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Colaboradores da Santa Casa solidários com a Ucrânia

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem dinamizado, através do seu Programa de Responsabilidade Social e Cidadania Ativa – “Mais de Nós”, ações de voluntariado que permitem aos seus colaboradores exercer o princípio da cidadania ativa.

Desta forma, a instituição possibilita a todos os colaboradores a dispensa de quinze horas mensais para promoção de ações de apoio às vítimas do conflito armado na Ucrânia.

Para Rita Chaves, diretora do Departamento de Qualidade e Inovação da Santa Casa, este é um “passo inevitável, numa instituição como a Santa Casa”, referindo que “a enorme onda de solidariedade que se sente um pouco por todo o mundo, reflete-se também, nesta casa, onde todos os dias se trabalha, direta ou indiretamente, no apoio às pessoas mais vulneráveis”.

Ainda inserido no programa corporativo de voluntariado “Mais de Nós”, alguns colaboradores da instituição disponibilizaram-se para dar explicações a alunos do 2º e 3º ciclos, com vista a combater o insucesso escolar, impedir o abandono precoce da escola, melhorar os resultados dos alunos e incentivar ao estudo, em particular de crianças e jovens oriundos de meios desfavorecidos. Esta iniciativa está inserida no protocolo de colaboração que a Misericórdia de Lisboa tem com a EPIS (Empresários Pela Inclusão Social).

Não poder ver, mas apenas sentir a emoção do futebol. O dia em que Santa Casa e FPF fintaram a diferença

Rui Magalhães traz nas mãos um pequeno rádio. É um rádio antigo, que funciona a pilhas, mas que este utente da Misericórdia do Porto carrega com cuidado, próprio de quem transporta algo valioso. Rui dá muita importância a aparelhos áudio. Aos 29 anos, a rádio tem sido uma companheira de viagem, proporcionando-lhe momentos inesquecíveis. Rui habituou-se a ver o mundo através da rádio, pelas palavras de jornalistas, comentadores de futebol, músicos e até da publicidade.

“Como não tenho visão uso, diariamente, o rádio para ouvir coisas. Também ouço música, notícias e, de quando em vez, ouço programas de discos pedidos. Mas o que gosto mesmo é de ouvir relatos de futebol. O relato da rádio é mais rico, mais detalhado, mais emotivo. O que me agrada mais no relato é quando gritam golo”, conta Rui, ao mesmo tempo que confessa que vibra mais com os jogos do FC Porto.

Paralisia Cerebral em destaque na semana em que se assinalou o Dia Mundial do Síndrome de Down

No dia em que se assinalou o Dia Mundial do Síndrome de Down, 15 de março, a Fundação Calouste Gulbenkian foi palco da apresentação do 5.º Relatório Trienal do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC). Um evento que ocorreu em formato presencial e que teve também transmissão online.

Presentes no mesmo, estiveram a ministra da Saúde, Marta Temido, a secretária de Estado da Inclusão e das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, e representantes das várias instituições que integram o projeto.

O relatório agora divulgado teve como tema principal a “Evolução dos Fatores Associados ao Risco de Paralisia Cerebral em Portugal no século XXI”, e contou com a participação de mais de 2000 crianças com paralisia cerebral, nascidas entre 2001 e 2012.

Durante a sua intervenção, Marta Temido, ministra da Saúde, salientou que o trabalho desenvolvido pelo PVNPC é um “importante contributo para o conhecer os fatores de risco associados à paralisia cerebral, o que permite atuar sobre eles”. Para isso, considera fundamental “investir na literacia em saúde da população, nomeadamente na saúde reprodutiva, saúde materna e comportamentos saudáveis”.

Os indicadores de risco identificados no relatório alertam para a importância de informar corretamente a população em idade reprodutiva e de fortalecer o investimento na promoção de comportamentos de saúde saudáveis.

“Tudo se resume às pessoas. É delas que falamos”, disse a ministra em defesa do investimento “em políticas que minimizem os impactos da incapacidade e deficiência” e que “permitam a inclusão destas pessoas, numa abordagem transversal, em todas as áreas governativas”.

No final do seu discurso, Marta Temido agradeceu ainda “aos voluntários que integram a rede e que recolhem, tratam e divulgam a informação” do relatório da PVNPC.

Ministra da Saúde

Sabia que…

  • A taxa de incidência por ano de nascimento, manteve-se estável ao longo dos primeiros 12 anos deste século, sendo que o mais intenso fator de risco de Paralisia Cerebral aos 5 anos é a prematuridade (28 a 31 semanas de gravidez) e a extrema prematuridade (menos de 28 semanas de gestação)?
  • Ou que outros fatores de risco frequentemente cumulativos com a prematuridade são a gemelaridade (situação em que se verifica a gestação de mais do que um feto no útero), a idade materna superior a 39 anos à data de nascimento, a presença de malformação congénita e o nascer leve para o tempo de gravidez?

Sobre o Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral

Desde 2006 que o Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral regista os casos de Paralisia Cerebral ocorridos em crianças nascidas no século XXI. Este programa tem a finalidade de obter indicadores que forneçam evidência científica que contribua à melhor satisfação das necessidades de saúde, educação e apoio social das pessoas que vivem com Paralisia Cerebral.

O programa é um consórcio entre a Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e as sociedades clínico-científicas nacionais das áreas da medicina física e de reabilitação.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde a Paralisia Cerebral representará 15% de todas as deficiências. A paralisia cerebral continua a ser a deficiência motora mais frequente na infância. A sua prevalência é estimada em 1,7 e 2,2 por mil nados vivos nos países mais desenvolvidos.

Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian: uma referência na área da Paralisia Cerebral

Como referência na área da Paralisia Cerebral, o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (CRPCCG) recebeu, esta quarta-feira, 23 de março, a visita de uma delegação da Federação Francesa de Estabelecimentos Hospitalares e de Assistência a Pessoas Dependentes (FEAHAP).

A comitiva foi recebida pela diretora da Saúde Santa Casa, Tânia Matos, e pela diretora do equipamento, Ana Cadete, que guiaram a equipa da FEAHAP numa visita às instalações do centro, com especial enfoque nas áreas de atuação na reabilitação pediátrica de crianças e jovens com Paralisia Cerebral, e deram a conhecer algumas especificidades da estrutura e do funcionamento deste equipamento da instituição, bem como da sua história.

Também nesta data, a delegação francesa visitou igualmente o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, da Misericórdia de Lisboa.

O encontro centrou-se, entre outros assuntos, na partilha da experiência portuguesa no apoio à população dependente, nomeadamente nas questões ligadas à Paralisia Cerebral e na preparação e educação da população mais jovem, para a vida adulta.

Com mais de meio século de história, o CRPCCG é, desde a década de 90, tutelado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e tem como objetivo a reabilitação e educação da criança com Paralisia Cerebral, desenvolvendo ao máximo as suas capacidades e permitindo-lhe a sua integração social e produtivo na sociedade.

A equipa multidisciplinar do centro que inclui médicos especialistas, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, psicólogos, educadores, professores e assistentes sociais acompanha centenas de pessoas com deficiência por ano, prestando igualmente apoio às suas famílias.

Delegação

“A grande conquista social dos últimos 100 anos foi, sem dúvida, envelhecer”

Com uma longa carreira dedicada à gerontologia, Alexandre Kalache, doutorado em epidemiologia pela Universidade de Oxford, fundador do Centro Internacional de Longevidade Brasil, passou os últimos 47 anos à procura de formas de tornar o envelhecimento mais digno e saudável. Filho de uma família multicultural, aprendeu nas conversas com os avós, um dos quais portugueses, sobre pluralidade de olhares e saberes que efervesciam na sua casa, no Rio de Janeiro.

Organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a palestra sobre o “Impacto da pandemia nas pessoas mais velhas – estratégias para mitigar os seus efeitos” acabou por ser o mote para debate mais alargado sobre o envelhecimento ativo e saudável. A iniciativa realizou-se esta sexta-feira, 18 de março, no auditório da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLP), em Lisboa, contando com a participação de vários técnicos da Santa Casa e da Rede Social de Lisboa. Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Santa Casa, abriu a palestra, defendendo que é preciso “encontrar novas formas de solucionar problemas relacionados com a temática da longevidade e envelhecimento”.

A pandemia foi a “maior tragédia sanitária da nossa história recente”

Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade no Brasil, sublinhou que a pandemia, além da “maior tragédia sanitária da nossa história recente”, foi acompanhada por um “tsunami de preconceito e discriminação”. O médico explica que “não foi apenas uma pandemia”, e sim, uma superposição de crises além da sanitária, foi também uma “crise económica, ética, social e moral”.

Atento e preocupado com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o orador brasileiro destacou que “a solidão é a outra grande pandemia que estamos vivendo”, encorajando os decisores políticos e entidades a desenharem políticas amigas de todas as idades”.

Mais “desigualdade e pobreza”

Na opinião de Alexandre Kalache “a pandemia vai continuar a manifestar-se, agravando a desigualdade e a pobreza nas sociedades e, simultaneamente, acelerou o envelhecimento das sociedades”. O médico lembrou, ainda, que a pandemia revelou problemas que estavam ocultados e que, por isso, a crise sanitária foi também um “momento de aprendizagem e de preparação”.

Palestra de Alexandre Kalache_

“Antes, envelhecer era um privilégio de poucos”

“A grande conquista social dos últimos 100 anos foi, sem dúvida, envelhecer. Antes, envelhecer era um privilégio de poucos”, destaca. “Hoje vivemos mais. É uma conquista que deve ser celebrada”, lamentando que o aumento da esperança de vida seja “encarado com um fardo, por alguns políticos, porque não há uma economia que possa gerar recursos para sustentar esse envelhecimento”.

O envelhecimento também é um desafio

No entanto, Alexandre Kalache explicou que a conquista do aumento da esperança de vida também traz novos desafios, responsabilidades e problemas. Que sociedade vamos ter em 2030/2050? Vamos estar preparados para o envelhecimento da sociedade? Quem irá cuidar/tratar dos mais velhos? Quem irá trabalhar? foram algumas das questões abordadas pelo orador.

Envelhecer é mais do que ter comida no prato

“A definição de envelhecimento ativo é o processo ao longo da vida para melhorar as oportunidades para quatro coisas importantes. A primeira é saúde, isso é universal. O segundo é conhecimento. Se você não tem conhecimento, você não pode participar da sociedade, você vai perder oportunidades, ainda mais agora com a tecnologia explodindo. Conhecimento significa aprender a aprender, sempre. Com saúde e conhecimento, você abre a porta para o terceiro pilar, que é a participação”, explicou.

No final, Kalache deixou um desafio para uma aliança atlântica entre Portugal e o Brasil sobre a temática da longevidade e do envelhecimento.

Já antes, na abertura da palestra, Sérgio Cintra, administrador com o pelouro da Ação Social da Santa Casa, sublinhou que a presença de Alexandre Kalache “é um privilégio e uma oportunidade para aprender, para fazer novos diagnósticos e encontrar novas formas de solucionar problemas relacionados com a temática da longevidade e envelhecimento”. Destacando a importância do projeto RADAR e da sua atuação na cidade de Lisboa, o administrador sublinhou que “a solidão tem, atualmente, outra dimensão e a Santa Casa tem o dever de preparar a cidade para o seu envelhecimento”.

Por outro lado, Vítor Ramalho, secretário-geral da UCCLP, agradeceu e elogiou a realização da iniciativa, sublinhando que a palestra será “útil para entender o impacto real da pandemia nas pessoas mais velhas”.

Santa Casa participa em ação de informação a refugiados ucranianos

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, juntamente com o Instituto de Segurança Social (ISS) e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), promovem várias ações de informação destinadas a refugiados ucranianos, que procuram, em Lisboa, um local seguro para fugir à guerra, que assola aquela região do leste europeu.

Durante as próximas semanas, os cidadãos ucranianos, abrangidos pelas medidas de apoio decretadas pelo governo e já com número de identificação de segurança social atribuído, vão poder participar nestas ações, que decorrem na sede do ISS, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa.

Desta maneira, e através deste atendimento conjunto entre as várias instituições, vão poder ficar a conhecer alguns dos benefícios sociais que poderão usufruir e ainda ficar a par de algumas ofertas de trabalho que existem na bolsa de emprego do IEFP.

Após uma triagem e despistagem inicial das necessidades destes cidadãos ucranianos, por parte das equipas da Santa Casa, é automaticamente feito o encaminhamento e agendamento para as várias Unidades de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) da instituição.

Operação Ucrânia. Autoridades apelam ao registo de crianças para facilitar acolhimento

Em comunicado conjunto, o Instituto de Segurança Social I.P., a Comissão Nacional da Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Coordenação Nacional da Garantia para a Infância, o Alto Comissariado para as Migrações e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras informam que o “registo, identificação e proteção de crianças e jovens deslocados da Ucrânia” é essencial para o efetivo exercício dos direitos e proteção de todas as pessoas que estão a chegar da Ucrânia.

Registo, Identificação e Proteção de Crianças e Jovens deslocados da Ucrânia

“Atendendo à situação do conflito armado na Ucrânia, o Estado português definiu e disponibilizou um conjunto de apoios temporários para acolher e garantir a proteção de crianças, jovens e famílias deslocadas da Ucrânia, pretendendo-se assegurar uma resposta ágil, preventiva e protetiva para estas situações”, refere o documento.

“A mobilização e solidariedade da sociedade civil para apoiar esta causa tem sido inexcedível, e é assente neste trabalho de parceria entre os serviços públicos, autarquias, organizações não governamentais e cidadãos e cidadãs que temos já acolhido no nosso país um contingente significativo de deslocados da Ucrânia”, explicam as instituições.

“Para o efetivo exercício dos direitos e proteção de todas as pessoas que estão a chegar da Ucrânia, é essencial o registo na plataforma https://offline.sef.pt/brevemente.html, disponível na página oficial do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para efeitos de proteção temporária imediata e acesso aos demais benefícios junto de outras entidades, e assim garantido o acesso à educação, saúde, habitação, emprego e proteção social. No caso específico das crianças e jovens, para além da obrigatoriedade do seu registo em agregado familiar na plataforma, é ainda exigida deslocação presencial aos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras para efeitos da validação”, esclarecem.

“Neste contexto, as crianças e os jovens assumem especial destaque e demandam particular atenção, sobretudo as que chegam a Portugal sem os seus pais ou outros familiares, ou adultos de referência da Ucrânia que por elas se responsabilizem, havendo que acautelar o seu processo de proteção temporária, mas igualmente o seu enquadramento no sistema de promoção dos direitos e proteção de crianças e jovens português, mediante a intervenção, consoante os casos, das entidades com competência em matéria de infância e juventude, Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), Ministério Público e tribunais, sendo este processo desencadeado no âmbito da presença obrigatória junto do SEF que desencadeará as devidas diligências necessárias com vista à garantia de enquadramento da crianças e jovem no sistema de proteção português”, é referido no documento.

“Assim, tomar conhecimento antecipado das iniciativas de transporte para território nacional de crianças e jovens deslocados da Ucrânia, com disponibilização prévia, na medida e assim que possível, de um conjunto de informação e/ou documentação relacionada com as crianças e jovens transportadas e necessidades identificadas, através do registo na página PortugalforUKraine.gov.pt ou através da Linha 300 511 490, configura-se como um procedimento fundamental e de grande responsabilidade, que contribuirá de forma relevante para uma receção e acolhimento mais eficaz, de maior qualidade e facilitador da proteção imediata das crianças, principalmente as separadas ou não acompanhadas, objetivos por todos partilhados”.

“Acolher, cuidar, respeitar, integrar e, assim que possível, apoiar o regresso destas crianças e jovens ao país de origem pacificado e às suas famílias, é uma missão de grande altruísmo, generosidade e exigência por parte de um país e de uma sociedade que demonstra mais uma vez os valores humanistas que prossegue”, notam.

“Alerta-se para o direito da reserva da vida privada e imagem, pelo que se apela à não publicação de fotografias ou informações que permitam identificar as crianças, em especial as não acompanhadas, em quaisquer plataformas ou redes sociais”, salvaguarda, ainda, o documento.

Consulte o folheto sobre prevenção de tráfico de seres humanos, aqui.

Para mais informações:

https://portugalforukraine.gov.pt/

https://www.unicef.org/press-releases/unaccompanied-and-separated-children-fleeing-escalating-conflict-ukraine-must-be

 

 

 

 

Operação Ucrânia. Comunicado conjunto

O futuro de todos nós esteve em debate na Santa Casa

Neste evento, que permitiu a partilha de experiências, melhores práticas e ideias sobre envelhecimento saudável, um conjunto de oradores portugueses, britânicos e brasileiros tentaram encontrar respostas para os grandes desafios de uma sociedade cada vez mais envelhecida. O envelhecimento saudável deve ser, por isso, a prioridade de sociedades com um número crescente de cidadãos mais velhos. O que há a fazer para promover esta causa foi o que esteve em discussão na Sala de Extrações da Misericórdia de Lisboa, esta terça-feira, 15 março.

Portugal e o Reino Unido partilham um envelhecimento acelerado. Numa década, o número de pessoas mais velhas poderá duplicar e perspetiva-se que este público se aproxime cada vez mais dos cem anos de idade. Um desafio para sociedades, governos e sistemas de saúde.

Construir um futuro para um Envelhecimento Saudável

Na sessão de abertura, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, defendeu que o tema em discussão “tem cada vez mais relevância no trabalho desenvolvido na Santa Casa Misericórdia de Lisboa, de modo a assegurar um envelhecimento saudável, digno e, sobretudo, autónomo. É uma prioridade para nós, e a realização deste evento manifesta uma preocupação comum entre o Reino Unido e Portugal. Este fórum será certamente um momento que vai acrescentar capacidade para trabalharmos melhor e com o objetivo de servirmos com mais qualidade os cidadãos mais velhos”.

Já Ross Matthews, ministro conselheiro da Embaixada Britânica em representação do embaixador, agradeceu a parceria com a Misericórdia de Lisboa, fazendo votos que esta seja a primeira de muitas iniciativas conjuntas relacionadas com o tema do envelhecimento. Destacou, ainda, que este evento é importante para debater, partilhar e trabalhar em grupo com o objetivo de encontrar soluções para os desafios de um envelhecimento saudável.

Sarah Harper, professora do Oxford Institute of Population Ageing, foi keynote speaker deste fórum. Na sua apresentação sobre o envelhecimento saudável destacou a importância de partilhar conhecimento e de explorar soluções conjuntas. Simultaneamente, alertou que o debate sobre o envelhecimento das sociedades precisa de ser desviado de um foco exclusivo nas pessoas idosas, reconhecendo que as mudanças etárias estruturais que estão a ocorrer têm implicações para todas as gerações. As pessoas não apenas vivem mais, mas também vivem dentro de populações que estão a envelhecer. Em países demograficamente mais idosos há uma proporção menor de indivíduos economicamente ativos e, portanto, a responsabilidade de sustentar a dependência na velhice pode recair cada vez mais sobre os próprios idosos. É importante que sejam desenvolvidas políticas que apoiem uma abordagem multifacetada do envelhecimento da população.

Por outro lado, Adalberto Fernandes, ex-ministro da Saúde e professor da Escola Nacional de Saúde Publica, também keynote speaker, sublinhou que “2030 é já amanhã! Do ponto de vista demográfico, uma década é um dia. E nós estamos a caminhar para o inverno demográfico. O mundo está a mudar.” E com um alerta continuou: “sem povos e sem vitalidade demográfica não há economia. E nós temos pela frente uma mancha de envelhecimento”.

O ex-ministro da Saúde explicou que Portugal “tem um problema de pobreza e a pobreza casa com a doença. Este é um problema português e europeu. A desigualdade não é um problema apenas de um só país”. Para Adalberto Fernandes, esta fragilidade compromete a longevidade e a qualidade de vida. Terminou, lembrando que “a nossa vida é uma conta-poupança. Nós temos a saúde que acautelamos no início da vida”.

Mesas redondas

“Como garantir a qualidade de vida de uma população em envelhecimento?” e “Como será o processo de envelhecimento em 2030?” foram algumas das questões em debate. Foram ainda discutidos temas como tecnologias e serviços de saúde; conceção centrada na pessoa; construção de edifícios; entre outros. A moderação dos debates esteve a cargo do jornalista José Pedro Frazão da Rádio Renascença.

Dividido entre duas mesas redondas, Paul McGarry, do Greater Manchester Ageing Hub, António Carvalho, do Politecnico di Milano, David Sinclair, do Internacional Longevity Centre – UK, Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, Eduardo Gomensoro, diretor médico de vacinas da GSK, Cláudia Cavadas, vice-reitora da Universidade de Coimbra, George MacGinnis, UK Research and Innovation, e Susana António, fundadora do Creative Hub 60+ A Avó veio trabalhar, foram os oradores que participaram nas referidas mesas.

Santa Casa lamenta falecimento de Maria Raquel Ribeiro

Maria Raquel Ribeiro faleceu esta sexta-feira, 4 de março, aos 96 anos. Diplomada como assistente social em 1948, exerceu uma intensa e longa carreira na área social, iniciada logo em 1949 no Instituto de Assistência à Família e, entre 1951 e 1971 exerceu funções na Santa Casa, onde dirigiu o Serviço Social. Em 1990, tornou-se Associada Fundadora da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), uma missão que levou a cabo de forma assídua e ativa.

Considerada como um exemplo por toda a sociedade civil, viu ser reconhecida a sua dedicação e trabalho na área com a criação de uma distinção que recebeu o seu nome, numa iniciativa organizada pela Associação Portuguesa de Psicogerontologia e desenvolvida em parceria com a Santa Casa e a Fundação Montepio – o Prémio de Envelhecimento Ativo Dr.ª Maria Raquel Ribeiro.

Este prémio, que celebrou em 2021 uma década, premeia e reconhece a vida e atividade de pessoas com 80 e mais anos, que continuam a desenvolver atividade profissional ou cívica relevante, em várias categorias.

Maria Raquel Ribeiro foi, ainda, durante 10 anos dirigente do Sindicato Nacional dos Profissionais de Serviço Social e uma das principais promotoras da Comissão do Portuguesa do Conselho Internacional do Serviço Social, a que presidiu em 1969. De referir ainda que Maria Raquel Ribeiro integrou a Assembleia Nacional, entre 1969 e 1973, onde teve um papel fundamental nas várias sessões legislativas no âmbito do trabalho, previdência, saúde e assistência social. No pós-25 de abril, foi assessora da secretária de Estado dos Retornados, da Segurança Social e do ministro dos Assuntos Sociais e Presidente da Comissão Instaladora e do Conselho Diretivo do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa. Dedicou-se em especial às políticas para a Política da Terceira Idade, da Família e ao apoio Integrado a Idosos.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa expressa as suas sentidas condolências a toda a família e amigos.

Embaixada Britânica discute envelhecimento saudável e ativo na Santa Casa

Portugal e o Reino Unido partilham um envelhecimento acelerado. Numa década, o número de pessoas mais velhas poderá duplicar e perspetiva-se que este público se aproxime cada vez mais dos cem anos de idade. Um desafio para sociedades, governos e sistemas de saúde.

O envelhecimento saudável e ativo deve ser, por isso, a prioridade de sociedades com um número crescente de cidadãos mais velhos. O que há a fazer para promover esta causa é o que estará em discussão na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no próximo dia 15 de março, entre as 9h00 e as 13h00.

O evento, que decorrerá em formato híbrido, permitirá a partilha de experiências, melhores práticas e ideias de um conjunto de oradores portugueses e britânicos, que visam melhorar a resposta aos desafios de uma sociedade em envelhecimento. Esta é a primeira vez que a Santa Casa apoia a iniciativa.

Construir um futuro para um envelhecimento saudável

“Como garantir a qualidade de vida de uma população em envelhecimento?” e “Como será o processo de envelhecimento em 2030?” serão algumas das questões em debate. Serão ainda discutidos temas como tecnologias e serviços de saúde; conceção centrada na pessoa; construção de edifícios; entre outros.

Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, e Christopher Sainty, embaixador do Reino Unido em Portugal, são os oradores da sessão de abertura da iniciativa. O programa contempla ainda as participações de Sarah Harper, do Oxford Institute of Population Ageing, Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde, Paul McGarry, do Greater Manchester Ageing Hub, António Carvalho, do Politecnico di Milano, David Sinclair, do Internacional Longevity Centre – UK, e Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil. Por confirmar, está a presença de um membro do Governo português.

Pode inscrever-se para participar presencialmente, aqui, ou remotamente, aqui. Estará disponível tradução simultânea entre português e inglês, assim como, em Língua Gestual Portuguesa.

Logotipo do evento

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas