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Património Santa Casa: uma porta aberta à cidade

Quantos são? Onde ficam? Para que servem? Ou como é que a instituição conseguiu ter um vasto acervo imobiliário? Estas são algumas das questões que povoam a mente dos lisboetas, quando andam pela cidade diariamente e reparam que, em todas as freguesias, em todos os bairros e em diversas ruas, becos e vielas existe um equipamento ou um prédio que pertence à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Para responder a estas e outras questões é necessário recuar cerca de cinco séculos. Fundada em 1498 pela Rainha D. Leonor, a Misericórdia de Lisboa sempre mereceu o reconhecimento da cidade graças às suas obras de caridade. Desde a sua origem que a instituição trabalhou em prol dos mais desfavorecidos, sendo que, para que este propósito fosse concretizado, importava assegurar a subsistência da instituição.

Em 1768, novos subsídios foram concedidos para a criação dos expostos. Esta política protetora da Misericórdia de Lisboa culminaria na doação, à instituição, da Igreja e da Casa Professa de S. Roque (edifício que pertencia à Companhia de Jesus e que, ainda hoje, alberga a sede da Santa Casa).

Tal como em séculos passados, também nos dias de hoje a grande maioria do património da instituição advém da confiança de benfeitores e beneméritos que entregam à instituição os seus bens, na certeza de serem aplicados em favor de quem mais precisa, como explica a administradora da Santa Casa, com o pelouro do património, Ana Vitória Azevedo.

“A Santa Casa tem a oportunidade de se distinguir nesta área de reabilitação do património por ser proprietária de um património muito significativo, obtido na sua maioria através da confiança e da admiração dos seus beneméritos”. Este património entregue à instituição, e que se configura numa das maiores fontes de receitas, destina-se essencialmente a contribuir para a missão diária da Misericórdia de Lisboa de apoiar as “Boas Causas”.

“Existe sempre uma expectativa das pessoas que doam o património à Misericórdia de Lisboa, de que esse património irá ser utilizado para a missão diária da Santa Casa e que irá servir para ajudar nessa missão”. Ana Vitória Azevedo salienta, ainda, que “a instituição preza sempre a reabilitação do património doado, recorrendo à alienação do mesmo, apenas quando tal seja possível e se revele adequado para a angariação de mais receita destinada à promoção das “Boas Causas”.

Entre prédios urbanos e algumas propriedades rústicas, a Misericórdia de Lisboa detém um total de 659 imóveis. Muitos destes são hoje a residência de centenas de pessoas, seja através da permanência em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), seja através de um arrendamento convencional, seja por um necessário e imprescindível cuidado médico exercido numa Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), ou pela permanência numa casa de autonomia destinada apoiar a transição de jovens, para uma autonomia plena na sua vida adulta, ou ainda através dos vários equipamentos da instituição destinados à primeira infância.

“A Misericórdia de Lisboa tem o dever de promover, reabilitar, conservar e rentabilizar o seu património, por forma a garantir projetos e obras inovadoras que respondam as necessidades daqueles que mais precisam” e a criação de novas respostas depende “das necessidades sentidas, num determinado tempo”, acrescenta, ainda, Ana Vitória Azevedo.

Ana Vítoria Azevedo

A Santa Casa possui um considerável património imobiliário em Lisboa, e ocupa o lugar de segundo maior senhorio da cidade, a seguir à Câmara Municipal de Lisboa. Algum deste património, já reabilitado nos últimos anos, tem vindo a ser premiado pela qualidade das intervenções, sobretudo pela adequação dos espaços reabilitados à missão da instituição.

Um desses exemplos é a Quinta Alegre, na Charneca do Lumiar, que arrecadou o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana – Restauro de 2018, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura.

Construído no século XVIII por iniciativa do 2.º Conde de Vilar Maior e 1.º Marquês de Alegrete, o até então degradado e inacessível Palácio do Marquês do Alegrete, na freguesia de Santa Clara, foi reabilitado tendo em conta um dos principais pilares defendidos pela instituição na intervenção e reabilitação do seu património: a intergeracionalidade.

A Santa Casa “tem vindo a desenvolver, nos últimos anos, um conjunto de projetos com conceitos alternativos de resposta para os mais velhos e para os mais novos”, frisando que a Quinta Alegre é um “exemplo perfeito desta política”, acrescentou a administradora com o pelouro do património.

Em julho passado foi a vez do Palácio de São Roque receber uma menção honrosa na categoria de melhor intervenção de Impacto Social, durante a 9ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana.

Respeitar o passado, ponderar o presente e transformar o futuro

Em junho de 2018, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa acompanha as tendências da cidade e cria o seu programa de arrendamento jovem.

A iniciativa que, numa primeira fase, colocou no mercado 24 frações habitacionais localizadas no centro de Lisboa, com um valor de renda 25% inferior ao valor de mercado, veio contribuir para contrariar a tendência de envelhecimento da população nos centros urbanos e possibilitar que jovens que trabalhem ou estudem no município de Lisboa possam também nele residir.

Este ano já entraram no programa mais 8 frações, na Travessa do Rosário, e irão entrar mais 15 apartamentos, localizados na Rua dos Douradores, após licença de utilização. Com este reforço a instituição garante não só a devolução de mais parque habitacional à cidade, como também permite melhores condições habitacionais e financeiras aos jovens que nela pretendem viver.

Rua dos douradores

Outro dos projetos, ainda em curso, mas que irá reabilitar um dos equipamentos emblemáticos da instituição na zona oriental de Lisboa é o novo espaço da Mitra, situado na freguesia de Marvila, junto ao rio Tejo.

O Lisboa Social Mitra vai agregar no mesmo local várias respostas da Santa Casa, com destaque para os pavilhões dedicados à Valor T e à Casa do Impacto.

Ana Vitória Azevedo afirma que a reabilitação da Mitra foi pensada para “criar um conjunto de valências suportadas na inovação e no empreendedorismo, que pretendem facilitar e apoiar as pessoas com mais dificuldades de integração na sociedade”. “O espaço vai acolher projetos de natureza social, económica, ambiental e de empreendedorismo, a par de espaços comunitários”.

Com um investimento a rondar os 10 milhões de euros, o projeto Lisboa Social Mitra vai fazer nascer uma creche, uma academia de formação dedicada à economia social, uma quinta comunitária, um espaço aberto à comunidade com um jardim de lazer, para além de novos espaços de trabalho dedicados ao empreendedorismo social (com a mudança da Casa do Impacto do Convento de São Pedro de Alcântara para o Palácio da Mitra) e da reabilitação da atual ERPI já existente no local.

Exterior

O futuro de todos nós esteve em debate na Santa Casa

Neste evento, que permitiu a partilha de experiências, melhores práticas e ideias sobre envelhecimento saudável, um conjunto de oradores portugueses, britânicos e brasileiros tentaram encontrar respostas para os grandes desafios de uma sociedade cada vez mais envelhecida. O envelhecimento saudável deve ser, por isso, a prioridade de sociedades com um número crescente de cidadãos mais velhos. O que há a fazer para promover esta causa foi o que esteve em discussão na Sala de Extrações da Misericórdia de Lisboa, esta terça-feira, 15 março.

Portugal e o Reino Unido partilham um envelhecimento acelerado. Numa década, o número de pessoas mais velhas poderá duplicar e perspetiva-se que este público se aproxime cada vez mais dos cem anos de idade. Um desafio para sociedades, governos e sistemas de saúde.

Construir um futuro para um Envelhecimento Saudável

Na sessão de abertura, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, defendeu que o tema em discussão “tem cada vez mais relevância no trabalho desenvolvido na Santa Casa Misericórdia de Lisboa, de modo a assegurar um envelhecimento saudável, digno e, sobretudo, autónomo. É uma prioridade para nós, e a realização deste evento manifesta uma preocupação comum entre o Reino Unido e Portugal. Este fórum será certamente um momento que vai acrescentar capacidade para trabalharmos melhor e com o objetivo de servirmos com mais qualidade os cidadãos mais velhos”.

Já Ross Matthews, ministro conselheiro da Embaixada Britânica em representação do embaixador, agradeceu a parceria com a Misericórdia de Lisboa, fazendo votos que esta seja a primeira de muitas iniciativas conjuntas relacionadas com o tema do envelhecimento. Destacou, ainda, que este evento é importante para debater, partilhar e trabalhar em grupo com o objetivo de encontrar soluções para os desafios de um envelhecimento saudável.

Sarah Harper, professora do Oxford Institute of Population Ageing, foi keynote speaker deste fórum. Na sua apresentação sobre o envelhecimento saudável destacou a importância de partilhar conhecimento e de explorar soluções conjuntas. Simultaneamente, alertou que o debate sobre o envelhecimento das sociedades precisa de ser desviado de um foco exclusivo nas pessoas idosas, reconhecendo que as mudanças etárias estruturais que estão a ocorrer têm implicações para todas as gerações. As pessoas não apenas vivem mais, mas também vivem dentro de populações que estão a envelhecer. Em países demograficamente mais idosos há uma proporção menor de indivíduos economicamente ativos e, portanto, a responsabilidade de sustentar a dependência na velhice pode recair cada vez mais sobre os próprios idosos. É importante que sejam desenvolvidas políticas que apoiem uma abordagem multifacetada do envelhecimento da população.

Por outro lado, Adalberto Fernandes, ex-ministro da Saúde e professor da Escola Nacional de Saúde Publica, também keynote speaker, sublinhou que “2030 é já amanhã! Do ponto de vista demográfico, uma década é um dia. E nós estamos a caminhar para o inverno demográfico. O mundo está a mudar.” E com um alerta continuou: “sem povos e sem vitalidade demográfica não há economia. E nós temos pela frente uma mancha de envelhecimento”.

O ex-ministro da Saúde explicou que Portugal “tem um problema de pobreza e a pobreza casa com a doença. Este é um problema português e europeu. A desigualdade não é um problema apenas de um só país”. Para Adalberto Fernandes, esta fragilidade compromete a longevidade e a qualidade de vida. Terminou, lembrando que “a nossa vida é uma conta-poupança. Nós temos a saúde que acautelamos no início da vida”.

Mesas redondas

“Como garantir a qualidade de vida de uma população em envelhecimento?” e “Como será o processo de envelhecimento em 2030?” foram algumas das questões em debate. Foram ainda discutidos temas como tecnologias e serviços de saúde; conceção centrada na pessoa; construção de edifícios; entre outros. A moderação dos debates esteve a cargo do jornalista José Pedro Frazão da Rádio Renascença.

Dividido entre duas mesas redondas, Paul McGarry, do Greater Manchester Ageing Hub, António Carvalho, do Politecnico di Milano, David Sinclair, do Internacional Longevity Centre – UK, Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, Eduardo Gomensoro, diretor médico de vacinas da GSK, Cláudia Cavadas, vice-reitora da Universidade de Coimbra, George MacGinnis, UK Research and Innovation, e Susana António, fundadora do Creative Hub 60+ A Avó veio trabalhar, foram os oradores que participaram nas referidas mesas.

Livraria Barata, onde a cultura ganha outra dimensão

A participação da Misericórdia de Lisboa neste ciclo cultural começa já no próximo sexta-feira, 11 de março, às 18h00, com a apresentação do livro “Políticas Públicas na Longevidade”. Uma obra concebida no âmbito da Estratégia Nacional para a Longevidade, com coordenação geral do Centro Editorial da Santa Casa. Esta publicação é o produto final do workshop sobre políticas públicas, dinamizado pela Santa Casa em julho de 2020, e do contributo de vários parceiros sociais, stakeholders e peritos da área.

A sessão de dia 11 de março contará com a presença da coordenadora do grupo de trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade na Santa Casa, Maria da Luz Cabral, do antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade, Paulo Pedroso, e do procurador José de Albuquerque.

A instituição volta a marcar presença na iniciativa, no mês de abril, nomeadamente no dia 14. Entre as 15h30 e as 17h30 realiza-se uma oficina de braille. Uma oportunidade para conhecer e experimentar os recursos, os materiais, as tecnologias e as estratégias utilizadas para o ensino e integração de pessoas com cegueira e baixa visão. Esta oficina estará a cargo do Lar Branco Rodrigues, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, equipamento destinado a pessoas portadoras de deficiência visual congénita ou adquirida.

Ainda no mesmo dia, às 18h00, haverá a apresentação do livro “Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”, que contará com a participação especial da agência de talentos – Valor T, da Santa Casa, iniciativa pioneira na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Durante os meses de março e abril, a Livraria Barata abre as suas portas à cultura e a alguns nomes nacionais emergentes nesta área. O ciclo -que começou este sábado com a inauguração da exposição “The steady hands of a busy mind/As mãos meticulosas de uma mente irrequieta”, da reconhecida artista visual Vanessa Teodoro, patente no espaço até 28 de abril-, vai ainda receber alguns concertos, mesas redondas e espetáculos.

A entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala, com exceção do ateliê destinado a crianças dos 3 aos 5 anos, “Orquestra de papel” com Catarina Anacleto e Francisco Van Epps, que acontece nos dias 26 de março e 30 de abril e que tem um custo de 15€, por criança mais adulto.

Consulte toda a programação da iniciativa “Livraria Barata: Lugar de Cultura”, aqui.

Património e Reabilitação é o tema do novo volume dos Cadernos Técnicos da Santa Casa

Na sessão de encerro do lançamento da obra “Cadernos Técnicos n. 9 – Património e Reabilitação”, Ana Vitória Azevedo, administradora da Misericórdia de Lisboa com o pelouro do Património, começou por agradecer às várias equipas da instituição, aos arquitetos e à Universidade Lusíada. “É um dever cuidar do património da Santa Casa”, defendeu, sublinhando que é uma “tarefa enorme rentabilizar, requalificar, manter e dar uso a este património, nas diferentes áreas de intervenção”. Acrescentou ainda que “os Cadernos Técnicos são muito importantes para dar visibilidade ao trabalho e à missão” da Misericórdia de Lisboa.

Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património (DGIP), considerou que falar do património da Santa Casa “é falar de pessoas. Desde o benemérito que deixou o seu património a quem mais precisa, aos que o recebem e cuidam, até aos que dele beneficiam”. E continuou: “pretendemos que a reabilitação seja de pessoas para pessoas, conjugando o legado do passado com as necessidades do presente e a confiança e a inovação para o futuro”.

João Pedro Falcão de Campos, arquiteto e docente do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, fez um resumo da visão e do propósito do projeto do Palácio de São Roque/Casa Ásia, futuro museu da Misericórdia de Lisboa.

Já Rui Alves, arquiteto e docente da Universidade Lusíada, e Teresa Rodeia, arquiteta e docente do Instituto Universitário de Lisboa, apresentaram o projeto do Centro Intergeracional Ferreira Borges.

Tendo em conta o vasto património imobiliário da Misericórdia de Lisboa – em grande parte fruto das heranças, legados e doações dos muito beneméritos que confiam os seus bens à instituição – o nono volume dos Cadernos Técnicos da Santa Casa dá a conhecer o investimento realizado em prol da caracterização, organização, gestão e reabilitação desse património. Simultaneamente, apresenta o Departamento de Gestão Imobiliária e Património, que é responsável pela análise e operacionalização dos melhores procedimentos, tendo em vista a boa gestão do imobiliário da Santa Casa.

 

Cadernos Técnicos_Património e Reabilitação

O que são Cadernos Técnicos?

Os Cadernos Técnicos da Santa Casa são uma publicação temática, de natureza técnica, sobre as áreas de intervenção da instituição. Visam divulgar o conhecimento e a experiência dos serviços e dos seus profissionais, assim como de outras instituições ou especialistas com ação congénere.

Santa Casa lamenta falecimento de Maria Raquel Ribeiro

Maria Raquel Ribeiro faleceu esta sexta-feira, 4 de março, aos 96 anos. Diplomada como assistente social em 1948, exerceu uma intensa e longa carreira na área social, iniciada logo em 1949 no Instituto de Assistência à Família e, entre 1951 e 1971 exerceu funções na Santa Casa, onde dirigiu o Serviço Social. Em 1990, tornou-se Associada Fundadora da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), uma missão que levou a cabo de forma assídua e ativa.

Considerada como um exemplo por toda a sociedade civil, viu ser reconhecida a sua dedicação e trabalho na área com a criação de uma distinção que recebeu o seu nome, numa iniciativa organizada pela Associação Portuguesa de Psicogerontologia e desenvolvida em parceria com a Santa Casa e a Fundação Montepio – o Prémio de Envelhecimento Ativo Dr.ª Maria Raquel Ribeiro.

Este prémio, que celebrou em 2021 uma década, premeia e reconhece a vida e atividade de pessoas com 80 e mais anos, que continuam a desenvolver atividade profissional ou cívica relevante, em várias categorias.

Maria Raquel Ribeiro foi, ainda, durante 10 anos dirigente do Sindicato Nacional dos Profissionais de Serviço Social e uma das principais promotoras da Comissão do Portuguesa do Conselho Internacional do Serviço Social, a que presidiu em 1969. De referir ainda que Maria Raquel Ribeiro integrou a Assembleia Nacional, entre 1969 e 1973, onde teve um papel fundamental nas várias sessões legislativas no âmbito do trabalho, previdência, saúde e assistência social. No pós-25 de abril, foi assessora da secretária de Estado dos Retornados, da Segurança Social e do ministro dos Assuntos Sociais e Presidente da Comissão Instaladora e do Conselho Diretivo do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa. Dedicou-se em especial às políticas para a Política da Terceira Idade, da Família e ao apoio Integrado a Idosos.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa expressa as suas sentidas condolências a toda a família e amigos.

Prémios Human Resources. Santa Casa entre as melhores empresas em gestão de pessoas

Na 11.ª edição dos Prémios Human Resources, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa volta a ter um lugar de destaque, estando nomeada em duas áreas: “Gestão de Seniores/Envelhecimento Ativo e Preparação para a Reforma” e “Empresa Pública e/o Setor Público Estatal”.

A categoria “Gestão de Seniores/Envelhecimento Ativo e Preparação para a Reforma” distingue a empresa com a melhor política de otimização dos recursos mais seniores, prevendo esta a promoção da partilha do seu know-how e experiência e da atualização das suas competências e conhecimentos, bem como uma transição gradual para a reforma, com aconselhamento e apoio.

Por sua vez, a categoria “Empresa Pública e/o Setor Público Estatal” distingue a empresa pública e/ou do setor público estatal com melhor desempenho ao nível da gestão de pessoas.

Já pode votar nos Prémios Human Resources 2022

Na décima primeira edição da iniciativa, vão estar a votação 28 categorias: 25 de empresas e organizações e três de profissionais, para eleger o melhor presidente/CEO, o melhor diretor de recursos humanos e o melhor diretor de recursos humanos com menos de 45 anos. Nas categorias de empresas também há duas novidades: uma distinção para “Well-being” e outra para “Prestação de Serviço – Advogados”. No total serão atribuídos 31 prémios.

As votações decorrem até ao dia 11 de maio e podem ser submetidas, aqui.

Os Prémios Human Resources distinguem as empresas e profissionais que se destacam no âmbito da gestão de pessoas. Os finalistas foram selecionados pela redação e conselho editorial da revista, após análise e discussão das boas práticas e iniciativas promovidas pelas empresas ao longo do ano anterior. Na fase seguinte, a Human Resources convida os leitores a votar nas empresas que consideram terem tido um melhor desempenho em diversas áreas relacionadas com a gestão de pessoas. E também nos melhores profissionais. As votações estão abertas!

Sabia que…

Em 2016 e 2017, a Misericórdia de Lisboa foi reconhecida como “Melhor Empresa Socialmente Responsável”? E que nos últimos três anos, entre 2018 e 2021, a instituição foi distinguida na categoria “Gestão de Pessoas em Empresa Pública e/ou do Sector Público Estatal”?

Holi, o “cérebro” que conquistou o Santa Casa Challenge

Francisca Canais e Rita Maçonaro estavam longe de imaginar que um trabalho de grupo do mestrado em Engenharia Biomédica e Biofísica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa mudaria as suas vidas. Tinham em mãos a tarefa de desenvolver um projeto com recurso a tecnologias inovadoras. Acabaram por criar a Nevaro, uma solução tecnológica para problemas de saúde mental. O objetivo das estudantes era usar o neurofeedback (atividades fisiológicas como ondas cerebrais e batimentos cardíacos) para avaliar os pacientes e, a partir de aqui, adaptar o tratamento às necessidades de cada um.

“Começámos a analisar a ansiedade e a perceber como é que as nossas ondas cerebrais reagem a determinados estímulos, como é que o nosso ritmo cardíaco acelera ou não consoante as nossas emoções”, explica a cofundadora da Nevaro, Rita Maçonaro.

O projeto ganhou forma no Hospital de Beja, onde as duas jovens aplicaram provas de conceito. Vários utentes foram usando técnicas de realidade virtual com controlo fisiológico durante sessões de psicoterapia, de modo a aumentar os seus níveis de motivação e, consequentemente, atingirem melhores resultados na terapia. Muito promissores na redução da ansiedade nos pacientes (cinco vezes mais rápida), os resultados obtidos permitiram que Rita e Francisca desenvolvessem a Nevaro, uma tecnologia que alia a potencialidade das tecnologias de medição dos sinais cerebrais, e também cardíacos, à gamificação.

A missão e inovação propostas pela Nevaro foi bem recebida na comunidade científica. Hugo Ferreira (atual cofundador desta solução digital) foi o professor responsável pela disciplina onde Rita e Francisca desenharam os primeiros rascunhos daquilo que viria a ser a Nevaro. Foi o docente que incentivou as duas jovens a irem mais além e a concorrerem a alguns concursos de empreendedorismo. A primeira competição em que marcaram presença foi em 2018, no Centro de Inovação da Faculdade de Ciências, o Teclabs, onde conquistaram o primeiro lugar.

O projeto que pinta a saúde mental de todas as cores

Rita Maçonaro e Francisca Canais trazem no telemóvel um “cérebrozinho”. É o Holi, um personal trainer de saúde mental capaz de perceber como nos sentimos e de sugerir a melhor jornada para regular a nossa saúde mental. A aplicação móvel Holi by Nevaro nasce em plena pandemia, numa altura em que Rita e Francisca começavam a obter resultados bastante promissores com a tecnologia Nevaro e a planear pilotos em maior escala. O Holi visa a autogestão da saúde mental com base em estratégias gamificadas com origem na psicologia positiva, como mood tracking, journaling, práticas de respiração e mindfulness. O Holi vem dar cara aos algoritmos, a essa nossa capacidade de perceção através dos sinais fisiológicos.

“Temos várias estratégias da psicologia positiva, que vão pegando nos sensores do telemóvel, em que em vez de precisarmos de uma banda para colocar na cabeça ou no braço, através do microfone, da câmara fotográfica, do acelerómetro, do giroscópio, nós conseguimos perceber biomarcadores da ansiedade e adaptar as experiências ao utilizador. Por exemplo, o anisómetro, o nosso termómetro da ansiedade, basta colocar o dedo na câmera, clicar no iniciar medição e, em 30 segundos, obtemos o resultado. Tendo em conta esses níveis, a app depois sugere estratégias de gestão adequadas ao estado da pessoa, até porque a saúde mental é diferente de pessoa para pessoa”, explica Francisca Canais.

O teletrabalho, a incerteza do amanhã e a gestão diária da saúde mental potenciadas pela pandemia fez a equipa Nevaro perceber que era necessário colocar mãos à obra e dar um passo atrás, “repensar as bases e reajustar a tecnologia para que funcionasse à distância”, sem que fosse necessário o contacto presencial com os pacientes. Tudo está agora materializado numa app, que, para já, está apenas disponível para empresas com mais de 250 colaboradores.

Mas aquilo que seria um passo atrás acabaria por revelar-se um sucesso. Em 2021, a Holi by Nevaro venceu a 6ª edição do Santa Casa Challenge dedicada à promoção de uma saúde de qualidade, com especial atenção aos problemas da saúde mental e às necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade. A 7ª edição do concurso promovido pela Casa do Impacto, com as candidaturas a decorrer até ao próximo dia 6 de março, é dedicada aos novos desafios na educação e no trabalho para a transição digital e ação climática.

“Vencer o Santa Casa Challenge foi um momento muito bom para nós, porque foi um reconhecimento que, além do apoio financeiro, permitiu alavancar uma série de coisas e estar aqui na Casa do Impacto, que tem um ambiente fantástico para parcerias e mentoria. Vencer este concurso também nos deu muita exposição. Acabou por nos abrir muitas portas, com muitas empresas a contactarem-nos para saberem mais sobre nós”.

O Santa Casa Challenge deu a Francisca e a Rita mais força e condições para combaterem o tabu da saúde mental. Quando partem para conferências fazem-no com um pensamento: “Ok, vamos lá tornar a saúde mental acessível a todos e normalizar isto”. Na Holi, Rita e Francisca usam muitas cores vivas: amarelo, verde, laranja. Esta é a forma que querem que a sociedade encare a saúde mental, que normalmente é vista como algo pesado, cinzento.

“Nós dizemos mesmo que todos temos um cérebro, todos temos que cuidar dele. E porque não fazê-lo bem e com positividade à mistura? A nossa função é desconstruir a temática tendo por base a ciência.”

Santa Casa e CHULN assinam protocolo de colaboração

Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, e Daniel Ferro, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN), assinaram, na passada sexta-feira, 27 de fevereiro, um protocolo de colaboração entre o serviço odontopediátrico da instituição (SOL – Saúde Oral em Lisboa) e o CHULN. O objetivo é estabelecer uma parceria nos âmbitos do estudo, da prevenção, da promoção e dos tratamentos de saúde oral, reforçando os seus efeitos benéficos na qualidade de vida dos cidadãos.

Com esta parceria, o SOL – Saúde Oral em Lisboa passa a dispor de uma via direta de referenciação para os seus utentes (dos 0 até aos 18 anos) que necessitem de realizar tratamentos sob anestesia geral ou tratamentos cirúrgicos mais complexos, em ambiente hospitalar.

Por outro lado, a Clínica Universitária de Estomatologia do CHULN poderá referenciar utentes (crianças e jovens) para o SOL, deste que residam ou frequentem um estabelecimento de ensino no concelho de Lisboa, após consideradas e avaliadas as respetivas necessidades.

O presente protocolo prevê, ainda, assegurar a formação pós-graduada de internos ou estagiários que poderão acompanhar as atividades clínicas quer no serviço odontopediátrico da instituição (SOL – Saúde Oral em Lisboa), quer na Clínica Universitária do CHULN.

Grupo SOL

Embaixada Britânica discute envelhecimento saudável e ativo na Santa Casa

Portugal e o Reino Unido partilham um envelhecimento acelerado. Numa década, o número de pessoas mais velhas poderá duplicar e perspetiva-se que este público se aproxime cada vez mais dos cem anos de idade. Um desafio para sociedades, governos e sistemas de saúde.

O envelhecimento saudável e ativo deve ser, por isso, a prioridade de sociedades com um número crescente de cidadãos mais velhos. O que há a fazer para promover esta causa é o que estará em discussão na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no próximo dia 15 de março, entre as 9h00 e as 13h00.

O evento, que decorrerá em formato híbrido, permitirá a partilha de experiências, melhores práticas e ideias de um conjunto de oradores portugueses e britânicos, que visam melhorar a resposta aos desafios de uma sociedade em envelhecimento. Esta é a primeira vez que a Santa Casa apoia a iniciativa.

Construir um futuro para um envelhecimento saudável

“Como garantir a qualidade de vida de uma população em envelhecimento?” e “Como será o processo de envelhecimento em 2030?” serão algumas das questões em debate. Serão ainda discutidos temas como tecnologias e serviços de saúde; conceção centrada na pessoa; construção de edifícios; entre outros.

Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, e Christopher Sainty, embaixador do Reino Unido em Portugal, são os oradores da sessão de abertura da iniciativa. O programa contempla ainda as participações de Sarah Harper, do Oxford Institute of Population Ageing, Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde, Paul McGarry, do Greater Manchester Ageing Hub, António Carvalho, do Politecnico di Milano, David Sinclair, do Internacional Longevity Centre – UK, e Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil. Por confirmar, está a presença de um membro do Governo português.

Pode inscrever-se para participar presencialmente, aqui, ou remotamente, aqui. Estará disponível tradução simultânea entre português e inglês, assim como, em Língua Gestual Portuguesa.

Logotipo do evento

 

Misericórdia de Lisboa inaugura Núcleo de Infância e Juventude de Mafra

O Núcleo de Infância e Juventude de Mafra foi inaugurado esta segunda-feira, 21 de fevereiro. A cerimónia contou com as presenças de Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, Hélder Sousa Silva, presidente da Câmara de Mafra, e dos responsáveis do Instituto da Segurança Social, I.P. e da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens. Estiveram, igualmente, presentes Sérgio Cintra, Filipa Klut e Maria João Mendes, administradores da instituição.

Na sua intervenção, Edmundo Martinho sublinhou que a nova resposta será empenhada e eficaz, desejando “boa sorte” a todos os intervenientes para a etapa que agora começa.

O Núcleo de Infância e Juventude (NIJ) de Mafra surge no âmbito do protocolo de cooperação entre o Instituto da Segurança Social, I.P. e a Santa Casa. Assinado em 2019, o protocolo prevê, em matéria da infância e juventude, que o âmbito territorial de intervenção da instituição passe a corresponder não apenas ao concelho de Lisboa, mas também aos restantes concelhos do distrito incluídos na NUT III da Área Metropolitana de Lisboa, ou seja, Sintra, Amadora, Mafra, Loures, Odivelas, Cascais, Oeiras e Vila Franca de Xira.

Os núcleos de Infância e Juventude da Amadora e de Vila Franca de Xira entraram em funcionamento em 2021. Esta segunda-feira, 21 de fevereiro, foi inaugurado o NIJ de Mafra. Ainda no primeiro semestre de 2022, está prevista a criação do NIJ de Oeiras.

Estes núcleos desenvolvem a sua intervenção na assessoria técnica aos Juízos de Família e Menores, nomeadamente na área da promoção e proteção e tutelar cível, na representação da Segurança Social nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, na gestão do acolhimento familiar e residencial e nas competências legais em matéria de adoção e apadrinhamento civil.

Núcleo de Infância e Juventude de Mafra

A equipa do Núcleo de Infância e Juventude de Mafra é constituída por seis técnicos superiores (da área social e de psicologia); um técnico superior a exercer funções na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens; dois técnicos administrativos e uma diretora.

O espaço foi disponibilizado pela Câmara Municipal de Mafra, no edifício onde funcionam o Mafra Business Factory (uma incubadora de negócios da autarquia, criada para apoiar empreendedores e projetos empresariais) e a Junta de Freguesia de Mafra.

As instalações do NIJ de Mafra encontram-se, assim, num local privilegiado, em termos de acessibilidades e proximidade com outros serviços essenciais. O espaço foi totalmente restruturado e equipado para o funcionamento deste serviço e conta com uma receção, três locais de atendimento ao público, três gabinetes de trabalho e uma sala de arquivo.

O NIJ de Mafra pretende ser um agente ativo na promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens deste concelho, em parceria com todos os parceiros da rede social, no desenvolvimento de uma estratégia concertada entre as várias entidades com competência em matéria de infância e juventude.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas