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Santa Casa recupera exemplar do Compromisso da Misericórdia encontrado em Melgaço

O conjunto, restaurado pelo Gabinete de Conservação e Restauro da Misericórdia de Lisboa, foi apresentado ao público, no dia 13 de julho, no antigo edifício do hospital da Misericórdia de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo.

Francisco d’Orey, diretor do Arquivo Histórico da Misericórdia de Lisboa explicou que a intervenção feita no Compromisso teve em conta “a consolidação dos rasgões, a reintegração do suporte nas zonas de lacuna, a hidratação dos cabedais e a reconstituição da encadernação”, frisando, ainda, que este restauro “encerra também o único exemplar identificado, até ao momento, da edição de 1609, reimprimida, do texto do Compromisso publicado em 1577″.

O exemplar de 1516 do primeiro Compromisso impresso da Confraria de Misericórdia, é um documento raro, com mais de cinco séculos, do qual apenas existem apenas dez exemplares em Portugal e um na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América.

Para o responsável do Arquivo Histórico da Santa Casa é importante “alertar as diversas Misericórdias para um trabalho de análise da sua documentação, de modo a podermos salvar mais alguns exemplares quinhentista do Compromisso da Misericórdia”, concluindo que “estes volumes são uma preciosidade e é fundamental que os novos exemplares também sejam analisados e comparados com os outros que, entretanto, já foram estudados”.

Detentora de um vasto património quinhentista, a Santa Casa de Melgaço foi uma das misericórdias nacionais apoiadas, em 2017, pelo Fundo Rainha D. Leonor (FRDL). Na altura e durante uma visita técnica efetuada para a realização das obras de conservação e restauro da igreja da Misericórdia de Melgaço, foi ainda descoberto a Real Bandeira da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, importante símbolo da história e peso que a instituição ocupa na cidade.

A Real Bandeira foi descoberta em avançado estado de degradação e posteriormente recuperada, com o apoio do FRDL, nas oficinas da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, onde, no espaço de dois meses, foi possível proceder ao restauro integral da peça, que foi oficialmente apresentada ao público, em setembro de 2018, na exposição “Património, Memória e Inovação”, patente na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque, onde ocupou lugar de destaque.

 

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita SOL

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, visitou o SOL – Saúde Oral em Lisboa, esta quarta-feira, 21 de julho. Recebido por André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, e por Tânia Matos, diretora da Direção de Saúde Santa Casa, o responsável ficou mais próximo do propósito deste serviço, o seu funcionamento, a organização e os novos projetos em curso.

Depois de visitar as instalações, conhecer o equipamento e a equipa médica, o bastonário da Ordem dos Médicos elogiou a resposta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e defendeu que o SOL deveria replicado no resto do país.

“Eu já conhecia o projeto (SOL). Fiquei agradavelmente surpreendido. Sabemos que a resposta do setor social para a área da saúde oral e para a medicina dentária é fundamental. As condições são excelentes, há uma equipa muito consolidada, muito capaz e com grande competência técnica que dá uma resposta ao mais alto nível, não diferenciando ninguém”, considerou Miguel Pavão.

“Tenho dito que o sol (SOL) deveria nascer para todos, não deveria ficar apenas confinado na zona de Lisboa, e temos aqui a importância e provas dadas de um projeto que não envergonha ninguém a nível internacional”, acrescentando que “era fundamental que o setor social pudesse receber estímulos para replicar este projeto”.

Visivelmente satisfeito pela visita do bastonário, André Almeida sublinhou que esta visita foi uma oportunidade para o bastonário “conhecer in loco a resposta da Misericórdia de Lisboa, ou seja, os princípios fundamentais, o projeto, a missão, a equipa, os equipamentos e os seus cuidados personalizados. Eu creio, sem falsas modéstias, que o senhor bastonário ficou bem impressionado” com o trabalho aqui realizado.

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita SOL

Já Tânia Matos defendeu que a Santa Casa pode “incentivar e reforçar” as vantagens que este tipo de respostas têm para a população. “E, portanto, seria uma grande mais valia poder replicar esta resposta no resto do país”.

O coordenador e diretor clínico do SOL e a responsável da Direção de Saúde Santa Casa consideram que o SOL veio alterar o paradigma da saúde oral. Ao apostar na prevenção e nos tratamentos precoces, evitam-se muitas complicações no futuro, promovendo-se a qualidade de vida e o bem-estar das famílias, que são o público-alvo desta resposta.

O SOL – Saúde Oral em Lisboa, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa, situa-se no coração da cidade, mais concretamente na Avenida Almirante Reis nº 219. Foi inaugurado a 20 de agosto de 2019, e é uma resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, isenta de pagamento, a todas as crianças e jovens (dos 0 aos 18 anos) residentes ou estudantes em Lisboa.

Quinta Alegre foi palco de assinatura de protocolo entre Governo e setor social

A Quinta Alegre – uma das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas da Misericórdia de Lisboa – recebeu hoje vários representantes do Governo e do setor social nacional, para a assinatura de um protocolo para um investimento de 465 milhões de euros, a ser implementado até 2026, em três grandes áreas: saúde, habitação e educação.

Presente na cerimónia, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que este programa “não é um plano para o Estado e feito pelo Estado, é um plano feito para o conjunto do país”, assegurando que esta fatia do PRR português será aplicada a “todo o país e não apenas às zonas metropolitanas”.

António Costa lembrou que faz hoje um ano que foi aprovado o lançamento deste programa de recuperação por Bruxelas e que é fundamental a mobilização de toda a sociedade. “Só conseguimos realizar e bem, com rigor e transparência, mobilizando todos os parceiros e trabalhando em rede”.

Na sua intervenção, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, anunciou a constituição de 28 mil novas vagas em lares e creches, assim como novas medidas para o apoio domiciliário. “Nesta parceria com o setor social, assumimos a concretização articulada e uma parceria de colaboração para uma implementação eficiente do PRR, concretamente nas dimensões das respostas sociais à infância, às pessoas com deficiência e ao envelhecimento”, concluiu a responsável.

Durante o mesmo evento, Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, comunicou que a aplicação de “30% do PRR vai permitir que o Serviço Nacional de Saúde seja reforçado, sobretudo nos cuidados primários e ainda nos cuidados continuados, onde, neste último caso, serão adicionadas mais 5.500 camas”.

Assinaram o protocolo, além do Governo, os representantes da União das Misericórdias, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, da União das Mutualidades e da Confederação Cooperativa Portuguesa.

“Não Caia Nisso”: campanha alerta para a prevenção de quedas dos idosos

Pelo quinto ano consecutivo, a campanha “Não Caia Nisso” regressa para alertar e informar a população portuguesa para as causas das quedas nos idosos, os riscos de fratura, a necessidade de cuidados, assim como para a perda de autonomia e da qualidade de vida que, muitas vezes, podem levar à imobilidade total.

Segundo dados revelados pela SPOT, 75% da população portuguesa acima dos 65 anos tem mais probabilidades de cair e o osso mais afetado é o colo do fémur, seguido dos pulsos, costelas e coluna. Os indicadores revelam, ainda, que 30% dos idosos já caiu pelo menos uma vez, e 28% das mortes entre pessoas seniores deveram-se a quedas.

Carlos Evangelista, médico do Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA) e coordenador do Grupo de Estudo de Ortopedia Geriátrica (GEOGER) da SPOT, sublinha que a campanha “Não Caia Nisso” pretende ser uma chamada de atenção para os riscos que podem ser evitados e que ocorrem, geralmente, em casa. “Evitar uma queda significa prolongar a vida e a qualidade da mesma. Queremos chamar a atenção da sociedade, particularmente das pessoas de idade, sobre a problemática da queda e de todos os problemas que daí advêm”.

Prevenir ainda é o melhor remédio

O especialista alerta para a importância da prevenção, enumerando alguns comportamentos de forma a evitar este tipo de quedas: “ter uns tapetes que sejam antiaderentes e que protejam da queda, ter o telefone sempre por perto, ter luzes de presença noturnas para não andar no escuro e ter a preocupação sobre o que podemos comer ou não”, são alguns comportamentos aconselhados, não esquecendo “privilegiar uma melhor saúde. O exercício físico é fundamental para a pessoa manter o seu tónus muscular e o equilíbrio, tal como ter alguma atividade mental e interesse pela vida”.

O médico explica ainda que “a grande problemática das quedas está em primeiro lugar relacionada com as fraturas do colo do fémur. Estas fraturas podem condicionar a qualidade de vida de um indivíduo, caso não sejam bem orientadas ou não realizadas num curto espaço de tempo. Uma fratura, particularmente num sénior e ao nível do colo do fémur, deve exigir uma equipa multidisciplinar, cirurgiões e anestesistas bem treinados que permitam cirurgias minimamente invasivas, rápidas, associadas a uma recuperação integrada e apoiada.”

Carlos Evangelista termina, defendendo que “prevenir será sempre mais saudável e menos dispendioso para todos. Modificar as mentalidades de toda uma sociedade virada para atuar sobre a doença e não na sua prevenção, será o grande desafio das sociedades médicas”.

Há 117 anos na vanguarda da ortopedia

O Hospital Ortopédico de Sant’Ana, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é uma referência na área da ortopedia em Portugal. Respondendo a uma preocupação com o envelhecimento da população, dispõe, desde 2010, da primeira unidade de ortopedia geriátrica nacional, assegurando a prestação de respostas de saúde únicas e de excelência.

Consulte mais recomendações, aqui.

“Será uma vida diferente, mas não desisto”

O dia 22 de julho de 2020, dificilmente ficará esquecido por Dariane. Foi com a sua família até ao Porto Brandão, no concelho de Almada, para se refrescar do calor que se fazia sentir. Já no fim da tarde, naquele que seria o último mergulho, o imprevisto aconteceu. A jovem, na altura com 31 anos, bateu com a cabeça ao mergulhar.

Infelizmente, o caso de Dariane não é isolado. No verão, os acidentes em atividades lúdicas aumentam e os mais temidos são os traumatismos cranianos e os traumatismos da coluna cervical resultantes de mergulhos em águas rasas.

“Eu apercebi-me logo da gravidade. Perdi imediatamente os movimentos das pernas”, recorda. Foi em desespero que chegou ao Hospital Garcia de Orta. A vida transformou-se num segundo. Mais tarde, recebeu cuidados na Liga de Amigos do Hospital Garcia de Orta. Já em abril de 2021, chegou ao Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), da Misericórdia de Lisboa, onde iniciou um processo de reabilitação.

Reaprender a viver

“Já consigo sentar-me melhor, já consigo mexer os braços e assinar, ainda que com algumas dificuldades”, explica, acrescentando que ainda tem “um longo caminho pela frente. Não faço muitos planos, mas não quero perder a esperança. Vou-me adaptando. Vivo um dia de cada vez”.

Passou quase um ano desde o acidente. Aceitar é um processo e o tempo ajuda. Dariane não tem ilusões, sabe que é impossível voltar a andar, mas não desiste de ter uma vida digna e de melhorar através do processo de reabilitação, que é fundamental para uma adaptação adequada às novas condições de vida.

A jovem do Monte da Caparica encontra forças nos filhos, na família, nos amigos. “Não é fácil, mas tenho vida. Será uma vida diferente, mas não desisto, não posso desistir, por mim e pelos meus filhos!”. Vou ultrapassar o que me aconteceu, tenho muita força. E a vida segue!”.

Na semana que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa relança a campanha “Mergulho Seguro” com o objetivo alertar os portugueses para os perigos dos mergulhos mal calculados, Dariane sublinha que não gosta de dar conselhos a ninguém, mas alerta que “estas coisas acontecem quando menos se espera, a adrenalina faz o momento. Por isso, por favor, tenham cuidado, porque há consequências para a vida”.

Dariane João - Mergulho Seguro

“Mergulho Seguro”: sensibilizar é fundamental

A campanha “Mergulho Seguro” foi lançada, em 2013, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. Oito anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”. As consequências dos acidentes de mergulho são devastadoras. O Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão recebe, todos os anos, casos de jovens com lesões medulares provocadas por acidentes dentro de água.

“A consequência mais frequente de um acidente de mergulho é o traumatismo da coluna cervical, frequentemente com fratura e/ou luxação de vértebras e instalação de tetraplegia, ou seja, perda do controlo motor e da sensibilidade nos quatro membros e tronco e alterações do controlo de esfíncteres”, explica Filipa Faria, diretora do Serviço de Reabilitação de Adultos 1, do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão.

Em Portugal, à semelhança da casuística descrita a nível internacional, os envolvidos neste tipo de acidentes são quase sempre jovens do sexo masculino com idades entre os 15 e os 30 anos. Esta é a população mais propensa a comportamentos de risco, tais como atirar-se, de cabeça, para a água sem saber qual a profundidade.

Justifica-se, portanto, na opinião da responsável, uma campanha de sensibilização direcionada a um público mais jovem. “As campanhas de sensibilização são sempre muito importantes para informar e alertar as pessoas para os perigos e eventuais consequências de um mergulho mal dado. Muitos jovens não têm consciência do que pode acontecer. Ou pensam que acontece apenas aos outros. Assim, divulgar testemunhos de pessoas jovens, como eles, que sofreram um acidente de mergulho pode ser a forma mais eficaz de sensibilizar”, defende.

“A reabilitação tem como objetivo explorar, desenvolver e potenciar as capacidades funcionais remanescentes e ajudar o indivíduo a adquirir a máxima autonomia possível, condicionada pelas sequelas neurológicas. Quase sempre, as lesões resultantes de acidentes de mergulho são lesões cervicais completas, irreversíveis. Afetam todo o corpo abaixo do nível de lesão, com graves repercussões na função motora, sensitiva e também no controlo de esfíncteres. O programa de reabilitação é estabelecido de forma individual, tendo em conta o tipo de lesão e as caraterísticas e necessidades daquela pessoa”, explica Filipa Faria.

“A abordagem da reabilitação é holística, não exclusivamente física mas também psicológica e social. A equipa de reabilitação, coordenada pelo médico fisiatra e por uma vasta equipa de enfermeiros de reabilitação, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, estabelece objetivos específicos, realistas e definidos no tempo. Esses objetivos são equacionados com o doente e sua família, para que sejam adequados àquela pessoa e às suas circunstâncias”, observa.

A responsável pelo Serviço de Reabilitação de Adultos 1 do CMRA considera que “a existência de uma incapacidade permanente grave, resultante de acidente de mergulho, implica quase sempre a necessidade de reconversão profissional ou de orientação vocacional/académica. Colaboramos neste processo, em articulação com a universidade ou a entidade empregadora, de forma a eliminar barreiras e a facilitar a integração do indivíduo.”

“Sendo a lesão medular uma situação crónica e podendo surgir complicações ao longo do tempo, é importante manter o acompanhamento periódico em consulta aos nossos doentes, prevenindo e fazendo a ponte sempre que necessário com outros especialidades médicas/cirúrgicas”, finalizou.

Prémios Play. Na festa da música portuguesa, a Santa Casa reforçou o apoio à cultura

“Agradeço do fundo do coração ter nascido fadista e por cantar a nossa música portuguesa”. As palavras dirigidas ao público presente no Coliseu dos Recreios parecem sair do coração de Sara Correia. Cada palavra carrega uma mistura de emoção e surpresa, de paixão, quase em jeito de homenagem não planeada à sua mais recente obra, que lhe valeu uma distinção na 3ª edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa. “Do Coração”, o segundo álbum de Sara Correia, lançado em setembro de 2020, venceu o prémio Play “Melhor Álbum de Fado”, categoria onde também estavam nomeados trabalhos de Mariza, Cuca Roseta e Buba Espinho.

A fadista recebeu o galardão das mãos de Filipa Klut, administradora da Santa Casa com o pelouro da cultura, e do fadista Camané. O compromisso assumido com a cultura fez com que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa voltasse a associar-se aos Play, agora na qualidade parceiro cultural, uma relação que se justifica pela forma como esta cerimónia homenageia todos os músicos nacionais.

“A associação da Santa Casa aos Play surgiu naturalmente. Foi fácil pensarmos que era absolutamente clara a nossa ligação a esta cerimónia. Os Play assumem o papel de valorizar os talentos nacionais. É o setor da música a ser elogiado, valorizado e festejado nestes prémios. Portanto, faz todo o sentido estar ao lado destes prémios, uma vez que a Santa Casa tem como eixo estratégico o apoio à cultura e ao talento nacional”, explica Filipa Klut.

“Chegou tão tarde” é o título de uma das faixas do mais recente trabalho de Sara Correia, mas que não pode ser ajustado ao percurso da artista. Sara nasceu numa família de fadistas, começou a atuar aos 12 anos de idade e aos 14 triunfou na “Grande Noite do Fado”. Ontem, aos 28 anos, viu o seu último álbum, “Do Coração”, vencer um prémio Play. Em cada faixa do álbum mora a alma de quem trata o fado por tu, mas sempre com o respeito que a guitarra portuguesa lhe merece.

São 16 anos de uma carreira elogiada pela crítica. Ainda assim, como a própria diz, o “fado requer maturidade” algo que Sara foi conquistando com o tempo. “Este prémio tem todo o sabor pelo facto de ainda ser jovem e porque acho que o fado é algo que se vai ganhando com amadurecimento”, revela. Mas para quem já a viu atuar, por exemplo, na última edição do festival Santa Casa Alfama, sabe que a fadista assume em palco a postura própria de uma veterana.

“É verdade que eu canto desde os meus nove anos, mas penso sempre que tenho de cantar para algo maior. Para mim esta é a grande porta para uma nova geração do fado e principalmente para dizer às pessoas para não terem qualquer timidez”, apela a artista deixando ainda o alerta para a “necessidade de dar continuidade à cultura portuguesa nas mais variadas áreas”.

Cultura que, para Sara, sempre foi “a coisa mais importante do mundo”. E não só a música. “A arte é aquilo que nos aquece e que nos dá a energia que precisamos para a vida”. A única coisa que pede, todos os dias, ao público é que “nunca se esqueça que a arte é a coisa mais maravilhosa que existe e que sem ela não vivemos”. Certo é que, enquanto existir palco, continuaremos a ouvir a voz de Sara Correia, que em cada palavra cantada exalta o fado, “que com orgulho é nosso, que com orgulho é a nossa alma portuguesa”.

Filipa Klut e Sara Correia

Palácio de São Roque recebe menção honrosa

Na corrida à 9ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana (PNRU) estiveram 87 projetos, oriundos de 23 concelhos, de norte a sul do país. A maioria dos projetos a concurso (56%) são de uso habitacional, seguidos dos de impacto social (20%), de turismo (13%) e, por fim, dos projetos de comercial e serviços (11%). As categorias a concurso incluem: Cidade de Lisboa; Cidade do Porto; Impacto Social; Residencial; Turismo; Comércio & Serviços; Reabilitação Estrutural; Restauro; Intervenção inferior a 1.000 m2 e Sustentabilidade.

Com o Alto Patrocínio do Governo de Portugal, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura, a iniciativa tem como objetivo reconhecer anualmente os melhores projetos de reabilitação e requalificação urbana desenvolvidos em Portugal, que representam uma maior valia para a sociedade, nas suas diversas valências.

Destaque, na edição deste ano, para o Palácio de São Roque, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que recebeu uma menção honrosa na categoria de melhor intervenção de Impacto Social. Já em 2018, a Quinta Alegre, antigo Palácio do Marquês de Alegrete, na Charneca do Lumiar – hoje um espaço residencial intergeracional da instituição – venceu o prémio na categoria Restauro.

Os vencedores da edição de 2021 foram eleitos por um júri independente constituído pelo economista João Duque, os arquitetos João Carlos Santos e João Santa-Rita, o engenheiro Manuel Reis Campos e pelo coordenador do projeto “Reabilitar como Regra”, Raimundo Mendes da Silva. O prémio na área da Sustentabilidade contou com a assessoria técnica da ADENE – Agência Nacional de Energia e da imobiliária Savills.

Palácio de São Roque

Sobre o Palácio de São Roque

Exemplo da arquitetura palaciana, e cuja data de construção remontará a meados do século XVII, resulta de várias alterações, evoluções e melhoramentos levados a cabo ao longo de três séculos e meio de história.

Sob o mote de “trazer a cidade para dentro do edifício”, o projeto de reabilitação procurou tornar o palácio mais permeável à cidade, estando este de portas abertas, para a fruição de todos. A sua história e os aspetos originais foram preservados, de forma a oferecer um complemento cultural inigualável na oferta da Igreja e Museu de São Roque.

O projeto de reabilitação prevê a criação de um espaço museológico para acolher a “Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo”, bem como de um espaço de restauração.

A abertura, ainda sem data prevista, do Palácio de São Roque à cidade de Lisboa é de grande impacto na comunidade, não só pela natureza do edifício, como também pelo seu novo uso, um novo museu, que fortalece a oferta turística, dinamizando toda a zona comercial circundante.

Escadas Palácio de São Roq

Santa Casa distingue personalidades pelo trabalho desenvolvido junto da população idosa

A instituição anunciou, esta terça-feira, 6 de julho, os vencedores deste ano dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria. Através destes galardões são distinguidas personalidades, de qualquer nacionalidade, pelo contributo, trabalho ou estudos desenvolvidos, em Portugal, em três áreas: cuidado a idosos desprotegidos, progresso da medicina aplicada aos mais velhos e tratamento de doenças do coração. O júri atribuiu, ainda, três menções honrosas.

Para além da vontade expressa de atribuição anual destes prémios, no valor de 12.500 euros cada, Enrique Mantero Belard deixou, ainda, à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a residência Faria Mantero, para ser utilizada como lar ou casa de repouso para pessoas idosas, de mérito e necessitadas.

Conheça os vencedores da edição de 2021

Leonel Francisco Franco, vice-presidente do Lar de São José – Fundação de Solidariedade Social, em Torres Vedras, foi premiado na área A, “Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos”. Primeiro como voluntário e depois, em 1994, como membro dos órgãos sociais do lar, Leonel Francisco Franco dedicou toda a sua vida a causas sociais, em especial junto da população mais velha. Esta distinção traduz o reconhecimento público do mérito e da dedicação demonstrados ao longo deste seu percurso.

Na área B, “Progresso da Medicina na sua Aplicação às Pessoas Idosas”, a distinguida foi Ângela Sofia Lopes Simões, especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica e em Enfermagem à pessoa em situação paliativa. Desenvolveu, em 2017, a tese “A Promoção e Preservação da Dignidade no contexto de cuidados em Lares de Idosos”, posteriormente publicada em várias revistas científicas.

Maria Júlia Pires Maciel Barbosa recebeu o prémio na área C, “Progresso no Tratamento das Doenças do Coração”. Chefe de serviço de Cardiologia e professora auxiliar jubilada na Faculdade de Medicina, da Universidade do Porto, é ainda responsável pela organização das Jornadas de Cardiologia. Com uma notável carreira hospitalar e académica, é especialista em Cardiologia e em Cardiologia Pediátrica. Esta distinção espelha o seu importante e reconhecido contributo nomeadamente em matéria de melhoria do tratamento das doenças do coração.

Menções honrosas

As três menções honrosas foram, este ano, atribuídas nas áreas A e C.

Na área A, “Cuidado e Carinho Dispensado aos Idosos Desprotegidos”, o júri distinguiu Rute Sónia Loureiro de Moura, fundadora da Associação Ecológica e Cultural Peña Mourisca, pelo trabalho desenvolvido com a população sénior do concelho de Bragança e contributo em matéria de envelhecimento saudável e promoção da saúde e bem-estar deste público.

Já na área B, “Processo da Medicina na sua Aplicação às pessoas idosas”, a menção honrosa foi atribuída a Rui André Quadros Bebiano da Providência e Costa, professor na University College of London, pela sua dedicação e percurso de investigação no tratamento de doença coronária, insuficiência cardíaca e fibrilação auricular.

Também nesta área, o júri decidiu homenagear Sílvia Martins Ribeiro, licenciada em Medicina com especialidade em Cardiologia, pelo empenho demonstrado, sobretudo na área da Arritmologia.

SupERa: a plataforma digital que vai dar suporte às ERPI e lares residenciais

Lançada esta segunda-feira, 5 de julho, na Quinta Alegre, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a plataforma SupERa (também disponível em aplicação para telemóveis) nasce com o objetivo de facilitar o registo e a monitorização de informações clínicas dos residentes das ERPI e lares. Trata-se de uma ferramenta que pretende apoiar no acesso e na gestão da informação de forma mais eficaz.

No âmbito deste programa serão entregues 2400 oxímetros a Estruturas Residenciais para Idosos que tenham acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A cerimónia de lançamento contou com as presenças de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Nuno Marques, presidente do Algarve Biomedical Center, e Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa. Estiveram ainda presentes Sérgio Cintra, Maria João Mendes e Ana Vitória Azevedo, administradores da Santa Casa.

Na sua intervenção, Ana Mendes Godinho destacou “a capacidade de trabalho e de reinvenção, a união entre diferentes organismos e a aprendizagem adquirida” nos últimos meses da pandemia. “É preciso não baixar a guarda, estamos quase no fim da corrida e temos que apostar em novas soluções para proteger as pessoas”.

“A nova plataforma e os oxímetros podem ter um papel importante. É o digital a ajudar. Temos que inovar para responder melhor às necessidades das pessoas e das instituições”, concluiu.

Por sua vez, Edmundo Martinho começou por lembrar que o local escolhido para o lançamento da plataforma é um “recurso emblemático” da Misericórdia de Lisboa, e que foi “reabilitado com muito cuidado e galardoado com o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana”.

A iniciativa “representa um passo significativo na prevenção e na proteção” dos residentes no que diz respeito a sintomas associados à Covid-19, bem como de outras patologias do foro respiratório, considerou. “Esperemos que supere as nossas expectativas”, finalizou.

Por outro lado, Nuno Marques fez uma apresentação global da Plataforma SupERa, sublinhando que esta ferramenta, além de mudar mentalidades, pode dar um importante contributo na facilidade e na gestão da informação sobre os dados clínicos dos residentes dos lares.

Em que consiste e como funciona a plataforma?

A plataforma SupERa irá facilitar o registo e monitorização dos níveis de saturação de oxigénio, temperatura e frequência respiratória dos residentes em Estruturas Residenciais para Idosos e lares residenciais, bem como de outras informações clínicas relevantes. Estes registos ficam disponíveis numa área reservada dedicada a cada residente, permitindo analisar a evolução das medições.

Sempre que sejam registadas medições, a SupERa emitirá um alerta com base num sistema de três cores (vermelho, amarelo e verde) que permite apoiar a tomada de decisão das estruturas residenciais na vigilância ativa de sintomatologia associada à Covid-19, bem como de outras patologias do foro respiratório. O uso da SupERa é também um contributo para a digitalização do registo deste tipo de medições, evitando-se o registo em papel.

Em que contexto surge a plataforma?

A plataforma SupERa tem enquadramento num conjunto mais alargado de soluções que visam apoiar as Estruturas Residenciais no combate à Covid-19. Desde outubro de 2020 que está em funcionamento a Linha COVID Lares (707 20 70 70), disponível 24 horas, sete dias por semana, para esclarecimento de dúvidas no âmbito da pandemia e agilizar processos de comunicação com as entidades competentes (por exemplo, Saúde Pública ou Segurança Social).

A Linha COVID Lares apoia também as ERPI no reporte ao Instituto da Segurança Social na Plataforma Integrada Monitorização Covid-19 sobre informação relativa à gestão da pandemia. Através da Linha COVID Lares é também possível identificar a necessidade de formação de profissionais em ERPI sobre controlo de surtos e a importância do correto uso de equipamentos de proteção individual.

A formação que pode ser desenvolvida nas Estruturas Residenciais tem como objetivo capacitar os profissionais com competências técnicas para desempenho das suas funções em contexto de pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, incluindo a interação com residentes (potencialmente) infetados pelo novo coronavírus.

Saiba mais, aqui.

Há 523 anos a cuidar de quem mais precisa

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está de parabéns. Esta quinta-feira, 2 de julho, a instituição celebra 523 anos de existência ao serviço de todos.

Tal como em 2020, esta data volta a ser celebrada num formato totalmente digital. As festividades iniciam-se com a tradicional celebração eucarística, presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, acompanhada de um coro e de uma ação de graças – Te Deum, numa transmissão streaming , em direto da Igreja de São Roque.

Durante a tarde, a Sala de Extrações vai ser palco de lançamento de dois livros importantes para a organização, ambos focados naquele que foi um tema central de debate no último ano: “Políticas Públicas na Longevidade” e “Longevidade: Conhecimentos e Práticas na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”. Estes refletem o trabalho desenvolvido ao longo de vários séculos, também em parceria com outras entidades nacionais, e constituem um meio de difusão e amplificação dos conhecimentos e práticas que norteiam a intervenção diária da instituição em matérias de envelhecimento e longevidade.

Haverá lugar ao habitual momento de reconhecimento e de homenagem, este ano dedicado a 43 reformados e a 34 colaboradores que completam 25 anos ao serviço das boas causas.

As festividades vão culminar com um leque de concertos que decorrem no âmbito da iniciativa “Música da Casa”, que conta com a participação dos músicos Ricardo Ribeiro, João Gil, Martim Vicente e Paulo Bragança. Este espetáculo online acontece no âmbito do apoio da Santa Casa à cultura nacional. Setor que, que desde o início da pandemia, enfrenta profundas dificuldades devido ao cancelamento de concertos e espetáculos.

Um ano difícil, com o empenho de sempre

Os 522 anos da Santa Casa ficarão para sempre marcados como um ano extremamente difícil para todos, onde palavras como solidariedade, superação, coragem, dedicação e empenho ganharam ainda mais sentido e força na sociedade em geral.

Enquanto o país se fechava para tentar travar a propagação do vírus SARS-CoV-2, a Misericórdia de Lisboa esteve, desde o primeiro momento, na linha da frente a garantir o apoio a quem mais precisa

Ao longo do último ano, a Misericórdia de Lisboa continuou a estabelecer parcerias e a firmar protocolos de colaboração com outras instituições; a apoiar obras de outras Misericórdias; a trabalhar no combate às situações de exclusão e de desigualdade social; a apostar no talento, na educação e na formação de jovens; a apoiar as áreas da cultura e do desporto; sentou-se “à mesa” com famílias mais carenciadas, entre tantas outras ações que integram a sua Missão.

Para o provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, este foi “um ano de pressão sobre os nossos serviços, sobre a nossa capacidade de ajudar e proteger”, considerando que foi importante “encontrar as melhores soluções para que mais pessoas tenham o apoio que precisam”. “A pandemia trouxe ao de cima esta capacidade tremenda que temos de nos adaptarmos e de reagirmos às adversidades. Conseguimos dar uma resposta rápida e assegurar, que nesta fase tão difícil, ninguém ficava de fora e sem apoio”, frisou o responsável em entrevista ao Correio da Manhã.

Foram vários os projetos que deram vida e alma à assinatura de marca da instituição ao longo de 2020. O ano em que “trabalhar por boas causas fez ainda mais sentido”.

E 2021 começou de forma não menos desafiante. Em janeiro deste ano, e de forma a mitigar os efeitos da exposição à Covid-19 da população mais velha, a Misericórdia de Lisboa começou a vacinar todos os utentes e trabalhadores dos lares da instituição. Numa primeira fase, o plano de vacinação abrangeu cerca de 800 utentes e colaboradores das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas da Santa Casa.

Em março, a ministra da justiça, Francisca Van Dunem, visitou a Misericórdia de Lisboa para firmar um protocolo de cooperação que permitiu a entrada em funcionamento de uma casa de autonomia em Lisboa, destinada a acolher jovens provenientes de centros educativos com medidas de supervisão intensiva. Edmundo Martinho destacou a importância do projeto: “para a Santa Casa este é um território novo, mas que dá continuidade àquilo que tem vindo a ser o nosso trabalho e a nossa preocupação na dimensão da proteção de crianças e jovens”.

No mesmo mês, mais de 1100 crianças regressaram às creches da Misericórdia de Lisboa, depois do plano de desconfinamento anunciado pelo Governo, a 11 de março. Uma etapa marcante e igualmente desafiante para os profissionais de educação.

Com o avanço da vacinação na população sénior, a Misericórdia de Lisboa reabriu, em abril, os seus centros de dia, após um ano de encerramento devido à pandemia.

Já o mês de maio começou com a implementação de um dos projetos mais importantes da instituição: o lançamento da Valor T, a agência de empregabilidade dedicada a pessoas com deficiência. Para o provedor, esta é uma iniciativa que “encontra o seu combustível nas pessoas, nas entidades empregadoras e nas instituições”. Edmundo Martinho reforçou, ainda, que para a Valor T ter sucesso “é necessário o envolvimento de toda a comunidade”, até porque a inclusão “é uma tarefa de todos os cidadãos” pela qual “devemos empurrar todos no mesmo sentido”.

Maio fica também marcado pela distinção que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social deu à Santa Casa pelo projeto das Unidades de Retaguarda para idosos, criadas em março de 2020 e pela inauguração do Centro Intergeracional Ferreira Borges, na freguesia de Campo de Ourique, com o objetivo de alterar o paradigma da longevidade na cidade, promovendo um envelhecimento ativo, saudável e inclusivo.

Já no mês anterior ao aniversário da instituição, e a antecipar a chegada dos grandes eventos desportivos mundiais, destaque para o lançamento de uma nova campanha de apoio ao desporto dos Jogos Santa Casa, que veio reforçar o posicionamento da marca como de principal impulsionador do desporto português.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

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Ofertas de emprego

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