A 23 de julho de 1920 – data que surge nos registos oficiais – nascia aquela que viria a ser a grande diva da música nacional: Amália da Piedade Rebordão Rodrigues. A fadista -também fez carreira no cinema e no teatro- que revelou um dia que começou “a cantar antes de falar”, completaria hoje 100 anos de vida.
Várias entidades, entre elas a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, associaram-se ao centenário do nascimento da rainha do fado. O dia começou com uma missa de ação de graças, celebrada na Igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa, que contou com transmissão via streaming no Facebook a Fundação Amália Rodrigues.
As celebrações prosseguiram no Panteão Nacional, onde Amália está sepultada desde 2001, com a cerimónia de emissão de selos comemorativa do centenário, numa colaboração entre a Fundação Amália Rodrigues e os CTT – Correios de Portugal.
À noite é com música que se recorda a artista. Mais de uma dezena de músicos vai prestar tributo à diva da música nacional, no espetáculo “Bem-vinda Sejas Amália” que inicia às 22h, na Herdade do Brejão, onde Amália tinha a sua residência de férias. O concerto é aberto ao público, mas contará também com transmissão direta na RTP 1.
Santa Casa reforça apoio à cultura
Tendo em conta o contributo dado pela Fundação Amália Rodrigues à cultura nacional, a Misericórdia de Lisboa celebrou um protocolo com a fundação, dando assim continuidade à missão de apoiar o setor, sobretudo em tempos de pandemia, ao possibilitar ainda que os espetáculos sejam acessíveis a todos.
Este protocolo visa, entre outras medidas, apoiar a fundação a criar condições de acessibilidade e conforto a pessoas de mobilidade reduzida e a requalificar o espaço destinado a reservas museológicas que carece de reconstrução de toda a cobertura do edifício. Destaque ainda para a criação de um programa especialmente vocacionado para os seniores, que será desenvolvido ainda em 2020.
Além da música, a vida e obra da artista tem vindo a ser retratada no cinema e no teatro, em inúmeros filmes, documentários e peças que recordam momentos da vida da fadista. A preservação, estudo e divulgação da vida e obra da artista são os principais objetivos da Fundação Amália Rodrigues, fundada em dezembro de 1999.
E porque Amália merece ser lembrada sempre, a edição de 2020 do Santa Casa Alfama será dedicada ao centenário da maior diva do fado de todos os tempos.