandão de Almeida, Luís Rego e Rui Garcês, e da vice-provedora Rita Prates, que relembrou que a Lotaria foi concedida à instituição pela rainha D. Maria I, com o propósito de apoiar os mais vulneráveis, missão que se mantém até hoje.

O evento integrou também um momento cultural de grande simbolismo, com a atuação do cantor Marco Rodrigues, acompanhado por João Domingos (guitarra clássica), Pedro Vieira (guitarra portuguesa) e Óscar Graça (teclas). Além de ter interpretado três temas icónicos da música portuguesa (“Tempo”, “Gaivota” e “Lisboa, Menina e Moça”), o cantor surpreendeu com uma letra original, chamada de “Lotaria”, dedicada à efeméride, evocando o seu papel na realização de sonhos e na união dos portugueses:

Tantos sonhos se cumpriram
Na estória da lotaria
Tantas pessoas sorriram
Também vou sorrir um dia.

Vamos lá fazer a festa
Que sai uma em cada três!
E também, se não for desta,
Prá semana anda outra vez.

Podes levá-la pra casa
Dá-la à família toda
Quem tem fé nunca se atrasa
Porque é hoje que anda a roda.

Despacha-te a fazer planos
Que a taluda dá-lhes voz
Por muitos e muitos anos
Quem vai ganhar somos nós.

Nesta que foi a 46.ª extração da Lotaria Clássica em 2025, os números premiados foram: 28 027, que garantiu o primeiro prémio no valor de 1 milhão e 200 mil euros; o 33 054, correspondente ao segundo prémio de 120 mil euros; e o 34 577, que atribuiu o terceiro prémio de 60 mil euros.

quatro homens em momento artístico da extração da lotaria clássica

Café Memória dedica sessão especial ao Natal

Como habitualmente, a iniciativa decorre no Espaço CLIC-LX, na Rua Nova da Trindade, n.º 15. A tarde será dedicada ao espírito natalício, com a realização de várias atividades pensadas para estimular competências essenciais ao bem-estar e à atividade cerebral, proporcionando um momento lúdico, criativo e estimulante para todos os participantes.

 A sessão será dinamizada pela equipa do Café Memória (Dr.ª Maria João Diniz, Enfermeira Guida Amorim e Dr.ª Sónia Mascarenhas), que irá orientar as atividades e promover a partilha, a interação e o convívio típicos desta época festiva.

 O Café Memória é um espaço de encontro destinado a pessoas com problemas de memória ou síndromes demenciais, aos seus familiares e cuidadores, bem como a todos os que se interessam por estas temáticas. O projeto oferece um ambiente reservado, seguro e propício à partilha de experiências, ao apoio emocional e à participação em diversas atividades que promovem a estimulação cognitiva e o bem-estar.

 A entrada é livre, não sendo necessária inscrição prévia. Basta aparecer e participar nesta sessão especialmente dedicada ao Natal!

Café Memória promove sessão sobre diabetes e bem-estar

A sessão contará com a presença de duas convidadas da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP): Isabel Correia, Enfermeira Coordenadora de Enfermagem, e Lisandra Ribeiro, Nutricionista, que irão partilhar conhecimentos e estratégias práticas para lidar com a diabetes no quotidiano.

A equipa do Café Memória — composta pela Dr.ª Maria João Diniz, pela Enfermeira Guida Amorim e pela Dr.ª Sónia Mascarenhas — estará presente para apoiar e dinamizar o encontro.

O Café Memória é um espaço de encontro destinado a pessoas com problemas de memória ou síndromes demenciais, bem como aos seus familiares, cuidadores e todos os que se interessam por estas temáticas. O ambiente é acolhedor, seguro e propício à partilha de experiências, apoio emocional e interação entre pares.

A entrada é livre e não requer inscrição prévia. Basta aparecer na Rua Nova da Trindade, n.º 15  e participar!

 

Conheça a agenda sociocultural da Santa Casa para novembro e dezembro

Entre oficinas de pintura, workshops de culinária, sessões de literacia digital, tertúlias temáticas e caminhadas ao ar livre, a oferta é pensada para todas as idades e gostos. As atividades focam-se na inclusão, na valorização das tradições e na sustentabilidade, onde se encontram o Laboratório de Reciclagem de Plástico, o projeto RecicL’Art e os workshops de presépios natalícios.

A comunidade está convidada a participar e a descobrir o dinamismo destes espaços, que se abrem ao público mediante inscrição.

A programação completa inclui também momentos festivos como as celebrações de São Martinho e as festas de Natal.

Seminário reúne enfermeiros especialistas em reabilitação para debater presente e futuro da profissão

A sessão de abertura contará com intervenções do Enf. Diretor Rodrigo Ramos (CMRA), da Enf.ª Ana Falcão (CMRA/APER) e do Enf. Lino Oliveira, representante do Colégio da Especialidade de Reabilitação da Ordem dos Enfermeiros.

Ao longo do dia, três mesas temáticas darão palco a testemunhos de profissionais de diferentes unidades do país, abordando temas como:

  • A continuidade de cuidados na lesão vertebro medular;
  • A reintegração domiciliária e adaptação de espaços;
  • A capacitação de cuidadores informais;
  • A reabilitação respiratória em ambulatório;
  • A gestão de alterações neurocomportamentais em TCE;
  • O processo de descanulação da traqueostomia.

convite para seminário dos enfermeiros no cmra

Durante o período da tarde, três workshops simultâneos permitirão aprofundar práticas em atividades de vida diária, inclusão e treino dos músculos respiratórios, com a participação de especialistas do CMRA, do Instituto Nacional para a Reabilitação e da ULSC – DCMRRC.

O seminário encerra com um debate sobre os desafios da profissão nos centros especializados, moderado pela Enf.ª Ana Monteiro (CMRA), e com a presença de representantes de várias unidades de saúde e ensino. A apresentação do grupo Alldança, orientado por Ana Falcão, marcará o encerramento do encontro.

A organização está a cargo da equipa do CMRA, com o apoio dos centros de reabilitação do Norte, Centro e Sul, e pretende reforçar a partilha de conhecimento e a valorização da intervenção especializada em enfermagem de reabilitação.

Consulte o programa e inscreva-se aqui.

GreenCity4Aging destacou o papel das cidades verdes na integração social e combate ao idadismo

O encontro, que reuniu investigadores, especialistas em mobilidade e representantes institucionais, serviu para refletir sobre a criação de cidades mais verdes, inclusivas e amigas das pessoas mais velhas.

A sessão de abertura contou com as intervenções do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Paulo Sousa, da vice-reitora do Iscte, Helena Carreiras, da representante do ISTAR – Centro de Investigação em Ciências da Informação, Tecnologias e Arquitetura do Iscte, Catarina Ferreira da Silva, da diretora do CIS-Iscte (Centro de Investigação e Intervenção Social), Margarida Vaz Garrido, e da coordenadora do projeto GreenCity4Aging, Sibila Marques.

Na sua intervenção, o provedor começou por salientar o valor simbólico da colaboração com o Iscte, lembrando que “para uma instituição com mais de cinco séculos de história, [como a Santa Casa] este tipo de iniciativas é uma fonte de renovação, pois traz novas ideias, novas perspetivas e um novo impulso para a forma como atuamos e concebemos soluções ao serviço das comunidades. É igualmente uma honra integrar um projeto financiado pela FCT [Fundação para a Ciência e Tecnologia], que posiciona a Santa Casa no campo da investigação científica, numa área de enorme importância como é a longevidade e a criação de cidades sustentáveis.”

Paulo Sousa destacou ainda que o projeto GreenCity4Aging “constitui uma ferramenta valiosa para enfrentar os desafios do envelhecimento populacional e das transformações urbanas”, acrescentando que “os dados e resultados produzidos são um contributo essencial para decisões estratégicas em matéria de mobilidade, infraestruturas e serviços de proximidade para os cidadãos seniores.”

Já Helena Carreiras sublinhou que o GreenCity4aging “é de grande importância estratégica” para a instituição, destacando o alinhamento com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis).

A vice-reitora destacou que as cidades verdes não são um luxo, mas “infraestruturas de saúde pública essenciais para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, e concluiu apelando à defesa dos valores de “inclusão, igualdade e diversidade”, pilares que, segundo referiu, “projetos como este ajudam a proteger.”

Participantes na conferência GreenCity4Aging no Iscte
Participantes na conferência GreenCity4Aging no Iscte
painel de abertura, composto por quatro pessoas, da conferência GreenCity4Aging
Da esquerda para a direita, Margarida Vaz Garrido, Helena Carreiras, Paulo Sousa e Catarina Ferreira da Silva. De pé, Sibila Marques

Mesas-redondas e resultados do projeto

Durante a manhã, realizaram-se duas mesas-redondas. A primeira, “Growing Older, Living Greener: A Gerontological Perspective”, contou com intervenções de Moritz Hess (Hochschule Niederrhein), Teresa Marat-Mendes (Iscte) e Ana Louro (IGOT), moderada por Sibila Marques, professora auxiliar no Iscte e investigadora principal do projeto.

A segunda, sob o tema “New Forms of Mobility: Cycling Infrastructure & Behaviour Change”, integrou contribuições de Willem Snel (Mott MacDonald), Bruno Maia (EMEL), Rosa Félix (IST) e André Samora-Arvela (Iscte).

Na parte da tarde, Sibila Marques apresentou uma síntese dos resultados do projeto e Filomena Gerardo, da Santa Casa, explicou o processo de envolvimento dos participantes.

Seguiu-se a mesa-redonda “Equidade em Movimento: Participação Pública e Cidades Amigas das Pessoas Idosas”, com participações de Pedro Homem Gouveia (Polis Network), Pedro Navel (Câmara Municipal de Lisboa), Mário Alves (Estrada Viva) e Elisabete Arsénio (LNEC), moderada por Sara Eloy, co-investigadora principal do projeto.

O GreenCity4Aging encerrou o seu ciclo de atividades com uma reflexão alargada sobre o papel das cidades verdes como catalisadoras de inclusão, mobilidade sustentável e envelhecimento ativo, um desafio que, como se sublinhou no workshop, exige cooperação contínua entre ciência, políticas públicas e instituições sociais.

Promovido pela Santa Casa e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o GreenCity4Aging é um projeto que cruza ciência, urbanismo e envelhecimento ativo, procurando soluções sustentáveis para melhorar a qualidade de vida das populações mais velhas nas cidades.

“Cuidador Informal – Um Olhar de Futuro”: Encontro Promove Reflexão e Reconhecimento

A iniciativa dedica-se especialmente a cuidadores informais, técnicos e parceiros que intervêm nesta área, com o objetivo de promover a reflexão sobre os desafios atuais enfrentados por quem cuida e de reconhecer o papel essencial que desempenham na sociedade.

A participação neste encontro é uma oportunidade para debater os desafios e oportunidades do cuidado informal, conhecer boas práticas e iniciativas que valorizam o papel do cuidador e fortalecer redes de apoio e colaboração entre profissionais e instituições que atuam nesta área.

Informações importantes:

  • Data: 22 de outubro de 2025;
  • Hora: 9h00;
  • Local: Sala de Extrações da SCML;
  • Entrada gratuita;
  • Inscrição obrigatória até às 14h00 de 21 de outubro;
  • Programa;
  • Link para inscrição.

A participação está limitada à capacidade da sala, por isso recomendamos que garanta o seu lugar com antecedência. Contamos com a sua presença!

Se é cuidador informal, técnico ou parceiro nesta área, este encontro é para si. Junte-se a nós nesta manhã de partilha, reconhecimento e construção de caminhos para o futuro do cuidado informal.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas