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SOL – Saúde Oral em Lisboa: há dois anos a cuidar dos sorrisos dos mais jovens

O SOL – Saúde Oral em Lisboa, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa, situa-se no coração da cidade, mais concretamente na Avenida Almirante Reis nº 219. Foi inaugurado a 20 de agosto de 2019, e é uma resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a todas as crianças e jovens (dos 0 aos 18 anos) residentes ou estudantes em Lisboa.

Um SOL que brilha para todos. Os cuidados prestados são isentos de pagamento, independentemente da condição social ou económica dos pacientes. Para validar a inscrição neste equipamento da Misericórdia de Lisboa, basta apresentar o documento de identificação e, através do recurso a um leitor de cartões, é verificada a morada de residência e a idade. Desde a sua abertura, a procura aos serviços do SOL tem tido um crescimento notório.

Dois anos depois, um balanço positivo

Em apenas dois anos, mais de 9.000 pessoas, de 38 nacionalidades, solicitaram os cuidados do SOL – Saúde Oral em Lisboa, e foram realizadas cerca de 40.000 consultas. Os tipos de consultas dividiram-se entre Endodontia (1.000), Telemedicina (1.500), Ortodontia (2.600), Cirurgia Oral (2.700), Dentística Operatória (7.000), Medicina Dentária Preventiva/Higiene Oral (12.300), Medicina Dentária Generalista (13.000).

André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, faz um balanço positivo destes dois anos de funcionamento do serviço odontopediátrico da Misericórdia de Lisboa e destaca a importância do trabalho preventivo na saúde oral das crianças e jovens.

“Estes dois anos mostraram uma realidade que nos obriga, ainda, a tratar mais do que prevenir. A nossa abordagem ainda é muito curativa. De tratamentos recorrentes. De milhares de crianças com necessidades de vários tipos de tratamento. Temos que, progressivamente, alterar essa resposta, para que seja cada vez mais uma resposta preventiva, de tratamento precoce, de mudança de hábitos, envolvendo a família e a comunidade”.

André de Almeida explica que “a ocorrência de infeção e dor podem alterar os hábitos alimentares e do sono. E estes impactos nas atividades quotidianas não se circunscrevem à criança, acabam também por afetar a sua família e, por essa via, a sociedade em geral. Também sabemos que as doenças orais afetam desproporcionalmente os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade, estando intimamente ligadas ao status socioeconómico e aos determinantes sociais mais amplos”, alerta.

O coordenador e diretor clínico deste serviço acredita que “o SOL pode constituir essa abordagem inovadora que se traduzirá na obtenção de ganhos em saúde e na mudança efetiva de comportamentos, contribuindo decisivamente para a melhoria dos índices das doenças orais na nossa população e para a consciencialização dos pais/cuidadores sobre a importância do trabalho preventivo e precoce, por forma a melhorar a saúde oral e a qualidade de vida das crianças. É um enorme desafio e um longo caminho! Mas que faremos sem receio, com total disponibilidade e procurando a excelência clínica, apostando na investigação, na formação continuada e não deixando ninguém para trás”, finaliza.

Desde a inauguração, a equipa do SOL trabalhou em vários projetos de investigação: 15 revisões bibliográficas; duas apresentações clínicas em congressos; 11 protocolos/guidelines; nove guias/orientações para pais/cuidadores; seis casos clínicos; quatro estudos e um volume de cadernos técnicos.

Estudo do SOL conclui que crianças ingeriram mais produtos açucarados nos primeiros meses da pandemia

Um dos exemplos dos vários projetos da equipa do SOL é o mais recente estudo sobre os hábitos alimentares das crianças, realizado durante o período de confinamento. Este revelou que, nos primeiros meses da pandemia, as crianças ingeriram mais produtos açucarados do que era habitual. Mas que também consumiram mais fruta fresca.

Com base em respostas recolhidas junto de 1.566 crianças, entre os 0 e os 18 anos, os autores do estudo concluíram também que houve algumas alterações também ao nível do sono e da frequência com que se lavaram os dentes.

Consulte o referido estudo na íntegra, aqui.

Dez etapas, seis atletas, dois prémios. A epopeia dos ciclistas que venceram os troféus Jogos Santa Casa

Os 96 quilómetros/hora assinalados no painel de instrumentos do carro de apoio não chegam para alcançar Abner González. Entre subidas e descidas, curvas e contracurvas, o jovem ciclista da Movistar Team pedala, em Viseu, o momento mais alto de uma carreira que promete ser de glórias. Na 82ª Volta a Portugal, o atleta porto-riquenho conseguiu conquistar a Camisola da Juventude Jogos Santa Casa, que consagra o melhor ciclista sub-23 em prova.

“Estou muito contente. No ano passado não me via a ser ciclista profissional e este ano estou a conquistar o prémio de melhor jovem de uma grande prova de ciclismo. É um sonho tornado realidade”, revela Abner González, salientando ainda que este troféu “tem muito valor” e que é “algo muito importante para toda a equipa Movistar e para os atletas mais jovens”.

Durante toda a prova, a camisola da juventude parecia estar destinada aos jovens da Movistar Team: Juri Hollman arrancou para a primeira e segunda etapas vestido de branco, até Abner González agarrar a juventude na 3ª etapa e nunca mais a largar. Apesar disso, a presença do atleta na próxima edição da Volta a Portugal ainda não está confirmada. Se acontecer, Abner “voltará a este país incrível com muita alegria”. “Não sei ainda o que vai acontecer, mas se vier fico muito contente. A Volta a Portugal é incrível, sinceramente. Uma volta muito bonita e de grande nível. Impressionante”.

Abner Gonzalez na chegada a Viseu

A epopeia de Abner na Volta a Portugal começou em Lisboa e terminou 1568 quilómetros depois, bem no coração da cidade de Viseu. Pelas estradas do nosso país, o apoio à equipa da Movistar sentia-se em cada pedalada dada. Do “público incrível” que junto à estrada vê o pelotão da Volta passar, Abner foi ouvindo palavras de apoio que o seu desconhecimento de língua portuguesa nem sempre lhe  permitiu perceber. Mas do outro lado do Oceano Atlântico também há um povo a vibrar com a prova rainha do ciclismo nacional e a festejar as conquistas do melhor ciclista porto-riquenho de sempre. Abner conquistou para aquele território dependente dos Estados Unidos da América algo que jamais será esquecido: foi o primeiro ciclista porto-riquenho a passar a profissional e a fazer parte de uma equipa da máxima categoria do UCI World Tour.

Mas se Porto Rico agradece a Abner, Abner jamais esquecerá o que Porto Rico fez por ele e está pronto para retribuir. Em 2017, ainda que à distância, viveu um dos piores momentos da sua vida. O furacão Maria desbastou Porto Rico deixando um rasto de destruição sem precedentes. Nessa altura, Abner preparava-se para competir no Campeonato do Mundo RR-JR, na Noruega. Partiu para a prova no dia em que o furacão começou. Sabia que no regresso iria encontrar as ruas onde aprendeu a andar de bicicleta transformadas em rios de destroços. Tudo isso mudou-lhe a forma de encarar a vida: “temos mesmo de viver cada dia e dar o nosso melhor em tudo”. É por essa razão que o atleta da Movistar pedala cada prova com o objetivo de devolver o que a sua terra natal lhe deu: “Um dos meus objetivos é que a bandeira do meu país seja vista a um nível alto do ciclismo mundial. Trabalho muito para isso”.

Não há duas sem três. A Volta a Portugal é de Amaro, outra vez

Depois de vencer a Volta a Portugal, em 2017, e de conquistar a corrida em 2020, na edição especial da prova, Amaro Antunes partia para a 82ª Volta a Portugal como um dos principais favoritos a vencer a competição. O ciclista da W52-FC Porto assegurou o favoritismo e confirmou aquilo que para muitos amantes da Volta é já uma profecia: são 18 equipas a competir, mas no fim ganha a W52-FC Porto.

Amaro Antunes sobe ao pódio para receber prémio de melhor português da Volta a Portugal

O atleta algarvio conta já com três Voltas no seu palmarés, mas esta foi, provavelmente, a mais difícil de vencer. “Esta vitória é, como se costuma dizer, uma vitória tirada a ferros. Foi uma Volta a Portugal bastante dura a nível psicológico. Hoje, foi sofrer do início ao fim porque sabíamos que era possível, mas tinha de ser no sofrimento. Eu vim para esta Volta a Portugal com o objetivo de vencer e consegui. Estou feliz”, realça Amaro Antunes.

Mas na festa da última etapa da  Volta, Amaro subiu duas vezes ao pódio de Viseu: para receber a camisola amarela – e consequente consagração de vencedor da 82ª Volta a Portugal -, mas também para ser consagrado como o Melhor Português da prova, distinção atribuída pelos Jogos Santa Casa, numa clara aposta no talento português e no desporto nacional.

Este galardão esteve em disputa até ao fim. Durante as dez etapas, o prémio de Melhor Português foi disputado por quatro ciclistas, de três equipas: Rafael Reis (Efapel), Daniel Freitas (Rádio Popular), Jóni Brandão e Amaro Antunes (W52-FC Porto). “Obviamente que o prémio Melhor Português é sempre uma mais-valia. É sempre positivo para todos os atletas portugueses em prova”, explica Amaro Antunes, que regressa a casa com o título de “rei da Volta a Portugal”.

Veja, em baixo, alguns dos melhores momentos da última etapa da 82ª Volta a Portugal:

De aluna a professora: o percurso de uma terapeuta da fala formada na ESSAlcoitão

A fala é o transporte de excelência na transmissão da cultura, das memórias e das vontades. Sem ela, somos meros espetadores visuais de tudo o que nos rodeia. É uma das melhores ferramentas que temos para conhecer o mundo e interagir com ele.

Foi esta ideia que fascinou Jaqueline Carmona a enveredar por um futuro na área, já depois de ter concluído uma licenciatura em Linguísticas, no final do milénio, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.

Filha de pais portugueses, nasceu em terras germânicas, viveu alguns anos na Suíça e acabou por vir, mais tarde, com os pais para Portugal, para se estabelecerem no centro do país, na Figueira da Foz.

“Depois de concluir os meus estudos na Figueira, sabia que o meu futuro seria em Lisboa”, conta. E assim foi. No verão de 94, rumou à capital para ingressar no curso de Linguísticas.

“Foi uma mudança natural. Na altura que ingressei no curso (Linguísticas) era este o percurso que imaginava que iria seguir, mas o futuro prega-nos partidas”, comenta a atual professora de terapia da fala da ESSAlcoitão.

Foi durante a sua passagem pela Universidade Nova de Lisboa que Jaqueline viria a descobrir a sua atual paixão, a terapia da fala. Desde cedo que tomou gosto pela área que, na altura, era apenas “algo desconhecido e que poucas pessoas sabiam o que era”.

“Durante o curso de Linguística, uma das professoras que também dava aulas na Escola Superior de Saúde do Alcoitão falou-nos sobre a licenciatura em terapia da fala. A minha primeira reação foi: “O que é isso?”. Mas desde aí que o fascínio ficou”, revela.

Os dados estavam lançados para uma futura aposta. Nesse mesmo dia, Jaqueline falou aos pais na possibilidade de concorrer à licenciatura em Terapia da Fala, na Escola Superior de Saúde do Alcoitão. A resposta foi imediata e sem grande surpresa: “Mal falei aos meus pais que estava a pensar concorrer a Terapia da Fala, eles automaticamente disseram que não. Não por não acreditarem na área, mas queriam que eu terminasse primeiro o (curso) de Linguística”.

Assim foi. Depois de concluir o curso na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Jacqueline candidatou-se a uma das vagas ao bacharelato em Terapia da Fala, posteriormente reconhecido como licenciatura pós-Bolonha, na ESSAlcoitão, com uma amiga. “Inscrevemo-nos. Eu entrei e ela não. Foi muito aborrecido”, relembra.

Reportagem_ESSA

Terapia da fala: Uma carreira que nasceu de uma paixão inesperada

Jaqueline Carmona até pode não ter sonhado com uma carreira como terapeuta da fala desde tenra idade, mas a área acabou por conquistá-la definitivamente e construiu uma carreira reconhecida. Desde a formação de futuros terapeutas até ao aconselhamento que dá numa vertente clínica.

O encantamento pela profissão começou justamente quando chegou a Alcoitão e percebeu que a possibilidade de ensinar se juntava à de tentar dar “o devido reconhecimento que a Terapia da Fala devia ter”.

“Este curso não tem a visibilidade que deveria ter, mas é uma área muito nobre que vai da neonatologia até à velhice”, afirma a terapeuta de 46 anos.

Jaqueline entra na Terapia da Fala no ano letivo de 2000/2001. Durante o curso dedica-se à área da disfemia, comumente conhecida como gagueira ou gaguez, e no final da sua formação o convite que tanto ansiava chegou.

“Eu já sabia que era isto que queria fazer, era uma área que me enchia profissionalmente e logo depois de terminar a licenciatura sou convidada para lecionar Linguística Clínica na escola, em 2004”, recorda sorridente a professora.

Desde então, já são mais de 15 anos a formar futuros profissionais reconhecidos internacionalmente “como os melhores”, vários convites para colóquios e jornadas dedicadas ao tema da terapia da fala e uma colaboração no livro “Sentidos”, do autor Nuno Lobo Antunes. Uma obra que é, para muitos, uma das bíblias para pais e profissionais sobre as perturbações do desenvolvimento das crianças, como o autismo, a hiperatividade ou a dislexia.

Reportagem_ESSA

ESSAlcoitão com candidaturas abertas para os cursos de licenciatura

Reconhecida internacionalmente como um exemplo de ensino de excelência na área da saúde em Portugal, a Escola Superior de Saúde do Alcoitão, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, já se encontra a preparar o ano letivo 2021/2022.

As candidaturas às três licenciaturas da escola – Fisioterapia, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional, já estão disponíveis na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, cujos resultados serão conhecidos a 25 de agosto.

Para o próximo ano letivo, a ESSAlcoitão disponibiliza 50 vagas para o curso de Fisioterapia, 30 para Terapia Ocupacional e 30 lugares para a licenciatura em Terapia da Fala.

É também possível concorrer às bolsas de estudo, oferecidas pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa à Escola Superior de Saúde do Alcoitão, para os cursos do primeiro ciclo. O apoio concedido é uma prestação pecuniária de valor fixo anual, atribuída através de isenção de propina e de outros emolumentos, até ao valor total de 5000 mil euros.

As candidaturas podem ser feitas online, através do site da ESSAlcoitão. Nesta mesma página é possível ter acesso a toda a informação sobre os cursos disponíveis, propinas e condições de acesso.

De Lisboa a Viseu, a Volta a Portugal vai percorrer o país com o apoio da Santa Casa

A 82ª Volta a Portugal está quase na estrada. Do Mosteiro dos Jerónimos, até à meta instalada na Avenida da Europa, em Viseu, 126 ciclistas de 18 equipas vão percorrer Portugal num total de 1568 quilómetros, entre os dias 4 e 15 de agosto. A cidade de Lisboa, capital europeia do desporto em 2021, foi o local escolhido para dar as boas-vindas ao pelotão da prova rainha do ciclismo nacional. O prólogo está agendado para esta quarta-feira, com os ciclistas a percorrerem um total de 5,4 quilómetros de distância dentro da cidade (na zona de Belém), com partida às 14h30.

Depois de, em 2020, a Volta a Portugal ter decorrido de forma atípica, este ano a prova regressa no formato e datas tradicionais. Em declarações ao programa da RTP 1, “Há Volta”, esta terça-feira, Edmundo Martinho lembrou que, apesar da pandemia, “a Misericórdia de Lisboa manteve o apoio aos atletas e ao desporto”. O provedor da Santa Casa reforçou o orgulho que é para a instituição estar, “mais uma vez, associada a uma competição que está muito impregnada nas nossas tradições”.

Provedor no programa "Há Volta"

A relação histórica entre os Jogos Santa Casa e a Volta a Portugal remonta à década de 60 e tem-se mantido até aos dias de hoje. Uma ligação “muito antiga” e que é indício do apoio da Misericórdia de Lisboa ao desporto nacional: “A Santa Casa orgulha-se dessa marca, de ser o maior apoiante do desporto em Portugal. O nosso apoio é no sentido da exaltação dos valores que estão associados ao desporto. Não é por acaso que temos aqui o Prémio de Melhor Português e de Melhor Jovem, pois entendemos que é preciso apoiar o talento nacional”, explica o provedor da Misericórdia de Lisboa.

O Prémio da Juventude foi entregue, pela primeira vez, em 1982, na altura conquistado por Manuel Zeferino (FC Porto). Em 2021, o melhor atleta sub-23 receberá das mãos de um representante da Santa Casa a camisola branca da juventude, uma aposta da Misericórdia na valorização dos jovens atletas. Já o Prémio Melhor Português, que será atribuído em todas as etapas, tem como objetivo estimular o talento nacional. “Sabemos que este tipo de eventos tem ciclistas de muitos países, mas temos de continuar a dar apoio aos nossos atletas”, realça Edmundo Martinho.

As etapas da Volta a Portugal:

4 agosto: Prólogo | Lisboa – Lisboa

5 agosto: 1ª Etapa | Torres Vedras – Setúbal

6 agosto: 2ª Etapa | Ponte de Sor – Castelo Branco

7 agosto: 3ª Etapa | Sertã – Covilhã (Torre)

8 agosto: 4ª Etapa | Belmonte – Guarda

9 agosto: Descanso

10 agosto: 5ª Etapa | Águeda – Santo Tirso (Senhora da Assunção)

11 agosto: 6ª Etapa| Viana do Castelo – Fafe

12 agosto: 7ª Etapa | Felgueiras – Bragança

13 agosto: 8ª Etapa | Bragança – Montalegre (Serra de Larouco)

14 agosto: 9ª Etapa | Boticas – Mondim de Basto (Senhora da Graça)

15 agosto: 10ª Etapa | Viseu – Viseu

Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva abre novos cursos para 2021/22

Estes cursos têm como público-alvo jovens adultos com o 9º ano, mas também maiores de idade com níveis de qualificação mais elevado, como por exemplo licenciados que pretendam prosseguir uma perspetiva de aprendizagem ao longo da vida e de complementaridade de formações. As formações profissionais ministradas na Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva (FRESS) garantem acesso qualificado ao mercado de trabalho, após o estágio integrado.

Os dois anos de formação agora lançados têm uma carga horária de 1.510 horas, que inclui estágio integrado nas oficinas da FRESS, e garantem certificação nas áreas da Marcenaria, Pintura Decorativa e Conservação e Restauro (Cursos EFA de Dupla Certificação – Nível 4).

Saber-fazer

A transmissão do saber-fazer é um fio condutor no que aos métodos tradicionais diz respeito. O contexto formativo atual acrescenta-lhe novos produtos, novos equipamentos e, consequentemente, novos métodos e novos resultados. A Fundação procura manter vivas as técnicas de manufatura tradicionais, algumas das quais únicas no contexto português e europeu. Com o crescimento do mercado do luxo a nível mundial, aumenta a procura por estes saberes manuais de grande qualidade e precisão.

A formação da FRESS assegura a transmissão de uma cultura construída e aperfeiçoada ao longo de séculos. A este conhecimento junta-se uma componente prática, essencial à qualificação do/a artesão/ã.

FRESS

Criada em 1953, a Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva é uma instituição que resulta da doação do Palácio Azurara e de uma coleção de artes decorativas portuguesas. Tem por missão a defesa, a promoção, a divulgação e a transmissão da arte de bem-fazer nas artes decorativas – património móvel e integrado – nas suas vertentes museológicas, académicas, oficinais e de conservação e restauro.

Note-se que a Fundação atravessou nos últimos anos sérias dificuldades financeiras. Por essa razão, foi assinado, a 6 de maio de 2016, um contrato de parceria “para a viabilidade socioeconómica” com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

 

 

 

 

Reabertura dos centros de dia: “Estava deserta para vir para cá”

A pandemia chegou e com ela trouxe o confinamento, o distanciamento físico, a crise económica e a incerteza no futuro. A população idosa foi das que mais sofreu com a separação física e o isolamento. Mais dependentes, com problemas de saúde e/ou mobilidade, muitos ficaram limitados à sua própria casa. Os planos foram adiados, mas os sonhos não. Conheça os três utentes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que todos os dias ansiavam em voltar ao seu centro de dia… para partilhar a vida!

Riqueza é ter com quem contar. É partilhar a vida!

Aurélia Ricardo, de 94 anos, foi uma mulher dos sete ofícios: serviu, limpou, trabalhou em casa de famílias e foi cozinheira. Quando era jovem, veio para Lisboa à procura de uma vida melhor, como era frequente na altura. Conquistou a vida a pulso e com um sorriso no rosto. Teve um casamento “feliz” com cerca de 50 anos. “Fui muito feliz. Vivíamos um para o outro. O amor era só para nós”.

Apesar de contar mais de nove décadas, a utente do Centro de Dia do Centro Comunitário do Bairro da Flamenga mantém um espírito jovem e uma atitude positiva invejável. Frequenta o Centro de Dia da Santa Casa há quatro anos. “Sentia-me só. O meu marido tinha morrido há pouco tempo. As pessoas falavam-me bem do centro e resolvi experimentar. Fez-me bem vir para cá. O convívio é bom, faz-nos bem. É uma terapia”, salienta.

Idosa a falar com outra idosa

A nonagenária expressa-se com facilidade, não escondendo o que sente. “O amor é cada vez mais raro. As amizades já não são o que eram. Por essa razão, respeito tanto aquilo que o centro de dia me proporciona”, observa.

Os centros de dia fecharam durante o confinamento, algo que deixou os idosos sem o seu habitual espaço de convívio, atividades e partilha. “Foi difícil estar sozinha, deixei de ter as minhas amigas, mas habituei-me, que remédio!”.

“As saudades eram mais do que muitas”. Foram muitos dias sem o convívio, as colegas e as atividades do equipamento da Santa Casa. Mas um dia, as portas de centro voltaram a abrir. “Estava deserta para vir para cá. É a minha segunda casa, sinto-me feliz aqui”, desabafa, entre sorrisos.

Arminda Pereira, 83 anos, também encontrou no centro de dia uma segunda casa, amigos e uma razão para continuar. “Precisava de apoio, não tinha ninguém para me ajudar. Os meus filhos estão no estrangeiro”, explica.

Deixou Angola após o 25 de Abril com o marido, dois filhos e a roupa no corpo. Nunca deixou de batalhar, mas a morte do marido e o facto de estar numa cadeira de rodas foram um duro golpe. Este espaço é quase tudo para Arminda. É onde passa o tempo, convive, joga, faz atividades e passeios. É o seu mundo!

Idosaa no centro de dia

Arminda não recebeu bem a notícia do encerramento dos centros de dia. “Foi tão mau. Eu chorei tanto. O confinamento foi horrível. Eu deixei de ter vida. Já viu o que é um idoso – sem poder andar -, estar fechado em casa?”, questiona. “A minha sorte foi o centro enviar uma funcionária todas as semanas para eu fazer um passeio higiénico”, recorda. “Recebi a notícia da reabertura com muita alegria. Este lugar é um céu aberto, uma segunda família”, confessa.

Após alguns problemas de saúde, Cezar Freire, 62 anos, começou a frequentar o Centro de Dia do Centro Comunitário do Bairro da Flamenga para estar mais ocupado. Tomava conta do café que está nas instalações do equipamento da Misericórdia de Lisboa. Sentia-se valorizado, promovia a sua autoestima e participava em várias atividades. “O café era a minha forma de estar ocupado, ajudava as funcionárias e sentia-me bem”, recorda.

idoso a fazer trabalhos manuais

Embora seja o mais novo, o ex-empregado de comércio é dos utentes mais antigos do equipamento da Santa Casa, e também não tem boas recordações do confinamento. “No princípio custou-me muito. Fiquei isolado”, revela. Como a maioria destes utentes vivem sozinhos, a vida deixou de ser partilhada e instalou-se a tristeza. “O que vou eu fazer um dia inteiro em casa?”, perguntava, sem ter a resposta.

Já em abril, os centros de dia da Misericórdia de Lisboa retomaram as atividades de apoio social, ainda que com limitações. Algo que deixou o lisboeta feliz. “Eu precisava de voltar a ver estas caras, mesmo com máscaras”, disse, sorridente.

Esmeralda Maria Correia Saragoça, 55 anos, diretora do Centro Social Comunitário do Bairro da Flamenga, sublinha que o confinamento teve um “impacto fortíssimo” na vida dos idosos e das instituições. “Foi complicado para nós”, admite, mas a resposta da Santa Casa ganhou nova dinâmica, valorizou-se e soube adaptar-se aos novos tempos.

Diretora C.C. Bairro da Flamenga

“Estes espaços são importantes, porque são locais de socialização e de relação, e isso é significativo para as pessoas. A relação é aquilo que dá sentido à vida. O encerramento forçou-nos a uma reorganização, fomos criativos, não deixámos de estar próximos e procurámos assegurar acompanhamento e apoio a todos os utentes”, explica.

Num tempo marcado por mudanças, Esmeralda sublinha que os utentes passaram “a valorizar e olhar o Centro de Dia de outra forma. Muito mais do que garantir as necessidades básicas do seu dia a dia, reconheceram uma «casa» que acolhe e se preocupa com todos os que «abriga»”, salienta.

Uma comunidade, uma casa

O Centro Comunitário do Bairro da Flamenga da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é uma estrutura comunitária onde são desenvolvidos serviços e atividades que visam a prevenção de problemáticas sociais e a promoção de um projeto de desenvolvimento local.

O equipamento conta com as respostas sociais de Creche e Animação Socioeducativa (ASE). No apoio a idosos integra a resposta de Centro de dia /Espaço InterAge. Na área da Família e Comunidade, responde ao serviço de Apoio Comunitário a Indivíduos e Famílias em situação de Exclusão Social e Espaço de Inclusão Digital.

Jogos Santa Casa lançam campanha de apoio aos atletas nacionais presentes nas olimpíadas de Tóquio

Os Jogos Santa Casa (JSC) lançam, esta sexta-feira, 23 de julho, a sua mais recente campanha multimeios de apoio ao desporto nacional, assinalando assim o dia em que começam os Jogos Olímpicos 2020, que decorrem até 8 de agosto.

Sob o já conhecido lema “O desporto tem todo o nosso apoio”, a marca que explora os jogos sociais do estado envia, desta maneira, uma mensagem de incentivo e apoio à comitiva portuguesa que vai estar presente em Tóquio. Ao todo são 92 os atletas apurados (54 masculinos, 34 femininos e quatro misto), em 17 modalidades, o mesmo número das últimas olimpíadas, realizadas no Rio de Janeiro, em 2016.

Depois de meses de paragem forçada, e no momento em que as principais competições desportivas estão a regressar ao ativo a todo o gás, esta campanha aproveita também para destacar que os JSC estiveram sempre ao lado dos seus parceiros desportivos, mantendo a responsabilidade social que detêm neste setor da sociedade.

“Fruto da paragem imprevista do desporto nacional, dos eventos desportivos e das competições, a marca JSC mostrou-se ainda mais disponível para a continuidade dos apoios que já vinha entregando, viabilizando provas virtuais e provas presenciais quando foi possível. Afirmando a sua disponibilidade, como sempre, para ajudar quem precisou e quem precisa.”, assinala Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Desde 2012 que a Misericórdia de Lisboa, através dos Jogos Santa Casa, prossegue uma estratégia de patrocínios focada no apoio ao desporto nacional, ao talento desportivo e aos grandes eventos desportivos nacionais, transformando os apoios concedidos e as parcerias realizadas em ferramentas de integração e coesão social.

“Em conjunto com os nossos parceiros, são desenhadas iniciativas e projetos focados nos vários utentes da instituição, nas pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiências, nos mais desfavorecidos, ou nos jovens a quem se pretende estimular a educação e a continuação dos estudos, em paralelo com carreiras desportivas de alta competição. Apoiando o desporto nacional, os JSC ganham uma intervenção na sociedade portuguesa com real impacto na inclusão de todos sem limitações, amplificando e reforçando o papel da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”, concluiu Maria João Matos.

Os Jogos Santa Casa assumem-se como o principal patrocinador e impulsionador do desporto português. Atualmente, os apoios chegam a 17 federações, a mais de 100 seleções e dois comités nacionais (Comité Paralímpico de Portugal e Comité Olímpico de Portugal). Desde 2013, já foram atribuídas 325 bolsas de educação a atletas-estudantes.

Santa Casa recupera exemplar do Compromisso da Misericórdia encontrado em Melgaço

O conjunto, restaurado pelo Gabinete de Conservação e Restauro da Misericórdia de Lisboa, foi apresentado ao público, no dia 13 de julho, no antigo edifício do hospital da Misericórdia de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo.

Francisco d’Orey, diretor do Arquivo Histórico da Misericórdia de Lisboa explicou que a intervenção feita no Compromisso teve em conta “a consolidação dos rasgões, a reintegração do suporte nas zonas de lacuna, a hidratação dos cabedais e a reconstituição da encadernação”, frisando, ainda, que este restauro “encerra também o único exemplar identificado, até ao momento, da edição de 1609, reimprimida, do texto do Compromisso publicado em 1577″.

O exemplar de 1516 do primeiro Compromisso impresso da Confraria de Misericórdia, é um documento raro, com mais de cinco séculos, do qual apenas existem apenas dez exemplares em Portugal e um na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América.

Para o responsável do Arquivo Histórico da Santa Casa é importante “alertar as diversas Misericórdias para um trabalho de análise da sua documentação, de modo a podermos salvar mais alguns exemplares quinhentista do Compromisso da Misericórdia”, concluindo que “estes volumes são uma preciosidade e é fundamental que os novos exemplares também sejam analisados e comparados com os outros que, entretanto, já foram estudados”.

Detentora de um vasto património quinhentista, a Santa Casa de Melgaço foi uma das misericórdias nacionais apoiadas, em 2017, pelo Fundo Rainha D. Leonor (FRDL). Na altura e durante uma visita técnica efetuada para a realização das obras de conservação e restauro da igreja da Misericórdia de Melgaço, foi ainda descoberto a Real Bandeira da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, importante símbolo da história e peso que a instituição ocupa na cidade.

A Real Bandeira foi descoberta em avançado estado de degradação e posteriormente recuperada, com o apoio do FRDL, nas oficinas da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, onde, no espaço de dois meses, foi possível proceder ao restauro integral da peça, que foi oficialmente apresentada ao público, em setembro de 2018, na exposição “Património, Memória e Inovação”, patente na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque, onde ocupou lugar de destaque.

 

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita SOL

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, visitou o SOL – Saúde Oral em Lisboa, esta quarta-feira, 21 de julho. Recebido por André Brandão de Almeida, coordenador e diretor clínico do SOL, e por Tânia Matos, diretora da Direção de Saúde Santa Casa, o responsável ficou mais próximo do propósito deste serviço, o seu funcionamento, a organização e os novos projetos em curso.

Depois de visitar as instalações, conhecer o equipamento e a equipa médica, o bastonário da Ordem dos Médicos elogiou a resposta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e defendeu que o SOL deveria replicado no resto do país.

“Eu já conhecia o projeto (SOL). Fiquei agradavelmente surpreendido. Sabemos que a resposta do setor social para a área da saúde oral e para a medicina dentária é fundamental. As condições são excelentes, há uma equipa muito consolidada, muito capaz e com grande competência técnica que dá uma resposta ao mais alto nível, não diferenciando ninguém”, considerou Miguel Pavão.

“Tenho dito que o sol (SOL) deveria nascer para todos, não deveria ficar apenas confinado na zona de Lisboa, e temos aqui a importância e provas dadas de um projeto que não envergonha ninguém a nível internacional”, acrescentando que “era fundamental que o setor social pudesse receber estímulos para replicar este projeto”.

Visivelmente satisfeito pela visita do bastonário, André Almeida sublinhou que esta visita foi uma oportunidade para o bastonário “conhecer in loco a resposta da Misericórdia de Lisboa, ou seja, os princípios fundamentais, o projeto, a missão, a equipa, os equipamentos e os seus cuidados personalizados. Eu creio, sem falsas modéstias, que o senhor bastonário ficou bem impressionado” com o trabalho aqui realizado.

Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas visita SOL

Já Tânia Matos defendeu que a Santa Casa pode “incentivar e reforçar” as vantagens que este tipo de respostas têm para a população. “E, portanto, seria uma grande mais valia poder replicar esta resposta no resto do país”.

O coordenador e diretor clínico do SOL e a responsável da Direção de Saúde Santa Casa consideram que o SOL veio alterar o paradigma da saúde oral. Ao apostar na prevenção e nos tratamentos precoces, evitam-se muitas complicações no futuro, promovendo-se a qualidade de vida e o bem-estar das famílias, que são o público-alvo desta resposta.

O SOL – Saúde Oral em Lisboa, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa, situa-se no coração da cidade, mais concretamente na Avenida Almirante Reis nº 219. Foi inaugurado a 20 de agosto de 2019, e é uma resposta disponibilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, isenta de pagamento, a todas as crianças e jovens (dos 0 aos 18 anos) residentes ou estudantes em Lisboa.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas