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Encontro PONTES debateu a empregabilidade de pessoas com deficiência

“Potenciar Os Nossos Talentos para a Empregabilidade de Sucesso”. É este o significado da sigla PONTES, que deu nome ao encontro de ontem, 18 de setembro, no Campus da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), em Carcavelos, numa iniciativa conjunta da Valor T, a agência de empregabilidade para pessoas com deficiência da Santa Casa, e do Inclusive Community Forum (ICF) da Nova SBE.

O dia foi preenchido com quatro mesas redondas, nas quais se debateram a escolaridade obrigatória, o ensino superior, a formação profissional e o emprego, sempre com o foco nas melhores práticas nacionais que garantam mais equidade, acessibilidade e valorização às pessoas com deficiência em contexto laboral. Paralelamente, o espaço acolheu uma mostra com diversos projetos, iniciativas e organizações, que trabalham a transição de pessoas com deficiência para a vida ativa.

“Isto resulta de um trabalho conjunto e agora decidimos pôr a mão na massa e ouvir as pessoas”, referiu Vanda Nunes, diretora da Valor T, explicando, de seguida, o objetivo deste encontro.

“O emprego é o espaço em que a Valor T trabalha. Mas, como qualquer um de nós, quando chegamos à idade de nos empregarmos e podermos ser cidadãos trabalhadores – é nisso que a Valor T quer ajudar as pessoas que vêm até nós – , há um percurso, um caminho. E esse caminho tem de ser conhecido, para podermos perceber em que é que podemos melhorar e para não corrermos atrás do prejuízo, mas antes perceber o que importa fazermos todos, desde o pré-escolar”.

Para isso, Vanda Nunes detalhou que “em todas as mesas existiu a participação de pessoas para as quais estamos a trabalhar e que nos vieram ensinar, pelo seu percurso, aquilo que deveremos melhorar”.

A diretora da Valor T destacou mesmo “um testemunho maravilhoso, incrível e comovente” durante a mesa redonda acerca do ensino superior.

“Não foi comovente pelo coitadinho ou assistencialismo, mas pela força que uma pessoa que aos 15 anos deixou de ouvir, de ver e de sentir os membros superiores e inferiores, conseguiu ter para que hoje seja uma brilhante aluna de mestrado em Economia aqui na Nova”, referiu Vanda Nunes.

A última mesa redonda do dia falou sobre emprego e foi moderada precisamente pela diretora da Valor T, contando com diversos parceiros da agência de empregabilidade da Misericórdia de Lisboa, no sentido de interligar todos os agentes facilitadores neste processo.

“As pontes que aqui fizemos hoje vão fazer de nós pessoas mais conhecedoras e preparadas, para que na Santa Casa possamos continuar todos a fazer mais e melhor, todos os dias”, concluiu Vanda Nunes.

Santa Casa assina protocolo para melhorar empregabilidade de pessoas com deficiência

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através da Valor T, assinou um protocolo com a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e 21 instituições de Ensino Superior (IES)*, tendo como objetivo a melhoria da empregabilidade de pessoas com deficiência, potenciando os recursos científicos, técnicos e humanos existentes e criando pontes entre diferentes agentes que podem fazer a mudança.

A assinatura do protocolo, do qual resulta a “Valor T IES”, decorreu na quarta-feira, 4 de setembro, na Sala de Extrações, onde estiveram presentes Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Joaquim Mourato, diretor da DGES, e os representantes das diversas instituições de ensino. A recebê-los estava Paulo Sousa, Provedor da Misericórdia de Lisboa, num evento onde também estiveram presentes a Vice-Provedora, Rita Prates, os administradores Ângela Guerra, David Lopes e André Brandão de Almeida (este último com o pelouro da Valor T) e Vanda Nunes, diretora da Valor T.

O objetivo deste protocolo consiste, nomeadamente, em promover iniciativas de acesso ao mercado de trabalho junto das entidades empregadoras, atividades formativas, estágios, estudos e investigação e projetos de empreendedorismo, sendo que, a estas 21 instituições de ensino, é esperado que se juntem mais no futuro.

A abertura da cerimónia coube a Vanda Nunes, que lembrou o trabalho da Valor T, que nasceu naquela mesma Sala em maio de 2021.

“Cada pessoa que nós conseguimos integrar no mercado de trabalho é uma vitória, porque conseguimos ajudar a concretizar esse sonho e a concretizar um direito fundamental. O que fazemos hoje é também saber prever o amanhã. E quem melhor do que a academia para nos ajudar a prever esse futuro?”, referiu a diretora da Valor T, realçando a importância deste protocolo.

Já o Provedor Paulo Sousa, na sua intervenção, sublinhou que “promover a empregabilidade de pessoas com deficiência, valorizando e potenciando os seus talentos, capacidades e competências na resposta às necessidades das entidades empregadoras, e garantindo o necessário acompanhamento em todo o processo, é o desígnio da Santa Casa e da Valor T”. O Provedor da Santa Casa caracterizou este documento como um “processo de recrutamento dinâmico, partilhado e próximo” e referiu que “a Valor T conjuga e potencia a capacidade de intervenção e as competências especializadas da Santa Casa e de parceiros externos, procurando criar sinergias que contribuam para disponibilizar uma resposta integrada e eficaz”. Acrescentou, ainda, que “a experiência destes anos tem evidenciado a mais-valia que um trabalho de parceria entre a Santa Casa e as instituições de Ensino Superior pode ter na promoção da empregabilidade dos diplomados portadores de deficiência”.

Concretizar um direito

Já depois da assinatura do protocolo pelos diversos agentes, merecedor de elogios por parte dos representantes das instituições de Ensino Superior, Joaquim Mourato, diretor da DGES, falou num “início de uma caminhada”, com um “projeto de inclusão que procura dar o que cada um necessita”, nomeadamente “oportunidades e projetos de vida”, prometendo que “a DGES quer ser um agente facilitador” neste processo.

Quanto a Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, felicitou a Santa Casa e todos os parceiros pela assinatura deste protocolo, dizendo tratar-se de “um momento feliz”.

“Estamos a fazer com que as premissas da convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência sejam, efetivamente, uma realidade: concretizar o direito à educação, ao emprego e às acessibilidades”, disse.

A encerrar a sessão, Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, alertou que “quando não conseguimos garantir o acesso à educação e à igualdade de oportunidades a todos os cidadãos, independentemente das suas circunstâncias, não estamos a cumprir a democracia”, elogiando e louvando esta iniciativa da Santa Casa, por contribuir para este equilíbrio e acesso à educação.

 

* Outorgaram o protocolo as seguintes IES: Instituto Politécnico de Beja; Instituto Politécnico de Castelo Branco; Instituto Politécnico de Coimbra; Instituto Politécnico de Leiria; Instituto Politécnico de Santarém; Instituto Politécnico de Setúbal; Instituto Politécnico de Viseu; Instituto Politécnico do Porto; ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa; Universidade Católica Portuguesa; Universidade da Beira Interior; Universidade de Aveiro; Universidade de Coimbra; Universidade de Évora; Universidade de Lisboa; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Universidade do Algarve; Universidade do Minho; Universidade do Porto; Universidade Lusófona e Universidade NOVA de Lisboa.

Valor T cada vez mais perto de quem precisa

O Pestana Palace, em Lisboa, foi o palco escolhido para a assinatura de um memorando de entendimento, entre a Valor T, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e várias instituições nacionais, que prevê a implementação de várias diretrizes de entendimento para a criação de condições que permitam promover a igualdade de oportunidades das pessoas com deficiência no acesso ao mercado de trabalho, quer através das medidas específicas que se encontram em vigor, quer através da personalização no contacto das pessoas com deficiência com os serviços de emprego.

O evento que assinala igualmente os quase dois anos de existência da Valor T (inaugurada a 1 de maio de 2021) aconteceu esta terça-feira, 11 de abril, naquele espaço hoteleiro e contou com a presença do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, da ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, do presidente do IEFP, Domingos Lopes, do secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, da secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes e de diversos representantes das várias instituições, que com a assinatura deste memorando passam a integrar uma rede de centros de recursos de apoio à intervenção dos serviços de emprego nos domínios da informação, avaliação e orientação para a qualificação e o emprego, apoio à colocação e acompanhamento pós-colocação.

Durante a assinatura do protocolo, o provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, frisou que este acordo “é a única forma de termos sucesso à escala nacional para a empregabilidade de pessoas com deficiência”, salientando que “a Valor T é um modelo do bom trabalho que é desenvolvido diariamente na Santa Casa”.

Para Edmundo Martinho, as pessoas que já conseguiram entrar no mundo do trabalho através da Valor T são “um exemplo de inspiração e de perseverança”, considerando que a inserção destas pessoas no mundo laboral “pode significar toda a diferença no seu futuro”.

Já Ana Mendes Godinho defendeu que os dois anos da Valor T mostram “que é possível quebrar barreiras que muitas vezes nos levam a pensar que não conseguimos integrar no mesmo espaço ou no local de trabalho pessoas com características completamente diferentes”.

“Foi feito muito trabalho desde 2021 e foi mostrado e demonstrado que é possível aquilo que parecia impossível e a minha mensagem é também para todos aqueles que já participaram desde o início nestes processos de coragem, de autonomização, mas também de capacidade de uma vida nova”, comentou a ministra.

Ainda antes do evento Ana Mendes Godinho teve a oportunidade de conhecer e falar com dois trabalhadores do Grupo Pestana, que encontraram emprego através da Valor T. Na sua intervenção, a ministra fez questão de frisar que estes trabalhadores são a representação do “nosso sucesso como sociedade e dizer que somos, afinal, uma sociedade inteligente que não desperdiça ninguém”.

Um trabalho de todos e para todos

Lançada a 1 de maio de 2021, a Valor T tem por missão apoiar as pessoas com deficiência na procura e concretização do seu potencial profissional através de um processo de promoção de empregabilidade centrado na valorização do talento e mérito dos candidatos e no acompanhamento e partilha de oportunidades pelas entidades empregadoras.

Desde a sua criação, perto de 180 empresas estão registadas na plataforma da Valor T e a colaborar ativamente para a integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Contabilizam-se, ainda, cerca de 1600 candidatos inscritos, sendo que, 460 já foram entrevistadas por empresas, tendo sido contratados mais de 200. A Valor T conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

Santa Casa volta à Futurália para promover a sua oferta formativa

A Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão) é um estabelecimento de Ensino Superior Particular, pioneiro em Portugal na formação de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e terapeutas da fala, sendo, desde a sua constituição, a escola de referência neste domínio. Leciona os cursos de licenciatura em Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da Fala, e pós-graduações com planos de estudo adaptados ao processo de Bolonha.

Por seu lado, a Valor T, enquanto agência de empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência, apoia talentos e competências e trabalha oportunidades para pessoas e empresas que querem fazer a diferença.

A Futurália dispõe de uma mostra abrangente e diversificada, cobrindo todas as áreas e níveis de qualificação (ensino superior, profissional ou pós-graduação em instituições nacionais e internacionais). De um modo simples e personalizado, os estudantes podem conhecer e tirar dúvidas sobre os diferentes cursos, programas académicos e outras questões relevantes para as suas escolhas de futuro.

Para João Paulo Rodrigues, coordenador do Gabinete de Relações Externas da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, “a Futurália é o maior evento a nível nacional de mostra abrangente de oferta de ensino superior, seja politécnico ou universitário, contando com representações de todas as áreas e níveis de qualificação, de entidades nacionais e internacionais, atraindo todos os anos milhares de alunos, professores e famílias”. É, portanto, com naturalidade que que a ESSAlcoitão, instituição “reconhecida por todos como uma referência de qualidade, rigor e exigência no processo educativo, com prestígio nacional e internacional”, marca presença uma vez mais na Futurália.

Entre os dias 22 e 25 de março, venha visitar-nos e fique a conhecer-nos melhor na FIL, em Lisboa.

O que fazer para melhorar a empregabilidade de pessoas com deficiência

O acesso ao mundo laboral por parte de pessoas com algum grau de deficiência e a qualificação e apoio a estas pessoas foram alguns dos temas discutidos na última rubrica do “Conversas Por Boas Causas”, que passa quinzenalmente na antena da TSF numa parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Jornal de Notícias e a TSF.

De acordo com alguns dados da União Europeia, cerca de 50% das pessoas portadores de algum tipo de deficiência sentem-se discriminadas, e em Portugal os números são ainda mais alarmantes, com apenas 25% das pessoas com deficiência inscritas nos centros de emprego a conseguirem trabalho digno.

Segundo Vanda Nunes, foi com este propósito em mente que “a Santa Casa decidiu começar o projeto da Valor T”, de maneira a “ajudar a responder a esta problemática de trabalho digno para todos”. Além disso, conforme acrescenta Vanda Nunes, “é necessário ouvir quem está neste caminho há muito tempo, para uma boa integração destas pessoas no mercado de trabalho”, frisando que “mais do que colocar a ênfase nas empresas” é necessário “ouvir a pessoa”.

Já António Saraiva considera que esta deve ser uma preocupação de toda a sociedade e “não dos patrões em particular” sendo que na opinião do presidente da CIP é necessário “transformar atitudes e despertar consciências”, para a integração das pessoas com deficiência no mercado laboral. António Saraiva alerta ainda que a deficiência “não deve ser um entrave a nada”, finalizando que “existe hoje uma consciência diferente por parte dos patrões para este problema”.

Oiça esta conversa e as anteriores através da página oficial da TSF, ou do JN.

“Oportunidade + Escolha = Justiça”. O contributo da terapia ocupacional para a empregabilidade de pessoas com deficiência

Na ESSAlcoitão, o Dia Mundial da Terapia Ocupacional, celebrado esta quinta-feira, dia 27 de outubro, foi uma oportunidade para refletir sobre a importância desta vertente da terapia para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A sessão foi também um momento para alunos e professores conhecerem a missão da Valor T, a agência de empregabilidade para pessoas com deficiência da Misericórdia de Lisboa.

A sessão foi inaugurada por Jorge Torgal, que lembrou que a terapia ocupacional é, cada vez mais, uma área da saúde relevante, que tem vindo a ganhar o merecido destaque. A futuros e a atuais terapeutas ocupacionais presentes na conferência, o professor e diretor do estabelecimento de ensino superior gerido pela Santa Casa aproveitou para transmitir uma mensagem: “vocês fazem a diferença”.

A experiência de João Cadima enquanto terapeuta ocupacional e membro da equipa Valor T, permite-lhe concordar a 100% com Jorge Torgal. Na ambição de alcançar um mundo mais justo, a terapia ocupacional pode fazer a diferença. Mas de que forma é que os terapeutas ocupacionais podem ser um contributo na transição para a vida ativa e empregabilidade de pessoas com deficiência?

“São profissionais de saúde que centram a sua intervenção em cada pessoa, na sua funcionalidade, nas suas ocupações significativas, ambiente social e físico que a envolve. Promovem o desempenho ocupacional em ocupações importantes para a vida independente como a formação, o trabalho, as atividades da vida diária e autonomia na comunidade. Outra competência específica do terapeuta ocupacional, é a capacidade de análise e adaptação de atividades e tarefas, identificando barreiras e facilitadores ao desempenho de ocupações produtivas desejadas pela pessoa e empregador. Nesse sentido, colabora também na adaptação do ambiente laboral e recomendação de produtos de apoio adequados para atingir a inclusão”, explica João Cadima.

Pedro Teixeira é, como o próprio diz, “uma pessoa com deficiência, embora não pareça”. Toda a vida fez fisioterapia e terapia ocupacional. É com orgulho que constata que estas duas áreas da saúde em muito contribuíram para a vida autónoma que tem e para as conquistas que alcançou. Pedro viaja no tempo até ao ano 2017, altura em que concluiu o curso em artes plásticas e multimédia. “Bateu a muitas portas” em busca de trabalho. Nenhuma abriu. Pedro parafraseia um autor para mostrar que ele, à imagem de tantas pessoas com deficiência, só precisa de uma oportunidade:

“Enquanto o meu coração bater e o meu cérebro funcionar não me digam o que fazer. Deem-nos uma oportunidade e nós mostramos do que somos capazes. Se isso não acontecer, nós criamos as nossas próprias oportunidades”.

Agora, Pedro é parte fundamental da equipa da Valor T. “Fui uma das pessoas que se inscreveu na plataforma e, hoje, faço parte desta equipa fantástica. Além de talento e transformação, a Valor T também é empatia. É de destacar a facilidade com que a equipa trabalha com todos os candidatos”, explica.

 

OcupLab@ESSAlcoitão: mais e melhor investigação

O OcupLab@ESSAlcoitão é um espaço físico e virtual, que promove e potencia parcerias entre a ESSAlcoitão e a comunidade, para o desenvolvimento e investigação no âmbito da Ocupação. Um espaço aberto a todos os que queiram colaborar no estudo desta vertente da terapia, onde serão disponibilizados todos os trabalhos de investigação já realizados na Escola, mas também todos aqueles que estão em curso.

“Queremos ter colaboradores externos à escola. Queremos alargar a outros profissionais, terapeutas ocupacionais e não só. Ambicionamos também estabelecer parcerias com outras entidades, como é o caso da Valor T”, revela a diretora do departamento de terapia ocupacional da ESSAlcoitão, Isabel Ferreira.

Pedro Cadima destaca o lançamento, “em boa hora”, do OcupLab@ESSAlcoitão, que poderá “enquadrar a colaboração da Valor T com a Escola na investigação das questões das ocupações produtivas das pessoas com deficiência e incapacidade”. Não tem dúvidas de que a academia, enquanto fonte de conhecimento essencial, pode ser fundamental para a missão da Valor T, sobretudo “na concretização da inclusão laboral”.

“A ESSAlcoitão é uma mais-valia para a Valor T, pela sua experiência a formar profissionais de reabilitação, particularmente terapeutas ocupacionais. Nesse sentido, é um recurso inestimável. Por outro lado, aliar a prática à investigação é a melhor forma de validar a eficácia da intervenção e medir o impacto desta nos seus destinatários (pessoas com deficiência e empregadores) e na sociedade”, destaca.

Através da investigação pretende-se perceber as potencialidades e lacunas que possam existir, seja no acesso ao mercado de trabalho ou mesmo na adaptação ao posto de trabalho. ESSAlcoitão e Valor T estão juntas no objetivo de colocar em prática a fórmula que serve de tema ao Dia Mundial da Terapia Ocupacional 2022: “Oportunidade + Escolha = Justiça”.

Valor T promove encontro com entidades do tecido empresarial português

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a CIP – Confederação Empresarial de Portugal assinaram, esta quinta-feira à tarde, 7 de julho, na Mitra – Polo de Inovação Social, um protocolo que estabelece os princípios de colaboração entre as duas instituições na implementação de atividades do projeto Valor T.

Foi um evento que teve de tudo. Acima de tudo, emoção e esperança. Primeiro foi um encontro entre empresas e candidatos. Depois, assinou-se um protocolo entre a Santa Casa e a Confederação Empresarial de Portugal. No primeiro momento, ouviram-se testemunhos de empresas e de candidatos (que, entretanto, estão a trabalhar). “Oportunidade de ouro”, “feliz”, “orgulhoso”, “voltei a acreditar”, “sinto-me parte de algo”, foram algumas das palavras mais proferidas pelos candidatos.

Por outro lado, as empresas valorizaram o trabalho da Valor T. Segundo os empresários, a agência de empregabilidade veio preencher uma lacuna no mercado de trabalho, fazendo a ponte entre os candidatos e as empresas. Neste encontro, os empresários classificaram os candidatos de “bravos e transformadores”, pela forma como se entregam no trabalho e pelo caráter transformador desta experiência.

Na sua intervenção, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, sublinhou que este evento tem dois grandes objetivos: celebrar um ano da Valor T e a assinatura do protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a CIP. “Passado um ano da criação da Valor T – e não foi um ano particularmente fácil – podemos hoje dizer que uma parte da ambição que tínhamos está mais perto de se concretizar. É um sinal que estamos no caminho certo. O outro grande objetivo deste evento era a assinatura deste protocolo com a Confederação Empresarial de Portugal. Um passo importante para as empresas, para os candidatos, para a inclusão e para o trabalho digno para todos. A assinatura deste protocolo é um estímulo adicional para continuarmos o nosso trabalho.”

Já António Saraiva lembrou que “estamos associados a este projeto desde o início e com bastante empenho. Sendo a CIP a confederação das empresas, cabe às empresas fazer diferente, fazer melhor. O talento não tem género e não é exclusivo daqueles que não são portadores de deficiência.” O presidente da CIP defendeu, ainda, que assinatura deste protocolo representa um “valor civilizacional”, acrescentando que “há que transformar as mentalidades” e que “não podemos deixar ninguém para trás”.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, elogiou a iniciativa e disse que “estamos a construir em conjunto uma sociedade mais inclusiva”. A representante do Governo classificou os candidatos como “bravos transformadores”, sublinhando “o poder transformador do trabalho, da inclusão e da transformação da sociedade”.

Celebrar um trabalho de todos

A ocasião, inserida nas festividades dos 524 anos da SCML, foi assinalada por um encontro de comemoração entre a Valor T e as empresas que se associaram a este projeto. Dos parceiros fazem parte empresas como El Corte Inglés, Altice, Inditex, Jerónimo Martins, SONAE, CUF, Santander, Media Capital, entre muitas outras. Estiveram igualmente presentes dirigentes da Santa Casa, representantes do Governo, da Presidência da República, do Município de Lisboa, entre outros.

Lançada a 1 de maio de 2021, a Valor T tem por missão apoiar as pessoas com deficiência na procura e concretização do seu potencial profissional através de um processo de promoção de empregabilidade centrado na valorização do talento e mérito dos candidatos e no acompanhamento e partilha de oportunidades pelas entidades empregadoras.

Desde a sua criação, mais de 150 empresas estão registadas na plataforma da Valor T e a colaborar ativamente para a integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Contabilizam-se, ainda, cerca de 1500 candidatos registados. A Valor T conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

Testemunhos de empresas que trabalham com a Valor T

João Antunes, responsável pela aquisição de talentos do Grupo INDITEX, referiu que “sempre fez sentido para nós incluir pessoas que realmente necessitam e dar-lhes oportunidade de começar uma vida nova. Faz parte dos nossos valores e princípios enquanto empresa.”

Graça Rebôcho, diretora de Recursos Humanos na Altice Portugal, considerou que “foi muito positivo estar aqui hoje e ouvir os testemunhos de diversas pessoas que já estão incluídas neste projeto. Nós aderimos ao programa desde o início, porque temos várias iniciativas ligadas à inclusão, portanto, este é mais um passo para contribuir para a empregabilidade das pessoas com deficiência.”

“A sorte bateu-me à porta”. Candidatos da Valor T participam na Rock in Rio Academy

O Rock in Rio é, por definição, um festival de música, mas, nos últimos anos, tornou-se em algo muito maior. Pode ouvir-se música, é certo, mas também aprender. Esta quarta-feira, 22 de junho, as colunas desligaram-se para dar tempo à Rock in Rio Academy. Neste evento, seis candidatos da Valor T – que, entretanto, já estão inseridos no mercado de trabalho – fizeram o acolhimento e a credenciação dos participantes da Academia do Rock in Rio.

A Cidade do Rock de Lisboa abriu novamente as portas para receber a 3ª edição do Rock in Rio Academy – uma ação de formação em gestão com base no modelo de negócio de uma das maiores marcas de experiência do mundo.

A Valor T, a agência de empregabilidade dedicada a pessoas com deficiência da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, convidou Maria, Miguel, Marcos, Ronica, Tiago e Cânia para participar no evento. Uns encaminhavam os participantes, outros asseguravam a credenciação. Sempre acompanhados pela equipa da Valor T. À medida que as tarefas foram distribuídas, o nervoso inicial passou rapidamente. Orgulhosos pela oportunidade, estes homens e mulheres desejavam intensamente mostrar o seu valor e capacidade de trabalho.

“Já tinha desistido de procurar”

Entre os seis elementos, está Maria Moreira, 36 anos, de Sintra. Inscreveu-se logo no início do lançamento da Valor T. “O processo levou algum tempo”, recorda. Mas hoje está “feliz e realizada”. “Como se sabe, é difícil para as pessoas com deficiência entrar no mercado de trabalho. Trabalhei nas limpezas, mas não era o que gostava de fazer”.

A candidata tem uma lesão no plexo braquial, afetando principalmente os movimentos e a sensibilidade do ombro e cotovelo. Movimentos como levantar e abrir o braço, e dobrar o cotovelo ficam difíceis ou impossíveis. Por esta razão, cada vez que procurava emprego, “as portas fechavam-se”, conta.

Quando Maria recebeu um telefonema da Valor T, não esperava que do outro lado da linha fosse anunciada a oportunidade que tanto queria. Hoje é operadora ajudante de loja no El Corte Inglés. “Estou feliz. Já tinha desistido de procurar e, quando menos esperava, a sorte bateu-me à porta”, lembra, sorridente. “Vim apenas pela experiência, nem foi pelo bilhete que nos oferecem. Normalmente, apenas escolhem os modelos e perfeitos para fazerem parte destes eventos. Hoje é o meu dia”, rematou.

“É uma oportunidade para socializar”

Também Tiago Ferreira, 26 anos, de Santa Iria da Azoia, encontrou na agência de empregabilidade para pessoas com deficiência, da Misericórdia de Lisboa, um porto de abrigo. A história repete-se. “As pessoas com deficiência têm uma dificuldade acrescida em entrar no mercado de trabalho”, sublinha.

O jovem candidatou-se em 2021. Atualmente está a trabalhar como auxiliar de jardinagem no Pingo Doce. “Senão fosse a Valor T, não teria conseguido entrar no mercado de trabalho. Há um estigma enorme em relação às pessoas com deficiência”, nota.

Tiago sofre de uma doença crónica que o impede de absorver cálcio, estando medicado para o efeito. Sobre a iniciativa desta quarta-feira, o jovem jardineiro acredita que “é uma oportunidade para socializar, conhecer novas pessoas e perder um pouco da timidez” que tem.

“Faço o que gosto”

Já Marcos Rosa, 39 anos, de Porto Alegre (Brasil), há quatro anos em Portugal, encontrou a agência Valor T através do Google. Fez entrevista em janeiro e depois começou a receber várias propostas de trabalho ao seu perfil. Em abril, começou a trabalhar na Zara. “Comecei como part-time, o salário é bom em comparação com outros que já vi, e, agora, vou ter um horário completo. Faço o que gosto, trabalho com pessoas, com público, com vendas. Era exatamente o que eu procurava”, diz, satisfeito.

O brasileiro está a recuperar de cancro e à espera de transplante de médula. Enquanto recupera, confessa estar “feliz” por sentir-se útil de novo. Para finalizar, Marco conta que é a primeira vez que irá participar no Rock in Rio. “Eu estou a realizar um sonho”, diz, sorridente.

 

Valor T, há um ano a incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho: “Ter conseguido um emprego é uma conquista”

Ângelo Pereira dá por ele a olhar em redor. Observa o entra e sai dos clientes da loja Stradivarius, no centro comercial UBBO (Amadora), e a forma cuidadosa como aqueles que serão os seus novos colegas de trabalho manuseiam as roupas. Quando Ângelo Pereira recebeu um telefonema da Valor T , não esperava que do outro lado da linha fosse anunciada a oportunidade que tanto queria. A técnica da agência de empregabilidade para pessoas com deficiência da Misericórdia de Lisboa indicava que era chegada a hora de o jovem regressar ao mercado de trabalho.

Para trás ficam os corredores do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, local onde Ângelo trabalhou como assistente técnico entre agosto de 2020 e julho de 2021. Naquela unidade de saúde, não existia nada no departamento de logística que não passasse pelas suas mãos. A gestão de stocks e o armazenamento de materiais eram parte das suas tarefas diárias. Foram também essas competências que fizeram com que o Grupo INDITEX avançasse para a sua contratação. O dia 29 de abril marca, assim, o primeiro dia de Ângelo como funcionário da Stradivarius, uma das marcas deste grupo empresarial.

Aos 22 anos, o currículo de Ângelo também se faz de dois estágios curriculares em informática. A paixão pelos computadores apareceu quase como necessidade, como uma área capaz de responder às dificuldades que a paralisia cerebral impõe. “Devido à dificuldade que tenho no lado direito do corpo, aconselharam-me a seguir informática. Fiz dois estágios na área, que me permitiram adquirir conhecimentos de programação e até de atendimento ao público”, conta sem esquecer que desde muito novo que “ambicionava trabalhar na área de multimédia”, mas que a paralisia cerebral obrigou-o a abandonar o sonho.

Valor T: a plataforma da Santa Casa que está a transformar o mercado de trabalho

Em maio, enquanto João Antunes folheava o jornal Correio da Manhã, escrito a letras capitais estava a oportunidade de uma vida: a Misericórdia de Lisboa anunciava a criação da Valor T. Ao ler aquele artigo, o jovem natural de Lisboa percebeu que a Santa Casa tinha acabado de criar um canal de oportunidades para que pessoas com deficiência pudessem ingressar no mercado de trabalho. “Conheci a Valor T através de um artigo publicado num jornal. Após ter lido a notícia fui à procura do site da Valor T e fiz a inscrição na plataforma”, refere.

A Valor T nasceu em plena pandemia, com o desemprego a crescer e as distâncias a aumentarem. Trata-se de um projeto com uma abordagem que não se fixa na deficiência, mas antes na pessoa, no seu talento e determinação. Para João Antunes “a criação da Valor T foi uma lufada de ar fresco” para pessoas que, tal como ele, estão em “circunstâncias complicadas”. Para este engenheiro multimédia, de 36 anos, a distrofia muscular progressiva rara provocou-lhe limitações físicas, mas também poucas expetativas de emprego. A sua, já vasta, experiência profissional permite-lhe afirmar que há uma certa marginalização por parte das entidades empregadoras, que o próprio já sentiu na pele.

“O empregador pensa logo que não temos o perfil de uma pessoa normal. Cheguei a apresentar-me numa entrevista e a pessoa disse que me dizia qualquer coisa, mas nunca mais recebi feedback dessa empresa. Submeti o currículo e fui aceite. Quando fui chamado para a entrevista é que ocorreram alguns problemas. Na altura tive receio porque já sabia que existia esse preconceito no mercado de trabalho”, revela.

Mas a Valor T quer mudar o paradigma. Este projeto da Misericórdia de Lisboa pretende unir os seus parceiros e as empresas num desafio transformador da sociedade e do mercado de trabalho. O principal objetivo é que diferença não seja um problema no acesso a oportunidades. Foi a esse trabalho “muito exigente” que a diretora da Valor T, Vanda Nunes, e restante equipa, se dedicaram nos últimos sete meses.

Vanda Nunes, diretora da Valor T

O sucesso da agência de empregabilidade para pessoas com deficiência cresce, dia após dia, mas só é possível graças ao apoio da Rede Colaborativa T, que agrega várias áreas da Santa Casa. Desde logo a Direção de Sistemas e Tecnologias de Informação (DISTI), que traduziu a metodologia da Valor T em plataforma, e que permite a qualquer pessoa do país efetuar o registo no site. Foi devido ao trabalho desenvolvido por esta direção que o primeiro desafio foi superado: garantir a acessibilidade da plataforma. “Este não é um trabalho só nosso. É da DISTI, mas também dos colegas da área da ação social e da saúde que foram colaborando connosco na definição da metodologia”, explica Vanda Nunes.

Sete meses a potenciar talentos

A Valor T nasceu no passado dia 1 de maio, fruto de vários meses de trabalho interno de conceção do projeto. É um processo que resulta do contributo de parceiros como o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), federações, associações e empresas. Ao longo dos sete meses de atividade, a equipa da Valor T dedicou-se à análise pormenorizada de todos os registos feitos na plataforma. Como lembra Vanda Nunes, “cada pessoa é uma pessoa, cada caso é um caso”, o que implica um trabalho à medida de cada um. Foram dias a fio a conhecer os candidatos, contabilizando já cerca de 700 entrevistas realizadas.

Logo nos meses de maio e junho, centenas de candidatos bateram à porta do projeto. João Antunes é um dos cerca de 1000 candidatos de vários locais de Portugal que já efetuaram a sua inscrição na plataforma Valor T. Cumpriu todas as fases do processo de recrutamento: registo; fase de ativação (onde o candidato se descreve e revela as suas preferências); fase de avaliação (candidato recebe um contacto telefónico da Valor T para agendamento de uma entrevista); entrevista com psicólogo; perfil do candidato divulgado na plataforma; eventual match entre o candidato e uma empresa.

E o tão desejado match aconteceu. Em janeiro de 2022, graças à Valor T, João vai iniciar uma nova aventura profissional numa consultora tecnológica, a Bee Engineering. Para trás ficam quase 11 anos de serviço numa empresa portuguesa de conteúdos digitais, que fechou portas em outubro.

Mercado de trabalho mais solidário

As empresas têm vindo a dizer “presente” à Valor T. Cerca de 120 entidades empregadoras de todo o país já efetuaram também o seu registo na plataforma. A equipa da Valor T está empenhada em ajudar as empresas a contribuírem para um mercado de trabalho mais solidário, no qual todos podem vir a ter a oportunidade de conseguir um trabalho digno.

“Estamos a tentar perceber em que fase é que as empresas estão. Precisamos de perceber quais são, ao que vêm, se já iniciaram este processo de contratação de pessoas com deficiência ou se nos procuram precisamente para começarem esse percurso. A diferença é imensa. Temos empresas que já têm experiência nesta área, mas outras que não, e, por isso, vêm até nós para iniciarem esse caminho”, realça Vanda Nunes, lembrando que, neste momento, a Valor T “está a trabalhar de forma próxima com as empresas, de modo a preparar o ano de 2022”.

Durante o mês de novembro, a Valor T apresentou a empresas mais de 20 perfis para diferentes áreas de trabalho. Agora, começaram a ser feitos os primeiros pedidos para entrevistar algumas das pessoas que lhes foram dadas a conhecer. É neste último ponto, de ligação entre candidato e empregador, que culmina o trabalho da Valor T. É quebrar barreiras no acesso ao mercado de trabalho, mobilizando as empresas para um país solidário, mais coeso e, por isso, melhor.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas