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Santa Casa leva a magia do Natal de norte a sul do país

Um dia inesquecível no Wonderland Lisboa

À chegada ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, 13 jovens da Aldeia de Santa Isabel (ASI) deparam-se com a magia do Natal que paira no ar graças a mais uma edição do Wonderland Lisboa. Para lá das perguntas sobre o evento e das selfies à entrada do espaço, os olhares focam-se na roda gigante, que está logo ali, imponente, na entrada do mercado de Natal instalado em pleno coração da cidade.

Cedo começam os palpites sobre as sensações que se devem sentir ao andar na principal atração do evento apoiado pela Santa Casa. Umas mais recetivas, outras mais ansiosas, todas embarcam na aventura de verLisboa do topo. Por instantes, o nome daquela roda poderia ser “felicidade”, a julgar pelos sorrisos de alegria e emoção, por vezes pautados por breves frases: “É espetacular, fantástico. Isto é mesmo muito bonito”, ouve-se.

“Para muitas pessoas estar aqui no Wonderland é normal, mas para elas é uma experiência de vida que vai ficar marcada para sempre. Este dia tem muita importância, porque é o reconhecimento do trabalho delas. Elas sabem que, se estão aqui, é porque merecem. Este é um prémio que lhes estamos a dar, é um miminho. Estamos a proporcionar-lhes novas experiências e a dizer-lhes que o horizonte é muito maior do que aquele que elas estão habituadas”, explica a assistente social da ASI, Maria Cristina Leitão.

Equipa feminina de futebol do Sport Lisboa e Benfica leva alegria às crianças da Santa Casa

É fácil entender quem afirma que o melhor do mundo são as crianças. São anjos em todos os sentidos. Na forma como fantasiam, como riem, como se entregam ao brincar e à festa, como se surpreendem e espantam. Como pedem mimo e colo. E é impossível não invejar o jeito, despido de preconceitos e de pré-juízos.

Simplificando. Não é difícil fazer uma criança feliz. Tudo é possível para os mais pequenos. Tudo é magia. E não precisa de ser o melhor presente ou o mais caro. Basta ouvi-las e acreditar… foi isso que a Fundação Benfica e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa fizeram em conjunto. Ouviram e acreditaram na magia das crianças. E realizaram pequenos sonhos, através de uma ação solidária.

Fruto do contexto em que vivemos, não foi uma visita presencial. A entrada pela chaminé fica para 2022. Desta vez, foi apenas uma videochamada, mas encheu o coração de todos. Lúcia Alves e Catarina Amado trocaram as botas de futebol por um trenó virtual e deixaram os miúdos num estado de alegria suprema. As jogadoras do clube da Luz fizeram de Pai Natal e levaram alegria e espírito natalício a cerca de 15 crianças da casa de acolhimento residencial “A Nossa Casa”, na passada sexta-feira, 17 de dezembro. A estes miúdos juntaram-se ainda crianças de outras três casas de acolhimento residencial da Santa Casa: São Francisco de Assis, Novo Rumo e Rainha Santa.

Esta iniciativa insere-se no âmbito de um protocolo entre a Fundação Benfica e a Santa da Misericórdia de Lisboa. Foram abrangidas cerca de 110 crianças das casas de acolhimento e das equipas de Apoio à Família. Todos os presentes são personalizados. As 110 crianças ao cuidado da Santa Casa escreveram cartas para a Fundação Benfica a pedir os presentes mais desejados. Veja o exemplo de uma carta em baixo.

Natal dos Hospitais. Apesar da distância, “os nossos corações estão em Alcoitão”

Há tradições que nunca mudam e o “Natal dos Hospitais” é uma delas, programa emblemático que teve hoje, 16 de dezembro, mais uma emissão. São já 63 anos a proporcionar momentos de alegria a utentes internados em hospitais de todo o país. Desde há muito que o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) tem sido o palco do Natal dos Hospitais, mas, em 2021, devido aos constrangimentos associados à Covid-19, a festa teve de ser feita à distância através dos estúdios da RTP no Porto e em Lisboa.

O provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, foi um dos muitos convidados que marcaram presença nesta emissão, aproveitando a entrevista concedida para abordar as desigualdades sociais agravadas pela pandemia de Covid-19. Nas palavras do provedor da Santa Casa, “a pandemia tornou a necessidade de erradicar a pobreza ainda mais premente”, salientando que essa “tem de ser a ambição” da Misericórdia de Lisboa.

“Sentimos todos os dias, na Santa Casa, que há muito para fazer e isso é um estímulo permanente. A Misericórdia de Lisboa é uma instituição que está no coração das pessoas. Aquilo que queremos é, cada vez mais, fazer um melhor trabalho e chegar a mais pessoas que precisam de nós. Esse tem de ser o nosso compromisso”, constata Edmundo Martinho.

Foi esse compromisso que a Santa Casa tem com a sociedade que a RTP mostrou ao longo da emissão do Natal dos Hospitais. No CMRA, por exemplo, uma equipa multidisciplinar consegue, diariamente, levar um pouco mais de alegria às vidas de muitas crianças e jovens. Como referiu a administradora e diretora clínica do CMRA, Maria de Jesus Rodrigues, todos os profissionais da casa são “especiais e inexcedíveis”, pois “dedicam-se às crianças em pleno, a cada uma em especial, de acordo com as suas necessidades”, sobretudo nesta quadra natalícia em que muitas crianças e jovens internados não vão poder estar com as respetivas famílias. É no CMRA que muitas crianças passam períodos difíceis das suas vidas, na esperança de poderem regressar a uma vida plena. Enquanto isso não acontece, o centro transformou-se numa segunda casa cheia de carinho, amor e dedicação para dar aos utentes.

Neste espaço de excelência do Natal dos Hospitais reina a esperança de que 2022 será melhor que 2021, e que a festa voltará à “sua” casa. Este ano, como referiu a apresentadora Tânia Ribas de Oliveira, “apesar de não estarmos fisicamente, os nossos corações estão em Alcoitão”.

Santa Casa e PSP reforçam parceria no âmbito do projeto Radar

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Polícia de Segurança Pública assinaram, esta segunda-feira, 13 de dezembro, um protocolo que reforça o compromisso das duas instituições no apoio, identificação e acompanhamento da população com mais de 65 anos, na cidade de Lisboa. Durante a cerimónia, foram ainda entregues aos agentes daquela força de segurança que integram o Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP), 42 tablets que irão permitir uma maior eficiência no trabalho desenvolvido.

O protocolo, assinado pelo administrador da ação social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra e pelo comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Paulo Pereira, visa melhorar a dinâmica, abrangência e sustentabilidade do projeto, reforçando a colaboração entre as instituições, com a finalidade de potenciar um maior envolvimento dos agentes MIPP na apropriação e utilização da plataforma Radar.

Para Sérgio Cintra, esta parceria com a PSP é “essencial para o sucesso do Radar”, reconhecendo que “as pessoas que necessitam de apoio sentem-se mais confortáveis quando é dado pelos ‘anjos’ vestidos de azul”. O administrador apontou ainda que os tempos complexos que a sociedade atravessa, devido à pandemia de Covid-19, “colocaram várias fragilidades a esta população, que anteriormente não se colocavam, com destaque para as questões da saúde mental”.

Sérgio Cintra defendeu também que o projeto só alcança o seu verdadeiro potencial “porque é trabalhado numa ótica de partilha de experiências e saberes, entre as várias instituições que integram o Radar”, frisando que a instituição que representa “tudo fará para apoiar e disponibilizar todos os meios que consiga para o sucesso”.

No final da sua intervenção, o administrador reforçou que “em breve voltaremos a ultrapassar os 30.000 idosos identificados e inseridos na plataforma”, concluindo que “no rescaldo da pandemia terá de ser feito um diagnóstico social atualizado às circunstâncias de cada um dos territórios da cidade”.

“É com grande satisfação que recebemos mais uma ferramenta importantíssima para prosseguirmos um projeto extremamente relevante na cidade de Lisboa”, afirmou o superintendente Paulo Pereira, durante a cerimónia, admitindo que a PSP “pode e deve ser um parceiro estratégico para o Radar”, relembrando algum dos programas que a PSP já tem para apoiar esta população, como é o caso do “Apoio 65 – Idosos em Segurança”.

Para Paulo Pereira, a intervenção da PSP neste processo é complementar a “todo o trabalho desenvolvido por todos os parceiros”, reforçando que “as ações de todos devem ter, como fim único, uma melhoria considerável nas condições de vida desta população”.

O Radar é um projeto pioneiro em Lisboa, liderado pela Santa Casa, que tem como objetivo identificar a população com mais de 65 anos, em situação de isolamento na cidade. Conta com o apoio da PSP, da Câmara Municipal de Lisboa e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, entre outros, e está integrado no programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”.

Voluntariado resiste em tempo de pandemia

Voluntariado resiste em tempo de pandemia

Na semana em que se assinala o Dia assinala o Dia Internacional do Voluntariado – instituído pelas Nações Unidas em 1985 e comemorado a 5 de dezembro – a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa homenageou os seus 350 voluntários.

Valor T: a plataforma da Santa Casa que está a transformar o mercado de trabalho

Em maio, enquanto João Antunes folheava o jornal Correio da Manhã, escrito a letras capitais estava a oportunidade de uma vida: a Misericórdia de Lisboa anunciava a criação da Valor T. Ao ler aquele artigo, o jovem natural de Lisboa percebeu que a Santa Casa tinha acabado de criar um canal de oportunidades para que pessoas com deficiência pudessem ingressar no mercado de trabalho. “Conheci a Valor T através de um artigo publicado num jornal. Após ter lido a notícia fui à procura do site da Valor T e fiz a inscrição na plataforma”, refere.

A Valor T nasceu em plena pandemia, com o desemprego a crescer e as distâncias a aumentarem. Trata-se de um projeto com uma abordagem que não se fixa na deficiência, mas antes na pessoa, no seu talento e determinação. Para João Antunes “a criação da Valor T foi uma lufada de ar fresco” para pessoas que, tal como ele, estão em “circunstâncias complicadas”. Para este engenheiro multimédia, de 36 anos, a distrofia muscular progressiva rara provocou-lhe limitações físicas, mas também poucas expetativas de emprego. A sua, já vasta, experiência profissional permite-lhe afirmar que há uma certa marginalização por parte das entidades empregadoras, que o próprio já sentiu na pele.

“O empregador pensa logo que não temos o perfil de uma pessoa normal. Cheguei a apresentar-me numa entrevista e a pessoa disse que me dizia qualquer coisa, mas nunca mais recebi feedback dessa empresa. Submeti o currículo e fui aceite. Quando fui chamado para a entrevista é que ocorreram alguns problemas. Na altura tive receio porque já sabia que existia esse preconceito no mercado de trabalho”, revela.

Mas a Valor T quer mudar o paradigma. Este projeto da Misericórdia de Lisboa pretende unir os seus parceiros e as empresas num desafio transformador da sociedade e do mercado de trabalho. O principal objetivo é que diferença não seja um problema no acesso a oportunidades. Foi a esse trabalho “muito exigente” que a diretora da Valor T, Vanda Nunes, e restante equipa, se dedicaram nos últimos sete meses.

Vanda Nunes, diretora da Valor T

O sucesso da agência de empregabilidade para pessoas com deficiência cresce, dia após dia, mas só é possível graças ao apoio da Rede Colaborativa T, que agrega várias áreas da Santa Casa. Desde logo a Direção de Sistemas e Tecnologias de Informação (DISTI), que traduziu a metodologia da Valor T em plataforma, e que permite a qualquer pessoa do país efetuar o registo no site. Foi devido ao trabalho desenvolvido por esta direção que o primeiro desafio foi superado: garantir a acessibilidade da plataforma. “Este não é um trabalho só nosso. É da DISTI, mas também dos colegas da área da ação social e da saúde que foram colaborando connosco na definição da metodologia”, explica Vanda Nunes.

Sete meses a potenciar talentos

A Valor T nasceu no passado dia 1 de maio, fruto de vários meses de trabalho interno de conceção do projeto. É um processo que resulta do contributo de parceiros como o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), federações, associações e empresas. Ao longo dos sete meses de atividade, a equipa da Valor T dedicou-se à análise pormenorizada de todos os registos feitos na plataforma. Como lembra Vanda Nunes, “cada pessoa é uma pessoa, cada caso é um caso”, o que implica um trabalho à medida de cada um. Foram dias a fio a conhecer os candidatos, contabilizando já cerca de 700 entrevistas realizadas.

Logo nos meses de maio e junho, centenas de candidatos bateram à porta do projeto. João Antunes é um dos cerca de 1000 candidatos de vários locais de Portugal que já efetuaram a sua inscrição na plataforma Valor T. Cumpriu todas as fases do processo de recrutamento: registo; fase de ativação (onde o candidato se descreve e revela as suas preferências); fase de avaliação (candidato recebe um contacto telefónico da Valor T para agendamento de uma entrevista); entrevista com psicólogo; perfil do candidato divulgado na plataforma; eventual match entre o candidato e uma empresa.

E o tão desejado match aconteceu. Em janeiro de 2022, graças à Valor T, João vai iniciar uma nova aventura profissional numa consultora tecnológica, a Bee Engineering. Para trás ficam quase 11 anos de serviço numa empresa portuguesa de conteúdos digitais, que fechou portas em outubro.

https://www.youtube.com/watch?v=vPAmgztIL20&list=PLh8iFb9B569hYyOGpbgX1Uq0azTBdb1a9&index=2&ab_channel=Miseric%C3%B3rdiaLisboa

Mercado de trabalho mais solidário

As empresas têm vindo a dizer “presente” à Valor T. Cerca de 120 entidades empregadoras de todo o país já efetuaram também o seu registo na plataforma. A equipa da Valor T está empenhada em ajudar as empresas a contribuírem para um mercado de trabalho mais solidário, no qual todos podem vir a ter a oportunidade de conseguir um trabalho digno.

“Estamos a tentar perceber em que fase é que as empresas estão. Precisamos de perceber quais são, ao que vêm, se já iniciaram este processo de contratação de pessoas com deficiência ou se nos procuram precisamente para começarem esse percurso. A diferença é imensa. Temos empresas que já têm experiência nesta área, mas outras que não, e, por isso, vêm até nós para iniciarem esse caminho”, realça Vanda Nunes, lembrando que, neste momento, a Valor T “está a trabalhar de forma próxima com as empresas, de modo a preparar o ano de 2022”.

Durante o mês de novembro, a Valor T apresentou a empresas mais de 20 perfis para diferentes áreas de trabalho. Agora, começaram a ser feitos os primeiros pedidos para entrevistar algumas das pessoas que lhes foram dadas a conhecer. É neste último ponto, de ligação entre candidato e empregador, que culmina o trabalho da Valor T. É quebrar barreiras no acesso ao mercado de trabalho, mobilizando as empresas para um país solidário, mais coeso e, por isso, melhor.

Valor T: uma agência de talentos especiais

Valor T: uma agência de talentos especiais

Projeto de integração de pessoas com deficiência da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa nasceu em maio e já dá cartas na concretização de oportunidades no mercado de trabalho.

“Esta bata tem poderes”

Todos os dias, no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), jogam-se partidas muito difíceis. São batalhas muitas vezes desiguais. Mas em cada desafio que os utentes enfrentam, há sempre um elemento extra pronto para ajudar. Tal como no futebol, aqui também há o “12º jogador”. No CMRA, esse papel é assumido por uma equipa multidisciplinar que, todos os dias, ajuda a promover a máxima funcionalidade dos utentes e a potenciar as capacidades de cada indivíduo para que possam voltar à vida normal, à escola e até aos estádios.

Para alguns dos 13 utentes em idade pediátrica internados neste equipamento da Santa Casa, todos os dias são marcados por pequenas conquistas. A força extraordinária necessária pode ser extraída de vários elementos e, não raras vezes, esse elemento capaz de fazer a diferença pode estar em pequenos nadas. Porque não substituir as aborrecidas batas verdes hospitalares por poderosas camisolas de jogadores de futebol, para que seja possível potenciar um espírito vencedor nas crianças internadas?

Durante o mês de novembro, a Santa Casa, em parceria com a Fundação do Futebol – Liga Portugal e a Fundação do Gil, promoveu o projeto “Esta Bata Tem Poderes”, onde converteu camisolas de jogadores das 34 Sociedades Desportivas da Liga Portugal BWIN e Liga Portugal SABSEG em poderosas batas hospitalares. Para a diretora do Serviço de Pediatria do CMRA, Isabel Batalha, esta iniciativa “é muito importantes para as crianças e jovens que estão a viver um período crítico nas suas vidas”, até porque muitos deles “têm como referência jogadores de futebol”.

O objetivo é que os jovens utentes encontrem nestas novas batas uma energia que lhes permita fazer frente ao maior rival da vida deles: a reabilitação. É vestir a camisola do Everton Cebolinha para fintar as adversidades; ser duro como o Luís Neto para aguentar os adversários; ter a visão de jogo do Silvestre Varela para gerir os problemas; ou ser o Ricardo Quaresma para quando tudo isto passar podermos olhar para trás e ver que foi um percurso de conquistas, que só está acessível aos melhores do mundo.

Luís Neto - Esta Bata Tem Poderes

O pontapé de saída desta iniciativa foi dado no CMRA, com o jogador do Sporting CP, Luís Neto, a proporcionar um momento de alegria, recheado de força e ânimo às crianças e jovens hospitalizados neste equipamento da Misericórdia de Lisboa. O internacional português mostrou-se muito feliz por fazer parte desta iniciativa e “por ter podido trazer alguma felicidade a estes jovens que enfrentam dias difíceis”. No regresso a casa, o futebolista parte com a certeza de que, no CMRA, os “utentes estão bem entregues”, mas também que o futebol, independentemente da cor futebolística, consegue fazer a diferença.

Neste tipo de missões não existem rivalidades futebolísticas. O projeto “Esta Bata Tem Poderes” foi abraçado por todos os clubes da primeira e segunda ligas, que estão unidos nesta missão solidária. De norte a sul do país, foram vários os jogadores que proporcionaram momentos felizes a várias crianças internadas: Everton (SL Benfica) visitou o Hospital de Santa Maria, Ricardo Quaresma (Vitória SC) e Silvestre Varela (FC Porto) viajaram até ao CMIN (Centro Materno ou Infantil no Porto). Ricardo Quaresma proporcionou um dia diferente a crianças que “estão frágeis e hospitalizadas”. Para o jogador do Vitória SC, o melhor deste projeto “foi ver um sorriso em cada uma das crianças”.

O surf como terapia

Promovido pela associação Surf for Good, o Wave by Wave começou, em 2016, como um projeto de verão, pela idealização de Ema Evangelista, psicóloga clínica e especialista na área da saúde mental. Dessa experiência nasceu a vontade de juntar os princípios de uma intervenção terapêutica em grupo, com o mar e a prática de surf.

Desde a sua ligação a este projeto, em 2018, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já levou mais de 60 crianças e jovens, com idades entre os seis e os 18 anos, da direção de Infância, Juventude e Família, a experimentarem os benefícios do surf terapêutico.

Para António Santinha, diretor da Unidade de Apoio à Autonomização da instituição, o Wave by Wave permitiu “validar uma metodologia específica de terapia, utilizando o surf e o mar como meios privilegiados de interação com fins terapêuticos”, frisando que “o surf e a metodologia utilizada permitiram que muitas das crianças e jovens pudessem colocar à prova alguns dos seus limites e medos no confronto com o mar”.

O projeto que leva para a praia uma terapia baseada na consistência, continuidade, previsibilidade e intencionalidade, aliando uma atividade de risco ao contacto com a natureza, tem como objetivo promover a criação de vínculos positivos, valorização individual e promoção da autoestima e bem-estar.

Ao longo dos últimos três anos, e tendo como base a praia de Carcavelos, foram várias as ações em que a Misericórdia de Lisboa participou. “Para algumas crianças a prática do surf ficou e mantém-se na atividade até hoje”, realçou António Santinha, concluindo que “o impacto é essencialmente visível na capacidade de relacionamento interpessoal que estas apresentam, pelo sentimento de pertença a um grupo e pela sua associação a uma atividade desportiva de contacto com a natureza”.

Wave by wave

No mar somos todos iguais

No passado dia 11 de novembro, a imagem de marca do projeto Wave by Wave foi renovada e, nesse âmbito, foi lançada uma campanha com uma nova assinatura da marca: “De fato somos todos iguais”. Este vídeo tem como objetivo alavancar o papel da organização de forma a poder ser uma plataforma para a defesa dos direitos das crianças e jovens em risco, para a sensibilização para questões relacionadas com a saúde mental e benefícios do contacto com o mar, para a sustentabilidade ambiental, assim como para a promoção do acolhimento familiar em Portugal.

Na campanha publicitária integram alguns dos melhores surfistas nacionais como o Vasco Ribeiro, o Tiago Pires e a Francisca Veselko e ainda alguns jovens que foram beneficiários do projeto.

O projeto Wave by Wave está inserido no Programa Cidadãos Ativos, da Fundação Calouste Gulbenkian, e tem como coordenadores o antigo campeão nacional de surf, José Ferreira e a psicóloga clínica, Ema Shaw Evangelista.

Santa Casa subscreve “Pacto para a infância”

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através do seu provedor, Edmundo Martinho, do diretor da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, Jorge Torgal e do diretor de Infância e Juventude da instituição, Rui Godinho, subscreve o “Pacto para a infância”, promovido pelo ProChild CoLAB – Associação ProChild Against Poverty and Social Exclusion, um dos Laboratórios Colaborativos aprovado pelo Painel Internacional de Avaliação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que visa desenvolver uma estratégia nacional no combate à pobreza e à exclusão social na infância.

O “Pacto para a infância” foi promovido no dia 20 de novembro, pela ocasião do 32º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas. Este reforça o compromisso articulado entre os vários setores (público e privado, académico e profissional) de contribuir de forma ativa para o bem-estar das crianças, através da implementação de políticas – baseadas em evidências científicas – que possam promover uma mudança social efetiva em Portugal.

Cientes dos efeitos negativos que a situação da pandemia da Covid-19 colocou à luz do dia, especialmente nas camadas mais jovens da população portuguesa, o pacto já subscrito por várias instituições, empresas e organismos estatais pretende ser uma “chamada de atenção” para garantir a promoção da inclusão social e da luta contra a pobreza infantil, para alargar a prevenção e proteção contra todas as formas de discriminação e de violência contra a criança e para a promoção ativa de uma cultura dos direitos da criança, a todos os níveis – local, regional e nacional.

De momento o ProChild CoLAB, do qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é um dos membros fundadores, encontra-se com uma petição pública, sob o lema “As crianças são uma prioridade nacional”.

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

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