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Temporada Música em São Roque volta a ter público

Temporada Música em São Roque volta a ter público

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa abre amanhã as portas à música erudita para a realização da 33ª edição da Temporada Música em São Roque. Serão, no total, dez concertos a realizar a partir de amanhã e até 12 de novembro.

Temporada Música em São Roque está de volta

De 15 de outubro a 12 de novembro, Lisboa será palco de dez concertos ímpares e imperdíveis. Esta edição, que vai contar novamente com o maestro Filipe Carvalheiro como diretor artístico, inclui algumas das orquestras e coros mais conceituados do panorama de música clássica portuguesa, e conta com duas estreias absolutas: Polyphōnos Ensemble e o duo Márcio da Rosa & Isabel Calado.

Os concertos desta temporada têm lugar na Igreja de São Roque e na capela do Convento de São Pedro de Alcântara, e podem ser assistidos gratuita e presencialmente, com lotação limitada. À semelhança de anos anteriores, todos os concertos são transmitidos através do site da TMSR e da plataforma RTP Palco. O mesmo sucede com as sessões de “Ouvidos para a Música”, um ciclo da autoria do maestro Martim Sousa Tavares, já a decorrer deste o dia  4 e até ao dia 29 de outubro.

O programa da 33ª edição da Temporada Música em São Roque conta com o Coro Gulbenkian, sob a direção de Inês Tavares Lopes, para fazer as honras de abertura, no dia 15 de outubro, com o concerto intitulado “Luz e sombras”. Uma peça dedicada à voz feminina, com obras que vão de Hildegarda Von Bingen a John Tavener.

No dia 17 de outubro, segue-se o Grupo Vocal Olisipo, sob a direção de Armando Possante, com o concerto “Herança – A música da Sé de Évora”, escrito a partir de obras, que demonstram a continuidade do estilo seiscentista, feita por gerações de talentosos compositores da denominada Escola de Música da Sé de Évora.

No dia 22, o concerto “Imanência e Transcendência – Entre Mestres e Discípulos: Polifonia Portuguesa do séc. XVI”, de Polyphōnos Ensemble, com direção de José Bruto da Costa, terá como ponto de partida os motetes de Frei Manuel Cardoso, apresentando um confronto entre a música de mestres e discípulos.

O Bando de Surunyo regressa à TMSR para apresentar, no próximo dia 24 de outubro, alguns cânticos de devoção e independência durante a Guerra da Restauração, preenchido com vilancicos recuperados e escutados pela primeira vez desde o séc. XVI, onde a mensagem de patriotismo e de religiosidade se fundem.

O grupo Concerto Campestre, sob a direção de Pedro Castro, promete brindar, no dia 29, os espetadores com o “Más no puede ser”. Uma peça que é um contraponto entre o vilancico barroco, de imensa popularidade na península Ibérica, e novo mundo com o estilo musical italiano que o veio destronar em Portugal.

Ensemble Bonne Corde, dirigido por Diana Vinagre, apresentará, no dia 30 de outubro, um concerto sobre a publicação em Londres de uma série de “concerti grossi” do compositor António Pereira da Costa.

O tenor Márcio da Rosa e Isabel Calado, que o acompanhará num piano de mesa original do final do séc. XVIII, levarão, no dia 31 de outubro, ao Convento de São Pedro de Alcântara um conjunto de canções de cariz religioso, não publicadas em edições atuais e raramente apresentadas ao público.

No dia 6 de novembro, os Capella Duriensis, com direção de Jonathan Ayerst, irão apresentar um concerto alusivo a dois acontecimentos trágicos: a praga de Lisboa, em 1570, e a mais recente pandemia de Covid-19. No centro do programa está o texto da “Missa pro Defunctis”, apresentado em canto gregoriano, que será intercalado com motetos de Damião de Góis e obras tocadas no órgão da Igreja de S. Roque.

A atuação do grupo Sete Lágrimas vai decorrer no dia 7 de novembro. “Iberia Mayor” é o nome da peça e representa o cruzamento intercultural, essência das culturas ibéricas entre os séculos XVI e XIX.

A 33ª edição da Temporada Música em São Roque encerra com o esplendor do alto barroco, em duas cantatas de J. S. Bach e uma suite para flauta e cordas de Telemann, num concerto apresentado pela Orquestra Barroca Casa da Música, com a soprano Mónica Monteiro e o oboísta Pedro Castro.

Saiba tudo sobre os protagonistas e a programação da 33ª Temporada Música em São Roque, aqui.

Uma iniciativa da Misericórdia de Lisboa, a não perder!

Iminente: o festival onde cabem todas as expressões da cultura urbana

Depois de Oeiras e do Panorâmico de Monsanto, o Iminente instalou-se, em 2021, na zona oriental de Lisboa, na antiga fábrica de gás da Matinha. A iniciativa voltou a ser palco de diversas expressões artísticas como a música, as artes visuais, as performances, entre outras, num trabalho que envolveu também vários bairros da cidade.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoiou, pela primeira vez, o festival Iminente, nomeadamente o projeto das oficinas comunitárias. Entre setembro e início de outubro, quatro bairros de Lisboa (Quinta do Lavrado, Alta de Lisboa, Bairro do Rego e Quinta do Loureiro) receberam 16 oficinas.

Para além de constituir um veículo promotor da cultura, e em especial da criatividade, o projeto das oficinas comunitárias assenta em valores como a partilha e a inclusão, particularmente no seio das comunidades que habitam estes bairros, os quais estão em linha com os valores promovidos pela Santa Casa.

Entre os autores convidados para integrar as oficinas comunitárias deste ano, estiveram Tristany, na música; Pedro Pinho e Luísa Homem, no cinema; Herberto Smith, Bruno Mantraste e Confere, nas artes visuais, e El Warcha – Atelier Social e Comunitário, Furo – Atelier Arquitetura, coletivo E-DA / Ensaios & Diálogos Associação, e Coletivo Warehouse, na área da arquitetura.

Durante quatro dias, de 7 a 10 de outubro, o Iminente juntou vários artistas de renome no universo da música. Entre dezenas de outros nomes nacionais, estiveram Plutónio, Pongo, Ana Moura, Dino D’Santiago, Branko, Jorge Palma, PAUS, Julinho KSD e Nenny. Já na música internacional, destacaram-se os Slum Village, The Alchemist ou Emir Kusturica & the No Smoking Orchestra.

O festival que celebrou a diversidade de expressões artísticas e culturais contou, ainda, com uma programação robusta de artes visuais, instalações, exposições, cinema e conversas.

Nesta edição as “Talks” (conversas), com curadoria do investigador António Brito Guterres, focaram questões fundamentais da cultura urbana contemporânea, num formato de discussão aberta e plural.

Festival Iminente talksfotografia: @chriscost.a_@festivaliminente

Sobre o Iminente

O festival Iminente é uma iniciativa que junta música e artes visuais, e que teve lugar pela primeira vez em Oeiras, em 2016, cidade à qual regressou no ano seguinte. Em 2018 o Iminente mudou-se para Lisboa, para o Panorâmico de Monsanto, onde se repetiu em 2019. O artista português Alexandre Farto (Vhils) é um dos fundadores do festival.

Em 2020, devido à pandemia, transformou-se na Oficina Iminente, uma residência artística que, durante dez dias, contou com o público como parte ativa do processo criativo.

Festival Iminentefotografia: Vera Marmelo_@festivaliminente

Coroa preciosa de Fátima exposta na Igreja de São Roque

Duas missas, um colóquio e uma vigília de oração marcam o programa da deslocação desta coroa a Lisboa. A exposição da coroa representa uma oportunidade para fazer memória de uma peça de joalharia dos anos 40 do século XX, cuja relevância extravasa o valor artístico e patrimonial.

A “Coroa Preciosa” faz parte da exposição temporária “Suor Frio”, inserida na 1.ª Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa, e estará exposta em frente ao altar-mor da Igreja de São Roque, nos dias 7 e 8 de outubro. Os curadores desta mostra são Cristina Filipe e o Padre João Norton de Matos SJ. O desenho é de Fernando Brízio.

O programa prevê uma celebração Eucarística presidida pelo reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, no dia 7 de outubro, às 12h30, na Igreja de São Roque. Ainda nesta data, decorre um colóquio, entre as 18h00 e as 20h00, no qual participam o diretor do Museu do Santuário, Marco Daniel Duarte, o gemólogo Rui Galopim de Carvalho, o joalheiro Jorge Leitão, a jornalista Aura Miguel e o diretor do Museu da Gulbenkian, António Filipe Pimentel.

O debate, no final das apresentações dos cinco oradores, será moderado por Madalena Braz Teixeira, que também abrirá o colóquio. O encerramento da iniciativa será realizado pelo reitor do Santuário de Fátima.

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A história desta coroa – que nos dias solenes é colocada na imagem que se venera na Capelinha das Aparições – começa em 1942, quando um conjunto de mulheres portuguesas quis agradecer a Nossa Senhora de Fátima o facto de Portugal não ter entrado na Segunda Guerra Mundial, que ainda decorria.

Com entrada gratuita, efetuada por ordem de chegada e sujeita à capacidade da Igreja de São Roque, a exposição “Coroa Preciosa” pode ser visitada das 10h00 às 12h00 e das 13h30 às 18h00.

Consulte o programa completo da 1ª Bienal de Joalharia Contemporânea, aqui.

 

Isto é música para todos os ouvidos

De 4 a 29 de outubro, o maestro Martim Sousa Tavares conduz um ciclo online de encontros de apreciação musical, levando os espetadores num périplo à descoberta da música clássica, explicando os seus significados e segredos e quebrando barreiras entre a música, a arte e a vida quotidiana.

Este menu de degustação musical é acompanhado pelo Duo Litanei que, além do concerto no final de cada sessão, vai acompanhando o maestro durante as exemplificações. Ao todo serão vinte as sessões que compõem o ciclo deste ano, nas quais os espetadores poderão conhecer “músicas de compositores dos cinco continentes, vivos e mortos, homens e mulheres, novos e velhos, desconhecidos e famosos”, realça o maestro.

“Este é um ciclo de encontros com diferentes tópicos e repertórios da música clássica, que são mediados e colocados em contexto, mediante uma apresentação. Dirigem-se não apenas ao público da Temporada Música em São Roque, mas a todos os interessados pelos temas da música, das artes e da cultura”, afirma Martim Sousa Tavares.

Todas as sessões são escolhidas criteriosamente, para que o espetador possa conhecer a música e a história que a acompanha de maneira a que consiga “pensar” sobre a música de uma forma profunda e até aprimorar o seu conhecimento musical.

“Alegoria” de Eurico Carrapatoso é o tema da primeira sessão, que vai para o “ar” esta segunda-feira, à qual se segue, no dia 05 de outubro, “Papillons” de Kaija Saariaho, na qual se dá a conhecer a música da brilhante compositora finlandesa, suscitando um diálogo sobre questões de género, de indústria, e da necessidade da criação contemporânea.

As restantes três sessões da primeira semana de outubro (6, 7 e 8 de outubro), são dedicadas às composições feitas e destinadas ao público infantil e às grandes figuras da música clássica do século XX. Já na segunda semana do mês (11 a 15), Martim Sousa Tavares explora a mística de vários instrumentos musicais e a complexidade de obras escritas de Oscar Wilde e Jane Austen.

De 18 a 22 de outubro, o maestro apresenta episódios que revelam a permeabilidade da cultura africana em face da cultura europeia, e como é possível atingir uma harmonia entre ambas, através da originalidade de Christian Onyeji.

O “Ouvidos para a Música” encerra a sua programação no dia 29 de outubro, com um episódio dedicado ao amor. Neste dia, o tema escolhido foi a história de amor entre Robert e Clara Schumann, onde a criatividade de ambos resulta diretamente das suas vivências amorosas.

O ciclo está integrado na 33ª Temporada Música em São Roque, cuja programação tem início no dia 15 de outubro e se prolonga até 12 de novembro, com um programa que pode conhecer aqui.

O maestro que descomplica a música clássica

Martim Sousa Tavares nasceu em Lisboa em 1991. Realizou o seu percurso de formação em ciências musicais e direção de Orquestra entre as cidades de Lisboa, Milão e Chicago, tendo concluído o mestrado em Direção de Orquestra na Bienen School of Music – Northwestern University, na classe de Victor Yampolsky, com bolsas Fulbright e Eckstein Foundation, concluindo os estudos com honras académicas.

Trabalhou com orquestras de sete países e realizou concertos em cidades como Madrid, Rio de Janeiro ou São Petersburgo, mas também em pequenas aldeias portuguesas como Maçaínhas, Caria ou Inguias, num percurso que se pauta pela descentralização do acesso às oportunidades de participação cultural.

É uma voz activa na divulgação da música clássica, regenerando e multiplicando abordagens e formas de contacto com esta forma de arte.

O ciclo “Ouvidos para a Música” está disponível para visualização já a partir do dia 4 de outubro no site da Temporada Música em São Roque.

Santa Casa Alfama: o fado regressou a casa

Fado volta a ouvir-se nas ruas de Alfama

Fado volta a ouvir-se nas ruas de Alfama

É o maior festival de Fado do Mundo e realiza-se no coração de Lisboa. O Santa Casa Alfama está de regresso, agora num formato mais próximo do período anterior à pandemia, com dois dias de concertos, 40 fadistas e dezenas de músicos, um espetáculo de ‘videomapping’ e até um menu especial de petiscos.

1ª Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa abre com exposição na Igreja e Museu de São Roque

A 1.ª Bienal Internacional de Joalharia Contemporânea, que vai refletir sobre o corpo, o medo e a proteção através de projetos expositivos, colóquios, encontros e masterclasses, inaugura esta quinta-feira e vai decorrer até 20 de novembro. Em conjunto com o Museu da Farmácia, a Igreja e Museu de São Roque, acolhem uma das exposições nucleares da bienal. A entrada é gratuita.

Com a participação de 73 artistas de 16 países, apresentando peças de joalharia, mas também escultura, vídeo, fotografia e performance, esta mostra não procura contrastes, mas sim enquadramentos, como se as obras contemporâneas fossem parte integrante dos lugares onde estão expostas, que por sua vez ampliam o seu sentido.

Destacam-se os projetos expositivos de Rui Chafes, com a nova escultura “Lázaro” e a fotografia “Hoje. Nada II”, de Daniel Blaufuks, que se entrelaçará com a exibição dos colares “Preservation e Shielding”, de Caroline Broahead

Já Gisbert Stach apresentará a performance “Wurfmesser”, no dia 17 de setembro, e Ted Noten vai exibir “I Wanna Swap Your Ring?”, uma instalação representativa de um revólver criado a partir de 500 anéis, que convida o público a substituir cada um desses anéis por um objeto pessoal, de modo a reconfigurar a peça de arte.

Quanto a artistas nacionais, destaque para o nome de Olga Noronha, que apresentará um dos vestidos da série Hora Suave.

A 1.ª Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa tem origem no projeto «Joias e Objetos de Proteção para o Século XXI», desenvolvido durante o primeiro confinamento, pela PIN em parceria com o MUDE – Museu do Design e da Moda.

joalharia

Imagem: «Abraço Infinito»; fotografia: Marta Costa Reis

Durante dois meses, cerca de 30 autores foram desafiados a criar apenas com materiais e recursos disponíveis em casa, de onde resultaram 34 peças, das quais algumas reinterpretam as máscaras sanitárias, as luvas descartáveis e os materiais de proteção que adquiriram centralidade no nosso quotidiano.

No fim de semana inaugural da Bienal vão decorrer, ainda, duas performances no contexto da exposição “Suor Frio”, «Dr. Knap: Qualified Jewellery Artist» com a artista Agnieszka Knap, no Museu da Farmácia, relacionada com o tema Corpo, e a performance «Throwing Knives» com o artista Gisbert Stack, relacionada com o tema Medo, que decorrerá na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque.

O programa prevê também a realização de colóquios, que vão decorrer em três dias, sob as temáticas do “corpo”, do “medo” e da “proteção”. A Brotéria vai ser palco destes debates e o público pode assistir presencialmente ou online, mediante inscrição prévia no evento.

O evento termina, no dia 20 de novembro, com uma palestra da antropóloga Filomena Silvano e com o lançamento do livro/catálogo Suor Frio.

Consulte toda a programação da 1ª Bienal Internacional de Joalharia Contemporânea de Lisboa, aqui.

Nota: «No More Flights I»; fotografia: Beppe Kessler

Um prémio que torna o cinema possível. Luís Costa vai continuar a produzir filmes com o apoio da Santa Casa

A atriz e rosto da 15ª edição do MOTELX, Sónia Balacó, anunciava: “O filme vencedor destaca-se de forma impressionante, com a sua cinematografia etérea e com uma escrita e realização que revelam confiança e profundidade”. Todas as referências proferidas dizem respeito ao filme “O Nosso Reino”, de Luís Costa, que venceu o Prémio Melhor Curta de Terror Portuguesa 2021. Este galardão, entregue desde 2009 pelo MOTELX, contou, pela primeira vez, com o apoio da Santa Casa, numa clara aposta da instituição na revelação de novos talentos do emergente cinema de terror nacional.

O jovem realizador jamais imaginou estar entre os nomeados. Mais surreal, ainda, é o facto de ter sido premiado com um filme que o próprio não encaixa no universo do terror. Mas o feedback do público e o excelente enquadramento da película no contexto do festival acabou por revelar que “O Nosso Reino” foi uma excelente aposta do MOTELX.

O filme nasce de uma vontade de querer transformar um livro com o mesmo nome, do escritor Valter Hugo Mãe, num objeto cinematográfico. Luís Costa nunca teve pretensão de fazer uma adaptação no sentido tradicional da palavra. Queria fazer um filme que respeitasse o universo, as personagens, o ambiente e o peso que sentia nas palavras de Valter Hugo Mãe. Era mais “um género de roubo” das personagens, do universo e tentar transformar aquilo numa espécie de poema visual, “mas não fazer uma adaptação no sentido de replicar” momentos ou ações.

Depois do sucesso do filme “O Nosso Reino”, Luís Costa prepara-se para avançar com mais uma produção, prevista para novembro deste ano. Quase certo é que o prémio monetário de cinco mil euros entregue pela Misericórdia de Lisboa poderá ser aplicado numa futura obra. “Obrigado à Santa Casa, pois o prémio é ‘bem jeitoso’, e talvez possa fazer parte de um próximo filme. Todo o circuito financeiro que nós realizadores temos é sempre reaplicado a novos projetos. É a nossa forma de tornar os filmes possíveis”, revela.

A história repete-se ao longo dos anos: “É muito pouco dinheiro para demasiada gente” que trabalha em cinema. Este prémio, além do valor monetário “que é obvio que ajuda”, é quase um reforço na resiliência de quem torna o cinema possível. “Fazer filmes não é a coisa mais fácil que existe. Como é obvio, um prémio deste valor é sempre um reforço muito positivo na nossa produção”, refere Luís Costa.

Maria da Cunha entrega o prémio MOTELX a Luís Costa

A parceria cultural que tornou tudo possível

“Trazer o terror para Lisboa” não é tarefa fácil. Para a produção do MOTELX, 2021 foi um ano em tudo semelhante a 2020. O codiretor, Pedro Souto, lembra que tornar a 15ª edição do festival de cinema possível foi um “grande desafio para todos”. O foco principal estava em manter o nível a que o público estava habituado, mas fazê-lo ultrapassando todos os obstáculos impostos pela pandemia.

Na reta final de mais uma edição, Pedro Souto afirma convicto que “foi uma prova superada”. Não só o público do ano passado foi ultrapassado como muitas das sessões estiveram esgotadas, como foi o caso das exibições do “Lobo Mau”, onde estiveram presentes 36 jovens apoiados pela Misericórdia de Lisboa. Foram dez dias de partilha de medo, que começou no dia 2 de setembro, na Biblioteca de Alcântara. “Tivemos um warm-up excelente. Foi muito importante para nós manter estes momentos e manter esta parceria cultural diversificada com a Santa Casa”, explica.

Nesta caminhada, a Santa Casa foi insubstituível. Para Pedro Souto, ter um parceiro cultural como a Misericórdia de Lisboa associado a um dos grandes momentos do festival “foi imprescindível”, porque sente que “juntos vamos potenciar ainda mais este galardão”. O Prémio Melhor Curta de Terror Portuguesa, que neste momento é o prémio monetário mais alto em Portugal, é entregue desde 2009 -o festival começou em 2007- e “a diferença foi do dia para a noite”. Com o passar dos anos, existiu um aumento não só na quantidade das curtas a concurso, mas também na qualidade das mesmas. Além disso, através do apoio da Misericórdia de Lisboa, o MOTELX conseguiu apostar em novas propostas, incluindo na programação do festival outro tipo de artistas, nomeadamente de artes performativas.

A aposta da Santa Casa na cultura e no talento nacional em tudo se relaciona com um dos principais objetivos do MOTELX: ser um palco privilegiado para jovens artistas. A produção de cinema de terror em Portugal é muito reduzida, mas tende a aumentar. A grande maioria diz respeito a filmes de formato curto, amadores e produzidos com orçamentos muito reduzidos. O exemplo da produção de Luís Costa, “O Nosso Reino”, é uma película que Pedro Souto classifica de “mais profissional e mais estruturada”. Mas é também esta variedade e esta espécie de diálogo entre o profissional e o amador que o MOTELX quer continuar a proporcionar ao público. Para já, certo é que o terror regressa a Lisboa em 2022, de 6 a 12 de setembro.

Veja aqui alguns dos melhores momentos da 15ª edição do MOTELX

No Festival Douro Rock, o Palco Santa Casa dá voz à nova música nacional

A edição deste ano do Festival Douro Rock realiza-se nos dias 11 e 12 de setembro, em plena área verde do centro da cidade da Régua, cumprindo com todas as normas das autoridades de saúde.

A Santa Casa estreia-se neste evento na qualidade de patrocinador oficial, dando nome a um dos palcos do evento. A marca volta, assim, a destacar-se no apoio ao setor da cultura.

A música portuguesa continua a estar no centro de todas as atenções deste festival. GNR, Pedro Abrunhosa e Comité Caviar, Dead Combo, Clã, Xutos e Pontapés e Linda Martini são apenas alguns dos icónicos artistas que vão atuar nesta edição do Douro Rock.

Palco Santa Casa

O Douro Rock regressa à Régua numa versão adaptada aos tempos que vivemos. A partir da Alameda dos Capitães, zona exterior do AUDIR – Auditório da Régua, o Palco Santa Casa vai receber os GNR, The Gift, Três Tristes Tigres, Samuel Úria, NEEV e Cassete Pirata.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa continua a dar voz aos sons mais emergentes de Portugal, apoiando os novos talentos nacionais, reforçando a estratégia que tem pautado a associação da marca aos eventos de música.

Os bilhetes – diários e passes para os dois dias – estão à venda nos locais habituais e no site oficial do evento. Promovido pelo Município Peso da Régua e pela Aplausos e Silêncios, o Douro Rock realizou-se pela primeira vez em 2016, sendo esta a 5ª edição do festival.

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas