Beleza em São Roque
A exposição O Outro Como Epifania do Belo convida a refletir sobre a beleza daqueles que mais precisam de hospitalidade. Uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a visitar em São Roque até 5 de Setembro.
A exposição O Outro Como Epifania do Belo convida a refletir sobre a beleza daqueles que mais precisam de hospitalidade. Uma iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a visitar em São Roque até 5 de Setembro.
“Agradeço do fundo do coração ter nascido fadista e por cantar a nossa música portuguesa”. As palavras dirigidas ao público presente no Coliseu dos Recreios parecem sair do coração de Sara Correia. Cada palavra carrega uma mistura de emoção e surpresa, de paixão, quase em jeito de homenagem não planeada à sua mais recente obra, que lhe valeu uma distinção na 3ª edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa. “Do Coração”, o segundo álbum de Sara Correia, lançado em setembro de 2020, venceu o prémio Play “Melhor Álbum de Fado”, categoria onde também estavam nomeados trabalhos de Mariza, Cuca Roseta e Buba Espinho.
A fadista recebeu o galardão das mãos de Filipa Klut, administradora da Santa Casa com o pelouro da cultura, e do fadista Camané. O compromisso assumido com a cultura fez com que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa voltasse a associar-se aos Play, agora na qualidade parceiro cultural, uma relação que se justifica pela forma como esta cerimónia homenageia todos os músicos nacionais.
“A associação da Santa Casa aos Play surgiu naturalmente. Foi fácil pensarmos que era absolutamente clara a nossa ligação a esta cerimónia. Os Play assumem o papel de valorizar os talentos nacionais. É o setor da música a ser elogiado, valorizado e festejado nestes prémios. Portanto, faz todo o sentido estar ao lado destes prémios, uma vez que a Santa Casa tem como eixo estratégico o apoio à cultura e ao talento nacional”, explica Filipa Klut.
“Chegou tão tarde” é o título de uma das faixas do mais recente trabalho de Sara Correia, mas que não pode ser ajustado ao percurso da artista. Sara nasceu numa família de fadistas, começou a atuar aos 12 anos de idade e aos 14 triunfou na “Grande Noite do Fado”. Ontem, aos 28 anos, viu o seu último álbum, “Do Coração”, vencer um prémio Play. Em cada faixa do álbum mora a alma de quem trata o fado por tu, mas sempre com o respeito que a guitarra portuguesa lhe merece.
São 16 anos de uma carreira elogiada pela crítica. Ainda assim, como a própria diz, o “fado requer maturidade” algo que Sara foi conquistando com o tempo. “Este prémio tem todo o sabor pelo facto de ainda ser jovem e porque acho que o fado é algo que se vai ganhando com amadurecimento”, revela. Mas para quem já a viu atuar, por exemplo, na última edição do festival Santa Casa Alfama, sabe que a fadista assume em palco a postura própria de uma veterana.
“É verdade que eu canto desde os meus nove anos, mas penso sempre que tenho de cantar para algo maior. Para mim esta é a grande porta para uma nova geração do fado e principalmente para dizer às pessoas para não terem qualquer timidez”, apela a artista deixando ainda o alerta para a “necessidade de dar continuidade à cultura portuguesa nas mais variadas áreas”.
Cultura que, para Sara, sempre foi “a coisa mais importante do mundo”. E não só a música. “A arte é aquilo que nos aquece e que nos dá a energia que precisamos para a vida”. A única coisa que pede, todos os dias, ao público é que “nunca se esqueça que a arte é a coisa mais maravilhosa que existe e que sem ela não vivemos”. Certo é que, enquanto existir palco, continuaremos a ouvir a voz de Sara Correia, que em cada palavra cantada exalta o fado, “que com orgulho é nosso, que com orgulho é a nossa alma portuguesa”.
Cartazes colados na calçada anunciam “O Outro como epifania do belo”. A viagem pela exposição começa no Largo Trindade Coelho. É aqui, junto à escultura da artista Fernanda Fragateiro, que a diretora da Cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Margarida Montenegro, inaugura a exposição polinucleada que, até 5 de setembro, estará patente no Polo Cultural de São Roque, formado pelo Largo Trindade Coelho, Igreja e Museu de São Roque, arquivo e biblioteca da Santa Casa e Brotéria. Devido à proximidade e importância que tem, este polo foi estendido ao Convento de São Pedro de Alcântara que, tal como acontece nos outros locais, estará de portas abertas de terça a sábado, das 10h às 18h, para quem quiser contemplar a exposição.
Quatro artistas plásticos contemporâneos e dois curadores apresentam propostas adequadas a cada um dos espaços, tendo por base o tema da hospitalidade. O tópico foi lançado em 2018 e foram já desenvolvidas várias iniciativas nessa linha, uma vez que o conceito da hospitalidade está intrinsecamente associado à missão da Misericórdia de Lisboa. Esta exposição é isso: uma resposta ao tema da hospitalidade como desígnio para uma cultura do outro. É, ainda, uma tentativa de interrogar artistas e públicos sobre a beleza de quem nos rodeia, seja ela qual for.
“Há cerca de dois anos começámos a perceber que estavam a surgir, no Largo Trindade Coelho, vários espaços culturais. Então achámos que faria sentido criar um polo que se articulasse entre nós todos. Esta exposição é exatamente o fruto dessa articulação, porque a Misericórdia tem uma missão hospitaleira”, destaca Margarida Montenegro.
Como representar o outro? Como trabalhar a relação com a hospitalidade? Estas foram as perguntas de partida para os trabalhos de André Guedes, Fernanda Fragateiro, Joana Craveiro, Manicómio, Pedro Paixão e Rui Pimentel. Em cada exposição vemos obras que representam, nas mais variadas formas, o outro.
Na segunda edição, a decorrer até ao final de junho, o festival chega aos centros de dia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a escolas primárias, a uma casa de acolhimento e ao Hospital Júlio de Matos, voltando ao Santa Maria, ao Pulido Valente e à Casa Acreditar. Esta quarta-feira, 16 de junho, pelas 14h30, foi a vez dos utentes do Centro Social da Sé serem brindados com um festival para o peito, em plena rua Nova da Trindade.
Natalina Silva, 91 anos, utente do Centro Social da Sé, já estava à janela do número 15 da rua Nova da Trindade, perto do Chiado, dez minutos antes de começar o espetáculo. Estava ansiosa por ver algo diferente. Depois de tanto tempo em isolamento, os utentes dos centros de dia estão sedentos por atividades culturais e contacto com outras pessoas. Vibrou e sorriu com cada movimento da dupla do Circo Caótico. Encantou-se com a performance do casal que fez o espetáculo na rua. Uma vez que tem estado sem contacto com os restantes utentes do centro, por causa da pandemia, esta apresentação dá-lhe alegria e esperança.
“Foi poucochinho! Gostei muito, mas queria mais. Esta atuação fez-me lembrar a minha mocidade. Eu fazia aquilo que a rapariga fez”, recorda. “Eu gosto é de alegria, precisamos todos de alegria depois de tanto tempo isolados e de mais iniciativas desta natureza”, finalizou.
Por outro lado, Maria Luísa Mendonça, 74 anos, e há dez anos no Centro Social da Sé, também lamenta os tempos difíceis da pandemia e do isolamento que a obrigou a afastar-se dos seus amigos do centro. Por esta razão, Maria Mendonça considera que “estes espetáculos são importantes, fazem-nos bem, são terapia para o corpo e para a mente”, disse, acrescentando que é “necessário mais iniciativas deste género”.
Fernando Pinto, diretor da Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) Colinas, da Misericórdia de Lisboa, sublinha que “o festival PARApeito visa quebrar o isolamento e é um importante contributo para que reaprendamos a confiança na copresença, depois de tantos meses condicionados”, explicando “que as atividades resumem-se a pequenos solos artísticos (música, circo, teatro, histórias, malabarismo, dança), concebidos também para o espaço exterior (ruas, largos, pracetas) e para serem vistos da janela”.
“Sabe-se hoje que as medidas adotadas para controlar a pandemia contribuíram para que o número de pessoas com sintomas moderados e graves de ansiedade, depressão e stress pós-traumático aumentassem”, lembra o responsável da UDIP Colinas. “Temos de estar atentos ao estado emocional e psicológico dos utentes, em especial daqueles que já antes da pandemia se encontravam numa situação de maior vulnerabilidade psicossocial, como é o caso de muitas pessoas idosas que tinham como espaço de sociabilidade os centros de dia. O desafio é agora ajudar estas pessoas a retomar uma ‘normalidade’, criando condições para que percam o medo e ganhem novamente confiança. A arte pode dar aqui um contributo importante”, nota.
Fernando Pinto recorda que já decorreram dois pequenos solos artísticos no Centro Polivalente Social São Cristóvão e São Lourenço, o “Monstro Coletivo” e o “Coração nas Mãos”, destacando uma reação “muito positiva” dos utentes.
Para Susana Alves, diretora da associação Lugar Específico, o nome do festival tem duas interpretações: “a ideia de se levar Cultura a um lugar onde as pessoas estão protegidas atrás do seu parapeito”, mas também “levar algo para o peito” de quem assiste aos espetáculos.
“O Festival PARApeito é isso, a possibilidade de fazer um festival, cumprindo as regras e indo ao encontro das pessoas que estiveram mais fragilizadas e mais isoladas durante esta temporada. E, por outro lado, criar condições para os artistas poderem trabalhar”.
O “Festival PARApeito” é uma iniciativa da Lugar Específico, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. Tem como objetivo combater o isolamento dos afetados pela pandemia e, em simultâneo, apoiar os artistas em situação de vulnerabilidade. No âmbito desta iniciativa decorrem pequenos solos artísticos concebidos para trazer algum conforto aos espectadores.
Nesta segunda edição foram propostos cinco coletivos de artistas com diferentes linguagens artísticas, tendo sido escolhidos pela Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) Colinas, como solos artísticos: o Monstro Coletivo, o Coração nas Mãos e o Circo Caótico. Os espetáculos aconteceram a 12 de maio e 9 de junho no Centro Social Polivalente de São Cristóvão e São Lourenço. Já no Centro Social da Sé decorreu esta quarta-feira o primeiro e o próximo está marcado para 25 de junho.
Os dias 24 e 25 de setembro são as datas apontadas para a edição de 2021 do Santa Casa Alfama, dedicada ao fadista Carlos do Carmo, falecido no passado dia 1 de janeiro. O cartaz deste ano – que será revelado na íntegra, brevemente – vai voltar a contar com algumas das maiores vozes do fado nacional.
Pelo quarto ano consecutivo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se a este festival, na qualidade de naming sponsor, reforçando assim o seu apoio à cultura nacional. Um apoio que, num período particularmente difícil para este setor, assume uma importância ainda maior.
Além dos concertos no Palco Santa Casa, outro dos pontos altos do festival será, à semelhança de edições anteriores, um espetáculo de video mapping dedicado à vida de Carlos do Carmo, que será projetado na fachada do Terminal de Cruzeiros de Lisboa e, ainda, uma exposição sobre o criador de “Canoas do Tejo”.
A homenagem ao cantor de “Os Putos” passa ainda pela inclusão de um tema do seu repertório, nas atuações de todos os fadistas.
O festival centra-se em diferentes palcos no típico bairro lisboeta, sendo o palco Santa Casa, em frente ao rio Tejo, o principal e onde está previsto um espetáculo de homenagem a Carlos do Carmo, com vários intérpretes. Neste palco atuam, no dia 24, Camané e Sara Correia.
No dia seguinte, 25 de setembro, sobe ao mesmo palco um dos destaques da edição deste ano, o jovem fadista Miguel Moura, que foi uma das presenças no Palco Futuro, na edição de 2020.
Saiba mais sobre o festival no site oficial.
“O futuro dos museus: recuperar e reimaginar” é o tema da celebração do Dia Internacional dos Museus, proposto pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) para 2021. É um convite a todos os que queiram visitar os museus e descobrir o património dos locais onde vivem. A data é celebrada anualmente a 18 de maio, desde 1977, por proposta do ICOM, organismo da UNESCO.
No Dia Internacional dos Museus de 2021, convidamo-lo a conhecer melhor a história do Museu de São Roque, através de duas visitas guiadas temáticas (uma presencial e outra virtual), promovidas pela Cultura Santa Casa.
O Museu de São Roque foi um dos primeiros museus de arte a serem criados em Portugal. Abriu ao público em 11 de janeiro de 1905, com a designação de Museu do Thesouro da Capela de São João Baptista, no edifício da antiga Casa Professa da Companhia de Jesus. Ao longo do século XX, foi objeto de várias remodelações, mas a mais profunda foi levada a cabo entre 2006 e 2008, permitindo duplicar a sua área de exposição permanente.
Através de uma visita virtual, poderá, igualmente, conhecer a história do teto da igreja de São Roque. O único teto pintado quinhentista que ainda hoje persiste na cidade de Lisboa. Trata-se de uma obra de extrema beleza que ao longo dos séculos continua a surpreender os visitantes desta igreja jesuíta. Esta exposição tenta mostrar não só a beleza desta obra, mas também a riqueza iconográfica da mesma, explorando detalhes que não são percetíveis a quem a visita in loco, no corpo da igreja.
O Dia Internacional dos Museus foi também a data escolhida para o lançamento da Raspadinha do Património. Inscrita no Orçamento do Estado de 2021, esta nova lotaria instantânea é lançada com o propósito de ajudar a responder a “necessidades de intervenção de salvaguarda e investimento”, em património classificado ou em vias de classificação, segundo as prioridades definidas pelo Governo para este ano.
Entre os dias 21 de maio e 26 de junho, o evento Santa Casa Portugal ao Vivo vai apresentar mais 20 espetáculos, 10 em Lisboa e 10 no Porto, que terão como palco, dois espaços emblemáticos nacionais: o Campo Pequeno, em Lisboa e o Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
Linda Martini e António Zambujo foram os escolhidos para o arranque desta nova edição, com concertos agendados para os dias 21 e 28 de maio, respetivamente.
À semelhança da primeira edição, o cartaz da segunda temporada do Santa Casa Portugal ao Vivo vai promover, na sua maioria, concertos musicais, mas também alguns momentos de comédia.
Mantendo a premissa de “Cultura para Todos” e o objetivo de contribuir para a retoma e o incentivo a este setor, a Santa Casa volta a associar-se à iniciativa, na qualidade de naming sponsor.
Integrar a cultura nos hábitos diários dos portugueses, apoiar artistas e equipas técnicas, promover o reencontro entre o público e artistas e trazer aos palcos o melhor da música e da comédia nacional são os grandes objetivos deste evento. Uma iniciativa que garante, ainda, a devolução de parte das receitas angariadas para apoiar diretamente o setor da cultura.
Cada espetáculo é pensado com base no cumprimento rigoroso das normas impostas pela Direção Geral de Saúde (DGS). O uso de máscaras é obrigatório, num espaço delimitado para o efeito, onde todos os lugares estão identificados, cumprindo o distanciamento obrigatório entre os espectadores, que não façam parte do mesmo agregado. De modo a evitar qualquer tipo de congestionamento entre pessoas, todas as entradas e saídas terão circuitos próprios com a devida sinalização.
Para mais informações, consulte o site oficial do Santa Casa Portugal ao Vivo.
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor assinala o aniversário da morte de diversos escritores, como William Shakespeare, Miguel Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega. A data tem como objetivo homenagear mundialmente livros e autores e visa incentivar todos a descobrir o prazer de ler.
Em 2021, a Misericórdia de Lisboa assinala esta efeméride destacando sete publicações recentes do Centro Editorial da Santa Casa, que se encontram à venda na loja online da Cultura Santa Casa, com um desconto de 10%.
Paralelamente, a instituição dá a conhecer o vídeo do making off do livro “A Vida Extraordinária de São Roque”, versão adaptada ao público infantojuvenil. Esta é uma obra que relata a caminhada desafiante de Roque de Montpellier em pleno cenário de uma Europa devastada pela peste negra. Entre lendas e crónicas, conta-se a história de São Roque, santo protetor contra a peste e padroeiro das vítimas de epidemias, herói de uma vida extraordinária.
Para além de “A vida extraordinária de São Roque”, a Cultura Santa Casa sugere também a “Missão, espiritualidade e arte em São Francisco Xavier”, de André Reinoso. Um livro que reúne textos do encontro científico que se realizou nos 400 anos da beatificação de São Francisco Xavier, pelo Papa Paulo V, a 25 de outubro de 1619, e do ciclo pictórico da sacristia da igreja de São Roque.
Já na área da ação social, a seleção recai sobre “A História do Super Laminhas na Casa Maria Lamas”, um projeto pensado e elaborado pela equipa técnica deste equipamento da Santa Casa, que dá conhecer um pouco mais sobre esta resposta social, apresentando algumas orientações, modos de funcionamento e estratégias de segurança trabalhadas.
No que à saúde diz respeito, destaque para dois títulos: um sobre os 50 anos do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, que disponibiliza serviços numa perspetiva integrada e comunitária de inserção social da pessoa com deficiência; e outro dedicado ao tema da Saúde Oral Infantil, na sexta publicação da coleção “Cadernos Técnicos”.
A iniciativa conta com a participação de especialistas nas diferentes áreas temáticas presentes na exposição “Um Rei e Três Imperadores: Portugal, a China e Macau no tempo de D. João V”, orientando-se as sessões para os temas dos instrumentos científicos, relojoaria, astronomia, música e produção artística.
De 6 de abril e 30 de junho, de 15 em 15 dias, às terças-feiras (exceto a última sessão), pelas 17h30, vai poder assistir a sete conversas, em torno da ciência e do conhecimento, que contarão com a participação de vários convidados. As sessões têm a duração de meia hora e o restante tempo é destinado a perguntas.
A participação é gratuita, mas requer marcação prévia.
Informe-se sobre as restantes sessões na agenda do nosso site e participe neste Ciclo de Conversas online, promovido pela Direção da Cultura da Santa Casa.
Inscrições:
Sessões de 20 abr | 4 mai | 18mai | 1 jun | 15 jun
Sessão de 30 jun
Marcações e Informações:
Serviço de Públicos e Desenvolvimento Cultural
Tel.: 21 324 08 69/87/89
E-mail: culturasantacasa@scml.pt