Com mais de cinco décadas de existência, a Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAalcoitão) tem como missão promover o aprofundamento e a difusão do conhecimento em prol da melhoria do nível de saúde e bem-estar da população. Muitos dos fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e da fala começaram os seus estudos aqui.
A ESSAlcoitão é um estabelecimento de ensino superior pioneiro e de referência nas suas áreas de atividade formativa: Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da Fala. Além destas licenciaturas, disponibiliza mestrados, pós-graduações e ações de educação e de formação contínua, quer nessas áreas de especialidade, quer no âmbito do trabalho social. Outras áreas de aposta formativa são por exemplo a estimulação sensorial das crianças ou a fisioterapia no período pós-natal.
O seu ensino pauta-se por elevados padrões de qualidade e por um equilíbrio entre as componentes teórica e prática, desde o primeiro ano dos cursos, com ligação direta ao Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Integra mais de 500 alunos e possui um corpo docente com cerca de 100 académicos, e profissionais de saúde, entre os mais qualificados a nível nacional. A ESSAlcoitão resultou da conversão, em 1994, da Escola de Reabilitação (ERA), criada em 1966, a qual deu continuidade aos cursos de formação, no domínio da reabilitação que surgiram em Portugal em 1957.
Ao longo dos anos, tem mantido uma forte componente de internacionalização, através da filiação nas redes europeias de escolas superiores de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, da Carta Universitária Erasmus e da participação ativa em consórcios no desenvolvimento de projetos académicos-científicos.
Numa aposta na educação, a Santa Casa disponibiliza, ainda, anualmente 30 bolsas de estudo à ESSAlcoitão para os cursos do primeiro ciclo, contribuindo também para reduzir o número de estudantes que abandonam a sua formação por incapacidade financeira das famílias.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é patrocinadora oficial da primeira edição da Nutrition Science Student Conference (N2S), uma iniciativa que pretende inspirar a nova geração de profissionais da área da saúde a contemplarem as ciências da nutrição na sua atividade diária. O congresso científico que decorre entre os dias 7 e 9 de maio, na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, é organizado pela associação de estudantes daquela universidade e por estudantes da licenciatura em Ciências da Nutrição e do mestrado integrado em Medicina.
O programa da conferência reparte-se entre o online, via Zoom, e o presencial. O primeiro dia (7 de maio) do evento conta com nove workshops, que vão desde a “Alimentação Vegetariana”, passando pelas “Técnicas de Marketing Aplicadas à Nutrição Clínica”, até ao “Zero Desperdício Alimentar”. Os dias 8 e 9 de maio serão dedicados a vários webinars conduzidos por profissionais das ciências da nutrição, onde se discutirá, entre muito outros temas, o futuro da alimentação.
A N2S é dirigida a todos os estudantes universitários e profissionais da área das ciências da vida e da saúde. A organização prevê que pelas sessões virtuais e presenciais passem cerca de 200 participantes, 22 oradores e nove formadores, onde se incluem nutricionistas de renome nacional.
O apoio à educação e formação são áreas centrais da atuação da Misericórdia de Lisboa. Esse trabalho tem-se expandido para novos públicos e novos contextos, procurando, através da educação, contribuir para a promoção da qualidade de vida da população.
Sabia que a construção do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão foi financiada pelas receitas do emblemático jogo de apostas desportivas mútuas, o Totobola?
Inaugurada em 1966, a primeira unidade de resposta inovadora no país para situações de lesões medulares foi construída graças ao contributo dos apostadores do primeiro jogo de apostas desportivas (lançado em 1961). 55 anos depois, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão continua a reinventar-se.
Além de tratamentos de reabilitação com recurso a ferramentas tecnológicas, como um exoesqueleto que ajuda os doentes a recuperar força muscular e postura, o CMRA disponibiliza treinos dentro de água e é local de realização de vários estudos de investigação.
Em pouco mais de meio século, assistiram-se a avanços na medicina, mas também ao surgimento de novas enfermidades. A maioria dos internamentos no CMRA continua a dever-se a doenças neurológicas (onde se incluem os AVC), seguindo-se lesões vertebro medulares.
Apesar da sua construção ter iniciado em 1956, por iniciativa do então provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, José Guilherme de Mello e Castro, só dez anos depois, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão abriu as portas ao primeiro doente, começando então a funcionar em pleno.
Hoje, como há pouco mais de meio século, o CMRA prossegue o seu trabalho de excelência, reconhecido internacionalmente, na reabilitação de lesões vertebro-medulares e de sequelas das doenças neurológicas, estendendo a sua atuação também à área pediátrica.
Em entrevista, Maria de Jesus Rodrigues, administradora-delegada/diretora clínica do CMRA, fala-nos um pouco sobre o trabalho de excelência na reabilitação, levado a cabo pelo centro, bem como do impacto e desafios resultantes da pandemia de Covid-19.
– Que balanço faz de 55 anos de um trabalho reconhecido internacionalmente, sobretudo no campo das lesões vertebro-medulares e das sequelas das doenças neurológicas?
Desde 1966, o CMRA tem sido considerado um dos melhores e mais completos centros de reabilitação do mundo. A forma de trabalhar em equipa multiprofissional, com uma abordagem centrada no doente e família e a preocupação em prestar cuidados de excelência, baseados na melhor evidência científica têm sido fundamentais para o sucesso e credibilidade que nos são atribuídos desde a inauguração.
A forte presença nacional e internacional nos foros científicos da reabilitação neurológica tem sido o outro pilar da posição de destaque e reconhecimento que o CMRA ocupa e pretende continuar a consolidar, continuando a inovar e liderar nesta área de especialidade.
– Qual foi o impacto da pandemia de Covid-19 no funcionamento do centro?
A pandemia de Covid-19 trouxe desafios a que os profissionais do CMRA deram resposta rápida e eficaz, assegurando a continuidade da prestação de cuidados aos seus utentes, mas fazendo todos os ajustes logísticos e procedimentais para garantir a segurança de utentes e profissionais. Os resultados têm sido muito satisfatórios e mostram que apesar de ser uma instituição com 55 anos, continua viva, ágil e capaz de se adaptar às necessidades e contingências, de forma a não desamparar aqueles que são o objeto da sua existência, os doentes e seus familiares.
– Quais são os grandes desafios para o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão?
Os grandes desafios do CMRA para o futuro próximo passam por continuar a crescer em diferenciação e qualidade: na prestação de cuidados de medicina de reabilitação; na produção de investigação clínica e formação especializada continuada dos profissionais de reabilitação em Portugal e no Mundo; na liderança, pelo exemplo, nas vertentes conceptual e organizacional do trabalho em centro de reabilitação; no desenvolvimento tecnológico ao serviço da excelência de cuidados e na melhoria operacional em saúde.
A celebração em 2021
O aniversário é celebrado a 20 de abril – data em que deu entrada o primeiro utente no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão – embora, a inauguração tenha acontecido a 2 de julho.
Uma ação de experimentação de handbikes e uma atuação musical levada a cabo por animadores, são algumas das iniciativas que decorrem durante este dia.
Mesmo em tempos de pandemia, houve lugar a uma decoração festiva dos espaços e a mensagens especiais de vários utentes, que não quiseram deixar de aproveitar a data para agradecer aos seus “cuidadores”, como demonstra o seguinte vídeo.
O Santa Casa Challenge está de volta. O concurso promovido pela Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia, lança o desafio a todos os empreendedores: “Como podemos promover uma saúde de qualidade, com especial atenção aos problemas da saúde mental e às necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade?”.
O tema desta edição vai ao encontro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número dois, que faz parte do leque de 17 metas globais, definidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas até 2030.
A pandemia de Covid-19 –tema da última edição do Santa Casa Challenge– elevou a necessidade de se promover uma saúde de qualidade, depois de um ano de 2020 marcado pelo aumento do número de pessoas em situação vulnerável.
É isso que a Casa do Impacto está à procura: soluções inovadoras de base tecnológica e digital que criem um impacto social positivo. O grande vencedor terá um apoio de 15 mil euros para desenvolver a sua ideia de negócio. O primeiro e segundo classificados terão acesso a um pack de incubação na Casa do Impacto por um período de um ano. Os três primeiros lugares vão também usufruir de um Alpha Packs, para a Web Summit 2021, onde poderão aproveitar a cimeira tecnológica para mostrarem as suas ideias de negócio ao mundo.
O Santa Casa Challenge é um concurso promovido no âmbito da estratégia de investimento da Casa do Impacto, que premeia soluções tecnológicas inovadoras que deem origem a dispositivos, aplicativos, conteúdos digitais, serviços web ou de comunicação, exequíveis do ponto de vista tecnológico.
“Cuidar” e “ajudar” quem mais precisa são, provavelmente, as palavras que melhor definem o trabalho realizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ao longo do ano 2020. A pandemia de Covid-19 tudo condicionou e elevou as fragilidades de alguns setores de atividade. O impacto da pandemia observa-se, por exemplo, no aumento do número de pessoas em situação vulnerável, o que levou mais cidadãos a recorrerem aos serviços da Misericórdia de Lisboa.
A Santa Casa esteve, desde o primeiro momento, na linha da frente a apoiar quem mais precisa. 2020 foi desafiante, mas a instituição elevou-se na resposta a esses desafios. Recorde aqui algumas ações levadas a cabo no ano em que trabalhar “Por Boas Causas” fez ainda mais sentido.
janeiro
O ano começa com o anúncio de mudanças no Euromilhões: nova imagem e mais milhões no jogo que cria excêntricos, todas as semanas. Para muitos, ganhar o Euromilhões é um sonho. Para outros, fazer da música carreira é o maior dos desejos. A Orquestra Geração, projeto que tem como objetivo combater o abandono e insucesso escolar através do ensino da música, pode ser o prelúdio de um sonho.
O percurso até à realização pode, por vezes, ser feito de obstáculos. Todas as semanas, Tatiana e Maria percorrem um caminho difícil – mas cheio de esperança -, em direção ao Centro de Reabilitação de Nossa Senhora dos Anjos (CRNSA) para que as suas filhas aprendam a viver sem ver. É a história de quem “só precisa de um bocadinho de ajuda” para atingir grandes objetivos.
Um novo espaço cultural nasceu em Lisboa. Depois de quase 120 anos como revista de cultura, a Brotéria saiu do papel e mudou-se para o Bairro Alto. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugurou o espaço que faz parte de polo cultural da Santa Casa.
Março: o mês em que a pandemia de Covid-19 começou a condicionar a vida dos portugueses. Numa altura em que o país atravessa uma das maiores crises de saúde pública de que há memória, a Santa Casa mantém a sua ação no terreno em tempos difíceis.
A missão de não deixar para trás quem mais precisa de nós, manteve-se. De refeições feitas à base de carinho e atenção, da proteção aos idosos, de sermos, muitas vezes, a única família dos nossos utentes e dos heróis que encontramos na Santa Casa, a resposta à pandemia exigiu o máximo empenho de todos os colaboradores da instituição.
Com uma nova imagem e uma apresentação mais dinâmica e intuitiva, esta reformulação vai para além do elemento visual. Em destaque estão novos conteúdos, que pretendem dar a conhecer uma vertente mais pessoal do hospital e, ao mesmo tempo, apresentar aos utilizadores informação mais completa e relevante acerca dos seus serviços e parceiros existentes.
Na nova casa digital do hospital, disponível em hosa.scml.pt, poderá encontrar todas as informações sobre as especialidades e serviços disponíveis, fazer marcações de consultas médicas e exames complementares de diagnóstico e conhecer todo o corpo clínico do equipamento, classificado, desde 2011, como Monumento de Interesse Público.
Seguindo as mais recentes tendências de Web Design, o site foi desenvolvido de maneira a garantir o acesso a todos, independentemente do equipamento utilizado, das limitações físicas do utilizador ou da localização geográfica.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pelo elevado número de colaboradores, de estabelecimentos e de atividades desenvolvidas, inclusive hospitalares, que prestam apoio social e cuidados médicos a uma ampla população, na sua maioria vulnerável, deve estar permanentemente em alerta máximo.
Consequentemente, para ter capacidade de se confrontar com um problema muito grave, é fundamental a adoção de medidas de controlo da infeção, sempre em conformidade com as orientações da Direção Geral de Saúde (DGS).
Em todos os seus equipamentos e serviços, mas sobretudo naqueles em que se verifique um contacto direto com o público, onde a probabilidade de atendimento a pessoas infetadas assume um papel importante, afigura-se necessário prevenir e minimizar, através de uma comunicação adequada e da adoção de medidas de higiene pessoal e das instalações, um contágio em grande escala.
Um planeamento atempado em cada equipamento é fundamental na redução do impacto desta pandemia, não só para a própria instituição, como para toda a comunidade.
A nova versão do Plano de Contingência da Santa Casa, que agora se apresenta, é uma continuidade do plano inicial, elaborado em março de 2020. Contudo, é de referir que o atual plano é mais completo e será apoiado por um conjunto de documentos de fácil consulta, designados por Norma de Execução Permanente (NEP). As atuais alterações têm em vista uma melhor execução de todas as atividades inerentes ao combate da Covid-19, em todo o panorama e campos de ação da Misericórdia de Lisboa.
A promoção da qualidade de vida, a intervenção nutricional e os modelos de intervenção nos idosos e/ou em utentes seniores em internamento, foram alguns dos principais temas em debate na conferência “Nutrição e Saúde”, que decorreu no HOSA, entre os dias 3 e 4 de novembro.
Num formato integralmente online, o evento contou com a participação de oradores provenientes de várias áreas da saúde e foi acompanhado por quase dois mil participantes, dividido pelos dois dias de conferência.
Na sessão de abertura, Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, salientou que “a instituição tem vindo a consolidar, através de várias iniciativas como esta, a partilha de saberes e de experiências para soluções adequadas à realidade”.
“Esta conferência tem para nós um objetivo muito claro. É importante darmos nota sobre as boas práticas que já existem, mas temos novos desafios pela frente e este é o momento de encontrar possíveis soluções e sobretudo orientarmos, genericamente, todo o trabalho que desenvolvemos diariamente”, frisou o provedor.
Segundo estudos realizados pelo Instituto Nacional de Estatística, Portugal é um dos países membros da União Europeia com a população mais envelhecida. O trabalho conhecido em 2019 sugere, ainda, que longevidade não é sinónimo de qualidade. Neste sentido, Edmundo Martinho realçou a importância e o desejo de que “uma vida mais longa seja também uma vida com saúde e qualidade”.
Opinião partilhada por Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, que, no painel “Oportunidades e desafios do envelhecimento da população para a saúde pública”, defendeu que é necessário “proporcionar todas as condições possíveis para que as pessoas possam viver mais anos e com qualidade, e neste sentido, hábitos de vida saudáveis são cruciais”.
Já no espaço de debate “Let’s Talk About – Envelhecimento e Nutrição todos os intervenientes consideraram que a situação epidemiológica que o país atravessa comprovou que a adoção de hábitos de vida saudáveis, aliados a uma alimentação cuidada, diminui o risco de complicações nas pessoas que possam vir a estar infetadas com Covid-19. Este fórum contou com a participação de Teresa Amaral, professora da Universidade do Porto, Patrícia Almeida Nunes, diretora de Dietética e Nutrição do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Luís Matos, diretor de Nutrição da Unidade Local de Saúde de Guarda, e Paulo Niza, coordenador de Dietética e Nutrição da Misericórdia de Lagos. No final, todos concordaram que as respostas são cada vez mais exigentes e que as instituições têm que se adaptar aos novos tempos.
O desafio demográfico e o envelhecimento da população, o impacto da desnutrição nos cuidados hospitalares, a obesidade nos indivíduos e a sustentabilidade financeira das instituições foram algumas das questões que preencheram todo o debate.
A certificação recebida baseia-se no preenchimento de vários critérios de qualidade, designadamente nas capacidades logísticas, clínicas e formativas do hospital.
Nos últimos anos, vários elementos do corpo clínico do HOSA têm participado regularmente como formadores nos cursos da Associação para Osteossíntese, em Portugal.
Com esta distinção, o HOSA passa a ser reconhecido como um centro de excelência mundial para cirurgiões internacionais poderem partilhar as suas experiências e beneficiar do know-how no tratamento ideal dos doentes com fraturas.
A 20 de agosto de 2019, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa abria as suas portas ao público. Um ano depois, cerca de 5600 pessoas solicitaram os cuidados do SOL – Saúde Oral em Lisboa, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Cerca de 16 mil consultas foram concluídas pelos dez médicos dentistas e três higienistas orais do SOL, nos últimos 12 meses, sendo que a consulta de Medicina Dentária Preventiva foi a especialidade mais requisitada.
A pandemia travou o aumento destes números, que podiam ser superiores, uma vez que o SOL esteve encerrado cerca de três meses, atendendo apenas situações comprovadamente urgentes.
Este serviço odontopediátrico, gratuito, destinado a todas crianças e jovens até aos 18 anos, que residam ou frequentem um estabelecimento de ensino no concelho de Lisboa, assume-se, cada vez mais, como um complemento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O que dizem os números sobre o primeiro ano de atividade do SOL?