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A família como alicerce para o bem-estar social – Apresentação do Modelo de Intervenção Multissistémico com famílias

A Sala de Extrações da Misericórdia de Lisboa acolheu esta segunda-feira, 24 de fevereiro, a apresentação do estudo realizado a partir da tese de doutoramento de Lúcia Fortio, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, e as suas conclusões sobre a intervenção da Unidade de Intervenção Familiar (UIF) da Santa Casa no contexto das suas competências.

Esta exposição, agora conhecida, reflete sobre os conceitos da importância da família para a autonomia futura de crianças e jovens e na construção do indivíduo, tendo como base uma intervenção assente na multidisciplinaridade de competências e colaboração de todos os intervenientes nas várias etapas da vida da pessoa.

A sessão de abertura foi presidida pelo Provedor da Misericórdia de Lisboa, Paulo Sousa, que agradeceu o empenho de todos e congratulou os presentes não só pelo estudo agora revelado, mas também pelo projeto-piloto que a Direção de Infância, Juventude e Famílias está a desenvolver sobre bem-estar profissional.

“Para além da nossa intervenção normal no apoio às famílias, crianças e jovens, este projeto assume um aspeto muito relevante no contexto em que hoje vivemos. Idealizo que este projeto seja concretizado”, realçou Paulo Sousa.

O Estudo de Eficácia do Modelo de Intervenção Multissistémica da UIF contou com o envolvimento de todos os colaboradores da unidade, quer na recolha, quer na reflexão sobre os dados obtidos, com a finalidade de potenciar a vida familiar e desenvolver, implementar e estudar a eficácia do Modelo de Intervenção com famílias identificadas em risco.

Para o Provedor, ter a Santa Casa envolvida neste estudo demonstra que “todos queremos e podemos refletir, melhorar e até inovar nas respostas que damos às nossas populações” e, só assim, construir “uma sociedade mais justa e equilibrada para os desafios futuros.”

Paulo Sousa referiu ainda que a Santa Casa tem como uma das suas principais missões a proteção de crianças e jovens e, neste âmbito, a intervenção nas famílias deve ser norteada em três eixos fundamentais: “preservação familiar, reunificação familiar e parentalidade de risco.”

Já a diretora da UIF, Isabel Gomes, fez o diagnóstico da intervenção da unidade no último ano, durante o qual, através do trabalho diário desta equipa multidisciplinar, foram cessados 87% dos processos com remoção do risco e perigo.

Ainda nesta análise, 192 famílias foram identificadas, estando a ser acompanhadas pelo serviço mais de 300 crianças. No total, a UIF acompanha 751 famílias, com 3.027 pessoas a serem intervencionadas, entre elas 1.537 crianças.

A fechar a iniciativa decorreu um painel de discussão sobre o estudo de eficácia, no qual vários técnicos da UIF falaram da sua experiência pessoal enquanto colaboradores da unidade, apontando os desafios que se colocam nesta área de atuação da Misericórdia de Lisboa, mas também todo o trabalho que tem sido realizado em colaboração com outras entidades e organizações da cidade.

Encontro “Olhares Terapêuticos: Psicanálise e Intervenção Social” esgotou a Sala de Extrações

A Sala de Extrações encheu na passada sexta-feira, 21 de fevereiro, para acolher o encontro “Olhares Terapêuticos: Psicanálise e Intervenção Social”, promovido pelo protocolo celebrado entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica (AP).

Um diversificado painel de especialistas debateu a articulação e integração de diferentes formas de atuação a partir da psicanálise e da intervenção social junto de populações vulneráveis, como crianças, adolescentes e suas comunidades, num encontro que esgotou as inscrições presenciais e foi visto por centenas de pessoas através da transmissão online.

A sessão de abertura ficou a cargo de Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, que destacou a importância desta iniciativa como forma de ser feita “uma reflexão conjunta sobre o impacto da saúde mental na vida das pessoas”, sobretudo das mais vulneráveis.

“Todos estamos conscientes de que os problemas de saúde mental afetam de forma desproporcional as populações vulneráveis, nomeadamente as que estão em contexto de pobreza, exclusão e violência”, explicou o Provedor.

Por seu lado, João Boavida, da direção da AP, sublinhou a união de esforços entre as duas entidades, aproveitando o autêntico farol que a Santa Casa tem sido nas suas áreas de atuação.

“Normalmente, os projetos que a Santa Casa desenvolve transformam-se, muito rapidamente, em boas práticas que são disseminadas do ponto de vista nacional. Portanto, é para a AP muitíssimo gratificante podermos trabalhar em conjunto com uma instituição desta dimensão”, afirmou.

No final do dia de trabalho, Rita Prates, Vice-Provedora da Misericórdia de Lisboa, dirigiu-se à plateia para reforçar o compromisso da Instituição com a causa da saúde mental.

“Acreditamos que a dignidade plena das pessoas é fundamental e, por isso, é nosso compromisso capacitar as mais de 20 mil crianças, jovens e famílias que estão sob a nossa responsabilidade. Quando negligenciamos a saúde mental na infância e adolescência, estamos a privar as crianças dos seus direitos e a impedir que atinjam o seu verdadeiro potencial”, alertou.

Cuidadores Informais: A formação que apoia quem cuida

Todas as terças-feiras, quinzenalmente, há um grupo de pessoas que se reúne em torno de uma missão comum: aprender a cuidar melhor de quem amam. Poderiam ser dez, mas hoje são sete. Sete histórias, sete vidas tocadas pela difícil, mas nobre, tarefa de cuidar de um familiar que precisa de ajuda.

No Centro de Educação, Formação e Certificação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, há uma sala que se transforma num refúgio para aqueles que, muitas vezes, vivem entre a exaustão e a dedicação incondicional. Desde 2017, centenas de cuidadores informais passaram por estas sessões gratuitas, que lhes oferecem conhecimento, apoio e, sobretudo, a certeza de que não estão sozinhos.

Os temas são sempre diferentes. Aquele a que assistimos, por exemplo, foi dedicado aos cuidados na alimentação e hidratação. A formadora, a enfermeira Fernanda Simões, poderia estar a aproveitar um merecido dia de folga, mas opta por estar ali, como voluntária, doando seu tempo e experiência para ajudar quem ajuda. Com um sorriso tranquilo e munida da informação que preparou, propositadamente, para a sua sessão, Fernanda explica a importância de uma alimentação equilibrada, alerta para sinais de desidratação e responde a dúvidas que, muitas vezes, surgem na solidão de quem cuida.

formadora e formanda na formação de cuidadores

Os participantes ouvem, tomam notas, fazem perguntas. Partilham entre si angústias e pequenos triunfos, descobrindo que, apesar das dificuldades, há um caminho que pode ser percorrido com mais leveza quando se tem orientação e apoio. “Há mesmo pequenas coisas que podem fazer a diferença”, diz um dos participantes.

Para além das formações, há ainda os grupos de autoajuda, coordenados pela psicóloga Rosa Macedo, que acompanha este projeto desde o início. Aqui, o espaço é de escuta, de partilha e de amparo mútuo. Porque cuidar não é apenas um ato físico, mas também emocional, e quem cuida também precisa de ser cuidado.

A importância destas formações estende-se para além do conhecimento técnico. Os cuidadores informais enfrentam desafios diários que muitas vezes passam despercebidos para quem não está na sua posição. O isolamento, o cansaço físico e mental, a sobrecarga emocional – tudo isso faz parte da rotina de quem dedica a sua vida a outra pessoa. Sendo que existem todos os outros desafios do quotidiano que é preciso conciliar.

Estas sessões não são apenas um espaço de aprendizagem, mas também de fortalecimento e acolhimento. Os participantes encontram, uns nos outros, uma rede de suporte que os ajuda a continuar. 

Ao longo dos anos, muitos cuidadores que passaram por este espaço relataram como estas formações transformaram as suas vidas. Chegou a ser aplicado um questionário a alguns deles para avaliar as mudanças que viveram com aquilo que retiraram destas sessões. E os resultados foram impressionantes, desde “aprenderem a cuidar dos seus sem se esquecerem de si próprios” a “encontrarem pessoas que compreendem o que estão viver, e isso faz toda a diferença.” O agradecimento destes cuidadores por esta partilha de vivência foi, sem dúvida, o denominador comum.

participantes na sessão de formação de cuidadores informais

O Centro de Formação quer continuar a proporcionar, e cada vez mais, este apoio essencial. Porque sabe que, para muitos, estas sessões são a única oportunidade de aprender técnicas que melhoram a qualidade de vida dos seus familiares e, ao mesmo tempo, permitem que se sintam valorizados e reconhecidos pelo seu esforço diário.

Se cuidar de alguém faz parte da sua vida, saiba que não precisa de caminhar sozinho. Pode juntar-se a estas sessões, onde o conhecimento e o apoio se cruzam para tornar o desafio de cuidar mais humano e menos solitário. A cada terça-feira quinzenal, uma nova oportunidade de aprender, partilhar e fortalecer-se espera por si. Afinal, por trás de cada cuidador, há também um ser humano que merece ser cuidado.

Para mais informação, pode contactar o Centro de Educação, Formação e Certificação, Rua Conde de Ficalho, 4A e 4B, 1700-114 Lisboa, ou através do número +351 218 413 010.

O Dragão de Akimi vai aterrar na Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo

A Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo continua a aposta numa programação cultural dedicada ao Japão e é já no próximo sábado, 22 de fevereiro, a partir das 10h30, que vai dinamizar uma atividade especialmente dedicada aos mais novos: O Dragão de Akimi.

Este será um exemplo do chamado Teatro Kamishibai, que significa teatro de papel, uma longa tradição de itinerância pelo Japão que vai poder conhecer agora neste espaço museológico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A história do Dragão de Akimi fala-nos de uma pequena aldeia japonesa, há mil anos, encravada entre altas montanhas, onde a amizade entre uma corajosa menina e o seu dragão salvou toda a povoação de morrer de fome e de medo.

A participação é gratuita, mas requer marcação prévia, que pode ser feita através dos telefones 213 235 250 e 213 235 401, ou através do email ca.cfc@scml.pt.

Consulte toda a programação da Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo dedicada ao Japão.

Play Video about Imagem de dragão com inscrição: Teatro Kamishibai - Dragão de Akimi

Estão abertas inscrições para novos cursos no CEFC

Estes programas são uma oportunidade para quem deseja adquirir novas competências e obter certificação profissional em diversas áreas.

Para os cursos de formação para adultos estão disponíveis os seguintes cursos:

  • Cabeleireiro/a de Nível Secundário;
  • Cozinheiro/a (já iniciados, mas com vagas disponíveis);
  • Processo de Certificação RVC, que decorre durante todo o ano.

Além destes, está também disponível o percurso Modular de Inclusão para Migrantes e Refugiados, composto por 200 horas de módulos tecnológicos e 100 horas de Português (Língua de Acolhimento) e Leitura e Escrita Criativa (CPSA2) nas áreas de Operador de Acabamentos de Madeira e Mobiliário, Cuidados de Beleza (Início a 26 de fevereiro) e Cozinheiro (iniciado a 18 de fevereiro).

Por fim, as Formações Modulares Escolares terão início em março:

  • B2 – 6.º ano (dia 6);
  • B1 – 4.º ano (dia 10);
  • Alfabetizar (dia 10).

Estas formações são uma excelente oportunidade para quem deseja investir no seu futuro profissional e educativo.

Para mais informações e inscrições, visite o site do Centro de Educação, Formação e Certificação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Santa Casa volta a participar na Semana da Reabilitação Urbana

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa volta este ano a marcar presença na Semana da Reabilitação Urbana, o maior evento nacional dedicado aos temas da habitação, construção e sustentabilidade. A Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa, acolhe a 12.ª edição do evento, de 25 a 27 de fevereiro.

Contando com 140 oradores e 60 entidades representadas, a Semana da Reabilitação Urbana vai dividir-se por dois palcos, que vão acolher conferências, debates, workshops e seminários jurídicos, numa iniciativa da Vida Imobiliária, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Santa Casa será, de resto, protagonista numa conferência no segundo dia do evento, subordinada ao tema “O Papel das Mulheres na Evolução das Cidades”, na qual será representada por Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Instituição. Em discussão estará a forma como as mulheres têm sido agentes ativos na promoção de cidades mais agregadoras.

Refira-se que a área do património tem sido uma das prioridades da Misericórdia de Lisboa nos últimos meses, com uma forte aposta na sua valorização, inerente ao Plano de Reestruturação que a Instituição tem em curso e cujas bases passam pela rentabilização de ativos, otimização de serviços e equipamentos e alienação de património sem possibilidades de rentabilização ou em estado avançado de degradação, no âmbito de um programa de investimento e desinvestimento.

Estas medidas impactam diretamente noutra área fundamental, a habitação, e a Misericórdia de Lisboa pretende reforçar o número de imóveis no mercado de arrendamento habitacional, à medida que foi reabilitando o seu património. Esta constitui, de resto, uma das mais importantes medidas do Plano de Reestruturação, pois potencia o seu património enquanto fonte de rendimento e, simultaneamente, disponibiliza mais frações para o mercado de arrendamento habitacional em Lisboa.

Consulte o programa da XXII Semana da Reabilitação Urbana.

Zona Oriental de Lisboa em análise nas 4as Jornadas RADAR

A 4.ª edição das Jornadas RADAR aconteceram esta segunda-feira, 17 de fevereiro, no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, e reuniram de dezenas de pessoas para refletir, partilhar ideias, perspetivar o futuro e consolidar o trabalho desenvolvido nos últimos anos, no combate ao isolamento e solidão não desejada da população sénior na cidade, em particular nesta zona da cidade.

O evento contou com várias intervenções e conversas informais, tendo sido uma oportunidade para reforçar laços, partilhar experiências e refletir sobre o que foi feito e o que poderá ser melhorado para consolidar o projeto RADAR como um instrumento fulcral, para aproximar as pessoas mais velhas às dinâmicas comunitárias, prevenindo o isolamento social e solidão indesejada.

Na sessão de abertura Ângela Guerra, administradora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, destacou a importância do trabalho colaborativo entre todas as entidades inseridas no projeto, para apoiar a população mais vulnerável. Durante a sua intervenção, Ângela Guerra sublinhou que “o Projeto RADAR é essencial para garantir que ninguém fique para trás, especialmente as pessoas mais velhas”, reforçando o papel da Santa Casa na implementação e desenvolvimento de projetos que promovem a inclusão social.

A responsável focou ainda a importância de este ser “um projeto de proximidade” que diariamente “vai de porta em porta, averiguar as necessidades das pessoas”.

“Esta é uma das missões que a Santa Casa tem que faz todo o sentido fortalecer e acarinhar. Todos os dias conseguimos identificar mais pessoas, angariar mais Radares Comunitários e desenvolver o projeto sempre numa base colaborativa. O paradigma alterou-se e é necessário conhecer as pessoas nos seus territórios para que possamos convergir os apoios necessários com as verdadeiras necessidades das pessoas”, enalteceu Ângela Guerra.

Mário Rui André, Coordenador do projeto RADAR, apresentou os principais resultados do Projeto nas cinco freguesias em foco, onde se encontram integradas cerca de 8.572 pessoas 65+ (cerca de 22% do total) e cerca de 1200 Radares comunitários (23% do total), constituindo uma verdadeira rede local de atenção e apoio às pessoas com maior vulnerabilidade. 

Durante o ano passado foram realizadas 150 ações de rua e 24 ações de Unidade Móvel. Destaque ainda para integração de mais de 1000 novas pessoas +65 na plataforma e para a realização de quase 4100 contactos telefónicos, que representam quase um quarto do valor total das chamadas realizadas no ano de 2024.

Os dados agora apresentados para a Zona Oriental de Lisboa representam um trabalho de aproximação quer aos residentes com 65 ou mais anos nos territórios das cinco freguesias, quer aos estabelecimentos de comércio local, que se constituem como radares comunitários e desempenham um papel crucial na sinalização de situações de risco, de isolamento e solidão não desejada para uma agilização de uma intervenção ajustada a cada contexto. 

Depois de uma breve pausa os trabalhos foram retomados e os representantes das juntas de freguesia do Areeiro, Arroios, Beato, Penha de França e Marvila, participaram numa Mesa Redonda onde partilharam as suas experiências locais, reafirmando o compromisso de continuar a apoiar as iniciativas do RADAR nas suas comunidades.

No encerramento das Jornadas, Paulo Machado, professor do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna apresentou as notas finais do encontro e reforçou a importância do RADAR no combate ao isolamento social e solidão indesejada nas pessoas +65.

As jornadas RADAR proporcionaram um espaço de debate sobre os desafios da longevidade onde são abordados temas como o envelhecimento, a solidão, a acessibilidade a serviços essenciais e a necessidade de estratégias inovadoras para um acompanhamento eficaz das situações de risco.

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Encontro “Olhares Terapêuticos: Psicanálise e Intervenção Social” reabre inscrições para transmissão online

Esgotadas as inscrições para assistir presencialmente ao encontro “Olhares Terapêuticos: Psicanálise e Intervenção Social”, foram abertas inscrições para a transmissão online do evento, alargando assim a possibilidade de participar nesta iniciativa da Direção da Infância, Juventude e Família da Santa Casa e a Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica (AP).

Este encontro vai decorrer já na próxima sexta-feira, 21 de fevereiro, na Sala de Extrações, e terá a presença de Paulo Sousa, provedor da Misericórdia de Lisboa, na abertura, ao passo que o encerramento caberá a Rita Prates, Vice-Provedora da Instituição.

Promovido no âmbito do protocolo celebrado entre a Santa Casa e a AP e ao abrigo do qual foi inaugurada a sede desta associação em novembro do ano passado, o evento vai contar com a participação de especialistas para debater a articulação e integração de diferentes formas de atuação a partir da psicanálise e da intervenção social junto de populações vulneráveis, como crianças, adolescentes e suas comunidades.

Espera-se que este encontro funcione como um espaço de pensamento crítico e de diálogo sobre a forma como a psicanálise pode contribuir para quebrar ciclos de violência, dependência e exclusão, ajudando a impulsionar o potencial daquelas populações para uma cidadania plena, sempre numa ótica de promover intervenções mais estruturadas e transformadoras.

Inscreva-se para assistir ao encontro online e consulte o programa completo.

Casa do Impacto iniciou a 6.ª edição do programa RISE for Impact

O ano de 2025 arrancou com a 6.ª edição do RISE for Impact, um programa delineado pela Casa do Impacto, hub de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para transformar as ideias em soluções tecnicamente viáveis e financeiramente sustentáveis, tendo como princípio promover soluções para problemáticas ambientais e sociais.

Depois de cinco edições marcadas pelo sucesso e pela melhoria contínua, a Casa do Impacto manteve o foco e reforçou o empenho, avançando para esta nova edição com toda a experiência que as centenas de projetos dos anos anteriores proporcionaram, tal como os empreendedores, parceiros e mentores que acrescentam valor inestimável a cada programa.

Projetos vencedores como a Class of Wonders, a Equal Food, a Glooma, a Escola Oficina, ou a Une.Idades são prova de conceito e sinal de vitalidade e crescimento. O grupo de empreendedores e projetos da edição de 2025 é muito diferenciado, destacando-se as áreas da diversidade e inclusão, saúde e saúde mental, educação e cultura.

A sessão de abertura da 6.ª edição do RISE for Impact decorreu na passada quarta-feira, 12 de fevereiro, e contou com a presença de Luís Rego, administrador da Santa Casa, que salientou, na sua intervenção de boas-vindas, a participação de 93 projetos nesta edição, dos quais 30 alcançaram esta fase, citando Peter Drucker: “Na nossa vida, pessoal ou profissional, devemos assentar todas as decisões em dois pilares: a eficiência e a eficácia. A eficiência é fazer bem feito. A eficácia é fazer o que deve ser feito. Criar impacto é quando se consegue juntar as duas coisas.”

Por seu lado, Nuno Comando, diretor da Casa do Impacto, aproveitou o ensejo para apresentar o ecossistema de mentores e apoiantes, destacando a oportunidade para cada um melhorar os seus produtos e serviços, podendo sempre contar com a Casa do Impacto para os passos seguintes de cada projeto participante no concurso.

No segundo dia, quinta-feira, foi a vez dos pitches dos canditados. Agora, cabe ao júri desta edição – composto por Nuno Comando, diretor da Casa do Impacto, Gustavo Freitas, diretor da Unidade de Inovação e Transferência de Conhecimento do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social da Santa Casa, Maria João Teixeira, diretora do Centro de Desenvolvimento Comunitário do Bairro dos Lóios, Rui Catalão, co-fundador da Kitchen Dates, Joana Afonso, CEO da Careceiver, e Mónica Sanfeliz, gestora de parcerias na Ashoka, – decidir quem serão os vencedores, os quais serão conhecidos na próxima semana.

imagem de grupo do RISE for impact na Casa do Impacto

Nem só de afetos vive o coração

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte dos portugueses, estimando-se que sejam responsáveis por cerca de 30% dos óbitos. Os números são assustadores e travar este flagelo apresenta-se como um dos principais desafios da medicina moderna, que defende que manter a saúde do coração passa pelo binómio de alimentação saudável combinada com atividade física.

Os principais inimigos do coração há muito que estão identificados: colesterol elevado (considerado o principal fator de risco para o coração e que afeta cerca de 70% da população adulta); assim como hipertensão arterial, que atinge 43% dos portugueses. A estas causas acresce ainda o tabagismo (existem 20% de fumadores em Portugal), a obesidade (mais de 30% dos portugueses apresentam excesso de peso, com os números a indicar que Portugal é o país da União Europeia com menos praticantes de atividade física), sem esquecer o número crescente de diabéticos, atualmente acima dos 10%.

Esta combinação de fatores de risco conduz à aterosclerose (com estreitamento, redução e, por vezes, oclusão do calibre das artérias), causando AVC´s e doenças coronárias, com esta última patologia a resultar da acumulação de gordura dentro das artérias, originando um ou vários bloqueios e fazendo com que o coração receba menos sangue e oxigénio. Como resultado, surgem as dores no peito (angina) ou falta de ar, com um bloqueio total a poder causar um ataque cardíaco.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 65% das doenças crónicas são evitáveis através de estilos de vida saudáveis – como alimentação correta e atividade física -, permitindo um controlo mais adequado dos fatores de risco das doenças coronárias. Nesta sexta-feira – dia dedicado ao Doente Coronário -, a Direção de Saúde Santa Casa recomenda que todos os colaboradores protejam o seu coração e artérias, mediante a adoção das seguintes medidas:

Prática diária de uma atividade física regular, de pelo menos 30 minutos, podendo ser repartida ao longo do dia em três períodos. Subir e descer escadas, nadar, caminhar ou andar de bicicleta são exemplos de atividades que podem ser realizadas;

  • Seguir as proporções recomendadas na Roda dos Alimentos – dieta equilibrada e variada, rica em legumes, cereais integrais, fruta e peixe. É importante reduzir as gorduras saturadas, os açúcares, as carnes vermelhas, a manteiga e os lacticínios gordos;
  • Moderação na ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Manutenção de um peso adequado à idade e estrutura física;
  • Deixar de fumar;
  • Prevenir e eliminar o stress do dia-a-dia;
  • Controlar a pressão arterial.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disponibiliza uma formação online e gratuita destinada aos cidadãos em geral, para que possam reconhecer precocemente os sinais e sintomas que podem ser sinónimos de Enfarte Agudo do Miocárdio, ensinando igualmente como agir nesses casos.

Não perca a oportunidade e inscreva-se na formação “Aprender sobre a Dor no Peito”.

Sintomas de Doença Coronária

Os sintomas da doença coronária – doença cardíaca que causa o fornecimento inadequado de sangue até o músculo cardíaco – podem ser diferentes de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem desconforto ou dor no peito (angina), falta de ar, fadiga extrema durante o esforço, inchaço dos pés, dor no ombro ou braço e, no caso do sexo feminino, uma dor atípica no peito.

“As doenças cardiovasculares afetam todo o aparelho cardiovascular, nomeadamente o coração e circulação. As mais comuns são a aterosclerose, o enfarte agudo do miocárdio, a angina de peito e a insuficiência cardíaca.

A irrigação do músculo cardíaco é feita pelas artérias coronárias. Nessas artérias pode desenvolver-se a acumulação de gordura, que impedem a passagem do fluxo normal de sangue (doença coronária). A esta situação acrescem fatores de risco como: história familiar de aterosclerose, hipertensão arterial, consumo de tabaco, diabetes e colesterol elevado”.

Direção de Saúde Santa Casa

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas