O apoio aos profissionais da cultura vai continuar. As candidaturas ao Fundo de Solidariedade com a Cultura reabrem a 2 de dezembro e prolongam-se até 11 de dezembro. Esta segunda fase arranca com um valor mínimo de 130 mil euros, que pode ser reforçado com donativos do público, e é dedicada apenas à Linha de Apoio Geral. Nesta nova vaga, os profissionais que já se candidataram a qualquer uma das linhas de apoio na primeira fase não podem apresentar uma nova candidatura.
A Linha de Apoio Geral é destinada a todos os artistas, outros profissionais liberais independentes, empresários em nome individual e trabalhadores por conta de outrem em situação de desemprego, por causa não imputável ao trabalhador, após o dia 20 de fevereiro de 2020, que desempenhem funções artísticas, técnicas, técnico-artísticas, de gestão e demais funções de suporte nas seguintes áreas de atividade: artes performativas; artes visuais; bibliotecas e arquivos; cinema e audiovisual; literatura, livro e edição; museus e património; música.
Na primeira fase de candidaturas, que decorreu entre os dias 19 e 30 outubro de 2020, foram submetidos 1942 pedidos de apoio, onde se incluem 1057 artistas, 215 técnicos e 171 estruturas artísticas, entre outros trabalhadores da cultura. Até à data, esta causa já recebeu vários contributos, que se materializaram em donativos recebidos de pessoas e entidades e em apoios por parte dos órgãos de comunicação social.
A angariação de donativos tornou possível a reabertura das candidaturas, desta vez dirigida exclusivamente à Linha de Apoio Geral. Para que possa manter a sua atividade e chegar a um maior número de profissionais, o Fundo de Solidariedade com a Cultura continua a aceitar donativos, de forma a poder aumentar a verba disponível para a atribuição de apoios.
O Fundo de Solidariedade com a Cultura é uma iniciativa conjunta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da Gestão dos Direitos dos Artistas (GDA), da Audiogest e da Gedipe. Lançado em abril deste ano, pretende apoiar financeiramente os profissionais da cultura, cuja subsistência possa estar em causa, devido à paralisação do setor provocada pela Covid-19. A GDA e a Audiogest contribuíram com 500 mil euros cada para o fundo. A Gedipe com 200 mil euros e a Santa Casa com 150 mil euros, ficando ainda a Misericórdia de Lisboa encarregue da gestão do Fundo.