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Novos membros da Mesa tomam posse

Os novos membros da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tomaram posse, esta segunda-feira, numa cerimónia presidida pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, e pelo provedor Paulo Sousa. Foram assim empossados a vice-provedora, Rita Prates, e os vogais David Lopes, Ângela Guerra, André Brandão de Almeida e Luís Carvalho e Rego.

Perante uma plateia repleta de colaboradores na Sala de Extrações, o provedor Paulo Sousa salientou que é hora de continuar a cumprir a “nobre missão” da instituição. “Estou certo de que, juntos, vamos conseguir enfrentar os desafios que o futuro nos reserva. Um futuro que é comum a todos os trabalhadores, que com tanto empenho têm levado a cabo a nobre missão de apoiar os cidadãos de Lisboa, particularmente os mais vulneráveis”, explicou o provedor na sua intervenção, lembrando ainda as palavras do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa: “Conto com todos. Todos, todos, todos.”

Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, também falou à plateia na Sala de Extrações, apresentando e dando as boas-vindas aos novos membros da Mesa. “Pelo mérito profissional, mas também pelo perfil humano – porque gerir a Santa Casa não é gerir uma empresa – de todos os membros da Mesa que hoje tomam posse, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está, sob a direção do senhor provedor, em boas mãos e nas melhores condições para cumprir a sua missão”, referiu a ministra.

Rita Prates, nova vice-provedora, é advogada, com mestrado pela King’s College – University of London, especializada em Regulação e Concorrência, mentora e fundadora da Associação VilaComVida, tendo ainda sido representante nacional junto da Comissão Europeia, OCDE, ICN (International Competition Network) e ECN (European Competition Network).

Já David Lopes é licenciado em Gestão de Empresas, com uma pós-graduação internacional na Cornell University e Chicago Kellogg University. Foi chefe de missão da Câmara Municipal de Lisboa na Jornada Mundial da Juventude, administrador executivo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, gestor da Parque Expo e do Oceanário de Lisboa e cofundador e administrador da Fundação Gil.

Quanto a Ângela Guerra, é licenciada em Direito, com pós-graduação em Gestão e Administração da Saúde. Foi vice-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Pinhel e membro da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.

Por seu lado, André Brandão de Almeida tem formação em medicina dentária e foi coordenador e diretor clínico do SOL, Serviço Odontopediátrico de Lisboa, equipamento da Santa Casa criado em 2019.

Luís Carvalho e Rego é licenciado em Administração e Gestão de Empresas e foi subdiretor do Banco BPI entre 2021 e 2023. Foi ainda presidente da IPSS Jardim Infantil dos Anjos e participou nas equipas de Assessoria Económica e Financeira no Ministério da Saúde no âmbito das Parcerias Público-Privadas.

Marcha da Santa Casa encanta MEO Arena

Desde 2017, que a Santa Casa participa nas marchas de Lisboa por ocasião da festa dedicada aos santos populares da cidade, exceção feita aos anos de 2020 e 2021, devido à pandemia da covid-19.

Cada ano é subordinado a um tema e o deste ano – esclarece Luna Marques, diretora da Unidade de Animação Socioeducativa – é “Santa Casa de mãos dadas com a cidade”, com o subtema “Santa Casa é um espelho da cidade.”

Com base neste ponto de partida, Paulo Jesus, coreógrafo da marcha, compartilhou alguns detalhes sobre a preparação e a inspiração deste ano. “São 24 pares a marchar, três suplentes (temos dois homens e uma mulher), oito músicos e a parte técnica. A inspiração assenta nos espelhos, tendo em conta o tema da Santa Casa. Ou seja, usamos a moldura dos espelhos, nos arcos e no rosto, mas sem espelho. Porquê? Para nos lembrarmos que há sempre um rosto do outro lado que pode precisar de nós, de ajuda, de um ato de amor nosso. No fundo, alude àquela que é a missão da Santa Casa, de ajudar o outro, de nos darmos ao outro, de atuarmos nas e por boas causas.”

Na noite deste domingo, e também como é habitual, a marcha desfilou na MEO Arena para se apresentar ao público, trazendo uma novidade: a pequena Leonor que, enquanto mascote da marcha, participou pela primeira vez nesta iniciativa.

Quem também participou pela primeira vez foi o padrinho Pedro Crispim, que fez a sua estreia ao lado da madrinha Liliana Santos, esta já uma repetente do ano passado, e que não escondeu a alegria por retornar ao grupo. “Fiquei muito contente quando recebi o convite para fazer novamente parte desta festa e voltar a rever as pessoas, porque, apesar de ter sido só um ano, criaram-se muitos laços. É muito bom estar aqui de novo e voltar a encontrar colegas do ano passado. Os marchantes da Santa Casa empenham-se muito para conseguirmos ter uma marcha bonita e este ano não está a ser diferente”.

Também o padrinho estreante partilhou do entusiasmo. “A estreia este ano será em grande, obviamente. Vou descer, pela primeira vez, a Avenida da Liberdade e, pela primeira vez também, sou padrinho de uma marcha. E uma marcha que, de uma forma direta, representa toda a cidade, todos os bairros, todo o país. No fundo, todos os portugueses. Para mim, é um grande motivo de orgulho. Existe aqui uma matriz de partilha e de inclusão que me diz muito. Sinto-me muito privilegiado por ter este papel, mas acima de tudo por perceber que os marchantes são, efetivamente, as peças-chave, os protagonistas. Tenho aprendido muito nos ensaios com estas pessoas.”

A marcha popular da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não é apenas uma celebração da cultura portuguesa, mas também um reflexo do compromisso da instituição com a inclusão e a coesão social. Ao longo dos anos, a marcha tornou-se um símbolo de união e solidariedade, reunindo pessoas de várias as idades e origens em torno de uma causa comum: a celebração da identidade cultural e a valorização das tradições populares.

No desfile de ontem, os marchantes da instituição voltaram a brilhar, numa antecipação da grande noite que também vai ser a do próximo dia 12, na Avenida de Liberdade.

Marcha Santa Casa - MEO Arena - 2024

Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos comemora 62 anos com Open Day

O Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos comemorou 62 anos nesta segunda-feira, abrindo as portas à sociedade civil para dar a conhecer o seu trabalho em prol das pessoas com deficiência visual.

Sob a liderança de Isabel Pargana, o centro tem sido um farol de esperança e transformação para muitos que ali passam. Para marcar esta ocasião especial foi organizado um dia de portas abertas, em que a comunidade pôde conhecer de perto o trabalho ímpar desta resposta da Santa Casa.

Logo na recepção, os visitantes foram recebidos na zona do ginásio, onde duas atividades estavam em pleno andamento, ambas focadas na ação motora adaptada, com um dos programas a envolver o uso de uma única cadeira, promovendo a mobilidade e o condicionamento físico.

O percurso pelo centro foi pensado não só para dar a conhecer a sua história –  uma rica história -, como também para proporcionar experiências diferentes. E todas as salas estavam ‘equipadas’ com um QR Code, para que se percebesse o que cada uma tinha para mostrar.

Depois do ginásio, seguia-se uma sala dedicada ao legado do edifício e do próprio centro, acompanhada de um vídeo explicativo sobre o programa de reabilitação para adultos.

A sala de braille proporcionava aos visitantes a oportunidade de experimentar este crucial sistema de leitura e escrita para pessoas cegas e a sala de informática destacava o jogo Uno, adaptado para ser jogado online. Já a sala de motricidade fina apresentava uma versão adaptada do tradicional jogo do galo, utilizando texturas diferentes para que as pessoas cegas também pudessem participar. Outra atividade educativa incluía a simulação da separação de caixas de medicamentos, essencial para a autonomia na gestão da saúde.

Um dos pontos altos do dia foi a “Aventura no Escuro”. Esta experiência imersiva simulava três ambientes distintos: um centro comercial, uma rua e um campo, todos completamente às escuras. Os participantes, vendados, navegavam por estes cenários, enfrentando obstáculos e ativando outros sentidos além da visão. Esta atividade oferecia uma perspetiva poderosa sobre os desafios diários enfrentados pelos utentes do centro.

Na copa, uma atividade gastronómica, também vendada, desafiava os visitantes a identificar alimentos sem o uso da visão, evocando sentimentos de desconforto e insegurança comuns para pessoas com deficiência visual. Já no andar superior, as demonstrações de competências sociais incluíam o reconhecimento de dinheiro, essencial para a independência financeira.

A sala de snoozle, com a sua atmosfera relaxante, era um oásis sensorial para crianças e adultos. Para as crianças, uma ferramenta de estimulação sensorial; para os adultos oferecia bem-estar e tranquilidade.

Atividades simples, como lavar os dentes ou combinar meias, eram apresentadas na sala de competências pessoais, destacando as habilidades diárias necessárias para a autonomia.

Na sala das crianças, um filme explicativo sobre o programa de estimulação sensorial na primeira infância captava a atenção dos visitantes, sublinhando a importância de maximizar o resíduo visual em crianças com baixa visão.

A jornada culminou na sala dos testemunhos, onde histórias inspiradoras foram contadas.

Foi o caso da tri-campeã mundial de surf Marta Paço, que abriu o ciclo com a partilha da sua experiência e do apoio recebido do centro. Do centro, e não só: da família, em especial da mãe (também presente), que nunca a impediram de levar avante os seus desejos, por mais ousados que fossem. Como o de vir estudar, sozinha, para Lisboa, ela que vivia numa aldeia em Viana do Castelo, e que nem imaginava como seria andar de metro ou de autocarro para se deslocar.

A celebração do 62.º aniversário do Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos foi mais do que uma comemoração. Foi uma demonstração inspiradora do impacto profundo e duradouro que o centro tem na vida de tantas pessoas. Foi um dia para celebrar a inclusão, a dedicação e a transformação contínua que este centro proporciona à comunidade.

Santa Casa na Feira do Livro de Lisboa 2024

Durante 19 dias, e sob o mote “Uma Casa com Cultura”, o pavilhão da Santa Casa na Feira do Livro de Lisboa 2024 apresentará ao público as várias valências de que dispõe, bem como o seu impacto na comunidade.

Apresentações, lançamentos, conferências, concertos, dinâmicas lúdico-didáticas e rastreios de saúde, são algumas das iniciativas que integram um leque de 48 eventos que a Santa Casa vai promover no seu stand, situado à entrada do recinto, junto ao Auditório Sul.

O tema da inclusão é, uma vez mais, centro das prioridades da Misericórdia de Lisboa, que, além de atividades adaptadas ao público invisual, volta a disponibilizar cadeiras de rodas para a utilização de pessoas com mobilidade condicionada. O Centro de Educação, Formação e Certificação (CEFC) da Misericórdia de Lisboa foi a primeira entidade da Santa Casa a apresentar as suas valências, com destaque para cursos de inclusão: carpintaria, informática e alfabetização de adultos.

Ao nível de novidades editoriais, logo no primeiro dia da Feira, será apresentado o livro “Revolução, pá! O 25 de abril na Misericórdia de Lisboa”, o primeiro volume de uma coleção lançada pelo Centro Editorial da Santa Casa. As páginas desta edição espreitam o turbilhão de mudanças e esperanças que agitaram o país nesta altura histórica, incluindo a Santa Casa. Neste dia decorrerá também um concerto do Coral Stella Vitae, um dos mais antigos coros amadores em Portugal.

Do programa são ainda muito os eventos que merecem destaque, como a apresentação do catálogo da nova exposição temporária “não-relíquias? relíquias? quase-relíquias? o doutor Sousa Martins, o padre Cruz, a madre Andaluz”. Outro ponto alto será a apresentação da banda desenhada do jovem Jesualdo, utente da Casa dos Plátanos, “Ju, Herói de outra Galáxia”, e o concerto da Orquestra Geração, dois momentos que terão lugar num dia muito especial, o Dia Mundial da Criança.

Nos dias 5 e 7 de junho, serão apresentados os Cadernos Técnicos sobre Saúde Mental e Saúde Oral em idade pediátrica, dando a conhecer, mais uma vez, o trabalho da Santa Casa nesta área.

A presença da orquestra percussiva da Unidade Saúde W+ (dia 5 de junho) e o primeiro concerto de um grupo de utentes da Unidade de Reabilitação e Integração Socio Ocupacional do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (dia 14 de junho) são um motivo extra para a deslocação ao Parque Eduardo VII.

Para os mais pequenos, além de contos infantis, decorrerá a dinâmica “dominó da liberdade” e um Jogo da Glória em formato gigante em torno das edições Santa Casa, todos os fins-de-semana e feriados. O Centro intergeracional da Charneca será responsável pelo desenvolvimento das personagens e pelo cenário da história da formiga Nini, na rubrica diária “Hora do Conto”.

Para além das ações mencionadas, a Santa Casa programou palestras, conversas e rastreios em colaboração com o Projeto Radar, iniciativas para público invisual do Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos e muito, muito mais.

A não perder!

Consulte a programação completa aqui.

 

“E Depois de Abril?” abre ao público até 21 de junho

Foi na última sexta-feira que a exposição “E Depois de Abril” foi inaugurada no Espaço Santa Casa, numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal da capital e da Misericórdia de Lisboa.

Através de uma combinação de elementos visuais, entre fotografias, mobiliário, cartazes alusivos à data e testemunhos escritos de quem viveu a revolução in loco, a exposição recua no tempo para transportar os visitantes de volta àquele momento crucial da história.

Luna Marques, diretora da Unidade de Animação Socioeducativa, explica como se desenrolou todo este processo: “Foi o Arquivo Municipal que nos desafiou para este projeto há dez meses, com o objetivo de se fazer uma homenagem ao 25 de abril, utilizando fotografias do arquivo. Mas procurava algo diferente. Reunimo-nos, então, compartilhámos ideias e decidimos que queríamos envolver as pessoas, especialmente os nossos utentes. Contactámos diversos equipamentos, perguntámos se as pessoas gostariam de falar sobre o que viveram antes do 25 de abril e recebemos uma resposta entusiástica de 60 interessados”.

Um dos pontos altos da exposição é, portanto, a seção dedicada às histórias pessoais. Testemunhos de pessoas que viveram a revolução, oferecendo uma visão íntima e humana dos acontecimentos. Estas histórias destacam a diversidade de experiências e perspetivas, sobretudo dos cidadãos comuns que se viram subitamente livres para expressar as suas opiniões e aspirações.

“Vamos ter ainda outra dimensão destas histórias, numa modalidade tão utilizada agora, que é o podcast. Serão dez histórias contadas na primeira pessoa, por alguns dos nossos utentes, que relembram o que estavam a fazer na quinta-feira de 25 de abril de há 50 anos, o que lhes trouxe esta data e de que forma as suas vidas mudaram desde então. Imagine, por exemplo, que sem o 25 de abril talvez não existissem hoje animadores socioculturais”, complementa Luna Marques. “E está para breve podermos ouvir esses momentos. Estamos já na fase final de edição deste podcast”, finaliza.

“E Depois de Abril?” pode ser vista até 21 de junho, no Espaço Santa Casa, todos os dias entre as 09h30 e as 17h30. A entrada é gratuita.

Open Conventos começa em “pausa e silêncio”

Depois de 2019 e 2023, o Open Conventos volta, este ano, a abrir as portas a 36 edifícios conventuais espalhados pela cidade de Lisboa, numa iniciativa conjunta levada a cabo pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, Quo Vadis – Turismo do Patriarcado e Instituto de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa.

A terceira edição deste evento arrancou esta quinta-feira, num dia marcado, sobretudo, pelo tema de reflexão escolhido para 2024: “’pausa e silêncio’” vai ser trabalhado pela Direção da Cultura de uma forma contínua neste ano e no próximo, com várias iniciativas”, explica-nos Helena Mantas, diretora de Serviço de Públicos e Desenvolvimento Cultural da Santa Casa.

“Este é um tema que nos faz todo o sentido. Estamos a falar de conventos, de mosteiros, de locais onde as pessoas vivem em comunidade, onde o ritmo é o que a regra determina, mas que é sempre um ritmo de pausa, porque a pausa prende-se com a questão da reflexão, do olharmos para nós próprios, de olharmos para os outros. A pausa marcada, por exemplo, pela pontuação, pelas vírgulas, pelos pontos finais. Por outro lado, o silêncio é um elemento fundamental na existência e na reflexão também. Ele está na música, está na escrita. Ou seja, estes dois elementos, pausa e silêncio, são cruciais e merecem uma reflexão cuidada hoje em dia, até porque a nossa sociedade, em particular nos centros urbanos, não valoriza a pausa e o silêncio, pelo contrário. Há muito ruído, muito barulho permanentemente, e um ritmo muito, e cada vez mais, acelerado”.

Foi precisamente esta ideia de ‘pausa e silêncio’ que serviu de mote para a conversa no espaço Brotéria, que juntou pessoas de áreas muito diferentes: “a escritora Ana Margarida Carvalho, a maestrina adjunta Inês Tavares Lopes do Coro Gulbenkian, o P. João Norton SJ da Brotéria – que é também arquiteto – e duas monjas de Belém, a irmã Anatália e a irmã Maïlys, que participaram por Zoom a partir do convento onde estão, no Couço (Alentejo)”.

Open Conventos - Brotéria

“Tivemos a questão da escrita e da leitura, da música (a pausa e o silêncio na música), a arquitetura como elemento fundamental no Open Conventos – a forma como nos facilita a pausa e o silêncio, sendo que nos espaços conventuais tal era feito de uma forma muito inteligente, com zonas que estavam pensadas explicitamente para isso -, e ainda o testemunho de duas monjas, que trocaram uma vida muito ativa pela pausa e pelo silêncio”, descreve Helena Mantas.

Ao início da noite, no Convento de São Pedro de Alcântara, teve lugar uma sessão de cinema, com o filme O Grande Silêncio, de Philip Groning, uma história que se desenrola num convento em França, e que centra a sua mensagem “no silêncio e na sua importância. Parece que muitas vezes temos medo dele, mas a questão é exatamente a contrária: o silêncio não é para ter medo. É para usufruir”, aconselha-nos a responsável da Santa Casa.

Open Conventos - filme

Nesta sexta, arrancou já a maratona de visitas e itinerários, com grande parte deles já esgotados. “O Open Conventos conseguiu, em apenas três anos, estabelecer uma dinâmica própria. Neste ano, por exemplo, ainda quase não havia programa e já havia grupos nas redes sociais a juntarem-se para as inscrições. Creio que conseguimos tornar esta iniciativa num programa que é já esperado pelas pessoas, o que diz bem da sua qualidade”, refere Helena Mantas.

Tal como em edições anteriores do Open Conventos, haverá visitas a edifícios emblemáticos, como a Assembleia da República ou o Palácio das Necessidades, onde funciona o Ministério dos Negócios Estrangeiros, edifícios que já foram antigos mosteiros.

Nas novidades deste ano está uma visita ao Colégio Almada Negreiros, que é um edifício dos Jesuítas que foi construído no século XIX para ser um colégio e que hoje é a Igreja de Santo António de Campolide.

Se ainda não se inscreveu, faça-o aqui e aproveite as poucas vagas que ainda restam.

Open Conventos - relíquias

RADAR convidado do VII Congresso Internacional Sobre Envelhecimento

Numa iniciativa organizada e levada a cabo pela Associação Nacional de Gerontologia Social, em colaboração com a APOIARTE – Casa do Artista, a Universidade Rey Juan Carlos e a Associação Internacional de Universidades da Terceira Idade (AIUTA), o projeto RADAR foi convidado a participar neste encontro, com o objetivo de partilhar modelos de “boas práticas”.

O encontro, que decorreu entre os dias 13 e 17 de maio, teve como tema “Envelhecer com Arte ou a Arte de Envelhecer“, e a presença do RADAR esteve integrada no painel “Ética no Envelhecimento”, moderado pelo professor doutor Cristóvão Margarido. Durante esse painel, Hugo Gaspar, diretor de núcleo da Unidade de Missão da Santa Casa, fez uma apresentação intitulada “Projeto RADAR: Abordagens colaborativas ao isolamento social e solidão não desejada”, na qual este projeto foi explicado e mostrado numa abordagem socioecológica, incidindo em três níveis: na colaboração interorganizacional, na rede de radares comunitários e no envolvimento e participação dos cidadãos.

Para cada uma destas vertentes foram apresentados em detalhe todos os resultados obtidos e exemplificada a multiplicidade de atividades que o projeto desenvolve, destacando sempre os parceiros com que trabalha diariamente. Hugo Gaspar salientou, aliás, este facto: “o RADAR é apresentado desde a primeira hora como uma parceria colaborativa. Trabalhamos diariamente para que esta seja uma realidade. O Projeto Radar não é apenas da Santa Casa, mas de todos os parceiros que dele fazem parte. É, acima de tudo, da cidade de Lisboa”.

Novo provedor da Santa Casa tomou posse

Paulo Alexandre Duarte de Sousa tomou hoje posse como novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, frisando que aceitou o convite “com orgulho, mas também com sentido de responsabilidade. Orgulho porque a Santa Casa é uma instituição de inestimável utilidade pública, porque a sua missão é trazer bem-estar às pessoas, a começar pelos mais desprotegidos. Sentido de responsabilidade porque, estando ciente dos graves desafios que a instituição enfrenta hoje, irei enfrentá-los honrando sempre o seu legado histórico”, referiu à preenchida plateia da Sala de Extrações.

Paulo Alexandre Duarte de Sousa prometeu “dedicação aos trabalhadores e às equipas da Santa Casa”, bem como “às múltiplas atividades da instituição”, recordando as “Obras da Misericórdia e o seu Compromisso”.

Numa cerimónia em que esteve igualmente presente o primeiro-ministro Luís Montenegro, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, descreveu o novo provedor como “um gestor de vasta e reconhecida experiência profissional, mas também com provas dadas na área social”.

“O desafio maior é garantir que a Santa Casa continua a dar a melhor resposta assistencial, sobretudo aos mais desprotegidos e desfavorecidos”, assegurou a ministra, referindo que, em breve, será anunciada a composição da restante Mesa e deixando uma “mensagem de confiança a todos os que constroem diariamente a Santa Casa”.

Ministra Maria Rosário Palma Ramalho, primeiro ministro Luís Montenegro e o novo provedor

Com 56 anos, o novo provedor da instituição é licenciado em Gestão de Empresas pelo ISEG e pós-graduado em Gestão Bancária e em Estratégias de Exportação. Conta com uma vasta experiência em cargos de administração, como a presidência da Comissão Executiva do Banco Comercial e de Investimentos, S.A., a Direção Central de Financiamento Imobiliário da Caixa Geral de Depósitos e a presidência do Conselho de Administração da Wolfpart, SGPS.

Na área social, Paulo Alexandre Duarte de Sousa foi vice-presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, fazendo parte da Direção do Núcleo da Costa do Estoril durante dois mandatos. Tem também experiência em matérias relacionadas com o setor imobiliário, tendo sido responsável pela criação do Mercado Social de Arrendamento. O agora provedor da Misericórdia de Lisboa foi, ainda, o responsável do consórcio composto pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana e pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos para gestão de um Fundo de Desenvolvimento Urbano, no âmbito da Iniciativa Comunitária JESSICA, vocacionada para a Reabilitação e Regeneração Urbanas.

Teatro terapêutico da Unidade W+ voltou a mostrar-se no Festival MENTAL

O Festival MENTAL, que este ano celebra a sua 8.ª edição, contou novamente com a participação do grupo de teatro terapêutico da Unidade W+, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que atuou no Cinema São Jorge na passada sexta-feira, dia 17.

O grupo de jovens levou ao festival, que é dedicado à saúde mental e conjuga cinema, artes e informação, a peça “Ur.gente.mente”, com encenação e textos de Catarina Luz, Maria Corrêa e Sónia Santos, e representação de Dwayne Monteiro, Eduardo Naita, Elizandro Rafael, Inês Rodrigues, Lara Pereira, Leandra Santos, Maria Carvalho da Mariana Jerónimo, Rodrigo Real, Zuzimo Morato e Didu Sebastião.

“A peça “Ur.gente.mente” pretende ser uma reflexão sobre as questões das liberdades identitárias e a saúde mental na adolescência, tendo em conta a era digital. Nesta peça participaram 16 jovens, com uma média de idade de 17 anos, integrados no Teatro Terapêutico e no Orquestra Percussão Saúde da Unidade W+”, explicou Sónia Santos, direta da Unidade W+.

A Santa Casa esteve igualmente representada no Festival MENTAL através de uma exposição de várias peças de pintura, cerâmica e fotografia da autoria de nove utentes da Obra Social do Pousal.

“Os mediadores artísticos são uma mais-valia, pois abrangem uma forma de comunicar para além do uso da palavra, reforçando, simultaneamente, um papel integrador entre pares e na sociedade. Participar no Festival MENTAL permite uma visibilidade imperativa na desestigmatização nas questões da saúde mental, bem como uma intervenção psicoterapêutica com resultados comprovados”, concluiu Sónia Santos.

Exposição de obras de utentes da Obra Social do Pousal no festival Mental

A cuidar da saúde mental desde 2003

Um dos pilares nos quais a Santa Casa aposta é a saúde mental, através da sua unidade dedicada ao tema, a W+, que recorre a respostas inovadoras feitas à medida das necessidades de cada utente, seja criança, adolescente ou adulto, acompanhando assim as diferentes fases da vida.

Esta resposta da Misericórdia de Lisboa presta, assim, apoio psicológico e psicoterapêutico a pessoas em situação de risco e vulnerabilidade psicológica, em ambulatório ou na comunidade, apostando na prevenção de comportamentos de risco e na promoção de estilos de vida saudáveis dos seus principais públicos-alvo. Para este efeito, a unidade W+ mistura metodologias formais, como consultas assistenciais, e dinâmicas e mediadores artísticos, no sentido de atrair mais utentes nesta área delicada.

Três anos a caminhar de mãos dadas

O dia do terceiro aniversário do Centro Intergeracional Ferreira Borges (CIFB) começou bem cedo com a colaboração da Irmandade de S. Roque, que celebrou a eucaristia com adoração a Maria perante dezenas de utentes, familiares e pessoas da comunidade, que celebraram o momento com grande emoção.

O programa da tarde iniciou-se na sala do 1.º andar do Centro, onde os presentes assistiram a uma demonstração de “Danças Sociais”; aulas que habitualmente ocorrem às quintas-feiras no CIFB e que são dinamizadas pelo professor João, do Ginásio Club de Portugal.

Após a demonstração das danças, o Grupo Teatro Tom Maior, dinamizado e ensaiado pela atriz Maria Lalande, representou um poema de Jorge de Sena, “Qual é a Cor da Liberdade?”.

Depois das apresentações efetuadas pelos utentes, seguiu-se um desafio lançado a todos os presentes por Isabel Araújo, diretora do CIFB, que os convidou a darem o seu testemunho sobre a sua experiência, pessoal ou coletiva, do impacto que o Centro tem nas suas vidas e na comunidade. O tom de informalidade e a relação de proximidade entre os utentes e os parceiros presentes, são o reflexo do que diariamente se vive e constrói neste projeto comum de valorização de aprendizagens ao longo da vida. 

Simultaneamente, foi inaugurada a exposição “3 anos de memórias CIFB” , que apresenta uma coletânea de memórias através de fotografias, trabalhos manuais e exposições colaborativas, que destacam alguns dos momentos de uma caminhada que tem sido construída em conjunto com vários parceiros, como a Junta de Freguesia de Campo de Ourique (JFCO), a PSP, a Casa Fernando Pessoa, a Associação Cultural Embuscada, a 55 +, a Associação Cabelos Brancos, o Colégio dos Salesianos, a Ajuda de Mãe, a atriz Maria Lalande, o CampoVivo, entre muitos outros.

As festividades continuaram pelo bairro de Campo de Ourique numa atividade aberta a toda a comunidade, a “Caminhada Cultural por Campo de Ourique”, que contou com o apoio da JFCO, do projeto RADAR e da PSP. Esta iniciativa revelou-se um sucesso, a avaliar pelos sorrisos nos rostos dos 40 participantes.

A caminhada terminou de regresso ao CIFB, onde os esperava um pequeno “banquete” preparado por alguns utentes que habitualmente dinamizam o atelier de culinária do Centro, o “Cantinho dos Sabores”.

O Centro Intergeracional Ferreira Borges (CIFB) foi inaugurado a 14 de maio de 2021, contemplando a reinstalação da Residência Assistida Carlos da Maia e do Centro de Dia Santo Condestável.

Foram criadas as condições para implementar o que é preconizado pelo Modelo InterAge, considerando, também, as premissas contidas no Programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, nomeadamente no eixo estratégico da Vida Autónoma.

O objetivo, plenamente atingido, era oferecer uma resposta pioneira e diferenciadora, efetivando-se como uma alternativa abrangente e multifacetada aos vários segmentos da população do território.  

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas