Com o lema “Mede as consequências. Mergulha em Segurança”, a campanha “Mergulho Seguro” tem como objetivo alertar e sensibilizar os mais jovens para a prevenção de lesões vertebro-medulares provocadas por acidentes relacionados com mergulhos imponderados (em piscinas, praias ou outras zonas balneares, costeiras ou fluviais), e que constituem uma das maiores causas de situações graves de paraplegia e tetraplegia.
Lançada, em 2013, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), sete anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”.
Totalmente produzida, realizada e editada pela equipa da Direção de Comunicação e Marcas da Santa Casa, a campanha “Mergulho Seguro”, de 2020, será veiculada em vários meios.
Vai (mesmo) mergulhar? Informe-se sobre as medidas de precaução
Antes de mergulhar, avalie primeiramente o espaço, perceba onde há mais profundidade bem como se há rochas envolventes e/ou correntes de água. Evite locais desconhecidos, não vigiados e sem as devidas condições de segurança indicadas para mergulhar. Informe-se, fale com frequentadores do local e com as equipas de nadadores salvadores. Garanta que existe água debaixo de água, para não bater no fundo. Mergulhe em segurança.
Caso presencie um acidente ou suspeite de um caso de eventual lesão da coluna, contacte de imediato o número de emergência médica (112). Não mexa na vítima, pois qualquer movimento pode causar danos maiores e permanentes.
Seis escolas da rede pública do concelho de Lisboa foram distinguidas na sessão de entrega de prémios do concurso escolar “Todos Somos Diferentes”, que se realizou esta terça-feira, 28 de julho, na Sala de Extrações da Santa Casa. Além da atribuição de um prémio monetário aos cinco melhores trabalhos apresentados nos três escalões – 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico -, foi, ainda, atribuída uma menção especial.
Presentes na cerimónia estiveram João Costa, secretário de Estado Adjunto e da Educação, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, os representantes dos agrupamentos escolares vencedores e, ainda, os membros do júri.
Numa cerimónia reduzida, devido à pandemia da Covid-19, o provedor da Misericórdia de Lisboa defendeu que “todos têm obrigação de fazer o melhor para que estas crianças se tornem adultos conscientes, participativos e que possam fruir de uma cidadania plena”.
“Há coisas que não podemos deixar à sorte”, disse o provedor, em tom de brincadeira, relacionando com o facto de a cerimónia acontecer na Sala de Extrações. E continuou: “Este concurso é um contributo que promove a capacidade dos alunos e da comunidade educativa para acolher e entender a diferença como uma riqueza”.
Por outro lado, o secretário de Estado Adjunto e da Educação elogiou a iniciativa da Misericórdia de Lisboa, considerando que “a inclusão faz-se respeitando e aceitando a diferença” de todos e de cada um de nós.
Lançado o ano passado, o concurso “Todos Somos Diferentes” foi desenvolvido e enquadrado no âmbito da associação dos Jogos Santa Casa às Lotarias Europeias. Destinado a toda a comunidade escolar da rede pública do concelho de Lisboa, esta iniciativa quis distinguir trabalhos escolares capazes de sensibilizar e mobilizar toda a comunidade educativa para a importância de uma escola integradora e inclusiva das pessoas com deficiência, baseada nos princípios da solidariedade e da diversidade com vista à construção de uma sociedade futura mais coesa e mais justa.
Focado na apresentação de trabalhos coletivos no âmbito da temática “Todos Somos Diferentes”, foram admitidos a concurso trabalhos em suporte multimédia, inovadores, criativos e com impacto social, que traduzissem a temática do concurso e respeitassem os princípios consagrados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
De acordo com o regulamento, os melhores trabalhos de cada escalão – 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, recebem prémios pecuniários, num total de nove prémios. Estes prémios, que vão de 1.500 euros a 5.000 euros, deveriam ter como objeto a apresentação de projetos a desenvolver na escola, tendo em vista um parque escolar mais inclusivo.
Se é daqueles que tem por hábito apostar em desporto, através do Placard, certamente já deu conta de que foram feitas alterações no site. Se, por outro lado, nos últimos dias andou afastado das apostas desportivas, não estranhe se lhe for solicitado um pedido de atualização. É que o Placard está diferente, mas o formato do jogo mantém-se inalterado.
O jogo de apostas desportivas à cota, de base territorial, dos Jogos Santa Casa tem um novo site e uma nova aplicação para telemóvel, disponível para iOS e Android. Com um visual mais apelativo, intuitivo e eficaz, o site dispõe de informação sobre toda a oferta existente no Placard, para além de auxiliar os apostadores na preparação das suas apostas. A renovada aplicação móvel também oferece mais funcionalidades e “ainda mais razões para vibrar” ao apostar no Placard, tal como anuncia a campanha publicitária que pretende potenciar estas novidades.
“No ano em que o Placard comemora o seu 5º aniversário, considerámos importante renovar não só o aspeto gráfico do website e da aplicação móvel como melhorar a experiência do utilizador, oferecendo novas funcionalidades. Acreditamos que estas mudanças vão ao encontro das expetativas dos apostadores e que vão facilitar a sua experiência de jogo”, considera João Gonçalves, diretor da Unidade de Apostas Desportivas, do Departamento de Jogos.
Cinco razões para vibrar (ainda mais) com o seu desporto favorito
A final da Taça de Portugal entre SL Benfica e FC Porto coloca um ponto final na época futebolística 2019/2020. Para os adeptos das duas equipas é impensável perder este confronto entre águias e dragões. Para que isso não aconteça, a nova app Placard permite ativar a receção, duas horas antes do jogo, de notificações push sobre as equipas e eventos selecionados como favoritos.
SL Benfica, empate ou FC Porto? Nem sempre é fácil na hora de decidir entre os tipos de aposta “1×2”. Com as atualizações realizadas na app, o apostador pode agora ter acesso a apostas combinadas sugeridas pela equipa do Placard. Na hora de decidir, analisar o desempenho das equipas nos últimos jogos pode revelar-se uma grande ajuda. A nova app Placard possibilita o acesso a estatísticas e resultados, o que permite ao apostador obter informações sobre a partida sem ser necessário sair da plataforma.
Agora, também pode partilhar o seu QR code com outros apostadores, através de WhatsApp ou das redes sociais, e permitir assim que outras pessoas tenham acesso ao seu boletim. Outra das novidades é ainda a subscrição da newsletter Placard, que permite estar sempre a par das novidades.
As Bolsas de Educação Jogos Santa Casa – FADU têm como objetivo premiar e motivar todos os atletas-estudantes que demonstrem um particular esforço na conciliação das vertentes da competição desportiva e da formação universitária, contribuindo para evitar quer o abandono precoce do desporto de alto rendimento, quer o abandono, por vezes, precoce dos estudos, que ocorrem com regularidade preocupante.
Na edição de 2020 das Bolsas de Educação Jogos Santa Casa – FADU, estão em destaque os alunos que integraram a Missão Portuguesa à Universíada de Nápoles, realizada em julho de 2019, onde Portugal conquistou uma medalha de ouro, uma medalha de prata e duas de bronze, com destaque para as duas medalhas da atleta Evelise Veiga e o terceiro lugar alcançado pela Seleção Nacional Universitária de Basquetebol feminino, a única equipa europeia a subir ao pódio da competição.
Devido às restrições relacionadas com a pandemia de Covid-19, a apresentação da edição de 2020 das Bolsas de Educação Jogos Santa Casa decorreu, de forma simbólica, com a presença do provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, e do presidente da FADU, André Reis.
“Apesar destas circunstâncias quisemos assinalar esta iniciativa e este projeto que, para a Santa Casa da Misericórdia, é a confirmação de um compromisso que temos com o desporto em Portugal e em particular com os atletas que têm de conciliar as suas vidas de atletas com o estudo e outro tipo de atividade”, afirmou Edmundo Martinho. O provedor da instituição realçou ainda que “o desporto não é apenas a competição, é muito mais do que isso, e a Santa Casa tem procurado ser intérprete e apoiante de iniciativas que tenham a ver com a elevação do desporto enquanto escola de valores e enquanto escola de desenvolvimento pessoal da própria comunidade”.
Já André Reis, presidente da FADU, André Reis agradeceu aos Jogos Santa Casa por reconhecerem o mérito de “10 estudantes-atletas que conseguiram, de forma notável, conciliar os estudos com a prática desportiva”.
Desde o início da parceria entre os Jogos Santa Casa e a FADU, já foram atribuídas 31 bolsas educação a estudantes integrados nas mais diversas modalidades.
Quem são os vencedores?
Carolina Costa
Medalha de Bronze – Basquetebol Feminino – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade de Lisboa (Instituto Superior Técnico) – Mestrado – Engenharia Química – 4º ano
Susana Carvalheira
Medalha de Bronze – Basquetebol Feminino – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade de Aveiro – Licenciatura – Engenharia e Gestão Industrial- 2º ano
Ana Carolina Rodrigues
Medalha de Bronze – Basquetebol Feminino – Universíada de Verão Nápoles 2019
Instituto Politécnico de Lisboa (Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa) – Licenciatura – Fisioterapia – 3º ano
Bárbara Falcão
Medalha de Bronze – Basquetebol Feminino – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade do Minho – Licenciatura – Gestão – 2º ano
Miguel Cunha
8º lugar – Voleibol Masculino – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade do Minho – Mestrado – Biologia Molecular, Biotecnologia e Bioempreendedorismo em Plantas – 1º ano
Ana Filipa Santos
5º lugar – Ténis (pares mistos) – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade Nova de Lisboa (Faculdade de Ciências e Tecnologia) – Mestrado – Engenharia de Micro e Nanotecnologias – 5º ano
André Rosa
8º lugar – Voleibol Masculino – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade de Aveiro – Licenciatura – Economia – 2º ano
Diogo Salvador
8º lugar – Voleibol Masculino – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade do Porto (Faculdade de Ciências) – Mestrado – Segurança Informática – 1º ano
Ana Oliveira
11º lugar – Atletismo (Triplo Salto) – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade de Lisboa (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas) – Licenciatura – Serviço Social (licenciada)
Francisco Santos
12º lugar – Natação (200m Costas) – Universíada de Verão Nápoles 2019
Universidade de Lisboa (Instituto Superior Técnico) – Mestrado – Engenharia Eletrotécnica e de Computadores – 3º ano
A Misericórdia de Lisboa anunciou, este sábado, 25 de julho, os vencedores da edição de 2020 dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria, que enaltecem o trabalho e investigação desenvolvido em três áreas: cuidado a idosos, progresso na medicina geriátrica e tratamento das doenças do coração deste público. O júri decidiu, ainda, atribuir, três menções honrosas.
A Irmã Ângela Fernández López foi distinguida na área A “Cuidado e Carinho Dispensados aos Idosos Desprotegidos”. Ligada ao Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria, iniciou a sua missão, em 1974, no extinto bairro da Curraleira, em Lisboa, onde implementou um projeto, com as restantes entidades da freguesia, com os idosos mais carenciados do bairro, de maneira a sinalizar rapidamente os casos mais graves de carência económica e familiar. A distinção entregue este sábado traduz o reconhecimento público do mérito e da dedicação demonstrados ao longo da sua vida.
Na área B “Progresso da Medicina na sua Aplicação às Pessoas Idosas”, o premiado foi Carlos Alberto Almeida Valério, Mesário da Santa Casa da Misericórdia de Braga, especialista em Medicina Geral e Familiar. Participou na caracterização da sua comunidade, população do Centro de Saúde de Braga, em diversos programas de intervenção, com especial atenção às questões da saúde e do social envolvendo os mais necessitados, vulneráveis e de risco.
Vítor Manuel Machado Gil recebeu o prémio na área C “Progresso no Tratamento das Doenças do Coração”. Eleito Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia para o biénio 2019-2021, é ainda membro da direção do Instituto do Coração desde 2003 e coordenador do Departamento Cardiovascular do Hospital Lusíadas desde 2008. Na linha da investigação foi investigador principal de vários ensaios clínicos multicêntricos e participou em centenas de palestras científicas nacionais e internacionais, tendo sido galardoado com 8 prémios.
À semelhança das edições anteriores dos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria, foram ainda atribuídas três menções honrosas, nomeadamente às áreas A e B.
Na área A “Cuidado e Carinho Dispensado aos Idosos Desprotegidos”, o júri distinguiu a Casa do Povo de Abrunheira pela qualidade do serviço que presta nas suas três Estruturas Residências Para Idosos, igualmente reconhecido pela equipa de Gerontopsiquiatria dos hospitais da Universidade de Coimbra como a melhor Instituição a trabalhar com a doença de Alzheimer e doenças equiparadas neste distrito. Também nesta área, o júri decidiu homenagear a Congregação das Irmãs Concepcionistas pelo serviço prestado aos mais desfavorecidos.
Por outro lado, na área B “Processo da Medicina na sua Aplicação às pessoas idosas” o júri reconheceu o trabalho realizado por Miguel Julião, doutorado em cuidados paliativos, que, desde 2006, tem-se dedicado a um percurso da investigação para que pessoas em sofrimento possam ver melhorada a sua condição geral de vida.
Sobre os Prémios Nunes Correa Verdades de Faria
Criados em 1987, estes galardões cumprem a vontade expressa em testamento por Enrique Mantero Belard, reconhecido como um dos últimos grandes beneméritos portugueses.
Enrique Mantero Belard morreu em 1974 e no seu testamento deixou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa uma parte significativa dos seus bens, mediante a condição de esta instituição atribuir três prémios pecuniários anuais distintos destinados a galardoar os indivíduos que mais se tenham distinguido nos cuidados a idosos.
Este benemérito deixou também a residência Faria Mantero à Misericórdia de Lisboa, para ser utilizada como lar ou casa de repouso para pessoas idosas de mérito e necessitadas.
A 23 de julho de 1920 – data que surge nos registos oficiais – nascia aquela que viria a ser a grande diva da música nacional: Amália da Piedade Rebordão Rodrigues. A fadista -também fez carreira no cinema e no teatro- que revelou um dia que começou “a cantar antes de falar”, completaria hoje 100 anos de vida.
Várias entidades, entre elas a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, associaram-se ao centenário do nascimento da rainha do fado. O dia começou com uma missa de ação de graças, celebrada na Igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa, que contou com transmissão via streaming no Facebook a Fundação Amália Rodrigues.
As celebrações prosseguiram no Panteão Nacional, onde Amália está sepultada desde 2001, com a cerimónia de emissão de selos comemorativa do centenário, numa colaboração entre a Fundação Amália Rodrigues e os CTT – Correios de Portugal.
À noite é com música que se recorda a artista. Mais de uma dezena de músicos vai prestar tributo à diva da música nacional, no espetáculo “Bem-vinda Sejas Amália” que inicia às 22h, na Herdade do Brejão, onde Amália tinha a sua residência de férias. O concerto é aberto ao público, mas contará também com transmissão direta na RTP 1.
Santa Casa reforça apoio à cultura
Tendo em conta o contributo dado pela Fundação Amália Rodrigues à cultura nacional, a Misericórdia de Lisboa celebrou um protocolo com a fundação, dando assim continuidade à missão de apoiar o setor, sobretudo em tempos de pandemia, ao possibilitar ainda que os espetáculos sejam acessíveis a todos.
Este protocolo visa, entre outras medidas, apoiar a fundação a criar condições de acessibilidade e conforto a pessoas de mobilidade reduzida e a requalificar o espaço destinado a reservas museológicas que carece de reconstrução de toda a cobertura do edifício. Destaque ainda para a criação de um programa especialmente vocacionado para os seniores, que será desenvolvido ainda em 2020.
Além da música, a vida e obra da artista tem vindo a ser retratada no cinema e no teatro, em inúmeros filmes, documentários e peças que recordam momentos da vida da fadista. A preservação, estudo e divulgação da vida e obra da artista são os principais objetivos da Fundação Amália Rodrigues, fundada em dezembro de 1999.
E porque Amália merece ser lembrada sempre, a edição de 2020 do Santa Casa Alfama será dedicada ao centenário da maior diva do fado de todos os tempos.
Tudo corria bem, até ao último mês de março, em que o mundo se viu “a braços”, com uma pandemia devastadora, provocada pelo novo coronavírus. Os ensaios semanais que criavam uma rotina feliz a todos os integrantes da Orquestra Geração Santa Casa foram cancelados. As atuações presenciais adiadas e o grande concerto de final de ano letivo saltaram para uma nova forma de comunicar, o digital. O mundo mudou e a Orquestra Geração também.
“Foi tudo muito rápido. Parece que de um dia para o outro, tivemos de nos adaptar a uma nova realidade. Passámos a fazer tudo através de um ecrã”, relata Amanda, uma das principais, contrabaixo da orquestra.
A escola que antes era um espaço de lazer e de aprendizagem deu lugar ao vazio, mas, no sentido inverso, as casas destes jovens que durante o dia estavam entregues aos raios de luz, que trespassavam as janelas, são agora grandiosas salas de músicas, onde os acordes de violoncelos, contrabaixos, violinos e outros instrumentos, alegram serões e trazem a esperança a prédios inteiros.
“Não estava habituado a ensaiar em casa. Foi engraçado porque os meus pais só tinham tido a oportunidade de me ver a tocar ao vivo e nunca tinham assistido aos ensaios e desde que viemos para casa que eles [pais] e os vizinhos têm ouvido os meus ensaios e gostam muito”, conta Alan, um dos três irmãos de contrabaixista Amanda, frisando que “o mais difícil ainda foi conciliar a escola com os ensaios, mas como somos três irmãos e todos tocamos na orquestra, conseguimos ajudar-nos mutuamente”.
Sentindo que a escola não poderia ficar para trás e que muitos dos integrantes da Orquestra Geração Santa Casa não tinham meios digitais para acompanhar nem as aulas nem os ensaios, a Misericórdia de Lisboa decidiu atribuir tablets a 23 jovens músicos com acesso à internet, para que pudessem continuar a sua aprendizagem musical e escolar.
A rotina destes jovens, agora, é outra, mas nem a pandemia evitou que o tão desejado concerto de final de ano da Orquestra Geração se realizasse. Foi no passado dia 12 de julho, que os jovens músicos, de instrumentos em punho se fizeram sentir, um pouco por toda a cidade, no aconchego das suas casas.
“O início do concerto foi complicado. Não acertava com as notas, os tempos de entrada estavam péssimos, mas nós somos a Orquestra Geração e sempre conseguimos atuar. Desta vez não foi diferente”, afirmou sorridente o pequeno Omar, de apenas 12, que juntamente como seu irmão Mustaphá, de 7 anos, são os benjamins da orquestra.
Depois de uma vida marcada por vários episódios difíceis que forçaram o abandono da sua terra natal, Cabo Verde, em busca de uma vida melhor em Portugal, estes irmãos e jovens músicos conseguiram encontrar na Orquestra Geração Santa Casa uma família, amigos, paz e motivação para prosperarem tanto nos estudos como na música.
“Eles, desde que entraram para a orquestra, não se perdem no que não interessa. Sabem que esta é uma oportunidade de terem um rumo na vida e depois do que já passaram estão gratos pela Santa Casa e a Orquestra Geração lhes darem esta oportunidade”, conta Eliana, mãe de Omar e Mustaphá.
Com o poder de transformar vidas, a música assume um papel de extremo relevo na vida destes jovens. Na Orquestra Geração Santa Casa encontraram uma vocação adormecida, mas acima de tudo, um grupo de pessoas que se preocupa, porque verdadeiramente o que os une a todos é a música.
Orquestra Geração, um projeto social aberto a todos
O projeto Orquestra Geração nasceu em 1975, na Venezuela, com o intuito de recruta jovens músicos em bairros e lugares onde é mais difícil chegar a arte.
Há mais de 38 anos integra nos seus agrupamentos (mais de 200 orquestras juvenis locais) crianças e jovens provenientes de bairros problemáticos, com problemas de insucesso e abandono escolar, e com dificuldades de integração social. Orquestra Geração já foi, por duas vezes, considerado um dos melhores projetos de intervenção social da União Europeia.
A primeira Orquestra Geração em Portugal surge em 2007/2008, na Escola Básica Miguel Torga, no bairro Casal da Boba, na Amadora, e é no ano de 2017 que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa decide abraçar este projeto artístico e de inclusão social, constituindo a Orquestra Geração Santa Casa destinada a crianças e jovens a cargo da instituição.
Para o efeito foi criado um protocolo de colaboração com o Projeto Orquestra Geração Sistema Portugal, que tem como essência o trabalho social realizado através da música, nomeadamente da prática de orquestra de conjunto.
O sucesso tem sido evidente. A Orquestra Geração Santa Casa, ao longo dos anos, já teve a oportunidade de atuar em sítios marcantes para a história de Lisboa, como a Igreja de São Roque e algumas salas de espetáculos, como a mítica casa de ópera da cidade, o Teatro São Carlos.
Já são conhecidos os grandes vencedores dos Prémios Marketeer 2020, que, segundo a organização, pretendem reconhecer aqueles que “fazem a diferença nas marcas em Portugal”. Os galardões foram entregues esta quinta-feira, 16 de julho, n’ O Clube – Monsanto Secret Spot, em Lisboa.
A cerimónia de entrega destes galardões teve início pelas 19h00 e foi transmitida em direto no portal Sapo e nos meios on-line da Marketeer.
Nesta 12ª edição, o “jogo mais excêntrico do país” mereceu novamente a preferência dos leitores da Marketeer, sagrando-se vencedor, pelo quarto ano consecutivo, na categoria “Jogos da Sorte”.
Depois de agradecer aos leitores da Marketeer pela sua preferência, João Gonçalves, diretor da Unidade de Apostas Desportivas do Departamento de Jogos, sublinhou que este prémio é um “reconhecimento” pelo trabalho realizado, ao longo dos anos, em prol das boas causas e daquilo que os jogos sociais do Estado representam para a sociedade portuguesa.
No total, foram 34 as categorias que contaram com a ajuda dos leitores para encontrar os respetivos vencedores, sendo que a lista de nomeados resulta de um cruzamento de avaliações por parte da redação e do Conselho Editorial da Marketeer.
Além do trabalho desenvolvido pelas marcas, os Prémios Marketeer pretendem reconhecer também as melhores agências de Comunicação, de Meios e de Branding e Publicidade. Juntam-se ainda três prémios de atribuição direta.
Aos 88 anos, Fernanda Barbosa teve o seu primeiro smartphone. O presente chegou pelas mãos da Santa Casa, através do projeto #DarVoz, iniciativa levada a cabo pela Misericórdia de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, BCG, Mercedes Benz e NOS.
Fernanda tricotava enquanto esperava pela visita da equipa da Santa Casa. Além do tricô também faz malha. Este amor pelos tecidos é muito mais do que um passatempo. É manter aceso o amor pela profissão de modista que exerceu durante anos a fio.
“Tome este presentinho, doutora. É para guardar o terço”. Fernanda tinha preparada “uma lembrança” para a responsável pela Direção de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade da Santa Casa, Etelvina Ferreira. Um pequeno saco de cores verde e branco tricotado por si. Fernanda usa a arte para agradecer, mas também para proteger os outros. Durante o período de confinamento, por iniciativa própria, dedicou-se a fazer máscaras para todos os colaboradores da Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) Descobertas.
Sente saudades de todos aqueles com quem conviveu diariamente na UDIP Descobertas. Agora, com o smartphone, será mais fácil encurtar distâncias. Amanhã, Fernanda irá receber a visita da animadora Isabel Botelho, que vai explicar à utente como aproveitar o novo telemóvel para estar em contacto com o mundo. É necessário ensinar estas tecnologias, até porque vão começar a dar aulas por videochamada a utentes que disponham de smartphones. É necessário, por vezes, deixar as agulhas do tricô de lado e manter o corpo ativo, com o exercício físico recomendado pelas técnicas de animação.
Tudo fica mais fácil com o novo telemóvel que já permite ver quem está do outro lado da linha. A primeira chamada foi para a nora Margarida. As duas trocaram sorrisos durante longos minutos. “Todos os dias, várias vezes, vamos falar por aqui. Esta noite já lhe vou ligar”, ouve-se do outro lado da linha. Fernanda fica animada com a promessa de, a partir de agora, poder ver diariamente a família que está no Algarve: “Agora é que vai ser. Vou ter netos e bisnetos a ligar”.
É aqui que o projeto #DarVoz cumpre a sua principal missão: aproximar as pessoas em isolamento dos familiares e amigos, independentemente de terem ou não capacidade económica para o fazer. Fernanda é apenas uma de 31 utentes da Santa Casa que receberam smartphones, através deste projeto. Numa primeira fase, foram entregues 61 telemóveis à Misericórdia de Lisboa, divididos por Centros de Dia (20), Serviços de Apoio Domiciliário (10) e utentes (31).
Fernanda tinha um telemóvel “dos antigos que só dava para ouvir”. “Às vezes estou a falar com pessoas a quem só conheço a voz”, conta. Isso acontece com a responsável pela equipa de apoio psicológico, a quem só conhece a voz. Agora, quer aproveitar o telemóvel para ver a cara dessa “senhora simpática” que, no outro dia, durante uma chamada, “até meteu Andrea Bocelli a cantar” no rádio para animar a utente. Mas é raro andar triste, sobretudo agora com um telemóvel que lhe permite estar mais perto da família: “Tristezas não pagam dívidas. Enquanto estiver satisfeita, vou continuar a rir”.
O mundo que cabe num ecrã
Uma lupa ampara as dificuldades de visão de Adriano Monteiro, 53 anos. Os óculos já não servem para ler as letras miúdas que surgem no telemóvel. O ecrã partido do telemóvel antigo também não ajuda na hora de ler as mensagens.
O smartphone oferecido pela Santa Casa vem resolver esse e outros problemas. Agora, vai aproveitar a “máquina” para se distrair, para ocupar os dias, que, normalmente, passa sozinho. Já tem em mente algumas coisas que vai fazer com o smartphone: ler mais, fazer videochamadas e até ver vídeos no youtube. “Bem sei que estes telemóveis têm o mundo e que dá para fazer muita coisa”, constata. À assistente social, Susana Francisco, da UDIP de Marvila, deixa a promessa: “Logo ligo-lhe por videochamada. Pode ser, doutora?”.
Uma prateleira preenchida com dvd’s serve de apoio à sua companhia diária: a televisão. Tem uma secção com filmes infantis para entreter os cinco netos, quando o visitam. São as fotos deles e dos sete filhos que forram as paredes da entrada da casa. Os contactos com eles são quase diários. Agora, com o novo telemóvel, fica mais fácil ver, por exemplo, a filha que está na Suíça: “Agora, já os posso ver. Nunca usei whatsapp porque este telemóvel (o antigo) não serve para nada, mas sei como funciona”, conta.
A entrega do smartphone a Adriano é feita com o intuito de incentivar o utente a distrair-se. É raro sair à rua, sobretudo nesta altura de pandemia. “Às vezes vêm amigos aqui à porta: ‘Ó Adriano, anda daí’, mas nunca vou. Quando quero falar com alguém pego no telemóvel e ligo para essa pessoa. Agora com este telemóvel até posso vê-los”, constata.
“O Projeto #DarVoz pretende apoiar utentes da Santa Casa em situação de isolamento, que tenham capacidade para trabalhar com estes equipamentos. A ideia é que este smartphone faça alguma diferença na vida destas pessoas, seja mantê-los ocupados e distraídos, seja dotá-los de capacidades tecnológicas e digitais”, explica Filipa Neves, da Direção de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade da Santa Casa.
O repto é também lançado à sociedade civil em geral. Quem tiver smartphones ou tablets em boas condições pode doar a um dos postos sinalizados e colocar o seu telefone ou tablet antigo à disposição de pessoas que vivem isoladas.
A inclusão no mercado de emprego, oportunidades de trabalho e os desafios colocados pela pandemia a profissionais e empregadores. Foi para debater tudo isto que o jornal Público promoveu, esta manhã, um webinar dedicado ao tema “O mercado de emprego em tempos de pandemia”, que contou com a presença de um grupo de parceiros da iniciativa PSuperior, do jornal Público, destinada a promover a literacia mediática nos estudantes universitários, e à qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa se associou.
Tal como anunciou o diretor do jornal Público, Manuel Carvalho, os estudantes-alvo deste webinar são “todos os alunos finalistas de uma série de cursos de todas as universidades públicas e algumas privadas do país”, até porque um dos objetivos deste fórum é “aproximar as empresas parceiras do PSuperior dos estudantes”.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, marcou presença na sessão para dar conta do trabalho desenvolvido pela instituição em tempos de pandemia, mas também do que está a ser pensado para o futuro.
A Santa Casa tem em curso uma iniciativa que vai dedicar-se, exclusivamente, a colocar pessoas com deficiência no mercado de trabalho. “Entendemos que para estas pessoas não chega o seu esforço individual. É preciso que haja aqui um suporte. Estamos a preparar-nos para lançar uma iniciativa de grande fôlego nesse domínio”, revela o provedor.
Edmundo Martinho recorreu a dados para dar nota que Portugal é dos países onde a empregabilidade de pessoas com deficiência é mais baixa. Também por isso a Santa Casa está a colocar de pé esta iniciativa, pensada para ajudar, apoiar e suportar pessoas com deficiência na construção de carreiras profissionais estáveis, “adequadas às capacidades que têm, mas que saia dos limites habituais do emprego assistencial e do emprego protegido”.
O provedor aproveitou o webinar para relembrar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Misericórdia de Lisboa desde o início da pandemia, uma vez que a Covid-19 levou a “um aumento muito significativo das situações de fragilidade” na cidade de Lisboa, com mais pessoas a solicitarem o apoio dos diferentes serviços prestados pela Santa Casa.
“As fragilidades que existiam adquiriram uma dimensão no seu dramatismo. Para nós está a ser um tempo de mobilização, sem precedentes, de recursos humanos, materiais e financeiros para poder dar resposta às inúmeras solicitações que nos chegam. É a questão que nos mobiliza diariamente: perceber aquilo que está acontecer na cidade, mas sobretudo aquilo que pode vir, de modo a que possamos preparar e antecipar algumas questões”, considera Edmundo Martinho, reforçando que a instituição “tem conseguido dar resposta às solicitações”.
Recorde-se que a Santa Casa é parceira do PSuperior desde abril de 2020. Considerando que o jornalismo é um dos bastiões das sociedades democráticas, a Misericórdia de Lisboa financiou mil assinaturas digitais do jornal Público.