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Santa Casa volta a apoiar campanha de prevenção de quedas na população idosa

À semelhança dos últimos anos, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa volta a apoiar a campanha “Não Caia Nisso”, da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), cujo objetivo é alertar para a prevenção de quedas na população idosa e sensibilizar para os riscos associados. Oficialmente, a campanha arrancou no passado sábado, dia 9 de novembro, com a Caminhada da Ortopedia, em Vilamoura.

Esta campanha foi inicialmente lançada pela SPOT há oito anos, contando desde o início com o apoio da Santa Casa e o alto patrocínio da Presidência da República. De regresso este ano, a campanha “Não Caia Nisso” reforça as medidas de prevenção que as pessoas devem adotar e está presente em diversos meios de comunicação para chegar a um público maior. Além dos conselhos práticos, a mensagem que se pretende transmitir apela também a uma alimentação saudável e um estilo de vida ativo, promovendo a mobilidade diária.

Refira-se que as quedas nestas idades mais avançadas são responsáveis por cerca de 40 mil fraturas ósseas por ano em Portugal, muitas vezes deixando severas marcas nas pessoas afetadas e diminuindo a sua qualidade de vida.

Saiba mais sobre a campanha na página da SPOT.

Associação Brasileira de Odontopediatria visita SCML e SOL para troca de experiências

Foi a pensar numa parceria futura para potenciar a investigação na área da Odontopediatria que surgiu a ideia deste encontro entre a Associação Brasileira de Odontopediatria (ABOPED) e a SCML, para apresentar o Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL), um projeto pioneiro e inovador em Portugal, com o cunho da Santa Casa.

“A professora Aparecida Machado foi a anterior presidente da ABOPED e é uma autoridade na área da pediatria. Na altura da pandemia eu convidei-a para fazer um conjunto de formações online à equipa do SOL, algo que simpaticamente ela aceitou. Aproveitámos o facto de ela estar em Portugal neste fim-de-semana para a convidarmos a vir conhecer, não só a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, como as instalações do SOL, tendo em conta que foi, e é, um projeto que muito a impressionou”, explica André Brandão de Almeida.

O que se pretende a partir de agora é criar sinergias na investigação, produzida há já muitos anos no Brasil. “O SOL é um trabalho extraordinário, mas é ainda um bebé que precisa de crescer. E esta aposta na investigação poderá dar aqui um grande aporte”, acrescentou o administrador.

Um dos focos desta investigação irá centrar-se num material desenvolvido por Sandra Kalil Bussadori (presidente da ABOPED), chamado ‘papacárie’ – um gel à base de papaína, enzima extraída da casca do mamão, que trata as cáries evitando intervenções invasivas dos aparelhos utilizados em procedimentos dentários (brocas, por exemplo).

“Temos uma grande lista de espera, pelo que se conseguíssemos eliminar 50% desta lista através do uso deste químico, seria algo extraordinário, ao mesmo tempo que poderíamos ser uma espécie de espaço-piloto para medirmos os efeitos, em grande escala, desta inovação”, desenvolveu André Brandão de Almeida.

O SOL foi criado em 2019 pela Santa Casa, enquanto resposta complementar ao SNS, tendo atualmente quase 20 mil utentes. Presta cuidados de saúde oral, isentos de custo para as famílias, a todas as crianças e jovens até aos 18 anos que residam no concelho de Lisboa, independentemente da sua condição socioeconómica ou nacionalidade. Até ao momento já realizou mais de 141 mil consultas gratuitas a crianças e jovens de 71 nacionalidades, e colocou ainda 2.430 aparelhos ortodônticos.

Conferência dedicada à história lusófona no Japão abriu a programação da Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo

A Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo deu início, na quinta-feira, 7 de novembro, à sua programação cultural, com a conferência “O impacto extraordinário dos portugueses no Japão”, onde o professor João Paulo Oliveira e Costa traçou um panorama detalhado dos primeiros contactos entre as duas nações e os seus impactos históricos, culturais e artísticos.

Na conferência, na qual participaram cerca de 50 pessoas, entre elas o benemérito e colecionador Francisco Capelo e o administrador da Santa Casa, David Lopes, foram apresentados alguns aspetos que os portugueses introduziram no Japão, como a abertura ao comércio com povos estrangeiros, a difusão do cristianismo e a troca de conhecimentos em diversas áreas, desde a cartografia à tecnologia militar, passando pela arquitetura e o urbanismo.

“Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao Japão e estabeleceram relações comerciais e culturais intensas com os japoneses. Essa história, rica e complexa, merece ser mais conhecida e divulgada”, afirmou Oliveira e Costa, “à semelhança do que acontece no Japão, onde a história de Portugal integra os currículos escolares logo desde a primária, testemunho da profunda marca deixada pelos portugueses no arquipélago”.

No encontro, foi ainda referida a importância de alguns heróis da história do Japão, como o português Luís Frois, sacerdote da Companhia de Jesus, ou os quatro jovens da Missão Tenshô, que vão estar em destaque em alguns dos momentos da programação cultural preparada para os próximos meses.

João Paulo Oliveira e Costa é Professor Catedrático do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova, com vasta investigação em História de Portugal e do Mundo nos séculos XV a XVII, tendo sido recentemente condecorado pelo Imperador do Japão com a Ordem do Sol Nascente.

Com cinco salas dedicadas ao Japão, a Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo está aberta de terça a domingo, das 10h às 18h, e até ao fim do ano apresenta uma programação dedicada à história, arte e cultura nipónicas, com conferências, cinema, workshops e atividades para crianças, que pode consultar aqui.

Loja da Cultura Santa Casa ganha Menção Honrosa

A Loja da Cultura Santa Casa foi distinguida com uma Menção Honrosa na 9ª edição do CTT e-Commerce Day 2024, realizada esta quinta-feira ao final da tarde, na Quinta da Pimenteira, em Lisboa. A Santa Casa concorreu na categoria dos melhores negócios digitais da Administração Pública, com a sua loja online da Cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (lojadacultura.scml.pt).

O concurso CTT e-commerce awards distingue as melhores práticas de comércio eletrónico a nível ibérico, bem como os modelos de negócios digitais que estão a fazer a diferença, em diferentes categorias, como Site/APP e-Commerce, Iniciativa e-Commerce PME, Iniciativa e-Commerce Green, Iniciativa Comércio Local, Inovação em Marketing Digital no e-Commerce, Inovação em Logistics, Delivery and Returns no e-Commerce, Inovação em Segurança e Serviços Financeiros no e-Commerce.

O tema central em debate nesta edição foi “Shape the Future of E-Commerce with AI”, contando com especialistas convidados que dissertaram sobre a influência da inteligência artificial no e-commerce.

Este ano concorreram 250 empresas, nacionais (60%) e espanholas (40%), um número que reflete um forte crescimento face às 130 empresas que participaram na edição do ano anterior.

Já se conhece a agenda sociocultural novembro/ dezembro

Durante os meses de novembro e dezembro, os utentes de diversos equipamentos da Santa Casa estarão à espera dos visitantes, que poderão participar numa vasta gama de atividades, como iniciativas lúdico-recreativas, manuais e artísticas, intelectuais e de aprendizagem ou religiosas e espirituais.

Pode ficar a saber tudo aqui, onde encontra todas as iniciativas que acontecem nos diferentes equipamentos da Santa Casa.

EuroDreams premiou os portugueses com 50 milhões de euros no primeiro ano do jogo

O EuroDreams assinala esta quarta-feira um ano desde o seu primeiro sorteio. O mais recente jogo social a nível europeu, explorado em Portugal pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, arrancou no dia 6 de novembro de 2023, com o sorteio inaugural em Paris.

Este jogo social está presente em oito países europeus (Portugal, Espanha, França, Irlanda, Bélgica, Suíça, Áustria e Luxemburgo) e distingue-se pelo facto de assentar no conceito de prémio pago ao longo do tempo. O valor do primeiro prémio é pago mensalmente, com o apostador premiado a receber 20 mil euros por mês durante 30 anos.

Durante o seu primeiro ano de existência, o EuroDreams atribuiu um primeiro prémio em Portugal, em agosto deste ano. Ao todo, o valor de prémios atribuídos no nosso país ronda os 50 milhões de euros. Refira-se que o país com mais vencedores do primeiro prémio é a França, com cinco totalistas, seguindo-se a Áustria, com dois.

Recorde-se que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa aposta numa política de Jogo Responsável, contemplando um conjunto de medidas e ferramentas preventivas que permitem ao apostador uma tomada de decisão consciente sobre o ato de jogar, assegurando assim o seu bem-estar e mantendo a componente lúdica e divertida da atividade do jogo.

Vice-Provedora da Santa Casa debateu apoio aos cuidadores informais na Câmara de Lisboa

Aproveitando o Dia Mundial do Cuidador Informal, a Câmara Municipal de Lisboa organizou, em parceria com o Instituto Padre António Vieira, uma mesa redonda de debate em torno do seu Programa Municipal de Apoio aos Cuidadores Informais. Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, marcou presença entre os convidados e oradores do evento.

A sessão de abertura coube a Carlos Moedas, presidente da autarquia lisboeta, que recordou a importância dos cuidadores informais na sociedade atual, referindo que “todos os dias cuidam com o coração, mas também com uma força física incrível, com o trabalho do dia a dia, e que merecem não só ser acompanhados, mas ouvidos”.

Na sessão que teve lugar na sala do Arquivo, nos Paços do Concelho, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa lembrou que “90% dos cuidadores nunca tiveram acesso a nenhum programa e 60% desconhece o estatuto de cuidador informal”, acrescentando que “há um passo enorme a dar”.

Carlos Moedas, presidente da CM Lisboa, discursa

Por seu lado, Rita Prates, que integrou a mesa redonda, congratulou as alterações legislativas dos últimos tempos sobre os cuidadores informais, sublinhando que “ser cuidador informal é difícil”.

“Todos nós somos potenciais cuidadores informais. Precisamos de formação, precisamos de estar com pessoas que também estão a passar pelas mesmas coisas, para torná-las mais leves, e precisamos de descansar”, resumiu a Vice-Provedora da Misericórdia de Lisboa.

Recordando que “a Santa Casa tem sido pioneira em várias respostas sociais”, a Vice-Provedora da instituição enumerou algumas iniciativas da Misericórdia sobre este tema, como são exemplo as colónias para cuidadores informais, grupos de autoajuda, ações de formação e, mais recentemente, a criação de vagas nas Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) para as famílias poderem deixar, momentaneamente, as pessoas cuidadas.

Temporada Música em São Roque está de regresso com programação recheada

A Igreja de São Roque, a Igreja de São Pedro de Alcântara e a Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo abrem as portas para receber apresentações que unem o património histórico à música clássica. O concerto de abertura apresenta a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção musical de Fernando Miguel Jalôto, com o programa composto por obras de Händel e Telemann.

Nesta edição, o maestro Martim Sousa Tavares regressa ao evento com um concerto da Orquestra Sem Fronteiras, oferecendo um diálogo musical entre luz e sombra. No repertório, peças de Vivaldi e Bach, incluindo a Sinfonia “Al Santo Sepolcro”, o “Stabat Mater” de Vivaldi, a “Ária” da 3ª Suite para Orquestra e a Cantata “Widerstehe doch der Sünde”, de Bach.

O ciclo “Ouvidos Para a Música” também retorna, desta vez, com transmissão no canal YouTube da Santa Casa entre 28 de novembro e 1 de dezembro. Em sua quinta edição, o projeto é realizado por Adriana Romero e conta com o quinteto de metais Transmonta Brass. Em quatro episódios, os espectadores mergulham em histórias musicais e nos significados entrelaçados na imaginação dos amantes da música, guiados pelo maestro Martim Sousa Tavares.

Em homenagem aos 500 anos de nascimento de Luís de Camões, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, acompanhado ao piano por Kodo Yamagishi, interpreta os “Dez Madrigais Camonianos” de Luís de Freitas Branco, além da estreia em Lisboa de “Quatro Cantos do Mundo”, de Eurico Carrapatoso.

A programação da Temporada Música em São Roque inclui ainda a Orquestra Sinfónica Juvenil, que apresenta um repertório do século XVIII, com peças de Händel, Vivaldi e Mozart. A recente abertura da Casa Ásia-Coleção Francisco Capelo ganha destaque com o evento “A Caminho de Osaka”, uma apresentação teatral e musical da artista japonesa Beniko Tanaka, que retrata a histórica viagem dos primeiros meninos cristãos japoneses a Portugal no século XVI.

Para encerrar a temporada, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se ao Teatro Nacional D. Maria II, com uma leitura encenada e interpretação em língua gestual portuguesa, para as comemorações dos 500 anos de Camões. Com o Coro ECCE, o pianista Filipe Raposo, apresenta “En Tierras Ajenas” sob a regência do maestro Paulo Lourenço.

A Temporada Música em São Roque é uma iniciativa anual da Santa Casa, para promover a música clássica e o património cultural, consolidando-se há mais de três décadas pela sua excelência artística e pela capacidade de atrair novos públicos.

Para mais informações, aceda à página da Temporada Música em São Roque.

Play Video about Pessoa toca instrumento - inscrição: Música em São Roque

Já são conhecidos os vencedores do concurso “Boas Práticas” KORALE

O Centro Local de Informação e Coordenação (CLIC-LX), “casa” do Programa “Lisboa, Cidade Com Vida Para Todas as Idades”, da Santa Casa, acolheu, esta segunda-feira, 4 de novembro, a sessão final do concurso “Boas Práticas” KORALE, onde foram conhecidos os vencedores da iniciativa.

O evento, que contou com uma apresentação final dos seis projetos finalistas – A Avó Veio Trabalhar”, da Fermenta Associação; “Academia do Bem-Estar”, da Associação Coração Amarelo; “Metodologia de Proximidade”, da Associação Mais Proximidade, Melhor Vida; “Pelo Direito ao Vento nos Cabelos”, da Associação Pedalar Sem Idade Portugal; “Universidade da Terceira Idade do Lumiar”, da Junta de Freguesia do Lumiar; e o projeto “Viver Melhor no Beato”, da Associação de Moradores VMB, destacou igualmente a importância do trabalho desenvolvido pelos vários projetos a concurso junto da comunidade, assente numa perspetiva de proximidade e escuta ativa.

Os projetos vencedores do concurso foram “A Avó Veio Trabalhar”, da Fermenta Associação e o “Pelo Direito ao Vento nos Cabelos”, da Associação Pedalar Sem Idade Portugal, que vão participar no próximo encontro da equipa KORALE, que irá decorrer em Viena, na Áustria, nos dias 3 e 4 de dezembro.

Vencedores do concurso

Projetos vencedores do “Boas Práticas”, da esquerda para a direita, “Pelo Direito ao Vento nos Cabelos”, da Associação Pedalar Sem Idade Portugal e a “A Avó Veio Trabalhar”, da Fermenta Associação

O júri foi composto pelo Administrador da Santa Casa, David Lopes; o Diretor do Departamento de Direitos Sociais da Câmara Municipal, de Lisboa, Miguel Soares; a Comissária da Polícia de Segurança Pública, Aurora Dantier; a Diretora Adjunta do Centro Distrital de Lisboa do Instituto da Segurança Social, Sandra Marcelino; a Coordenadora de Projetos de Intervenção Comunitária da Gebalis, Marlene Almeida; a Professora da NOVA Medical School, Joana Goulão; e a Médica da Unidade Local de Saúde São José, Paula Broeiro.

No final do evento, o júri foi unânime em frisar o “bom trabalho” de todos os projetos destacando, ainda, a importância dos mesmos, para a construção de uma Lisboa mais solidária e inclusiva.

Reunião do júri do concurso Boas Práticas KORALE

Reunião de júri do concurso “Boas Práticas” KORALE

Este foi apenas o início do caminho que vai até 2028, em que se pretende constituir uma Comunidade de Prática composta por entidades que desenvolvam iniciativas na prevenção e combate à problemática do isolamento social e solidão não-desejada na Cidade de Lisboa.

Projetos finalistas do “Boas Práticas” KORALE, da esquerda para a direita, “Metodologia de Proximidade”, da Associação Mais Proximidade, Melhor Vida; Associação Coração Amarelo; “Universidade da Terceira Idade do Lumiar”, da Junta de Freguesia do Lumiar; “Viver Melhor no Beato”, da Associação de Moradores VMB

Sobre o KORALE

A solidão não desejada e o isolamento social são fenómenos que afetam particularmente as faixas etárias mais velhas, mas podem surgir em qualquer fase e têm vindo a assumir maior relevância na Europa nas últimas décadas. É neste contexto que nasce o KORALE, projeto colaborativo cofinanciado pela União Europeia que visa melhorar as políticas públicas de combate e prevenção na área.

Liderado pela Fundação Adinberri, o projeto foi pensado a quatro anos e aposta no lema “Por uma comunidade de práticas e conhecimentos de prevenção e combate à solidão através das políticas públicas”. O foco está em enfrentar as situações de solidão e isolamento social de jovens e pessoas idosas na Europa através da partilha de boas práticas e abordagens multidisciplinares.

Além da Adinberri Foundation, do País Basco (Espanha), o consórcio integra entidades como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa (Portugal), Social City Vienna (Áustria) e DEFACTUM (Dinamarca), bem como os municípios de Fingal (Irlanda)e Aalst (Bélgica). Juntos, estes seis territórios vão trabalhar para trazer este tema para a ordem do dia, através de uma abordagem transversal aos vários patamares políticos, dos municipais aos regionais, com estratégias que combatam o isolamento e promovam a coesão social.

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Santa Casa da Misericórdia de Lisboa celebra 20 anos de apoio à autonomia juvenil

A Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) recebeu esta quarta-feira, 30 de outubro, o primeiro Seminário sobre Autonomia de Vida para Jovens, organizado pela Direção de Infância, Juventude e Família (DIJF) da SCML.

A iniciativa marcou as duas décadas de atuação da instituição no apoio à transição dos jovens para a vida adulta independente, com a abertura pioneira da Casa da Alameda, em 2004; uma resposta que se tornou uma referência nacional na promoção da autonomia juvenil, sendo que desde então diversas metodologias foram aprimoradas, resultando em histórias de sucesso e laços duradouros entre os jovens e seus técnicos de referência, o que, aliás, pôde ser testemunhado durante o seminário.

O evento contou com as presenças do Provedor, Paulo Sousa, e da Vice-Provedora, Rita Prates, para além de cerca de 170 participantes, entre técnicos especializados, jovens atendidos pelos serviços da Direção e representantes de parceiros institucionais. 

Na abertura do encontro foi possível ouvir uma mensagem gravada da Secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes, que elogiou a Santa Casa pela realização do seminário e disse acreditar ser possível, “em conjunto (…) encontrar os melhores caminhos e a melhor forma de desenho de políticas públicas, tendo como base esta troca de saberes, de experiências e de boas práticas”. 

Na sua intervenção, o Provedor fez questão de ressalvar também a importância do encontro: “Decorridos 20 anos da criação do primeiro apartamento de autonomia para jovens, desenvolvido pela Casa da Alameda, a SCML leva hoje a cabo este primeiro seminário sobre autonomia de vida para jovens com medidas de promoção e proteção. Neste âmbito, partimos de uma perspetiva histórica que nos traz de 2004 a 2024, num percurso que pode hoje ser visto pelos inúmeros jovens apoiados nesses processos, e que nos permite perceber que, seguramente, o caminho que trilhámos valeu a pena.”

Paulo Sousa não tem dúvidas de que “os apartamentos de autonomia são muito mais do que um teto. Proporcionam um ambiente seguro e estruturado, onde as pessoas podem começar a reescrever as suas histórias de vida. Enquanto resposta social, as casas destinam-se a apoiar a transição para a vida independente, de jovens dos 15 aos 25 anos de idade, que demonstrem competências pessoais, e específicas, ajustada à sua realidade de vida. Esta aposta da Santa Casa tem-se revelado um sucesso e tem permitido, na prática, sustentar um sistema de promoção e proteção, neste sentido de criar níveis de autonomia diferentes, para diferentes crianças e jovens”. 

O Provedor terminou com um agradecimento “especial às equipas da Santa Casa, que demonstram todos os dias este nosso compromisso de procurar as melhores respostas sociais. A todos, muito obrigado por estarem connosco.”

As experiências contadas na primeira pessoa

O seminário promoveu a troca de conhecimentos e metodologias bem-sucedidas, que têm transformado a vida de jovens ao longo dos anos, mas também das experiências vividas pelos protagonistas desta resposta de desinstitucionalização.

Pedro Freire, atualmente com 37 anos, foi o primeiro jovem na Casa da Alameda. Chegou lá com 16 anos e, na altura, viu aquela como uma “oportunidade de crescer um bocadinho mais rápido.

A Casa de Autonomia deu-me a companhia de três colegas, todos nós com características completamente diferentes, mas éramos como irmãos. Deu-me autonomia para gerir o meu orçamento, o que era realmente estranho na altura, e deu-me a oportunidade de gerir o dia a dia, ter de cozinhar, ter de acordar de manhã e garantir que tinha o pequeno-almoço, experimentar a gestão de um calendário de quando ir às compras e de pagar as contas. No fundo, experienciar uma vida mais adulta, mas numa fase um pouco mais nova”.

Pedro lembrou a primeira vez que teve de cozinhar arroz: “Foi uma experiência de crescimento, porque o arroz cresceu”, contou entre risos. “Foi um pacote de arroz inteiro para três pessoas…” E explicou: “A experiência de cozinhar foi algo marcante. Aprendíamos a cozinhar um prato – frango guisado, por exemplo –, e comíamos frango guisado durante um mês”.

“Foi uma evolução, uma experiência de crescimento. Eu tive espaço para fazer asneiras e fiz algumas coisas com 17 anos que só se fazem com 13 ou 14 anos, mas eu não tinha tido espaço ‘lá atrás’. Não foi um crescimento acelerado, mas uma aprendizagem acelerada. Tive de aprender um conjunto de tarefas que tinha de fazer para que, quando chegasse o momento de ser adulto, tivesse parte delas já muito adquirida”, explicou.

O jovem não tem dúvidas: “Hoje em dia, acho que foi uma sorte e a melhor coisa que me podia ter acontecido”.

Desde 2004, passaram pelos apartamentos centenas de jovens, muitos dos quais ainda mantêm laços de confiança e apoio com os técnicos da SCML. Este modelo de acompanhamento próximo tem sido um diferencial que coloca a SCML como uma referência nacional em políticas de apoio à autonomia juvenil, como foi possível ouvir, em discurso direto, por parte de alguns desses jovens presentes no encontro, que partilharam as suas experiências e o impacto que estas casas tiveram nas suas vidas, quando eram ainda muito novos.

Durante o dia, foi ainda possível ouvir em que consistem as várias respostas de autonomia da Santa Casa, desde o Apartamento de Autonomia; o Apartamento de Pré Autonomia Migrantes; a Casa de Autonomia e Supervisão Intensiva; o Centro de Capacitação da Boavista; o Centro de Capacitação D. Carlos I; as Residências Autónomas; e a Equipa de Integração Comunitária.”

Estes apartamentos, concebidos para proporcionar um ambiente seguro e de suporte, têm-se mostrado eficazes para preparar os jovens para desafios e responsabilidades que a vida adulta impõe.

Discussões para o futuro: novos caminhos e parcerias

O encontro encerrou com a intervenção da Vice-Provedora da Santa Casa, que fez questão de agradecer à equipa da Direção da Infância e Juventude pelo trabalho que todos os dias desenvolve em prol das crianças e jovens que estão sob responsabilidade da instituição. “Tenho observado com agrado o vosso otimismo e inconformismo e a crença de que não existem impossíveis. Partilho dos mesmos sentimentos”, afirmou Rita Prates, reiterando: “Afirmo, por isso, de forma clara e convicta, que todos os nossos parceiros podem contar com a nossa instituição neste investimento da desinstitucionalização. São os jovens que nos movem a trabalhar todos os dias, sempre pelas boas causas”.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas