logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Acolher como missão, amar como vocação

Centro de Desenvolvimento Comunitário é motor do Bairro dos Lóios

A funcionar deste o início dos anos 80, o Centro de Desenvolvimento Comunitário do Bairro dos Lóios, em Marvila, é uma das entidades deste género mais antigas na cidade e continua a crescer. Atuando junto de uma população com várias faixas etárias, o Centro tem contribuído para a coesão e desenvolvimento do bairro.

“Funcionamos de uma forma intergeracional, é essa a premissa”, sublinha Maria João Teixeira, diretora do Centro de Desenvolvimento Comunitário, que aponta a “resposta de proximidade com todas as gerações” como um fator fundamental.

“Como o Centro funciona na base da relação com as pessoas, tem acrescentado muito à comunidade e formado gerações diferentes, deixando uma marca inevitável. E dou um exemplo muito prático: se perguntarem aqui no bairro onde é a Santa Casa, vão ouvir que é isto, que é o Centro. Estamos na proximidade com uma resposta de qualidade e multidisciplinar”, explica a diretora.

O trabalho do Centro de Desenvolvimento Comunitário do Bairro dos Lóios apresenta diversas respostas sociais e atividades dirigidas à população, como centro de dia, animação educativa, espaço de inclusão digital, expressão de movimento, boccia, caminhadas, coro, meditação ou ginástica.

“É uma resposta de ADN comunitário”, resume Maria João Teixeira.

Festival animou o bairro

No passado sábado, dia 20 de maio, decorreu o Festival CulturLóios e o Centro de Desenvolvimento Comunitário, entre outras entidades, não deixou de marcar presença. Este festival nasceu em 2017 com o claro objetivo de construir uma comunidade de pessoas mais felizes, confiantes e empáticas. O dia foi repleto de animação para toda a família e estimulou o convívio entre todos, saudando a diversidade e autenticidade existentes no bairro.

Entre as atividades praticadas estiveram uma caminhada histórica, capoeira, artesanato, dança ou desfile de moda, e não faltaram também um espaço criança, outro de restauração e, claro, muita música.

O Festival CulturLóios tem, de resto, já prometido o regresso no próximo ano, a 18 de maio.

Foto: Movimento de Escola Fotográfica

A família que dá o “colo” quando não existe outra

Foi na Colónia Balnear de São Julião, na Ericeira, equipamento sob a gestão da Misericórdia de Lisboa, que decorreu no passado domingo, o II Encontro de Famílias de Acolhimento. Ao todo, foram mais de 80 famílias que não faltaram “à chamada”, para um dia inteiro de confraternização, amizade, muitas brincadeiras e jogos para os mais pequenos.

O espaço decorado a rigor para receber miúdos e graúdos, com balões, almofadas gigantes, molduras festivas e um mural para as famílias escreverem frases que caracterizam a sua experiência, enquanto família de acolhimento. Atrás do edifício principal da colónia, uma caça ao tesouro e um jogo de futebol improvisado, faziam ecoar gargalhadas e palavras de incentivo pelo vale que se estende entre a colónia e a praia de São Julião.

O casal Sofia e Tiago e os seus filhos de 4 e 6 anos foram uma das famílias que não quis faltar ao encontro. Desde 2021 que “dão colo” a João (nome fictício) de 4 anos. O facto de saberem que o menino só ficará com eles até a família de origem estar pronta para o ter de volta não os dissuade. “É um desafio, mas a vontade de poder fazer a diferença na vida desta criança é maior que qualquer entrave que possa existir”, afirma Sofia. “Nós achamos que estamos aqui só para dar, mas também recebemos muito.”

Uma aventura que começou quando Sofia estava no trânsito, o autocarro ao seu lado tinha a publicidade da campanha sobre o programa de acolhimento familiar LX Acolhe, da Santa Casa. Para o casal, que já tinha ponderado em ter mais um bebé, o “sim” foi imediato e os filhos de ambos, quase com a mesma idade do João, estiveram envolvidos na decisão desde o primeiro momento. “Nós explicámos desde o início aos nossos filhos quem era o João. Eles perceberam a importância que iríamos ter na vida desta criança, mas, por outro lado, ficaram ansiosos porque perceberam que existem crianças que não estão com os seus pais, mas acabaram por receber o João super bem”, conta Sofia.

Casal a tirar foto

Neste dia dedicado a celebrar o amor e a família, todos os participantes do encontro foram chamados a participar. Enquanto que os mais pequenos se deliciavam com as inúmeras atividades que a equipa da direção de Infância e Juventude da Santa Casa tinham preparado para eles, os pais, avós e irmãos mais velhos eram desafiados a conhecerem-se melhor, a partilhar experiências e a participar na sessão de esclarecimento sobre os desafios e barreiras do que é ser uma família de acolhimento.

Ana Pais, de 35 anos, é uma família de acolhimento que quebra com os estereótipos da sociedade relativamente ao que é esperado. Solteira e com uma vontade enorme de fazer a diferença na vida de alguém, candidatou-se como família monoparental a acolher uma jovem de 14 anos. Fruto da sua atividade profissional, onde lidou de perto com crianças e jovens em risco, desde o primeiro momento, que sentiu vontade de dar um pouco de si a quem mais precisa.

“Sou só eu na vida dela neste momento, mas temos que construir alicerces para ela conseguir crescer e ter um futuro feliz”, frisa a jovem, salientando que “estes jovens e crianças só precisam de uma família e de alguém que lhes transmita e dê amor, um lar e um espaço para desenvolverem o melhor que podem ser”.

senhora a tirar foto

Acolher uma criança é devolver-lhe a infância

Estas famílias ficam responsáveis “por satisfazer todas as necessidades prementes da criança, sejam elas emocionais, físicas, de saúde, de educação ou de transmissão de valores, sempre numa lógica em contexto familiar, pois a família biológica continua, na maioria das vezes, a ter um papel a desempenhar”, refere Isabel Pastor, diretora da Unidade de Adoção, Apadrinhamento Civil e Acolhimento Familiar da Misericórdia de Lisboa.

Ser família de acolhimento é para quem quer muito, mas ainda existem alguns “estigmas que devem ser explicados”. “Fala-se em família, mas família é todo o ambiente, mais do que propriamente um conjunto de pessoas. Podem ser família de acolhimento uma só pessoa, casais, pessoas que convivem com outras pessoas no seu lar, que não tem de ser necessariamente na fórmula de casal, sendo que é necessário ter no mínimo 25 anos, mas sem um limite etário estabelecido, porque isso depende da energia e da capacidade de cada um”, reforça a Isabel Pastor.

Quando as famílias decidem avançar para o processo de acolhimento familiar, sucede-se a formação inicial, a avaliação psicológica dos candidatos e a fase de visitas técnicas à habitação e envolvimento do núcleo familiar. Uma vez selecionados os candidatos, estes entram na bolsa das famílias de acolhimento e a Misericórdia de Lisboa faz a respetiva ligação com as crianças, geralmente sinalizadas pelas instituições onde se encontram ou pelas quais são acompanhadas.

Senhora a falar para famílias

“O acolhimento familiar é um processo temporário, é uma medida de promoção e proteção. Na maioria dos casos nos processos de acolhimento familiar existe uma relação temporária entre a família e a criança ou jovem, com o fim de procurar posteriormente uma solução permanente, seja, como na maioria dos casos, a reintegração na família de origem, ou, se isso não for possível, a integração numa família permanente, pela via da adoção”, explica a responsável.

Neste momento, existe perto de uma centena de famílias escolhidas para acolhimento familiar, algumas delas monoparentais, sendo que 120 crianças já beneficiariam desta medida de acolhimento familiar, em vez de uma institucionalização precoce.

Quer ser família de acolhimento? Quem pode concorrer? O que deve ter em conta na hora de apresentar candidatura? Estas e outras respostas estão disponíveis na área “Acolhimento Familiar“.

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Valor T: dois anos a encontrar talento na diferença

As vidas de Pedro Teixeira e Madalena Rossa mudaram por completo quando decidiram inscrever-se na Valor T. Hoje têm um emprego numa área que gostam e contam a sua experiência neste processo, desde o registo até ao presente.

Por seu lado, Vanda Nunes, diretora da Valor T, faz um balanço muito positivo destes dois anos de atividade e projeta o futuro próximo.

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Valor T: dois anos a encontrar talento na diferença

Do trauma à estabilidade familiar: a resposta nos maus tratos infantis

Os dias são sempre agitados na Casa de Acolhimento Santa Teresinha. Atualmente, esta unidade da Santa Casa acolhe 15 crianças e jovens entre os quatro e os 14 anos, numa espécie de minissociedade na qual se criam rotinas e, sobretudo, laços.

“Não são irmãos e não se pode dizer que tenham uma relação de irmãos, mas acaba por ser semelhante. Os mais velhos ajudam muito os mais novos e, às vezes, até em questões mais profundas”, explica a psicóloga Susana Câmara, que trabalha na Casa desde 2019.

Ali chegam crianças e jovens vindos de situações de maus tratos, muitas vezes resultantes de negligência da família, e a primeira resposta a ser dada pelos profissionais que os acolhem passa por oferecer-lhes segurança.

“O acolhimento é quase como um trauma adicional, mesmo para a família. Nos primeiros tempos tem de existir previsibilidade e rotinas, porque isso vai dar segurança à criança. Tem de haver um racional comum a todos, de regras que eles conhecem, saberem quem vai estar de turno, quem são os adultos que os esperam, para aos poucos irem baixando as defesas e começarem a sentir-se seguros”, relata Susana.

Naturalmente há regras a cumprir e a adaptação de cada um exige paciência, como detalha Sofia Lima, educadora da Casa de Acolhimento Santa Teresinha.

“Tem de haver regras numa casa destas e algumas acabam por não respeitar a individualidade de cada uma das crianças ou jovens. Dou um exemplo: um deles pratica um desporto e chega às 20 horas. Há de vir cheio de fome para sentar-se à mesa, mas não pode, porque a regra do grupo é tomar banho antes. Uma das grandes dificuldades que temos é poder adequar as regras a cada jovem, de forma que não choque diretamente com o grupo em si. É um grande desafio”.

Na maioria dos casos, as situações são trabalhadas de forma a reintegrar as crianças e jovens na família, o que demora, em média, cerca de um ano. No entanto, apesar de mudarem de casa, as crianças estão sempre em contacto com os familiares.

“À partida é sempre esse o objetivo, até por respeito à criança e aos seus vínculos. A questão dos maus tratos vem muitas vezes de uma incapacidade de cuidar, porque não se foi cuidado nem se aprendeu uma ligação de afetos e segurança. Temos de contrariar esse ciclo que passou de geração em geração. Não atuamos só com a criança, mas também com a família. Inicialmente a família está sempre aqui, faz parte das nossas rotinas. Ajudam a dar banho, a preparar a mochila, nos trabalhos de casa e, às vezes, juntam-se a nós numa refeição. Ao longo desta rotina é que se vão trabalhando as pequenas coisas”, diz a psicóloga.

Titulo h3

Os dias são sempre agitados na Casa de Acolhimento Santa Teresinha. Atualmente, esta unidade da Santa Casa acolhe 15 crianças e jovens entre os quatro e os 14 anos, numa espécie de minissociedade na qual se criam rotinas e, sobretudo, laços.

“Não são irmãos e não se pode dizer que tenham uma relação de irmãos, mas acaba por ser semelhante. Os mais velhos ajudam muito os mais novos e, às vezes, até em questões mais profundas”, explica a psicóloga Susana Câmara, que trabalha na Casa desde 2019.

Ali chegam crianças e jovens vindos de situações de maus tratos, muitas vezes resultantes de negligência da família, e a primeira resposta a ser dada pelos profissionais que os acolhem passa por oferecer-lhes segurança.

“O acolhimento é quase como um trauma adicional, mesmo para a família. Nos primeiros tempos tem de existir previsibilidade e rotinas, porque isso vai dar segurança à criança. Tem de haver um racional comum a todos, de regras que eles conhecem, saberem quem vai estar de turno, quem são os adultos que os esperam, para aos poucos irem baixando as defesas e começarem a sentir-se seguros”, relata Susana.

Naturalmente há regras a cumprir e a adaptação de cada um exige paciência, como detalha Sofia Lima, educadora da Casa de Acolhimento Santa Teresinha.

“Tem de haver regras numa casa destas e algumas acabam por não respeitar a individualidade de cada uma das crianças ou jovens. Dou um exemplo: um deles pratica um desporto e chega às 20 horas. Há de vir cheio de fome para sentar-se à mesa, mas não pode, porque a regra do grupo é tomar banho antes. Uma das grandes dificuldades que temos é poder adequar as regras a cada jovem, de forma que não choque diretamente com o grupo em si. É um grande desafio”.

Na maioria dos casos, as situações são trabalhadas de forma a reintegrar as crianças e jovens na família, o que demora, em média, cerca de um ano. No entanto, apesar de mudarem de casa, as crianças estão sempre em contacto com os familiares.

“À partida é sempre esse o objetivo, até por respeito à criança e aos seus vínculos. A questão dos maus tratos vem muitas vezes de uma incapacidade de cuidar, porque não se foi cuidado nem se aprendeu uma ligação de afetos e segurança. Temos de contrariar esse ciclo que passou de geração em geração. Não atuamos só com a criança, mas também com a família. Inicialmente a família está sempre aqui, faz parte das nossas rotinas. Ajudam a dar banho, a preparar a mochila, nos trabalhos de casa e, às vezes, juntam-se a nós numa refeição. Ao longo desta rotina é que se vão trabalhando as pequenas coisas”, diz a psicóloga.

Provedora na apresentação da exposição

Palácio Paiva de Andrade

Integrado numa pequena rua no Bairro Alto, em Lisboa, o Palácio Paiva de Andrade, agora conhecido como Centro Social de São Boaventura, tomando por empréstimo o nome da rua onde se encontra, guarda dentro das suas paredes uma história de dor e amor ao próximo.

Em memória da filha precocemente falecida aos 22 anos, vítima de tuberculose, a sua mãe, Carolina Picaluga Paiva de Andrade determinou em testamento a criação de um instituto de ensino destinado a acolher 22 alunas oriundas de famílias carenciadas. O palácio, outrora palco de animados serões musicais onde se ouvia o piano tocado pela filha Luísa e onde o pai, Jacinto Paiva de Andrade, apresentava a sua coleção de arte aos convidados, figuras influentes da história da cidade, é agora uma referência no apoio à comunidade em Lisboa.

A morte intempestiva da jovem Luísa calou para sempre as gargalhadas no palacete e décadas mais tarde deu voz a um mito onde a paixão e o assombramento voltam a habitar o espaço. É sobre ela que paira uma neblina mística, que envolve o seu quarto, intocado por vontade testamentária desde a sua morte.

Quarto da menina

Carolina Augusta Picaluga Paiva de Andrade morre em 1912 e no seu testamento deixa a Santa Casa como herdeira do seu património, principalmente como executora dos seus desejos. As vontades de Carolina não eram apenas as suas, mas também do falecido marido Jacinto, unidos na intenção de perpetuar o nome da filha. Segundo a vontade de Carolina, deveria ser resguardado o quarto da casa do Instituto onde faleceu Luísa e colocar junto do seu leito algumas flores.

Quando a instituição recebeu o Instituto Luísa Paiva de Andrade, deu continuidade ao projeto da fundadora e, no cumprimento do seu desejo referido, manteve o quarto interdito até ao final da década de 80, quando problemas estruturais no espaço obrigaram à abertura da divisão. Na altura da reabertura do quarto, os relatos foram de estupefação ao constatar que um espaço esquecido no último piso do edifício, fechado à chave, permanecia mobilado como há cem anos e cheio de memórias pessoais de uma rapariga que nele tinha morrido em circunstâncias trágicas.

Centro São Boaventura

Reza a lenda que a jovem Luísa se terá enamorado por um jardineiro da casa. Esta paixão terá sido contrariada pelos seus pais, que a encerraram no quarto e é neste período de confinamento que a jovem se vê infetada pelo vírus da tuberculose, que lhe leva a vida. Os pais, angustiados pelo remorso de terem contribuído para a infelicidade da filha, decidiram imortalizar o seu nome através da criação do instituto com o seu nome e posteriormente com a preservação do seu quarto intacto por anos.

Nos dias de hoje, e continuado o legado da benemérita, a Santa Casa reestruturou o espaço, respeitando a vontade de Carolina em manter o “quarto da menina” fechado, e colocou aí um centro intergeracional que dá resposta a centenas de jovens e idosos. No Centro Social de São Boaventura há respostas para várias faixas etárias. Há lugar para os mais velhos e os mais novos, sem haver barreiras a limitar os espaços de uns e de outros ou atividades em que a idade seja critério de exclusão.

São Boaventura

No piso inferior do palácio, agora funciona uma ludoteca e um espaço de inclusão digital com computadores e uma impressora à disposição, com vista privilegiada para o jardim da casa. Já no piso superior existe um centro social, que fomenta um cruzamento de gerações espontâneo, onde em algumas ocasiões se encontram netos e avós, num convívio familiar e coeso. Existem várias iniciativas conjuntas, como passeios e oficinas ou projetos desenvolvidos com outras entidades e instituições.

O centro social está aberto de segunda a sexta-feira e é frequentado por dezenas de pessoas, muitas das quais almoçam e lancham no espaço. Para os que precisam, há também balneários para tomar banho, serviço de lavandaria e uma carrinha que faz o transporte de regresso a casa.

Santa Casa e Sporting Clube de Portugal juntam-se para realizarem projetos de inovação e desenvolvimento social

Créditos da fotografia: Sporting Clube de Portugal

Foi no último domingo que a Misericórdia de Lisboa e o Sporting Clube de Portugal firmaram um protocolo no sentido de desenvolverem formas de colaboração que permitam concertar intervenções e realizar projectos de inovação e desenvolvimento social.

A oficialização da parceria decorreu no Estádio José Alvalade e contou com a presença do administrador executivo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, do presidente do conselho diretivo do Sporting CP, Frederico Varandas, e de André Bernardo, vice-presidente do emblema leonino.

Na ocasião, Sérgio Cintra destacou a importância desta ação: “O que fazemos na Santa Casa e o que o Sporting CP faz também muitas vezes é ajudar a construir sonhos. Não importa se as pessoas têm 94 anos ou se são mais novas. Só o facto de verem uma camisola verde e branca faz com que o sorriso seja o maior do Mundo e que tudo o resto fique para segundo plano”.

O responsável lembrou as dezenas de crianças de casas de acolhimento e das equipas de apoio à família da Santa Casa que visitaram a Academia Cristiano Ronaldo no final de Março.

“Não sei se conseguimos imaginar a extensão da alegria, são memórias que ficam para o resto da vida. Para aquelas crianças, poderem dizer com orgulho aos colegas de escola que estiveram na Academia com o Jubas e a conversar com o Paulinho, mostrando quase como um troféu as fotografias que tiraram, é absolutamente indescritível. Se há forma de construirmos sonhos, esta é necessariamente uma delas e só podemos agradecer ao Sporting CP por essa oportunidade”.

Este domingo ficou também marcado na memória de seis crianças, residentes nas Casas de Acolhimento de Santo António e de Santa Teresinha, ambos equipamentos da Santa Casa, que tiveram oportunidade de assistir à partida entre o Sporting CP e o FC de Arouca num dos camarotes do Estádio José Alvalade.

Grupo de jovens no estádio de Alvalade a assistir ao Sporting vs Arouca

 

Realizar o sonho de ser Picasso por um dia

Realizar o sonho de ser Picasso por um dia

Utentes do Centro de Dia de Nossa Senhora dos Anjos, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tornaram-se modelos e artistas em sessões de desenho promovidas pelo Lisbon Drawing Club.

Valor T cada vez mais perto de quem precisa

O Pestana Palace, em Lisboa, foi o palco escolhido para a assinatura de um memorando de entendimento, entre a Valor T, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e várias instituições nacionais, que prevê a implementação de várias diretrizes de entendimento para a criação de condições que permitam promover a igualdade de oportunidades das pessoas com deficiência no acesso ao mercado de trabalho, quer através das medidas específicas que se encontram em vigor, quer através da personalização no contacto das pessoas com deficiência com os serviços de emprego.

O evento que assinala igualmente os quase dois anos de existência da Valor T (inaugurada a 1 de maio de 2021) aconteceu esta terça-feira, 11 de abril, naquele espaço hoteleiro e contou com a presença do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, da ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, do presidente do IEFP, Domingos Lopes, do secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, da secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes e de diversos representantes das várias instituições, que com a assinatura deste memorando passam a integrar uma rede de centros de recursos de apoio à intervenção dos serviços de emprego nos domínios da informação, avaliação e orientação para a qualificação e o emprego, apoio à colocação e acompanhamento pós-colocação.

Durante a assinatura do protocolo, o provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, frisou que este acordo “é a única forma de termos sucesso à escala nacional para a empregabilidade de pessoas com deficiência”, salientando que “a Valor T é um modelo do bom trabalho que é desenvolvido diariamente na Santa Casa”.

Para Edmundo Martinho, as pessoas que já conseguiram entrar no mundo do trabalho através da Valor T são “um exemplo de inspiração e de perseverança”, considerando que a inserção destas pessoas no mundo laboral “pode significar toda a diferença no seu futuro”.

Já Ana Mendes Godinho defendeu que os dois anos da Valor T mostram “que é possível quebrar barreiras que muitas vezes nos levam a pensar que não conseguimos integrar no mesmo espaço ou no local de trabalho pessoas com características completamente diferentes”.

“Foi feito muito trabalho desde 2021 e foi mostrado e demonstrado que é possível aquilo que parecia impossível e a minha mensagem é também para todos aqueles que já participaram desde o início nestes processos de coragem, de autonomização, mas também de capacidade de uma vida nova”, comentou a ministra.

Ainda antes do evento Ana Mendes Godinho teve a oportunidade de conhecer e falar com dois trabalhadores do Grupo Pestana, que encontraram emprego através da Valor T. Na sua intervenção, a ministra fez questão de frisar que estes trabalhadores são a representação do “nosso sucesso como sociedade e dizer que somos, afinal, uma sociedade inteligente que não desperdiça ninguém”.

Um trabalho de todos e para todos

Lançada a 1 de maio de 2021, a Valor T tem por missão apoiar as pessoas com deficiência na procura e concretização do seu potencial profissional através de um processo de promoção de empregabilidade centrado na valorização do talento e mérito dos candidatos e no acompanhamento e partilha de oportunidades pelas entidades empregadoras.

Desde a sua criação, perto de 180 empresas estão registadas na plataforma da Valor T e a colaborar ativamente para a integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Contabilizam-se, ainda, cerca de 1600 candidatos inscritos, sendo que, 460 já foram entrevistadas por empresas, tendo sido contratados mais de 200. A Valor T conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas