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Especialistas apresentam plano hospitalar a pensar nos mais velhos

O trabalho de investigação apresentado no dia 1 de outubro, a propósito do Dia Internacional do Idoso, na Sala de Extrações da Santa Casa, pretende ser um guia para todos os profissionais que lidam diariamente com idosos (como médicos, enfermeiros, terapeutas, nutricionistas entre outras classes profissionais) e, simultaneamente, funcionar como um plano de alerta para a importância de adaptar os hospitais adequadamente a esta população, tendo em conta o aumento da esperança média de vida.

Reforçando a importância da formação em geriatria, esta obra reúne ferramentas para a abordagem do cuidado às pessoas mais velhas, quer internado, quer residente noutras instituições, como na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e nas Estruturas Residenciais para Idosos.

No livro é também identificado o papel dos vários profissionais de saúde no trabalho em equipa multidisciplinar, que inclui também a família, os cuidadores informais e os voluntários, na abordagem dos múltiplos fatores de risco.

São, ainda, apresentados vários protocolos práticos de atuação, destacando a articulação com os cuidados de saúde primários e sugerindo medidas de organização do meio e da arquitetura hospitalar, com vista à prestação de cuidados otimizados e com qualidade.

 

Avanço da tecnologia otimiza cirurgia vascular

Avanço da tecnologia otimiza cirurgia vascular

Tecnologia utilizada pelo Hospital da Cruz Vermelha possibilita formas menos invasivas de tratamentos das doenças das artérias, veias e vasos linfáticos.

Nos corredores da Saúde Mental

Saúde oral para todas as crianças e jovens de Lisboa

Saúde oral para todas as crianças e jovens de Lisboa

Em três anos o serviço já atendeu 12500 utentes de 45 nacionalidades e realiza 150 atendimentos diários.

SOL – Saúde Oral em Lisboa. Há três anos a criar sorrisos

Acesso universal, prevenção e atendimento precoce. Estes são os três pilares que fazem do SOL – Saúde Oral em Lisboa uma resposta inovadora. Desde agosto de 2019 que o serviço odontopediátrico da Misericórdia de Lisboa tem vindo a dar às crianças e jovens da cidade mais motivos para sorrir, assumindo-se, cada vez mais, como um complemento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para o diretor clínico e coordenador do SOL, André Brandão de Almeida, a escassez de respostas públicas deixa demasiadas pessoas sem acesso a cuidados de saúde oral, afetando, sobretudo, “os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade”. O objetivo do SOL passa por disseminar o conceito de saúde oral como um direito, através de uma abordagem com ênfase na atenção precoce, na prevenção da doença e na criação de hábitos saudáveis.

“O SOL constitui essa abordagem inovadora que se traduzirá na obtenção de ganhos em saúde e na mudança efetiva de comportamentos, contribuindo decisivamente para a melhoria dos índices das doenças orais na nossa população e para a consciencialização dos pais/cuidadores sobre a importância do trabalho preventivo e precoce, por forma a melhorar a saúde oral e a qualidade de vida das crianças”, explica André Brandão de Almeida.

“Análises ao sangue podem salvar vidas”

“Análises ao sangue podem salvar vidas”

Análises podem determinar risco de vir a sofrer ataque cardíaco. Identificação de alterações genéticas possibilitam ao doente um seguimento.

Como o SOL alterou o paradigma da saúde oral em Lisboa

A disponibilização de cuidados de saúde oral de forma comparticipada a crianças e jovens até aos 18 anos já era uma resposta que a instituição assegurava em alguns equipamentos de saúde. Em 2019, a instituição decidiu inovar e criar um espaço único dedicado e especializado em cuidados de saúde oral infantil, tendo então inaugurado o SOL – Saúde Oral em Lisboa.

Desde cedo que o trabalho do serviço odontopediátrico da Santa Casa tem sido alvo de rasgados elogios, não só pelos utilizadores da mesma, como também pela comunidade académica, sendo por várias vezes também destacado em vários artigos científicos publicados em revistas da especialidade.

“O SOL utiliza uma abordagem que reconhece a importância de combater os determinantes sociais, políticos e culturais subjacentes à saúde oral, e que afirma o conceito de saúde oral como um direito, com ênfase na atenção precoce, na prevenção da doença e na criação de hábitos saudáveis”, reconhece André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do equipamento. Os problemas de saúde oral “afetam desproporcionalmente os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade, estando intimamente ligadas ao status socioeconómico e aos determinantes sociais mais amplos”, acrescenta ainda.

O responsável explica, ainda, que a dificuldade de acesso a cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde foi um dos problemas que motivaram a criação deste serviço, considerando que o SOL “é inovador e único porque faz uma abordagem diferente ao desafio que é mudar o paradigma de acesso aos cuidados de saúde oral, complementando, em Lisboa, o Serviço Nacional de Saúde com uma resposta integral de cuidados de saúde oral para todas as crianças e jovens até aos 18 anos”.

André Brandão

Ao longo dos últimos três anos, contabilizam-se já alguns trabalhos de investigação publicados pela equipa multidisciplinar do SOL. Entre eles, destaque para o estudo, de 2021, sobre os hábitos alimentares das crianças, realizado durante o período de confinamento, que indicou que nos primeiros meses da pandemia, as crianças ingeriram mais produtos açucarados do que era habitual, mas que, em contrapartida, consumiram mais fruta fresca. Este trabalho, com base em respostas recolhidas junto de 1.566 crianças, entre os 0 e os 18 anos, foi posteriormente publicado, em formato digital e pode ser obtido na página da loja da Cultura Santa Casa.

Recentemente foi publicado um artigo no International Journal of Environmental Reserch and Public Health, da autoria da equipa do SOL, que retrata a prevalência de bruxismo do sono, nas crianças e jovens dos 0 aos 18 anos. “O artigo publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health, Prevalence of Sleep Bruxism Reported by Parents/Caregivers in a Portuguese Pediatric Dentistry Service: A Retrospective Study, por se tratar da nossa primeira publicação numa revista Q1 (quartil 1), foi um fator de orgulho e de que conseguimos realmente fazer a diferença”, realça André Brandão de Almeida.

Para o diretor clínico, o futuro do SOL passa por continuar a apostar “em outras áreas importantes da saúde oral, como a nutrição ou a terapia da fala, e continuar a solidificar o nosso núcleo de investigação e pesquisa para podermos não só ter melhores práticas clínicas, mas também para podermos partilhar os nossos protocolos e resultados”.

A investigação científica “é um enorme desafio”, mas que requer “total disponibilidade”, “excelência clínica” e uma aposta “na investigação e na formação contínua, não deixando ninguém para trás”, concluiu ainda o responsável.

 

Campanha Mergulho Seguro 2022

Um “amor à camisola”. Dia Internacional do Enfermeiro

No dia em que se comemora o Dia Internacional do Enfermeiro, 12 de maio, celebramos não só estes profissionais de saúde, mas também o esforço, dedicação e abnegação que esta classe profissional teve e tem tido, sobretudo, nos últimos dois anos.

Os últimos tempos têm sido muito desafiantes para os enfermeiros, muitos dos quais se viram deslocados das suas famílias, levados ao limite e a uma exaustão física e psicológica sem precedentes. Numa altura de incerteza no universo desta profissão é necessário reconstruir alicerces e olhar para o que foi concretizado até agora, de forma a garantir a construção de um futuro melhor e mais sustentável para os que asseguram os melhores cuidados de saúde a quem mais precisa dos mesmos.

Um dos rostos mais conhecidos da enfermagem na instituição é Manuela Marques. Enfermeira diretora da Saúde Santa Casa, desde 2016, recorda os tempos complicados que estes profissionais viveram durante a pandemia de Covid-19, frisando que “é fundamental reconhecer o esforço e dedicação dos nossos enfermeiros”, considerando ainda que “foram uns verdadeiros heróis”.
Enfermeira há mais de 40 anos, Manuela Marques ingressou pela primeira vez na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 1981. Desses tempos relembra com saudade a relação de amizade e companheirismo que existia entre todos os profissionais.

Depois de uma carreira dedicada aos cuidados de saúde, onde teve oportunidade de passar por várias instituições públicas, chegando a integrar projetos inovadores, como foi o caso do Serviço de Planeamento Familiar no Complexo de São Roque, nos anos 80, Manuela Marques assume que nunca deixou de “pensar como uma enfermeira” e que os vários cargos que exerceu, ao longo da sua vida profissional, fizeram com que olhasse para a classe “com mais orgulho e respeito”.

“Este percurso bastante insólito e muito atípico numa enfermeira, resultou sempre de desafios que se interligavam e que me faziam todo o sentido. Arrisco até dizer, que nunca esquecendo que era enfermeira, muito aprendi e capitalizei para o meu crescimento pessoal e profissional, sem nunca esquecer o início de tudo, a enfermagem”, recorda com emoção, a antiga diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho.

Como um marco importante da sua carreira, Manuela Marques não tem dúvidas em apontar a crise pandémica como um dos maiores desafios da sua vida profissional. Foi logo no início de 2020, sem qualquer aviso prévio, que a área da saúde enfrentou uma das suas maiores crises das últimas décadas. Ninguém se encontrava preparado para o maior e mais desafiante acontecimento que marcaria o Ano Internacional do Enfermeiro.

Enfermeira

Enquanto o mundo parava, os enfermeiros, “heróis sem capa”, iam ao encontro do desconhecido, pondo em risco, na maioria das vezes, a sua própria saúde.

“Ninguém estava preparado para o que aí vinha, com o Covid-19. Olhando para trás, só posso mostrar gratidão e um reconhecimento especial pelo valente trabalho que todos os colegas enfermeiros tiveram, durante estes dois últimos anos. Foram de uma solidariedade extrema, conseguiram ultrapassar medos e receios e foram para esta batalha com um espírito de missão que é de louvar”, conta a enfermeira.

Visivelmente emocionada, Manuela Marques, recorda com carinho algumas das histórias que os enfermeiros da Santa Casa experienciaram durante a pandemia, realçando que “os enfermeiros e muitos profissionais de saúde têm amor à camisola”.

 

A casa que o Totobola construiu há mais de meio século

Inaugurada em 1966, a primeira unidade de resposta inovadora no país para situações de lesões medulares foi construída graças ao contributo dos apostadores do primeiro jogo de apostas desportivas (lançado em 1961). 56 anos depois, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) continua a reinventar-se.

Apesar da sua construção ter iniciado em 1956, por iniciativa do então provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, José Guilherme de Mello e Castro, só dez anos depois, este equipamento abriu as portas ao primeiro doente, começando então a funcionar em pleno.

O CMRA foi pensado por Mello e Castro e criado por decreto em 1961, construído com as receitas do Totobola, jogo explorado e administrado pela Santa Casa, através do seu Departamento de Jogos, e cujas receitas eram então repartidas a meio: 50 por cento para construção, manutenção e organização do centro e 50 por cento distribuído por entidades incentivadoras do desporto e da educação física. Ao longo dos anos, essa repartição sofreu alterações.

Além de tratamentos de reabilitação com recurso a ferramentas tecnológicas, como um exoesqueleto que ajuda os doentes a recuperar força muscular e postura, o CMRA disponibiliza treinos dentro de água e é local de realização de vários estudos de investigação.

Em pouco mais de meio século, assistiram-se a avanços na medicina, mas também ao surgimento de novas enfermidades. A maioria dos internamentos nesta unidade continua a dever-se a doenças neurológicas (onde se incluem os AVC), seguindo-se lesões vertebro-medulares.

Atualidade e desafios

Hoje, como há pouco mais de meio século, o CMRA prossegue o seu trabalho de excelência, reconhecido internacionalmente, na reabilitação de lesões vertebro-medulares e de sequelas das doenças neurológicas, estendendo a sua atuação também à área pediátrica. O centro quer continuar a crescer em diferenciação e qualidade.

A celebração em 2022

O aniversário do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão é celebrado a 20 de abril – data em que deu entrada o primeiro utente do centro – embora, a inauguração tenha acontecido a 2 de julho.

CMRA - 56º Aniversário

No âmbito da celebração do 56º aniversário, foi apresentada uma newsletter de investigação e no campo das novas tecnologias, o CMRA deu a conhecer a telereabilitação, um programa recentemente lançado que permite que todos tenham acesso simples e rápido a cuidados de saúde. Mais à frente, debateu-se os “Desafios da Reabilitação Pediátrica em Cabo Verde”, um contributo da equipa Além-Fronteiras.

Para finalizar a celebração do dia 20, realizou-se um concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa no auditório do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, o segundo de um ciclo de concertos planeados para diversos equipamentos da Misericórdia de Lisboa.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas