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Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita SOL

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, visitou o SOL – Saúde Oral em Lisboa, esta quarta-feira, 21 de julho. Recebido por André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, e por Tânia Matos, diretora da Direção de Saúde Santa Casa, o responsável ficou mais próximo do propósito deste serviço, o seu funcionamento, a organização e os novos projetos em curso.

Depois de visitar as instalações, conhecer o equipamento e a equipa médica, o bastonário da Ordem dos Médicos elogiou a resposta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e defendeu que o SOL deveria replicado no resto do país.

“Eu já conhecia o projeto (SOL). Fiquei agradavelmente surpreendido. Sabemos que a resposta do setor social para a área da saúde oral e para a medicina dentária é fundamental. As condições são excelentes, há uma equipa muito consolidada, muito capaz e com grande competência técnica que dá uma resposta ao mais alto nível, não diferenciando ninguém”, considerou Miguel Pavão.

“Tenho dito que o sol (SOL) deveria nascer para todos, não deveria ficar apenas confinado na zona de Lisboa, e temos aqui a importância e provas dadas de um projeto que não envergonha ninguém a nível internacional”, acrescentando que “era fundamental que o setor social pudesse receber estímulos para replicar este projeto”.

Visivelmente satisfeito pela visita do bastonário, André Almeida sublinhou que esta visita foi uma oportunidade para o bastonário “conhecer in loco a resposta da Misericórdia de Lisboa, ou seja, os princípios fundamentais, o projeto, a missão, a equipa, os equipamentos e os seus cuidados personalizados. Eu creio, sem falsas modéstias, que o senhor bastonário ficou bem impressionado” com o trabalho aqui realizado.

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita SOL

Já Tânia Matos defendeu que a Santa Casa pode “incentivar e reforçar” as vantagens que este tipo de respostas têm para a população. “E, portanto, seria uma grande mais valia poder replicar esta resposta no resto do país”.

O coordenador e diretor clínico do SOL e a responsável da Direção de Saúde Santa Casa consideram que o SOL veio alterar o paradigma da saúde oral. Ao apostar na prevenção e nos tratamentos precoces, evitam-se muitas complicações no futuro, promovendo-se a qualidade de vida e o bem-estar das famílias, que são o público-alvo desta resposta.

O SOL – Saúde Oral em Lisboa, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa, situa-se no coração da cidade, mais concretamente na Avenida Almirante Reis nº 219. Foi inaugurado a 20 de agosto de 2019, e é uma resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, isenta de pagamento, a todas as crianças e jovens (dos 0 aos 18 anos) residentes ou estudantes em Lisboa.

Quinta Alegre foi palco de assinatura de protocolo entre Governo e setor social

A Quinta Alegre – uma das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas da Misericórdia de Lisboa – recebeu hoje vários representantes do Governo e do setor social nacional, para a assinatura de um protocolo para um investimento de 465 milhões de euros, a ser implementado até 2026, em três grandes áreas: saúde, habitação e educação.

Presente na cerimónia, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que este programa “não é um plano para o Estado e feito pelo Estado, é um plano feito para o conjunto do país”, assegurando que esta fatia do PRR português será aplicada a “todo o país e não apenas às zonas metropolitanas”.

António Costa lembrou que faz hoje um ano que foi aprovado o lançamento deste programa de recuperação por Bruxelas e que é fundamental a mobilização de toda a sociedade. “Só conseguimos realizar e bem, com rigor e transparência, mobilizando todos os parceiros e trabalhando em rede”.

Na sua intervenção, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, anunciou a constituição de 28 mil novas vagas em lares e creches, assim como novas medidas para o apoio domiciliário. “Nesta parceria com o setor social, assumimos a concretização articulada e uma parceria de colaboração para uma implementação eficiente do PRR, concretamente nas dimensões das respostas sociais à infância, às pessoas com deficiência e ao envelhecimento”, concluiu a responsável.

Durante o mesmo evento, Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, comunicou que a aplicação de “30% do PRR vai permitir que o Serviço Nacional de Saúde seja reforçado, sobretudo nos cuidados primários e ainda nos cuidados continuados, onde, neste último caso, serão adicionadas mais 5.500 camas”.

Assinaram o protocolo, além do Governo, os representantes da União das Misericórdias, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, da União das Mutualidades e da Confederação Cooperativa Portuguesa.

“Não Caia Nisso”: campanha alerta para a prevenção de quedas dos idosos

Pelo quinto ano consecutivo, a campanha “Não Caia Nisso” regressa para alertar e informar a população portuguesa para as causas das quedas nos idosos, os riscos de fratura, a necessidade de cuidados, assim como para a perda de autonomia e da qualidade de vida que, muitas vezes, podem levar à imobilidade total.

Segundo dados revelados pela SPOT, 75% da população portuguesa acima dos 65 anos tem mais probabilidades de cair e o osso mais afetado é o colo do fémur, seguido dos pulsos, costelas e coluna. Os indicadores revelam, ainda, que 30% dos idosos já caiu pelo menos uma vez, e 28% das mortes entre pessoas seniores deveram-se a quedas.

Carlos Evangelista, médico do Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA) e coordenador do Grupo de Estudo de Ortopedia Geriátrica (GEOGER) da SPOT, sublinha que a campanha “Não Caia Nisso” pretende ser uma chamada de atenção para os riscos que podem ser evitados e que ocorrem, geralmente, em casa. “Evitar uma queda significa prolongar a vida e a qualidade da mesma. Queremos chamar a atenção da sociedade, particularmente das pessoas de idade, sobre a problemática da queda e de todos os problemas que daí advêm”.

Prevenir ainda é o melhor remédio

O especialista alerta para a importância da prevenção, enumerando alguns comportamentos de forma a evitar este tipo de quedas: “ter uns tapetes que sejam antiaderentes e que protejam da queda, ter o telefone sempre por perto, ter luzes de presença noturnas para não andar no escuro e ter a preocupação sobre o que podemos comer ou não”, são alguns comportamentos aconselhados, não esquecendo “privilegiar uma melhor saúde. O exercício físico é fundamental para a pessoa manter o seu tónus muscular e o equilíbrio, tal como ter alguma atividade mental e interesse pela vida”.

O médico explica ainda que “a grande problemática das quedas está em primeiro lugar relacionada com as fraturas do colo do fémur. Estas fraturas podem condicionar a qualidade de vida de um indivíduo, caso não sejam bem orientadas ou não realizadas num curto espaço de tempo. Uma fratura, particularmente num sénior e ao nível do colo do fémur, deve exigir uma equipa multidisciplinar, cirurgiões e anestesistas bem treinados que permitam cirurgias minimamente invasivas, rápidas, associadas a uma recuperação integrada e apoiada.”

Carlos Evangelista termina, defendendo que “prevenir será sempre mais saudável e menos dispendioso para todos. Modificar as mentalidades de toda uma sociedade virada para atuar sobre a doença e não na sua prevenção, será o grande desafio das sociedades médicas”.

Há 117 anos na vanguarda da ortopedia

O Hospital Ortopédico de Sant’Ana, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é uma referência na área da ortopedia em Portugal. Respondendo a uma preocupação com o envelhecimento da população, dispõe, desde 2010, da primeira unidade de ortopedia geriátrica nacional, assegurando a prestação de respostas de saúde únicas e de excelência.

Consulte mais recomendações, aqui.

“Será uma vida diferente, mas não desisto”

O dia 22 de julho de 2020, dificilmente ficará esquecido por Dariane. Foi com a sua família até ao Porto Brandão, no concelho de Almada, para se refrescar do calor que se fazia sentir. Já no fim da tarde, naquele que seria o último mergulho, o imprevisto aconteceu. A jovem, na altura com 31 anos, bateu com a cabeça ao mergulhar.

Infelizmente, o caso de Dariane não é isolado. No verão, os acidentes em atividades lúdicas aumentam e os mais temidos são os traumatismos cranianos e os traumatismos da coluna cervical resultantes de mergulhos em águas rasas.

“Eu apercebi-me logo da gravidade. Perdi imediatamente os movimentos das pernas”, recorda. Foi em desespero que chegou ao Hospital Garcia de Orta. A vida transformou-se num segundo. Mais tarde, recebeu cuidados na Liga de Amigos do Hospital Garcia de Orta. Já em abril de 2021, chegou ao Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), da Misericórdia de Lisboa, onde iniciou um processo de reabilitação.

Reaprender a viver

“Já consigo sentar-me melhor, já consigo mexer os braços e assinar, ainda que com algumas dificuldades”, explica, acrescentando que ainda tem “um longo caminho pela frente. Não faço muitos planos, mas não quero perder a esperança. Vou-me adaptando. Vivo um dia de cada vez”.

Passou quase um ano desde o acidente. Aceitar é um processo e o tempo ajuda. Dariane não tem ilusões, sabe que é impossível voltar a andar, mas não desiste de ter uma vida digna e de melhorar através do processo de reabilitação, que é fundamental para uma adaptação adequada às novas condições de vida.

A jovem do Monte da Caparica encontra forças nos filhos, na família, nos amigos. “Não é fácil, mas tenho vida. Será uma vida diferente, mas não desisto, não posso desistir, por mim e pelos meus filhos!”. Vou ultrapassar o que me aconteceu, tenho muita força. E a vida segue!”.

Na semana que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa relança a campanha “Mergulho Seguro” com o objetivo alertar os portugueses para os perigos dos mergulhos mal calculados, Dariane sublinha que não gosta de dar conselhos a ninguém, mas alerta que “estas coisas acontecem quando menos se espera, a adrenalina faz o momento. Por isso, por favor, tenham cuidado, porque há consequências para a vida”.

Dariane João - Mergulho Seguro

“Mergulho Seguro”: sensibilizar é fundamental

A campanha “Mergulho Seguro” foi lançada, em 2013, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. Oito anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”. As consequências dos acidentes de mergulho são devastadoras. O Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão recebe, todos os anos, casos de jovens com lesões medulares provocadas por acidentes dentro de água.

“A consequência mais frequente de um acidente de mergulho é o traumatismo da coluna cervical, frequentemente com fratura e/ou luxação de vértebras e instalação de tetraplegia, ou seja, perda do controlo motor e da sensibilidade nos quatro membros e tronco e alterações do controlo de esfíncteres”, explica Filipa Faria, diretora do Serviço de Reabilitação de Adultos 1, do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão.

Em Portugal, à semelhança da casuística descrita a nível internacional, os envolvidos neste tipo de acidentes são quase sempre jovens do sexo masculino com idades entre os 15 e os 30 anos. Esta é a população mais propensa a comportamentos de risco, tais como atirar-se, de cabeça, para a água sem saber qual a profundidade.

Justifica-se, portanto, na opinião da responsável, uma campanha de sensibilização direcionada a um público mais jovem. “As campanhas de sensibilização são sempre muito importantes para informar e alertar as pessoas para os perigos e eventuais consequências de um mergulho mal dado. Muitos jovens não têm consciência do que pode acontecer. Ou pensam que acontece apenas aos outros. Assim, divulgar testemunhos de pessoas jovens, como eles, que sofreram um acidente de mergulho pode ser a forma mais eficaz de sensibilizar”, defende.

“A reabilitação tem como objetivo explorar, desenvolver e potenciar as capacidades funcionais remanescentes e ajudar o indivíduo a adquirir a máxima autonomia possível, condicionada pelas sequelas neurológicas. Quase sempre, as lesões resultantes de acidentes de mergulho são lesões cervicais completas, irreversíveis. Afetam todo o corpo abaixo do nível de lesão, com graves repercussões na função motora, sensitiva e também no controlo de esfíncteres. O programa de reabilitação é estabelecido de forma individual, tendo em conta o tipo de lesão e as caraterísticas e necessidades daquela pessoa”, explica Filipa Faria.

“A abordagem da reabilitação é holística, não exclusivamente física mas também psicológica e social. A equipa de reabilitação, coordenada pelo médico fisiatra e por uma vasta equipa de enfermeiros de reabilitação, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, estabelece objetivos específicos, realistas e definidos no tempo. Esses objetivos são equacionados com o doente e sua família, para que sejam adequados àquela pessoa e às suas circunstâncias”, observa.

A responsável pelo Serviço de Reabilitação de Adultos 1 do CMRA considera que “a existência de uma incapacidade permanente grave, resultante de acidente de mergulho, implica quase sempre a necessidade de reconversão profissional ou de orientação vocacional/académica. Colaboramos neste processo, em articulação com a universidade ou a entidade empregadora, de forma a eliminar barreiras e a facilitar a integração do indivíduo.”

“Sendo a lesão medular uma situação crónica e podendo surgir complicações ao longo do tempo, é importante manter o acompanhamento periódico em consulta aos nossos doentes, prevenindo e fazendo a ponte sempre que necessário com outros especialidades médicas/cirúrgicas”, finalizou.

“As Sereias Vivem no Espaço”: os problemas da adolescência subiram ao palco do Cinema S. Jorge

Quem sou eu? Que lugar ocupo no mundo? Estas foram as questões que serviram de inspiração para a peça “As Sereias Vivem no Espaço”, produto que resulta das vivências de 12 jovens que pertencem ao grupo terapêutico da unidade W+, da Misericórdia de Lisboa. No dia 22 de maio, o público que foi ao Festival Mental, no Cinema S. Jorge, viu dez jovens a usarem o teatro para dar voz e forma aos problemas da adolescência, a dizerem basta e a derrubarem as barreiras impostas pela sociedade. As personagens da peça definem-se pela forma como, ao longo do enredo, se soltam das caixas estereotipadas e carregadas de pressão em que vivem.

O Mental coloca a saúde mental em primeiro plano. Neste festival, fala-se claro e claramente sobre problemas. A plataforma escolhida é a cultura no seu sentido mais lato e as artes em particular, veículos extraordinários para o combate ao estigma, vergonha e falta de informação pública e geral.

E foi precisamente para informar e sensibilizar o público para as questões da adolescência que a W+ voltou a participar no Festival Mental. Sónia Santos, encenadora da peça e psicóloga da unidade W+, explica que tudo surge no seio do grupo terapêutico, através da partilha de sentimentos, de um debate sobre diferença, desigualdade de direitos e pressão social. “Com esta situação de pandemia, os adolescentes foram muito afetados com as questões da sua socialização, do seu novo lugar no mundo. ‘As Sereias Vivem no Espaço’ tem que ver com a desconstrução daquilo que é a identidade na adolescência, com a procura de novos lugares seguros e, sobretudo, com aquilo em que eles acreditam”, conta a encenadora.

Quando a cortina abre, um grupo de jovens surge inerte. “São dez sereias” que ainda não descobriram que o são. Rapidamente o palco do Cinema S. Jorge dá lugar a um recreio, onde correrias desenfreadas, saltos de alegria, brincadeiras de bate-mão e o jogo da macaca transportam o público para uma infância livre e feliz.

E, num ápice, a peça oscila, como o humor e a personalidade na adolescência, entre o quem sou eu e o quem os outros querem que eu seja. Aquilo que era um palco de alegria cheio de crianças felizes dá lugar a um clima de inércia, a um grupo resignado ao lugar que a sociedade construiu para eles. Dentro de uma caixa de estereótipos e preocupações, narram como é viver num espaço que foram forçados a ocupar. Esta caixa não lhes permite serem livres. Vivem à procura do corpo perfeito imposto pelas redes sociais, sofrem com o racismo embrulhado, com a homofobia ou com a pressão de chegar ao sucesso. No fundo, têm dificuldade em serem livres e autênticos.

“Sabias que as sereias moram no espaço? No espaço, as sereias são livres para serem quem quiserem”. Faby é a sereia que assume o papel de tirar todos, atores e público, da zona de conforto. “O meu papel é fazer com que as pessoas enxerguem que não têm que ser colocadas em nenhum lugar só porque a estereotipam. Esta sereia tem aqui uma missão super importante: tirar toda a gente da zona de conforto. É necessário ter consciência e consciencializar os outros à nossa volta. Todos estes temas têm de ser mais falados e mais aprofundados. No caso da adolescência faz com que estejamos mais preparados para enfrentar uma série de coisas no futuro”, explica.

“Na W+ posso ser eu, sem capa”

Faby, Arlete e João são alguns dos jovens que fazem parte do grupo terapêutico da W+. Arlete está nesta unidade da Misericórdia de Lisboa há cerca de cinco anos. Foi aqui que começou a “perceber que está tudo bem em estar mal”. Conheceu uma Arlete que não conhecia. Foi esta casa que lhe permitiu ser ela, “sem capas”. “A Arlete antes da W era uma jovem construída pela opinião dos outros, que se tentava encaixar naquilo que as pessoas achavam que ela era”, revela.

Para esta jovem de 23 anos, o espetáculo que apresentaram no Cinema S. Jorge é, no fundo, o espelho daquilo que é a W+: “um lugar seguro”.

João Aldeias, 18 anos, estudante de teatro, vai mais longe. Para o ator, este grupo que subiu ao palco do Festival Mental acaba por ser a voz de muitos adolescentes que vivem aprisionados nas opiniões dos outros.

“Aquilo que retratamos na peça são temas que me tocam a mim, aos meus colegas e à sociedade em geral. Estas peças fazem-nos mudar, fazem-nos sair da nossa zona de conforto. Ainda existem muitas barreiras para derrubar e o teatro pode ser um veículo para ajudar a destruir essas barreiras”, refere.

Os dez jovens que participaram no Festival Mental foram chegando de diferentes pontos: equipas de autonomia, casas de acolhimentos ou, como é o caso de João Aldeias, graças ao protocolo estabelecido com o Liceu Passos Manuel. Mas o objetivo da W+ não é fazer peças de teatro. O teatro resulta do trabalho desenvolvido pelo grupo terapêutico e do uso de técnicas psicodramáticas. A equipa da W+ que trabalha com estes jovens, com idades compreendidas entre 15 e 24 anos, desenhou uma resposta que foge ao caminho tradicional, onde o teatro é usado como mediador terapêutico para construir e desconstruir uma série de defesas psicológicas.

Dia Internacional do Enfermeiro: celebrar a vida

Num ano marcado pela pandemia, em que os profissionais de saúde estiveram na linha da frente do combate à Covid-19, o Dia Internacional do Enfermeiro – celebrado a 12 de maio – ganha um significado redobrado. Mais do que assinalar a efeméride, este dia é uma homenagem à coragem, sacrifício pessoal e espírito de resiliência destes profissionais, os verdadeiros heróis num cenário difícil e imprevisto para todos nós.

A saúde é uma das principais áreas de atuação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que, ao longo dos anos, tem vindo a constituir respostas em áreas como saúde mental, cuidados continuados e lares, saúde oral, saúde de proximidade e medicina de reabilitação, além de preparar os profissionais do futuro, através da Escola Superior de Saúde do Alcoitão.

Os enfermeiros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa cuidam, diariamente, da saúde dos que mais precisam. Em tempo de pandemia, foram a esperança e o conforto dos que necessitaram de cuidados de saúde. A Misericórdia de Lisboa associa-se às comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro, reforçando o compromisso de gratidão a todos os enfermeiros, especialmente aos que trabalham na instituição.

Não há palavras para expressar a gratidão que temos para aqueles que cuidam a tempo inteiro. A todos os enfermeiros que trabalham na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, obrigado!

A génese da efeméride

O Dia Internacional do Enfermeiro celebra-se a 12 de maio. Foi criado pelo Conselho Internacional dos Enfermeiros e a data escolhida remete para o aniversário de Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem moderna.

Florence Nightingale nasceu em Florença no dia 12 de maio de 1820. As visitas constantes que fazia com sua mãe a doentes foram decisivas na escolha de Florence pelo curso de enfermagem. Florence estudou, publicou estudos comparativos e foi convidada para superintendente de enfermeiras voluntárias na Guerra da Cimeira, em 1853. Nessa altura, as inovações trazidas por ela à enfermagem resultavam na diminuição de mortes de 42,2% para 2,2%. A sua dedicação rendeu-lhe a condecoração da Cruz Vermelha Real em 1883.

Projeto das Unidades de Retaguarda para idosos distinguido com Prémio de Mérito

A distinção atribuída às Unidades de Retaguarda para idosos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi recebida por Tiago Nascimento, enfermeiro da instituição, na cerimónia realizada esta segunda-feira, 10 de maio, a propósito do Dia nacional da Segurança Social (assinalado a 8 de maio).

O galardão é o reconhecimento do contributo prestado pela instituição na concretização dos valores da solidariedade social, em resposta à pandemia da Covid-19. Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, marcou presença na cerimónia.

Os 14 profissionais homenageados representam diferentes áreas de resposta à pandemia da Covid-19 e, sobretudo, a importância do estado social e do sistema de proteção social.

Na sua intervenção, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, considerou que este é um gesto simbólico de reconhecimento de “todo o trabalho que, no último ano, fizeram ao serviço dos outros”.

A cerimónia, que ocorreu no âmbito da celebração do Dia nacional da Segurança Social, assinalado dois dias antes (a 8 de maio), pretendeu distinguir simbolicamente um conjunto de profissionais e de instituições parceiras.

Unidades de Retaguarda

As Unidades de Retaguarda para Idosos, criadas em março de 2020, para alojamento de pessoas em isolamento profilático e/ou em situação de infeção confirmada de SARS-CoV-2, são um projeto pioneiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que teve como objetivo dar uma resposta emergente às necessidades colocadas pela pandemia, especialmente no que concerne às pessoas integradas em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas da cidade de Lisboa. Trata-se de uma operação articulada entre a Câmara Municipal de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Instituto de Segurança Social, e a Administração Regional de Saúde Lisboa e Vale do Tejo.

Ao longo do último ano estiveram em funcionamento três Unidades de Retaguarda para Idosos em equipamentos da Misericórdia de Lisboa: no Centro de Desenvolvimento Comunitário da Charneca, no Hospital de Sant’Ana e no Centro de Dia de Santo Eugénio. No seu conjunto, permitiram cuidar de mais de 200 pessoas oriundas de mais de 20 instituições, com uma média de idades superior a 80 anos, e com um elevado grau de dependência.

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, 55 anos depois

Sabia que a construção do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão foi financiada pelas receitas do emblemático jogo de apostas desportivas mútuas, o Totobola?

Inaugurada em 1966, a primeira unidade de resposta inovadora no país para situações de lesões medulares foi construída graças ao contributo dos apostadores do primeiro jogo de apostas desportivas (lançado em 1961). 55 anos depois, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão continua a reinventar-se.

Além de tratamentos de reabilitação com recurso a ferramentas tecnológicas, como um exoesqueleto que ajuda os doentes a recuperar força muscular e postura, o CMRA disponibiliza treinos dentro de água e é local de realização de vários estudos de investigação.

Em pouco mais de meio século, assistiram-se a avanços na medicina, mas também ao surgimento de novas enfermidades. A maioria dos internamentos no CMRA continua a dever-se a doenças neurológicas (onde se incluem os AVC), seguindo-se lesões vertebro medulares.

Apesar da sua construção ter iniciado em 1956, por iniciativa do então provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, José Guilherme de Mello e Castro, só dez anos depois, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão abriu as portas ao primeiro doente, começando então a funcionar em pleno.

Hoje, como há pouco mais de meio século, o CMRA prossegue o seu trabalho de excelência, reconhecido internacionalmente, na reabilitação de lesões vertebro-medulares e de sequelas das doenças neurológicas, estendendo a sua atuação também à área pediátrica.

Em entrevista, Maria de Jesus Rodrigues, administradora-delegada/diretora clínica do CMRA, fala-nos um pouco sobre o trabalho de excelência na reabilitação, levado a cabo pelo centro, bem como do impacto e desafios resultantes da pandemia de Covid-19.

– Que balanço faz de 55 anos de um trabalho reconhecido internacionalmente, sobretudo no campo das lesões vertebro-medulares e das sequelas das doenças neurológicas?

Desde 1966, o CMRA tem sido considerado um dos melhores e mais completos centros de reabilitação do mundo. A forma de trabalhar em equipa multiprofissional, com uma abordagem centrada no doente e família e a preocupação em prestar cuidados de excelência, baseados na melhor evidência científica têm sido fundamentais para o sucesso e credibilidade que nos são atribuídos desde a inauguração.
A forte presença nacional e internacional nos foros científicos da reabilitação neurológica tem sido o outro pilar da posição de destaque e reconhecimento que o CMRA ocupa e pretende continuar a consolidar, continuando a inovar e liderar nesta área de especialidade.

– Qual foi o impacto da pandemia de Covid-19 no funcionamento do centro?

A pandemia de Covid-19 trouxe desafios a que os profissionais do CMRA deram resposta rápida e eficaz, assegurando a continuidade da prestação de cuidados aos seus utentes, mas fazendo todos os ajustes logísticos e procedimentais para garantir a segurança de utentes e profissionais. Os resultados têm sido muito satisfatórios e mostram que apesar de ser uma instituição com 55 anos, continua viva, ágil e capaz de se adaptar às necessidades e contingências, de forma a não desamparar aqueles que são o objeto da sua existência, os doentes e seus familiares.

– Quais são os grandes desafios para o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão?

Os grandes desafios do CMRA para o futuro próximo passam por continuar a crescer em diferenciação e qualidade: na prestação de cuidados de medicina de reabilitação; na produção de investigação clínica e formação especializada continuada dos profissionais de reabilitação em Portugal e no Mundo; na liderança, pelo exemplo, nas vertentes conceptual e organizacional do trabalho em centro de reabilitação; no desenvolvimento tecnológico ao serviço da excelência de cuidados e na melhoria operacional em saúde.

A celebração em 2021

O aniversário é celebrado a 20 de abril – data em que deu entrada o primeiro utente no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão – embora, a inauguração tenha acontecido a 2 de julho.

Uma ação de experimentação de handbikes e uma atuação musical levada a cabo por animadores, são algumas das iniciativas que decorrem durante este dia.

Mesmo em tempos de pandemia, houve lugar a uma decoração festiva dos espaços e a mensagens especiais de vários utentes, que não quiseram deixar de aproveitar a data para agradecer aos seus “cuidadores”, como demonstra o seguinte vídeo.

COVID-19: mais de 1200 colaboradores da Santa Casa vacinados este fim de semana

Mais de 1200 trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa receberam, no passado fim de semana, a primeira dose da vacina contra a Covid-19. As ações decorreram em vários centros de vacinação criados para o efeito, em Lisboa.

O processo que se insere no plano de vacinação nacional, elaborado pela task force criada pelo Governo, permitiu que milhares de trabalhadores “prioritários”, fossem vacinados contra a Covid-19. Entre os colaboradores da instituição agora vacinados estão trabalhadores de equipamentos de 1º e 2º infância, do Serviço de Apoio Domiciliário e ainda do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian.

Para Luís Afonso, coordenador do processo de vacinação na Misericórdia de Lisboa, esta etapa é “um marco importante”, para atingir a meta da “imunidade de grupo”, considerando que “só com atingimento deste objetivo é que poderemos diminuir o grau de transmissibilidade e infecciosidade da doença, e assim sairmos vitoriosos deste combate”.

Até ao início de abril, mais de 1500 colaboradores da Santa Casa já tinham sido vacinados, tendo 500 destes funcionários recebido as duas doses da vacina contra o vírus SARS-CoV2.

“A triagem foi feita no respeito integral das diferentes orientações da Direção Geral de Saúde (DGS), em que foram definidas as prioridades para os profissionais de saúde ou equiparados que estavam na prestação direta”, salienta Luís Afonso, concluindo que a Santa Casa está a cumprir “escrupulosamente” as orientações da DGS, nomeadamente os aspetos essenciais de “definição das populações-alvo prioritárias; das boas práticas de administração e da gestão das doses sobrantes”.

Concluída que está a primeira fase de vacinação nacional, quase metade do universo de colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já foram inoculados com a primeira dose da vacina, sendo que em alguns equipamentos da instituição, como no Hospital de Sant’Ana, na Unidade de Cuidados Continuados e Integrados de São Roque e na Unidade de Saúde Bairro Padre Cruz, os funcionários já se encontram imunizados.

Na área da ação social são também vários os equipamentos que já têm a totalidade dos seus funcionários vacinados, como a MITRA, a maioria da Estruturas Residenciais para Idosos, algumas Unidades de Apoio à Deficiência, como o Lar Branco Rodrigues, o Instituto Condessa de Rilvas e o Centro Residencial Arco-Íris e, ainda, o Centro de São José e a Residência Santa Rita de Cássia.

Numa altura em que o processo de vacinação nacional está a acelerar, e de acordo com a task force responsável pelo plano, é expetável que no decorrer do mês de abril seja possível vacinar 100 mil pessoas por dia.

Só no último fim de semana foram administradas 183 mil doses, elevando o total de vacinas contra a Covid-19, administradas em Portugal continental, para mais de 2,5 milhões. Deste total, cerca de 1,9 milhões correspondem a primeiras doses e mais de 650 mil a segundas doses da vacina.

Tecnologia e ciência ao serviço do coração

Tecnologia e ciência ao serviço do coração

No Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, há um centro especializado em doenças cardíacas que é sinónimo de inovação tecnológica e esperança, conceitos que em saúde andam cada vez mais de mãos dadas.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas