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Museu de São Roque reabre ao público

Aos poucos, museus, monumentos, bibliotecas, arquivos e galerias de arte abrem as suas portas. Devagar, mas com confiança, voltamos à “normalidade”. A reabertura faseada e as medidas preventivas garantem a segurança dos visitantes.

Neste regresso gradual há, no entanto, que considerar as medidas preventivas definidas pela Direção Geral da Saúde (DGS), tais como a utilização obrigatória de máscara, o distanciamento físico, o sistema de marcação prévia (preferencial) e a lotação máxima permitida do espaço, entre outras.

Museu e Igreja de São Roque

Fechado desde meados de março, o Museu de São Roque reabriu esta quinta-feira, 28 de maio, as suas portas com restrições. É obrigatório o uso de máscaras, cumprir o distanciamento físico de dois metros, desinfetar as mãos com uma solução à base de álcool antes de entrar e respeitar as orientações do percurso recomendado. A lotação máxima do espaço é de 30 pessoas. Para evitar tempos de espera, sugere-se a marcação prévia da visita. A Igreja de São Roque encontra-se aberta ao público com as mesmas medidas de prevenção. A lotação máxima do espaço é de 50 pessoas. Deve seguir-se o percurso recomendado e todas as orientações para utilização deste espaço.

Sala do Arquivo Histórico e Biblioteca

Recomenda-se a marcação prévia da visita a este espaço. O número de leitores/investigadores a trabalhar em simultâneo na sala de leitura será reduzido. É obrigatório o uso de máscaras, cumprir o distanciamento físico de dois metros, desinfetar as mãos com a solução à base de álcool antes de entrar. A lotação da sala de leitura está condicionada ao número máximo de três lugares em simultâneo, de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde.

Para Margarida Montenegro, diretora da Cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, “a reabertura do Museu de São Roque significa o retomar do contacto físico com o nosso público, já que este contacto nunca esteve verdadeiramente interrompido, uma vez que semanalmente divulgámos propostas de âmbito cultural para o público em geral e para o público infantil, seja através da newsletter CulturaSantaCasaEmCasa, seja pelo site ou Facebook do Museu de São Roque.” De entre as várias sugestões culturais promovidas em tempos de confinamento social, a responsável destaca a exposição virtual São Roque: o culto, a peste e a imagem e a visita virtual ao Museu e à Igreja através da plataforma Google Arts and Projects.

Condições de acesso à sala de leitura

Alunos da Orquestra Geração recebem tablets

Com esta iniciativa, estes jovens poderão continuar a sua aprendizagem musical, ainda que em pleno contexto de pandemia.

Estes equipamentos destinam-se a crianças e jovens da Equipa de Apoio à Família da Misericórdia de Lisboa, que não têm recursos tecnológicos para acompanhar o ensino da música à distância.

Para António Santinha, diretor da Unidade de Apoio à Autonomização da Santa Casa, esta entrega “pretende garantir que todos os alunos, que mais necessitam de meios tecnológicos, possam ter o acesso necessário para as aulas e ensaios da orquestra”.

Segundo o responsável, desde o início do confinamento que “os professores de cordas e de sopros disponibilizaram-se para continuar as aulas da orquestra em suporte digital. A cada integrante foi, ainda, autorizado levar os instrumentos para casa”, frisando que “cedo se percebeu que os alunos tinham meios diferentes e que esta situação dificultava a aprendizagem e criava desigualdade de oportunidade.

Alunos da orquestra com tablet

O regresso da Orquestra Geração Santa Casa estava marcado para a edição deste ano da Feira do Livro de Lisboa, com um ensemble gratuito para todos os visitantes do certame, mas devido à pandemia da COVIDCovid-19, todos os concertos agendados foram cancelados, à semelhança do que já tinha acontecido com os concertos e estágios da Páscoa e o espetáculo de final do ano letivo.

E se a sua máscara fosse uma obra de arte?

Hoje, Dia Internacional dos Museus, o jornal Público vai oferecer máscaras comunitárias com estampagens de peças de coleções de diversos museus com o intuito de aproximar os cidadãos da cultura nacional. Em algumas máscaras encontrará reproduzida uma imagem alusiva ao Museu de São Roque, retirada da obra tradicionalmente conhecida como “Tábuas da Vida de São Roque”. Trata-se de um conjunto de quatro pinturas do século XVI que ilustram os episódios mais marcantes da vida do santo, e que integram a exposição permanente deste museu.

Esta campanha, que conta com o apoio do Ministério da Cultura e de vários museus e fundações nacionais, entre eles o Museu S. Roque, surge de um duplo conceito de proteção: ao proteger-se está a proteger a cultura. E porque não fazer das máscaras uma tela onde museus e fundações são a fonte de inspiração, numa altura em que os espaços culturais atravessam tempos difíceis?

No Dia Internacional dos Museus, a arte “salta” para a rua, neste caso através de todos aqueles que usarem estas máscaras reutilizáveis, certificadas pelo CITEVE e fabricadas em território nacional.

"A peste, o culto e a imagem"

“A peste, o culto e a imagem”

Em 2020, o Conselho Internacional de Museus sugere que o Dia Internacional dos Museus seja assinalado sob o tema “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão”, tópicos em tudo relacionados com o Museu S. Roque.

Para assinalar esta data, a Direção da Cultura da Santa Casa sugere ainda a exposição virtual “S. Roque: a peste, o culto e a imagem”, que está patente no Google Arts & Culture. Desta forma, o Museu inicia um percurso breve pela iconografia do santo e pelas obras a ele dedicadas.

 

Sobre São Roque, o protetor da “peste”

O culto lisboeta a São Roque ganha particular relevo numa altura de pandemia. Há cerca de 450 anos, pela Europa, ganhara fama de proteger contra maleitas geradas pelas sucessivas vagas de “peste”. Reza a história que Roque provinha de uma família francesa abastada, e que terá abdicado da fortuna, partindo em peregrinação até Roma. Pelo caminho ia tratando dos doentes e conquistou a fama de conseguir curá-los.

A popularidade dos milagres deste santo chegou a Portugal no início do reinado de D. Manuel I. S. Roque tornou-se depois um santo lisboeta que veio marcar a paisagem espiritual e urbana da cidade de Lisboa, mas, sobretudo, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Café Memória está de regresso, agora em versão “fique em casa”

Com a certeza de que as sessões do Café Memória são uma mais-valia para todos participantes, desde o passado sábado, dia 18 de abril, que estas têm lugar online, através da plataforma digital Zoom.

Nos tempos que correm, a iniciativa assume uma nova identidade: Café Memória Fica em Casa. A fórmula, essa, é a mesma.

Com lugar aos sábados, às 11h da manhã, as sessões têm a duração de aproximadamente uma hora. Cada sessão conta com a participação de um orador convidado e serão abordados diversos temas ligados à problemática da demência sempre com o objetivo de ajudar os cuidadores e os doentes com demência a atravessar esta fase de pandemia em que são obrigados a ficar ainda mais tempo em casa.

A próxima sessão, que decorre no dia 25 de abril, vai contar com a psicóloga Ana Costa como oradora convidada, a qual dará aos participantes algumas sugestões e estratégias para a adaptação do ambiente à pessoa com demência.

Ana Costa é licenciada em Psicologia pela Universidade do Minho, pós-graduada em Neuropsicologia e Demências pela Universidade de Barcelona. É psicóloga clínica responsável pelo Serviço de Psicologia Geriátrica e Gerontológica, na Santa Casa da Misericórdia de Gaia desde 2009. Em 2013 criou o projeto hOpeningDementia que observa e atua sobre a problemática da demência a partir da psicologia, do design e outras metodologias participativas.

Para participar nas sessões online deste novo formato do Café Memória, basta aceder à plataforma Zoom, através do link https://zoom.us/j/7872063580.

A missão do Café Memória consiste em reduzir o isolamento social em que muitas das pessoas com demência e os seus familiares e cuidadores se encontram, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida. Pretende ainda sensibilizar a comunidade para a relevância crescente do tema das demências, diminuindo, assim, o estigma que lhe está associado.

PORTUGAL #ENTRAEMCENA

Santa Casa junta-se aos artistas nacionais num movimento inédito em torno da cultura

Temos os melhores futebolistas, artistas plásticos ou escritores. Não interessa a vocação. Portugal é, sobretudo, um país que produz talentos. E é a pensar nestes talentos nacionais que surge o movimento Portugal #EntraEmCena, uma colaboração inédita entre artistas, marcas, empresas públicas e privadas, ao qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa também se associa, num esforço colaborativo para salvaguardar a cultura e os seus intervenientes, nesta altura tão crítica também para este setor.

O movimento Portugal #EntraEmCena toma a forma de um marketplace digital, onde artistas podem lançar ideias e obter investimento para a fase de conceção e desenvolvimento, e onde as empresas podem encontrar talento e ideias propostas por artistas e lançar desafios ao desenvolvimento de novos projetos artísticos.

No global, este movimento representa, neste momento, um investimento de mais de um milhão de euros, em projetos que não poderão ultrapassar, cada um, os 20 mil euros.

Mas o apoio à Cultura por parte da instituição conta já com um longo histórico. Nos últimos anos, têm sido várias as ações desenvolvidas, distribuídas por diferentes vertentes artísticas, desde o apoio ao maior festival de fado nacional, o Santa Casa Alfama, ou a atribuição, em conjunto com a NiT, do prémio New Talent, que elegeu a cantora e compositora, Sara Cruz, como a próxima estrela da música portuguesa.

Esta aposta cultural é reafirmada por Filipa Klut, vogal da Mesa da SCML com o pelouro da Cultura: “queremos estar com o setor das artes neste momento porque o compromisso com a Cultura faz parte do ADN da SCML”.

Em breve mais novidades.

Exposição “Dois Olhares”: O primeiro passo para a concretização de um sonho…

À entrada da exposição, um jovem de 18 anos é o centro das atenções. É ao seu redor que se concentram os visitantes no dia da inauguração da mostra “Dois Olhares”, esta quinta-feira, dia 27 de fevereiro,  à tarde, no Espaço Santa Casa. Tímido, quase que querendo escapar às perguntas, Nelson Semedo lá vai respondendo às perguntas, explicando o porquê de cada fotografia, o momento em que os retratados foram captados pelo seu olhar através de uma câmara fotográfica, o que se passava para lá do milésimo de segundo em que tocou no botão.

“Dois Olhares” é uma exposição única e inédita na instituição. Nos dois pisos do Espaço Santa Casa, no Campo de Santa Clara, dezenas de fotografias alinham-se nas paredes, retratando momentos ocorridos no Festival Meo Sudoeste e durante a Expedição aos Picos da Europa, no ano passado.

Entre as fotografias, dificilmente se distinguem as que foram captadas pelo fotógrafo amador, Nelson Semedo, das do profissional, João Costa, com 18 anos de profissão e fotógrafo da instituição, que integra a Direção de Comunicação e Marcass. A diferença evidente para o olhar dos leigos reside no que é captado: o olhar do jovem incide nos pormenores, como a expressão de uma rapariga enquanto dança, com as rastas a balouçar ao som dos movimentos; enquanto o olhar do profissional abrange todo o cenário em que decorre a ação, numa visão mais abrangente e perfeita.

“O Nelson tem uma tendência para o retrato. Ele gosta de fotografar as pessoas”, explica João Costa, o profissional. Uma preferência que é assumida pelo jovem, que é acompanhado pela Equipa de Apoio à Família da SCML e que é, atualmente, estagiário na no Núcleo de Audiovisuais, da Direção de Comunicação. Fotógrafo-estagiário, claro está!

Mas como tudo começou? Desde logo, podemos identificar três momentos. Um primeiro, há cerca de 10 anos, quando Nelson, ainda menino, começou a tirar fotografias aos gatos (e também a filmar). “Foi aí que a paixão foi crescendo”, confessa, ao mesmo tempo que refere que está a terminar o curso de Audiovisuais na Casa Pia.

Desde essa altura e “saltando” para o ano de 2019, um novo momento determinante: a viagem no âmbito do Prémio de Mérito aos Picos da Europa, o trabalho de voluntário no Festival Meo Sudoeste e algumas outras iniciativas da Misericórdia de Lisboa, nas quais o jovem esteve presente… Sempre, de câmara fotográfica na mão!

Estes episódios culminam num terceiro momento, quando a qualidade das fotografias do jovem e o empenho demonstrado por Nelson levaram António Santinha, Diretor da Direção de Infância, Juventude e Família, a ter a ideia de expor o trabalho numa mostra, na qual os dois olhares – o do profissional João Costa e o do amador Nelson Semedo – coexistissem lado a lado.

Questionados sobre o que a exposição lhe suscita em termos de sentimentos, as respostas não poderiam ser mais diferentes. Para o jovem é a concretização de “um sonho” que nunca imaginou poder concretizar-se; para o profissional da nossa instituição é o desejo de que as fotografias “contem uma história”. Afinal, “este é o dia do Nelson”, sublinha João Costa, fugindo ao papel de protagonista e explicando que o seu trabalho na mostra é ” um complemento”.

Regressando ao jovem Nelson Semedo, o futuro surge ainda como um longo caminho a percorrer. “Estou ainda a aprender no estágio”, diz. A ambição, porém, está presente, e passa por frequentar um curso de fotografia e vídeo nos Estados Unidos.

Já João Costa, tentando manter-se discreto, prefere destacar a importância desta exposição para o jovem, uma exposição que prova que “as paixões podem ser concretizadas”.

Até ao próximo dia 5 de março, a mostra fotográfica estará patente no Espaço Santa Casa. Não perca esta oportunidade única de conhecer o trabalho de dois artistas da nossa instituição e deslumbrar-se com os “dois olhares”, de dois fotógrafos tão diferentes!

Presidente da República inaugurou o novo espaço cultural da Brotéria

As portas do novo centro cultural da Brotéria estavam abertas desde o dia 23. Mas foi no passado sábado, 25 de janeiro, que o espaço foi oficialmente inaugurado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A cerimónia contou, ainda, com as presenças da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, do provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, do administrador da Ação Social, Sérgio Cintra, do provincial dos Jesuítas em Portugal, padre José Frazão Correia SJ, e do padre Francisco Mota SJ, diretor da Brotéria.

Depois de quase 120 anos como revista de cultura, a Brotéria saiu do papel e mudou-se para o Bairro Alto com o desejo de se tornar no ponto de encontro entre a fé cristã e as culturas urbanas contemporâneas.

Era para ser uma visita informal à Brotéria, segundo o Presidente da República. “Estava previsto uma visita, aparecemos por cá um dia e, depois, habituamo-nos a vir cá, lemos um livro, mas é assim um bocadinho mais formal”, afirmou sorridente.

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pela “obra excecional” que fez para o novo centro da Brotéria, e lembrou que este representa tudo aquilo que deve ser um ponto de encontro entre tudo e todos, a religião e a vida, o infinito e o finito, a cultura e a cidade, o social e o pessoal e entre o templo de reflexão e a abertura à comunidade.

O padre Francisco Mota SJ começou por dizer que “optámos deliberadamente por não transformar este momento [inauguração] num momento de protocolo exagerado. Gostávamos, acima de tudo, que este fosse um momento de amizade, proximidade e de gratidão com aqueles quem têm junto de nós feito este caminho”.

“Gostava, sobretudo, de agradecer ao provedor e à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pela enorme generosidade, pelo enorme cuidado que têm tido ao longo deste tempo e pelo que isto significa de trabalho daqui para a frente e que gostávamos de fazer em conjunto”, concluiu.

O Protocolo de Colaboração entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Província Portuguesa da Companhia de Jesus e a Brotéria, data de 2010. Na altura, o objetivo era reforçar a relação histórica entre estas entidades e criar condições para uma maior acessibilidade à revista e à sua biblioteca. Paralelamente, pretendia-se complementar e potenciar a oferta cultural da instituição e da Companhia de Jesus, criando sinergias e rentabilizando recursos.

Já o Contrato de Comodato entre a Misericórdia de Lisboa, a Província Portuguesa da Companhia de Jesus e a Brotéria, foi celebrado a 2 de outubro de 2019, tendo sido nesta data que a Santa Casa procedeu à entrega do Palácio, após o mesmo ter sofrido obras de reabilitação, num valor superior a 3 milhões de euros. Este projeto foi desenvolvido pelo arquiteto José Pedro Neuparth.

Refira-se, ainda, que a Brotéria e a sua biblioteca fazem parte de Pólo Cultural da Santa Casa, constituído também pelo Arquivo e Biblioteca da instituição, a Igreja e o Museu de São Roque, a galeria de exposições temporárias e o futuro Museu Casa Ásia.

Museu de São Roque recebe a exposição “Um Rei e Três Imperadores”

A mostra abre ao público a 26 de dezembro e estará em exibição até 5 de abril de 2020.

Para celebrar os 20 anos da transferência de poderes em Macau, os 40 anos do estabelecimento de relações político-diplomáticos entre Portugal e a República Popular da China e os 450 anos da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Macau, o Museu de São Roque organizou a exposição “Um Rei e Três Imperadores. Portugal, a China e Macau no tempo de D. João V”.

Esta exposição, que conta com Jorge Santos Alves como Curador, tem como objetivo mostrar as relações luso-chinesas na sua dimensão global, centrando-se na primeira metade do século XVIII – um dos períodos mais intensos e relevantes do relacionamento entre Portugal e a Europa, e a China.

Este período coincidiu, em boa parte, com o longo reinado de D. João V (1706-1750) em Portugal e com os reinados de três imperadores chineses – Qing – Kangxi (1662-1722), Yongzheng (1723-1735) e Qianlong (1736-1795) – e é revisitado nesta exposição através de mais de 50 peças que mostram o modo como se processou a aproximação e o conflito entre os dois reinos.

A exposição “Um Rei e Três Imperadores” organiza-se em quatro núcleos, divididos fisicamente na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque.

O primeiro núcleo, O Tempo do Diálogo: D. João V e os Qing, é especialmente dedicado à dimensão político-diplomática. Esta fase corporizou-se com o envio da embaixada do imperador Kangxi a D. João V, em 1721, protagonizada pelo jesuíta António de Magalhães, e depois retribuída em 1725 pela embaixada de Alexandre Metelo de Sousa e Meneses ao sucessor e filho de Kangxi, o imperador Yongzheng. O final do reinado de D. João V assistirá, ainda, aos preparativos da última das grandes embaixadas portuguesas à corte dos Qing e que terá Qianlong como visado.

O segundo núcleo, Negócios, sociedades e companhias: o tempo do chá e da porcelana, expõe a dimensão comercial-marítima do relacionamento entre a Europa e a Ásia (Macau, Costa do Coromandel e Bengala). As mercadorias chinesas (seda, porcelana e, cada vez mais, o chá, em boa parte comprados com prata amoedada ou em lingotes) eram crescentemente desejadas nos mercados europeus e nas colónias europeias, levando a novos hábitos de consumo e a novidades na cultura material quotidiana.

O terceiro núcleo, O Tempo dos Fascínios, Intercâmbios e Tensões, foca-se na dimensão cultural, cientifico-tecnológica e religiosa. Para além da cooperação científica, na qual pontificavam os padres-cientistas jesuítas, houve ainda a introdução na China da mais moderna tecnologia europeia (artilharia, relógios de mesa e primeiros relógios de bolso, instrumentos musicais e autómatos). Neste tempo, a religião cristã passava por um conturbado e aceso momento de debate interno, na chamada Questão dos Ritos, que dividia tanto a China, como a própria Europa.

O quarto e último núcleo, Macau. O Tempo dos Novos Tempos ocupa-se da dimensão de Macau, porto internacional de comércio. Macau viveu, na primeira metade do século XVIII, um tempo de reajustamento à dinastia Qing e ao aumento do controlo burocrático e político sobre a cidade, o que fez com que tivesse de se ajustar aos novos concorrentes europeus, nos mercados chineses e asiáticos em geral.

Consulte o site do Museu de São Roque.

Museu de São Roque recebe a exposição “Um Rei e Três Imperadores”

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

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Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

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Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

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Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

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