logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Provedor da Santa Casa no III Encontro de Responsabilidade Social

Perante uma plateia de representantes de empresas e organizações, o provedor da Misericórdia de Lisboa, Paulo de Sousa, abordou o contributo das misericórdias na construção de modelos sustentáveis de desenvolvimento e de respostas aos desafios sociais que se apresentam em pleno século XXI. Durante uma intervenção de cerca de 30 minutos, o responsável máximo pela Santa Casa explicou ainda o papel da instituição na área Metropolitana de Lisboa, desvendou os desafios que se avizinham no futuro, assim como a forma de atuação da maior misericórdia do país.

O III Encontro de Responsabilidade Social – este ano sob o mote “Garantir o Futuro” – decorreu em Albufeira, local onde se debateram os principais desafios sociais da atualidade, privilegiando a proteção das populações mais vulneráveis, a valorização da economia social e a promoção de soluções inovadoras e sustentáveis.

Já considerado como um espaço estratégico de reflexão e de cooperação entre os setores social, público e empresarial, a terceira edição do Encontro de Responsabilidade Social, organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, apresentou diferentes abordagens sobre o papel da economia social no contexto nacional, mas também no mundo.

Plateia do III Encontro de Responsabilidade Social

O auditório do Hotel Grande Real Santa Eulália, em Albufeira, acolheu o III Encontro de Responsabilidade Social

Durante o dia, vários momentos marcaram este evento, como duas mesas-redondas: uma, dedicada ao tema “Que tipo de empresas precisamos para o futuro?” e outra, sobre o tema “Contributos para o Desenvolvimento Sustentável”, na qual foram apresentadas perspetivas de diferentes setores sobre estratégias colaborativas que reforcem a inovação responsável e a coesão territorial.

A responsabilidade social como eixo estruturante da sustentabilidade, o papel dos instrumentos de política fiscal no incentivo à participação empresarial em causas sociais e as boas práticas de responsabilidade social (com a partilha de projetos desenvolvidos em áreas como hotelaria, reabilitação de habitação, cultura, inclusão social e sustentabilidade ambiental) foram outros dos temas em debate.

 

Fotografias cedidas pela Santa Casa da Misericórdia de Albufeira

Dia Nacional da Paralisia Cerebral: Centro de Reabilitação é aposta da Santa Casa

Assinala-se esta segunda-feira, 20 de outubro, o Dia Nacional da Paralisia Cerebral, uma patologia a que a Santa Casa dedica um meritório trabalho através do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (CRPCCB), situado em Lisboa e gerido pela Instituição, como parte integrante do compromisso da Misericórdia de Lisboa no apoio à deficiência.

Este equipamento destina-se exclusivamente a pessoas com paralisia cerebral e situações neuromotoras afins, sendo composto por duas respostas. A primeira diz respeito às áreas de habilitação, reabilitação, desenvolvimento e prevenção do agravamento das situações clínicas, direcionadas especialmente a crianças e jovens. A segunda prende-se com a reabilitação e inclusão de pessoas maiores de 18 anos, através do seu Centro de Atividades Ocupacionais.

O acesso a qualquer uma destas respostas do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian pode ser feito de forma direta, a pedido dos próprios utentes ou dos seus cuidadores, mas também sinalizado por outras instituições ou agentes de saúde.

No passado dia 6 de outubro, o CRPCCB já tinha assinalado o Dia Mundial da Paralisia Cerebral com o arranque da pintura de um mural evocativo à entrada das instalações.

O Dia Nacional dedicado a esta doença foi instituído oficialmente em 2014 pela Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral, com o objetivo de desmistificar alguns preconceitos relacionados com a paralisia cerebral e sensibilizar a sociedade para os desafios colocados diariamente às pessoas com esta condição, alertando ainda a comunidade para a necessidade de apostar na sua inclusão.

Casa do Impacto assinala 7.º aniversário com partilha de experiências

A Casa do Impacto, hub de inovação social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, comemorou na quinta-feira, 16 de outubro, o seu 7.º aniversário, numa tarde baseada na partilha de experiências, antes do tradicional cantar de parabéns.

A sessão iniciou com as boas-vindas dadas por Rita Prates, Vice-Provedora da Misericórdia de Lisboa, que falou em “sete anos de ideias, soluções e pessoas que ousaram transformar o mundo a partir de Lisboa, da Santa Casa e da Casa do Impacto em particular”.

A Vice-Provedora recordou que ali “têm nascido projetos que melhoram, de facto, a vida das pessoas” e sumarizou que “o empreendedorismo social deixou de ser uma promessa e passou a ser uma realidade concreta”, nomeadamente através das “mais de 480 soluções apoiadas e mais de três milhões de euros investidos em impacto social”.

Seguiu-se uma apresentação do trabalho realizado na – e pela – Casa do Impacto ao longo do tempo, a cargo do seu diretor Nuno Comando.

“Nos últimos sete anos de trabalho aqui na Casa do Impacto, esta comunidade trabalhou para criar um legado de esperança e inclusão. Tentamos defender a diversidade como impulsionadora da inovação e apoiamos empreendedores cujos projetos amplificam vozes que, muitas vezes, são marginalizadas”, explicou o diretor.

A plateia pôde depois assistir à partilha de experiências na conversa “A comunidade do impacto”, na qual empreendedores da comunidade detalharam a origem dos seus projetos e da ligação à Casa do Impacto, abordando ainda o futuro.

Também o painel “A inovação aberta e a colaboração nas organizações” trouxe diferentes visões sobre processos de inovação para apoio do ecossistema nacional por parte de diversos representantes de organizações de referência no país.

Por fim, coube a Luís Rego, administrador com a área do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social, encerrar o encontro, lembrando que a própria Misericórdia de Lisboa foi, de certa forma, pioneira nesta área.

“Talvez a Santa Casa tenha sido a primeira Casa do Impacto na altura, criada pela Rainha D. Leonor que foi, se calhar, a primeira empreendedora. E cá continuamos a tentar encontrar soluções. A Casa do Impacto foi mais uma forma que a Santa Casa encontrou de chegar à comunidade”, referiu o administrador, elogiando o trabalho de uma “equipa muito jovem e muito capaz” e destacando a “boa cumplicidade” entre a Casa do Impacto e a Santa Casa na missão de auxílio aos mais vulneráveis.

“Cuidador Informal – Um Olhar de Futuro”: Encontro Promove Reflexão e Reconhecimento

A iniciativa dedica-se especialmente a cuidadores informais, técnicos e parceiros que intervêm nesta área, com o objetivo de promover a reflexão sobre os desafios atuais enfrentados por quem cuida e de reconhecer o papel essencial que desempenham na sociedade.

A participação neste encontro é uma oportunidade para debater os desafios e oportunidades do cuidado informal, conhecer boas práticas e iniciativas que valorizam o papel do cuidador e fortalecer redes de apoio e colaboração entre profissionais e instituições que atuam nesta área.

Informações importantes:

  • Data: 22 de outubro de 2025;
  • Hora: 9h00;
  • Local: Sala de Extrações da SCML;
  • Entrada gratuita;
  • Inscrição obrigatória até às 14h00 de 21 de outubro;
  • Programa;
  • Link para inscrição.

A participação está limitada à capacidade da sala, por isso recomendamos que garanta o seu lugar com antecedência. Contamos com a sua presença!

Se é cuidador informal, técnico ou parceiro nesta área, este encontro é para si. Junte-se a nós nesta manhã de partilha, reconhecimento e construção de caminhos para o futuro do cuidado informal.

Temporada Música em São Roque celebra D. Leonor e estreia obras inéditas

O concerto inaugural de um dos mais emblemáticos e conceituados ciclo de espetáculos musicais do país será marcado pela estreia absoluta de duas obras, as quais foram criadas sob encomenda da Santa Casa aos compositores Sara Ross e Carlos Caires, reforçando o papel da instituição como mecenas da criação musical contemporânea.

Carlos Caires, professor na Escola Superior de Música de Lisboa, tem uma carreira marcada pela experimentação sonora e pela incorporação de tecnologias digitais na composição. A sua obra, apresentada em festivais internacionais e distinguida com diversos prémios, reflete uma constante procura de novas linguagens, em diálogo com a tradição musical europeia.

Por sua vez, Sara Ross – compositora e investigadora portuguesa – desenvolve trabalho inovador em torno da relação entre voz, corpo e espaço. A sua produção abrange ópera, música coral e repertório instrumental, com especial atenção às dimensões performativas e interdisciplinares da criação artística. As obras de Sara Ross são apresentadas regularmente em Portugal e no estrangeiro, com a artista a ser reconhecida como uma das vozes mais singulares da música portuguesa contemporânea.

Nesta edição, a Temporada Música em São Roque assume especial importância, dado ocorrer no ano em que se evocam os 500 anos da morte da Rainha D. Leonor (1458–1525), fundadora da Misericórdia de Lisboa em 1498. A sua visão perdura como matriz identitária da Santa Casa e inspira a 37.ª temporada, dedicada à memória de “A Princesa Perfeitíssima” como é conhecida esta figura histórica, que deixou marca profunda na vida social e artística do país.

Além destas estreias, a programação da 37.ª Temporada Música em São Roque integra um conjunto de propostas que cruzam a recuperação de património musical com a leitura contemporânea das fontes históricas. É o caso do “Ensemble SEO” (Sintra Estúdio de Ópera), que interpreta repertórios sacros portugueses preservados em arquivos nacionais, apresentados agora em estreia moderna.

No programa consta ainda o “Concerto Atlântico”, que recria ambientes sonoros das cortes ibéricas do tempo de D. Leonor, revelando o esplendor artístico e cultural da época; o “Musurgia Ensemble”, que apresenta obras portuguesas e franco-flamengas do século XVI conservadas na Universidade de Coimbra ou o grupo “Arte Minima”, que evoca Lisboa quinhentista através de itinerários musicais que permitem “ouvir” a capital no período da fundação da Misericórdia, marcada pelo encontro entre tradição local e influências internacionais.

O encerramento da temporada é protagonizado pelo agrupamento “Cupertinos”, da Fundação Cupertino de Miranda, com um programa centrado na devoção mariana na polifonia portuguesa e ibérica dos séculos XVI e XVII. A escolha reafirma a espiritualidade que inspirou D. Leonor e estabelece uma ponte entre memória, fé e criação artística.

A 37.ª Temporada Música em São Roque decorre entre 13 e 16 de novembro, na Igreja de São Roque e na Igreja de São Pedro de Alcântara, espaços emblemáticos da Misericórdia de Lisboa. O programa completo poderá ser consultado no site oficial do evento.

Santa Casa distingue personalidades pelo trabalho desenvolvido junto da população mais velha nos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria

Foram conhecidos os vencedores dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria desta edição, numa cerimónia que aconteceu, esta segunda-feira, 13 de outubro, na Residência Faria Mantero, no Restelo. O evento contou com a presença do provedor da Santa Casa, Paulo Sousa, da vice-provedora, Rita Prates, e dos administradores, André Brandão de Almeida e Ângela Guerra, bem como, os membros do júri e convidados. 

Através destes galardões são distinguidas personalidades, de qualquer nacionalidade, pelo contributo, trabalho ou estudos desenvolvidos, em Portugal, em três áreas: cuidado a idosos desprotegidos, progresso da medicina aplicada aos mais velhos e tratamento de doenças do coração. O júri atribuiu, ainda, uma menção honrosa.

Os agraciados foram, na área A – Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos, Rosa Maria Araújo, licenciada em Serviço Social, fundadora e Presidente da Direção Nacional da Associação Coração Amarelo e com uma vida dedicada às causas sociais.

No que diz respeito à área B – Progresso da Medicina na Sua Aplicação às Pessoas Idosas, o vencedor foi Fernando Maria Pacheco da Cunha Osório de Araújo, licenciado em Medicina, médico cirurgião no Hospital de S. João e professor Universitário na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tendo dedicado os últimos anos da sua carreira à Oncogeriatria, procurando bons exemplos, boas práticas clínicas e soluções exequíveis para melhor cuidar de pessoas idosas com cancro.

Na área C – Progresso no Tratamento das Doenças do Coração, o premiado foi José Eduardo Marques Bragança, doutorado em Bioquímica e Biologia Molecular. Atualmente desenvolve um trabalho de investigação que tem o foco no papel essencial do modulador transcricional CITED2 no desenvolvimento embrionário e nas doenças congénitas cardíacas com o objetivo de compreender e mitigar estas patologias através de abordagens inovadoras.

O júri decidiu, ainda, atribuir, uma menção honrosa no que concerne à área B, a Maria João Nuno Lopes, médica de família que iniciou a sua atividade na zona de Braga em 2021, tendo como um dos fins a redução de desigualdades no acesso à saúde, combate a iliteracia em saúde e criação de soluções adaptadas às necessidades da população idosa.

Para além da vontade expressa de atribuição anual destes prémios, no valor de 12.500 euros cada, Enrique Mantero Belard deixou, ainda, à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a residência Faria Mantero, para ser utilizada como lar ou casa de repouso para pessoas idosas, de mérito e necessitadas.

Na cerimónia, o provedor agradeceu a presença de convidados, premiados, beneméritos e familiares, bem como dos colaboradores presentes, homenageando, ainda, o benemérito Mantero Bellard.

“Os Prémios Nunes Correa Verdades de Faria, instituídos por vontade generosa de Enrique Mantero Belard, são um símbolo da nossa missão: servir a comunidade, proteger os mais vulneráveis e valorizar o conhecimento ao serviço do bem comum. Esta cerimónia é, por isso, mais do que um momento de homenagem, é também uma reafirmação do compromisso da Santa Casa com a inovação social, a saúde e a solidariedade”, disse, reafirmando que a instituição que lidera “continuará a apostar nestes Prémios, reforçando o seu alcance, atualizando os seus critérios e promovendo cada vez mais o reconhecimento público daqueles que fazem a diferença”.

Já André Brandão de Almeida, administrador da instituição e presidente do júri, congratulou os premiados, frisando que: “encontramos nas diversas candidaturas apresentadas o melhor que o nosso país tem para oferecer, pessoas e equipas que, com generosidade e dedicação, se dedicam a servir os mais velhos, a inovar na medicina e a cuidar da vida. A cada edição, celebramos a tradição, mas também a capacidade de olhar para o envelhecimento com esperança e com ciência”.

Santa Casa promove workshop GreenCity4Aging

O ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa acolhe, no dia 24 de outubro, o workshop final do projeto GreenCity4Aging, dedicado aos efeitos dos passeios verdes urbanos na mobilidade, integração social e combate ao idadismo.

O encontro abre com as intervenções do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Paulo Sousa, da reitora do ISCTE, Maria de Lurdes Rodrigue, e da diretora do CIS-ISCTE, Carla Moleiro, seguindo-se a apresentação dos resultados do projeto pela equipa de investigação.

Durante a manhã, realizam-se duas mesas-redondas. A primeira, “Growing Older, Living Greener: A Gerontological Perspective”, conta com a intervenção de Moritz Hess, do Hochschule Niederrhein, Teresa Marat-Mendes, do ISCTE, Ana Louro, do IGOT, e moderação de Síbila Marques, do ISCTE. A segunda, subordinada ao tema “New Forms of Mobility: Cycling Infrastructure & Behaviour Change”, inclui intervenções de Willem Snel, da Mott MacDonald, e contributos de Bruno Maia, da EMEL, Rosa Félix, do IST, e André Samora-Arvela, do ISCTE.

A sessão da tarde inicia-se com uma síntese dos resultados do projeto, por Síbila Marques, e a apresentação do processo de envolvimento dos participantes, por Filomena Gerardo, da Misericórdia de Lisboa. Segue-se a mesa-redonda “Equidade em Movimento: Participação Pública e Cidades Amigas das Pessoas Idosas”, com participações de Pedro Homem Gouveia, da Polis Network, Pedro Navel, da Câmara Municipal de Lisboa, Mário Alves, da Estrada Viva, e Elisabete Arsénio, do LNEC, moderada por Sara Eloy, do ISCTE.

Promovido pela Santa Casa e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o GreenCity4Aging é um projeto que cruza ciência, urbanismo e envelhecimento ativo, procurando soluções sustentáveis para melhorar a qualidade de vida das populações mais velhas nas cidades.

Participe!

O evento é de participação gratuita, mediante inscrição.

Mais informações em: https://greencity4aging-iscte.hub.arcgis.com/

Respirar Fundo: uma pausa terapêutica para o corpo e a mente

Criado em maio de 2025, o grupo Respirar Fundo nasceu da necessidade de oferecer um espaço intermédio de acolhimento e partilha a pessoas em lista de espera clínica, funcionando como uma alternativa acessível e integradora ao acompanhamento individual.

A psicóloga clínica e facilitadora Dora Matias explica que “a origem destas sessões partiu da constatação de que a ansiedade é uma das temáticas mais abordadas desde a pandemia. Quem já tinha questões ligadas à ansiedade exacerbou os sintomas, e outros que não a sentiam passaram a experienciá-la”.

Num contexto em que o stress e a ansiedade são queixas cada vez mais comuns, este projeto representa uma estratégia concreta para promover o bem-estar psicológico por meio de práticas que restauram o equilíbrio do corpo e da mente.

Sessões pensadas para restaurar o equilíbrio físico e emocional

Semanalmente, às quartas-feiras, durante 50 minutos, as sessões orientadas por Dora Matias e Sónia Lourenço – psicólogas clínicas e da saúde com especialidade avançada em Psicoterapia e ambas praticantes experientes de yoga e técnicas de meditação – destinam-se a jovens e adultos encaminhados pela triagem da Porta de Entrada da Unidade de Saúde W+ ou por entidades parceiras.

Cada encontro segue uma estrutura cuidadosamente desenhada para favorecer a autorregulação emocional: começa com movimentos suaves que preparam o corpo e evolui para exercícios de libertação de tensão muscular, seguidos de uma meditação guiada centrada em ciclos pessoais e novos começos. Inclui ainda terapia de som para aprofundar o relaxamento e termina com um momento de partilha livre, sempre num ambiente seguro, inclusivo e sem julgamento.

Para Sónia Lourenço, “estas práticas, quando realizadas com regularidade, alteram o funcionamento automático do corpo e da mente, promovendo estados profundos de descanso e relaxamento”.

Evidência científica e humana

Estudos mostram que o yoga terapêutico contribui para a redução dos níveis de cortisol — a hormona do stress — e melhora a regulação emocional, promovendo o equilíbrio do sistema nervoso e aliviando sintomas como ansiedade, insónia e tensão muscular. A Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental reconhece o valor destas abordagens complementares, sobretudo em contextos de maior vulnerabilidade psicossocial.

O impacto não se limita a indicadores clínicos, mas também se traduz em experiências pessoais marcantes. “Mesmo que não haja partilha verbal, há uma cumplicidade que se gera em grupo. Num espaço sem comparação nem julgamento, trabalha-se a aceitação de si e do outro”, sublinha Dora Matias.

Entre os participantes nesta sessão, Mariana — estudante e integrante do grupo de teatro terapêutico W+ — partilhou o impacto positivo desta experiência, explicando que a ajuda a conhecer melhor o corpo, a libertar tensões e que a participação em ambos os projetos tem contribuído para melhorias na sua vida pessoal, escolar e artística.

Neste Dia Mundial da Saúde Mental, a Santa Casa reafirma o seu compromisso com respostas inovadoras, integradoras e humanizadas que colocam as pessoas no centro do cuidado. O Respirar Fundo mostra como pequenas pausas conscientes podem ter grandes efeitos — ajudando corpo e mente a reencontrarem o equilíbrio essencial para uma vida mais plena.

Unidade W+

A Unidade W+, em funcionamento desde 2003, é uma resposta de saúde que presta apoio psicológico e psicoterapêutico a pessoas em situação de risco e vulnerabilidade psicológica, em ambulatório ou na comunidade, apostando na prevenção de comportamentos de risco e na promoção de estilos de vida saudáveis dos seus principais públicos-alvo.

Para o efeito utiliza uma série de metodologias mais formais (ex.: consultas assistenciais), mas também se socorre de dinâmicas e mediadores artísticos para potenciar a adesão de utentes menos aderentes ou verbais.

Através de uma intervenção interdisciplinar, a Unidade W+ promove a adesão em saúde da população-alvo, recorrendo a respostas inovadoras feitas à medida das necessidades de cada pessoa. Tendo como filosofia transversal a adaptação contínua às diferentes etapas do ciclo de vida da pessoa, organiza-se para dar respostas em saúde mental a crianças, adolescentes e adultos.

Contactos:

Rua Duque de Palmela, 2, 3 – 7º andar
1250-098 Lisboa

213 180 380
unidade.wmais@scml.pt

Casa do Impacto celebra 7 anos de histórias de impacto

A Casa do Impacto, o hub de inovação social criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), celebra o seu 7.º aniversário no próximo dia 16 de outubro, a partir das 16h, com um evento gratuito e aberto ao público.

Sediada no histórico Convento de São Pedro de Alcântara, a Casa do Impacto tem sido, desde 2018, um espaço de colaboração, empreendedorismo e inovação, reunindo empresas, startups, investidores, académicos e entidades públicas com um propósito comum: gerar impacto social e ambiental positivo.

Desde a sua criação, a Casa do Impacto:

– Apoiou mais de 480 projetos inovadores

– Investiu cerca de 3,4 milhões de euros na economia portuguesa

– Incuba atualmente 73 startups

– Tornou-se casa de mais de 200 empreendedores de diversas nacionalidades

– Promove um ambiente inclusivo, multicultural e com paridade de género

– Realizou mais de 550 eventos, impactando milhares de pessoas

As áreas de atuação abrangem saúde, educação, empregabilidade, ambiente e inclusão, sempre em articulação com parceiros como a Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Aga Khan, Portugal Inovação Social, Câmara Municipal de Lisboa, Banco Montepio e Startup Lisboa, entre muitos outros.

Mais do que um espaço, a Casa do Impacto é hoje um símbolo da missão da Santa Casa em agir, inovar e inspirar.

O programa deste dia contará com oradores convidados, startups apoiadas pela Misericórdia de Lisboa, parceiros estratégicos e líderes de organizações de referência do ecossistema de empreendedorismo social, num ambiente de partilha, inspiração e celebração.

Junte-se à celebração e descubra as histórias que estão a transformar o futuro!

Entrada livre, mediante inscrição prévia aqui.

 

Há vida no bairro Padre Cruz

Há momentos que definem um espaço, um sítio e as suas gentes, e a iniciativa idealizada pela equipa de Animação Socioeducativa do centro foi um desses instantes, que perdurará na memória de todos os participantes.

“A Aldeia adormece e o bairro acorda” é mais que um documentário. É um retrato do que foi, é, e pretende ser o bairro. Uma história que navega entre as memórias dos mais “antigos” habitantes do território e da geração mais nova de moradores, e que inclui muitas das histórias do que outrora foi um dos locais mais “indesejados de Lisboa”.

“A ideia foi realizar um trabalho filmográfico dentro deste espaço que é o bairro, que fosse impactante para todos os intervenientes e que no final todos sentissem que têm uma palavra a dizer, sejam os mais novos ou os mais velhos”, explica Sara Cruz, monitora de atividades de tempos livres do Centro Social Polivalente do Bairro Padre Cruz, durante a apresentação pública do documentário que aconteceu na última sexta-feira, 3 de outubro, no Auditório Natália Correia do Centro Cultural de Carnide.

Durante quase um ano, dezenas de jovens e utentes do centro foram mobilizados e desafiados a contarem um pouco da sua história, num cenário intimista e pessoal, que pretendeu ser um reflexo das “das vivências e sonhos” das “gentes” que diariamente dão vida a este território.

“Moro aqui há mais de 40 anos. Vim para cá ainda isto era um aglomerado de pedaços de casas empilhadas, umas em cima das outras. Este filme teve essa coisa engraçada de poder contar aos nossos jovens o que era este bairro, e, por exemplo, contar-lhes que as estradas onde jogam à bola ou andam de bicicleta eram sítios com casas e onde pessoas vendiam várias coisas”, diz José Rodrigues, utente do centro.

Da parte da geração dos mais novos, Diego Silva, ou Kiki, nome pelo qual é conhecido no bairro, conta que foi “engraçado” participar no filme e que espera que algumas das histórias que agora conhece “não voltem a acontecer”.

“Foi giro, mas foi também algo triste, porque não sabia que antigamente as pessoas viviam com tão pouco e com tantas dificuldades”, confessa.

O projeto, que teve o apoio, no processo de produção e edição, da equipa da direção de Comunicação da instituição, foi um momento de partilha e uma oportunidade única para o fortalecimento dos laços comunitários entre moradores do bairro.

Pode ver o documentário no Youtube da Santa Casa.

Reproduzir vídeo

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas