logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Da escuridão à luz: histórias inspiradoras no Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos

Atualmente, o CRNSA dispõe de duas grandes respostas: uma, centrada no programa de realização para pessoas maiores de 16 anos, vindas de qualquer ponto do país, PALOP e ilhas; e outra, que consiste num programa de estimulação sensorial na primeira infância para crianças dos 0 aos 6 anos que, por circunstâncias diversas, têm alguma limitação visual.

Nas últimas décadas, o Centro tem também desempenhado um papel fundamental na promoção de uma sociedade mais inclusiva, através de diversas ações de sensibilização e informação, tanto internas como externas, visando sensibilizar a comunidade, incluindo o meio académico e empresarial, para a realidade vivida pelas pessoas com deficiência visual.

Relembre aqui a reportagem sobre esta valência da Misericórdia de Lisboa.

Melhor participação de sempre de Portugal nos Jogos Olímpicos contou com 27 bolseiros dos Jogos Santa Casa

Os 27 bolseiros que participaram nos Jogos Paris 2024 já se encontram em solo nacional, depois de duas semanas a integrar a equipa portuguesa (com um total de 73 atletas) e a lutar para a obtenção dos melhores resultados. O objetivo foi conseguido, com os desportistas lusos a trazerem para casa quatro medalhas olímpicas: ouro para Rui Oliveira e Iúri Leitão, com este último a conquistar uma segunda medalha de prata, Pedro Pichardo com prata e Patrícia Sampaio a obter bronze.

Desde 2013 que os Jogos Santa Casa são Parceiros Oficiais para a área da Educação do Comité Olímpico de Portugal (COP) sendo, desde 2014, os Principais Patrocinadores do Comité Paralímpico de Portugal (CPP). Ambas as parcerias têm como objetivo apoiar os atletas dos Programas de Preparação Olímpica, Paralímpica e Surdolímpica, permitindo conciliar a prática desportiva com a educação, através da atribuição anual de Bolsas de Educação.

O Programa Impulso Bolsas de Educação Jogos Santa Casa, designação das bolsas que são atribuídas, permite aos atletas iniciar ou prosseguir as suas carreiras duais, evitando o afastamento prematuro do desporto de alto rendimento ou o abandono precoce dos estudos.

Nas 11 edições do programa foram já atribuídas 470 bolsas a 231 atletas de 26 modalidades, num total de mais de 1,3 milhões de euros.

A despedida de José Manuel Constantino

A prestação portuguesa na mais emblemática competição desportiva foi ensombrada pela morte de José Manuel Constantino, Presidente do Comité Olímpico de Portugal, precisamente no dia em que encerraram os Jogos Olímpicos de 2024, a 11 de julho.

A perda foi lamentada publicamente pela Misericórdia de Lisboa que, através do Departamento de Jogos, tinha desenvolvido ao longo dos últimos anos uma relação de forte proximidade com o responsável do COP, devido à preocupação comum de se zelar pelos atletas e pelo projeto Olímpico.

“Os resultados alcançados em Tóquio e, agora, em Paris, são um bonito e justo legado de José Manuel Constantino, o qual deve ser preservado e continuado”, pode-se ler no comunicado então divulgado pela Santa Casa, numa referência à melhor pontuação de sempre obtida por

Portugal em Jogos Olímpicos: o 50.º lugar no “medalheiro”, o que representa um “salto” relativamente à prestação nacional em Tóquio 2020, altura em que Portugal alcançou o 56º lugar.

*Fotografia cedida pelo COP e registada antes da partida da equipa portuguesa para Paris

Unidade de Saúde da Liberdade: um espaço ao serviço de quem menos tem

Inserido na freguesia de Campolide, o Bairro da Liberdade é um território que vive sobre si próprio. Paredes meias com o Bairro da Serafina, este sim, mais conhecido dos lisboetas, a Liberdade, como é apelidado entre os moradores do bairro, é um conjunto de casas, muitas delas a fazer lembrar os bairros mais carenciados de Lisboa, no final do século passado, onde velhos e novos vivem diariamente “apinhados” em aglomerados de betão, madeiras, passadiços estreitos e becos.

Todo este cenário contrasta com a vista que o bairro tem. Do outro lado da colina, um verdadeiro postal da cidade se abre ao olhar, tendo as Torres das Amoreiras como pano de fundo. Como vizinho, um dos mais emblemáticos monumentos da cidade, o Aqueduto das Águas Livres. Do outro lado, o Parque Natural do Monsanto. 

Neste emaranhado de contrastes vivem mais de sete mil pessoas, divididas pelos dois bairros, na sua maioria imigrantes, grande parte deles indocumentados, além de muitas famílias carenciadas.

Foi por isso que a Misericórdia de Lisboa inaugurou há 10 anos, neste bairro, a Unidade de Saúde Santa Casa da Liberdade (USSC Liberdade). O espaço contíguo ao Centro Social Paroquial de São Vicente Paulo, engloba várias valências, no qual os moradores de ambos os bairros, podem receber cuidados de saúde a título gratuito, mediante comprovativo de residência. 

André Brandão de Almeida, administrador da Santa Casa e que fez parte da primeira equipa de sáude da unidade como médico dentista, recorda que esta Unidade de Saúde “tem particularidades que a diferencia das restantes, uma vez que toda a população tem acesso a cuidados, sem necessidade de ter o Cartão de Saúde Santa Casa. É por isso, desde o seu início, uma unidade de acesso universal, tendo em conta a população do bairro”.

Uma das grandes diferenças entre a USSC Liberdade e as restantes unidades que a Misericórdia de Lisboa detém na cidade, prende-se com a valência da Medicina Dentária. Entre as várias Unidades de Saúde Santa Casa (Oriental Dr. José Domingos Barreiro, Ocidental, Telheiras – Extensão Bairro Padre Cruz), esta é a única que tem o serviço de estomatologia totalmente gratuito.

Inclusive, a aposta nesta especialidade foi também “um projeto piloto para outras respostas”, como refere o antigo médico dentista da unidade, frisando que “foi da experiência adquirida neste bairro que surgiram projetos, como o SOL – Saúde Oral em Lisboa”,  serviço destinado a todas as crianças e jovens, dos 0 aos 18 anos, residentes ou estudantes em Lisboa, onde todos os cuidados prestados são isentos de pagamento, independentemente da condição social ou económica dos utentes.

Para além do serviço de estomatologia, a USSC Liberdade disponibiliza cuidados em Planeamento Familiar, Saúde Materna, infantil e juvenil, do adolescente, do adulto e do idoso, bem como serviços de fisioterapia assegurados pelo Centro Paroquial de São Vicente de Paulo.

André Brandão de Almeida

André Brandão de Almeida, atualmente administrador da Santa Casa, foi um dos profissionais de saúde que inauguraram a unidade, em 2014.

10 anos de Liberdade, um balanço positivo

Em 10 anos muito mudou. A equipa alterou-se, as metodologias também. Houve uma pandemia pelo meio que parou o mundo, mas no bairro, o tempo parece que parou. Os problemas são os mesmos e as especificidades dos utentes também. 

Ao longo desta década, milhares de pessoas, de várias nacionalidades, encontraram nesta unidade de saúde uma resposta. Só no último ano, foram realizadas 3.396 consultas de Medicina Geral e Familiar e quase 6.000 atos de enfermagem. Já na área da Medicina Dentária foram realizadas 1.272 consultas de Saúde Oral e 693 de Higiene Oral.

António Simões, médico da unidade desde a sua inauguração comenta que na Liberdade “ninguém fica para trás”, lembrando que a ideia de ter este espaço no bairro, foi fundamental para que “muitas destas pessoas conseguisse ter algum tipo de acompanhamento médico”.

“Este é um território esquecido pelos decisores. Em boa hora, a Santa Casa apostou em colocar aqui esta unidade. Para muitas das pessoas que aqui moram, se não houvesse aqui esta resposta, muito dificilmente tinham cuidados de saúde primários”, destaca o médico de Medicina Geral e Familiar.

Na opinião de António Simões, o balanço “é positivo” e explica que “este bairro pode ser comparado como algumas aldeias de Portugal, onde todos se conhecem. Notamos que os moradores têm confiança em todos os profissionais que aqui trabalham e sentimos um carinho muito grande por parte da comunidade”.

Já Eunice Vidasinha, enfermeira-chefe da unidade não tem dúvida que “a proximidade e a acessibilidade é a melhor forma para cuidar de alguém”. 

Duas vezes por semana, terças e quintas-feiras, a unidade de saúde acolhe também um serviço de apoio social, feito por assistentes sociais da Misericórdia de Lisboa. Para a enfermeira-chefe “esta é uma valência que auxilia e muito o trabalho diário, porque dá um retrato de situações de saúde causadas por uma emergência social”.

Como exemplo Eunice Vidasinha recorda o caso de uma senhora russa que procurou na unidade abrigo, devido a um quadro de violência doméstica. “Foi um caso complicado, porque a senhora estava com receio de dizer ser russa devido ao conflito na Ucrânia, e só dizia que, fora o episódio de violência doméstica, era constantemente mordida pelos ratos. Entretanto foi encaminhada para o Hospital de Santa Maria e mais tarde fui contactada e informaram-me que a senhora estava com uma quebra no número de plaquetas devido às condições insalubres da habitação”, lembra.

No entanto, Eunice Vidasinha tem a convicção que “o trabalho desenvolvido pela unidade tem um grande impacto na qualidade de vida da população”, ainda assim, garante sorridente que “temos espaço para fazer mais e melhor”.

Atual equipa da USSC da Liberdade

SCML vai reforçar Rede de Cuidados Continuados com apoio do PRR

A SCML deu mais um passo importante no reforço da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, com a assinatura, por parte da administradora Ângela Guerra, de dois contratos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nas instalações da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), no passado dia 10 de julho.

Num dos contratos de financiamento assinados estão previstas obras de remodelação no interior do segundo piso do edifício da UCCI Rainha Dona Leonor, com vista à instalação de uma Unidade de Dia e Promoção de Autonomia dirigida à população adulta da região de Lisboa e Vale do Tejo, com capacidade para 25 utentes. O segundo contrato, por sua vez, prevê obras de intervenção total num edifício devoluto localizado no Complexo da Estrela, para a instalação de uma Unidade de Dia e Promoção de Autonomia Pediátrica, com capacidade para 14 utentes com menos de 18 anos. Ambas as respostas serão em regime de não internamento.

Com estes dois projetos, que deverão estar concluídos no final do próximo ano, a Santa Casa vai reforçar a sua intervenção na área dos Cuidados Continuados Integrados, ao criar respostas ambulatórias que promovem a autonomia de crianças, jovens e adultos com diferentes níveis de dependência.

O acesso a estes dois equipamentos abrangerá toda a população da região de Lisboa e Vale do Tejo, permitindo a prestação de cuidados integrados de suporte, de promoção de autonomia e de apoio social.

A UCCI Rainha Dona Leonor tem atualmente capacidade para 91 adultos em regime de internamento (13 em Unidade de Convalescença, 39 em Unidade de Média Duração, 39 em Reabilitação e Unidade e Longa Duração e Manutenção).

Jogos Santa Casa reforçaram na Volta a Portugal a aposta na juventude e no talento nacional

A festa da Volta a Portugal terminou este domingo em Viseu, coroando Artem Nych, da Sabgal-Anicolor, como o grande vencedor da edição deste ano. Os Jogos Santa Casa voltaram a estar associados a este importante evento desportivo nacional, através da camisola branca da juventude e do prémio do melhor português em prova.

O corredor russo, de 29 anos, assegurou o triunfo final com 01:23 segundos de vantagem sobre Stüssi, segundo na classificação geral, e 2:38 segundos sobre o porto-riquenho Abner González da “armada” da Efapel, que foi terceiro.

Jaume Guardeño, da equipa Caja Rural-Seguros RGA, conquistou a camisola branca Placard, como melhor atleta na categoria sub-23. Já Gonçalo Leaça, da equipa Credibom-LA Alumínios-MarcosCar, terminou no 4.º lugar, tendo sido distinguido como melhor português na classificação geral.

David Lopes, administrador dos Jogos Santa Casa, teve o privilégio de atribuir os prémios aos dois ciclistas, numa cerimónia que reconheceu o mérito e o esforço destes atletas ao longo das 10 etapas da 85.ª Volta a Portugal.

Para David Lopes, “estes prémios reforçam também o compromisso dos Jogos Santa Casa no apoio ao talento jovem”, destacando ainda a histórica associação dos JSC à Volta, uma prova que vai das grandes cidades às pequenas aldeias, recebida sempre de forma tão acarinhada pelas pessoas.

“Tal como a Volta, a proximidade com as pessoas e localidades é também a matriz da atividade dos Jogos Santa Casa, que assenta numa rede de 5 mil mediadores em todo o país, muitos deles negócios familiares, e que, direta ou indiretamente, envolvem cerca de 18 mil postos de trabalho”, destacou David Lopes.

Misericórdia de Fafe inaugura creche e jardim de infância reabilitados com apoio do FRDL

Foi inaugurada, nesta quarta-feira, a reabilitação do edifício da creche e jardim de infância da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, uma obra que contou com o apoio do FRDL, naquela que é a sua missão de contribuir para a inovação em projetos sociais e para a recuperação do património histórico das Misericórdias do país.

A remodelação integral e adaptação do equipamento social permitirá um aumento da capacidade da creche, que passará das atuais 57 para 90 vagas para bebés, e também da valência do pré-escolar, que proporcionará um aumento de 67 para 75 vagas para crianças.

A presidir a ocasião esteve a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, onde afirmou que as boas causas não têm fronteiras, destacando o contributo do FRDL. Por sua vez, David Lopes, administrador da SCML, sublinhou o orgulho do Fundo em associar-se a esta obra, pela sua importância e dimensão.

Estiveram presentes ainda a secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, o provedor da SCM de Fafe, António Peixoto, o presidente da Câmara de Fafe, Antero Barbosa, o bispo auxiliar de Braga, Delfim Gomes, o vogal da União das Misericórdia, Nuno Reis, e Inez Dentinho, membro do Conselho de Gestão do FRDL,  entre outros convidados institucionais.

A intervenção no edifício centrou-se, pela sua urgência, nas questões de eficiência energética e modernização dos espaços. Para o efeito, foi instalado um novo sistema contra incêndios e efetuadas alterações fundamentais num edifício que terá capacidade para vir a acolher, na sua capacidade máxima, 165 bebés e crianças. Foram também intervencionadas todas as benfeitorias associadas à reabilitação do edifício e reformulada a platibanda da fachada do edifício, que assim retoma a traça original.

Criado em 2014, o Fundo Rainha D. Leonor já apoiou 142 misericórdias, incluindo o financiamento de obras em 114 equipamentos sociais, como lares, centros de dia ou creches, e em 28 projetos de recuperação de património histórico e cultural, como igrejas ou museus, num valor que ascende a 23 milhões de euros.

Descubra a Magia dos Tronos de Santo António no Espaço Santa Casa

Em parceria com o Museu de Santo António – EGEAC e a Unidade de Animação Socioeducativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), esta exposição promete deslumbrar visitantes de todas as idades.

De 19 de julho a 16 de agosto, das 9h30 às 17h30, o Espaço Santa Casa tem as portas abertas para apresentar os maravilhosos Tronos de Santo António. Este ano, 41 equipamentos da SCML participaram entusiasticamente neste desafio anual, mostrando um trabalho de criatividade e devoção.

Os visitantes poderão admirar tronos elaborados e adornados com uma mistura de inovação e tradição, refletindo a rica herança cultural de Lisboa. A exposição não só mantém viva a tradição dos tronos, mas também celebra a criatividade e o espírito comunitário de todos os participantes.

Não perca a oportunidade de vivenciar a devoção e a arte dos Tronos de Santo António. Visite a exposição e deixe-se envolver pela magia e pela história que cada trono conta. 

Oferta sociocultural da Santa Casa não para em agosto

Assim, por exemplo, no âmbito das atividades físicas e desportivas, pode optar por Ginástica Adaptada, no Centro de Dia Nossa Senhora dos Anjos (CRNSA). Todas as terças-feiras, das 11h00 às 12h00, esta atividade, desenvolvida em parceria com a Unidade de Promoção do Voluntariado, é especialmente projetada para pessoas com mobilidade condicionada.

Também no CRNSA, e para estimular a mente, tem lugar o programa AtivaMente, às quartas-feiras, das 15h00 às 16h00. Mantenha sua mente ativa e engajada com atividades de estimulação cognitiva em grupo. Utilizando provérbios populares, adivinhas, jogos como o jogo da forca e STOP, cada sessão é uma oportunidade de aprender e divertir-se num ambiente interativo e dinâmico.

Já no Centro de Desenvolvimento Comunitário Bairro dos Loios, oferece-se a atividade ‘Caminhar para Ser Feliz’. Às terças e quintas-feiras, das 10h00 às 11h00, desfrute do ar livre com as caminhadas revitalizantes pelas hortas, ruas e parques públicos do Bairro dos Loios e arredores. Esta atividade não só promove a saúde física, como também oferece uma oportunidade de socialização e conexão com a natureza.

Venha fazer parte destas atividades enriquecedoras e experimente uma nova forma de viver com mais saúde e alegria.

Pode consultar toda a programação da agenda aqui.

Santa Casa assinala Dia dos Avós no Jardim do Campo Mártires da Pátria

O Centro de Dia Nossa Senhora da Pena, da Misericórdia de Lisboa, em conjunto com vários parceiros que atuam na freguesia de Arroios, promoveram no Jardim do Campo Mártires da Pátria, na última sexta-feira, 26 de julho, um conjunto de atividades intergeracionais para assinalar o Dia dos Avós.

Durante toda a manhã, o jardim acolheu várias ações cujo principal objetivo assentou na promoção de vivências saudáveis para o envelhecimento ativo. Do programa constou uma aula de dança, uma sessão de fados e pequenos workshops para os avós. Já para os petizes foram preparados vários jogos, em parceria com a Polícia Municipal de Lisboa, onde a alegria e boa disposição foram o mote para um dia diferente.

Para Clotilde, utente do Centro de Dia Nossa Senhora da Pena, esta atividade “é sempre uma maneira de estar fora de casa”. Natural da Covilhã, e com os filhos e netos a viverem no estrangeiro, recorda que “é a melhor altura do ano quando eles vêm no verão. Não existe nada melhor no mundo que os meus netinhos”.

Já Manuel, que viveu toda a vida na freguesia, acredita que para “esta juventude, é importante perceber, como nós, os mais velhos, somos ainda importantes”. Reformado por invalidez, já há quase 20 anos, acredita que “as crianças de hoje em dia são mais felizes”.

Com esta iniciativa, a instituição pretendeu reforçar laços com as várias instituições que operam no território, promover a intergeracionalidade, quebrar o isolamento social, mas também, proporcionar a todos, velhos e novos, momentos de alegria que certamente perdurarão nas memórias dos participantes.

A celebração do Dia dos Avós visa chamar a atenção para o papel destes, quer ao nível da família, enquanto educadores e referenciais de afeto, quer na sociedade, na transmissão de valores e culturas ao longo das gerações, reconhecendo o papel essencial deste grupo geracional na comunidade.

Parabéns, Hospital de Sant’Ana!

O Hospital Ortopédico de Sant’Ana, localizado na marginal que une Lisboa a Cascais, mais concretamente na Parede, é uma referência na área da ortopedia e traumatologia. Este equipamento da Misericórdia de Lisboa nasceu como Sanatório de Sant’Anna, há já 120 anos, através da vontade do casal Amélia e Frederico Biester, sendo hoje uma unidade de saúde com uma notável reputação nacional e internacional.

A sua longa fachada, paralela à Avenida Marginal, revela o gosto eclético da arquitetura portuguesa do início do século XX, ao qual se alia uma profunda capacidade funcional, bem expressa na articulação de espaços, serviços e equipamentos.

A iniciativa para a sua construção partiu do casal filantropo Amélia e Frederico Biester, sendo depois sucedidos por Claudina Chamiço. Donos de uma avultada fortuna, sem filhos e afetados pela morte de familiares com tuberculose, abraçaram o desafio do médico e amigo da família, Dr. Sousa Martins, de construir um sanatório para as crianças desfavorecidas.

Em 1899, e já com o projeto dos arquitetos Rosendo Carvalheira, Álvaro Machado, Couto Abreu, Norte Júnior e Marques Silva autorizado pela Câmara de Cascais, uma sucessão de acontecimentos trágicos, mais concretamente a morte prematura da quase totalidade dos seus mentores, ia comprometendo o início da obra. Ainda assim, foi lançada a primeira pedra em 1901 e, a 31 de julho de 1904, o edifício é inaugurado, não pelo casal, mas pela herdeira da fortuna dos Biester, Claudina de Freitas Guimarães Chamiço.

O sanatório surge na época como uma unidade hospitalar modelo, especializada no combate e prevenção da tuberculose óssea e destinada a acolher sessenta crianças do sexo feminino e quarenta adultos, vinte homens com complicações cardiovasculares e vinte mulheres com problemas cancerígenos.

Para a prossecução deste propósito, a fundadora contou com o apoio das irmãs de S. Vicente de Paulo, sendo estas substituídas, em 1910, pelas irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena e um capelão, ficando com residência permanente numa área distinta, no piso superior do edifício principal.

Por vontade expressa no testamento de Claudina Chamiço, e após a sua morte, em 1913, o sanatório passa a ser gerido por uma comissão de administração composta por sete elementos: o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Mendes Belo (como presidente não executivo); o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Conselheiro Augusto Pereira de Miranda (como tesoureiro); um familiar dos herdeiros, António José de Carvalho (na altura o marido da sobrinha de Claudina Chamiço); um membro representante da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa e mais três membros escolhidos pelo Cardeal. A dificuldade financeira sentida por esta comissão determinou que a instituição assumisse a administração do espaço em 1927.

Em 1956, é idealizado o projeto de realização de um Centro de Recuperação de Incapacitados Motores, que passa a ser designado por Centro de Reabilitação de Diminuídos Motores. É só em 1961, e por despacho governamental, que o sanatório ganha identidade jurídica como hospital central, passando a denominar-se Hospital Ortopédico de Sant’Ana.

120 anos a cuidar de quem mais precisa

Desde então, o hospital promoveu várias especialidades e iniciativas pioneiras, que passaram pela criação, formação e especialização de equipas multiprofissionais, como ortopedistas, anestesiologistas, fisiatras, enfermeiras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e técnicos ortoprotésicos. 

Na viragem do milénio, o Hospital Ortopédico de Sant’Ana inicia um processo de modernização e atualização tecnológica, com a criação e remodelação de novos espaços do complexo. 

Em 2014, é lançada a primeira pedra de um novo edifício hospitalar, que acaba por ser inaugurado em 2018. Esta unidade conta com uma área total de construção de mais de 6.000 m², um bloco operatório com 4 salas, 60 camas de internamento, uma unidade de cirurgia ambulatória e uma central de esterilização.

Em 2020, em plena pandemia da covid-19, o Hospital de Sant’Ana reinventa-se, prontificando-se a apoiar e complementar a resposta do Serviço Nacional de Saúde. Através do protocolo estabelecido com o Hospital S. Francisco Xavier, o HOSA passou a assegurar a totalidade do serviço de Traumatologia Ortopédica Cirúrgica de S. Francisco e recebeu doentes com teste covid-19 negativo para os respetivos tratamentos e intervenções. Além disso, disponibilizou seis ventiladores para apoiar o SNS no tratamento de doentes em situações críticas.

No ano passado, e novamente sob a égide de ser um hospital ao serviço de todos, o HOSA inaugurou mais uma resposta de complementaridade ao SNS, com a disponibilização de dezenas de camas para acolher pessoas em situação de internamento social. Em pouco mais de meio ano, a Residência Temporária no Hospital Ortopédico de Sant’Ana já acolheu um total de 37 utentes, permitindo libertar camas essenciais para o Serviço Nacional de Saúde.

Mais recentemente, o Hospital Ortopédico de Sant’Ana dá mais um passo, desta vez digital. Em abril de 2024, lança um novo website, dinâmico, moderno e inclusivo, onde os utilizadores podem fazer diretamente a marcação de consultas e exames, consultar todas as informações úteis sobre os serviços prestados, bem como as mais recentes notícias do “universo” Saúde Santa Casa.

Com todo este percurso, é fácil perceber o porquê do Hospital de Sant´Ana continuar a ser, 120 anos depois, uma referência a nível nacional e internacional.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas