logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Jornadas de Sant’Ana debateram a Instabilidade Patelo-Femoral e regressam em 2025

As Jornadas de Sant’Ana 2024, que decorreram no passado dia 20 de setembro, no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, contaram com a participação de um extenso painel de peritos na patologia patelo-femoral, provenientes de hospitais de todo o norte e centro do país.

A Instabilidade Patelo-Femoral foi, de resto, o tema central das jornadas, cujas palestras revelaram-se de alto interesse científico e foram complementadas por apresentação de casos clínicos sobre vários gestos cirúrgicos. A alectomia, reconstrução dos ligamentos patelo-femoral medial e tibio-femoral, a osteotomia da tuberosidade anterior da tíbia e a trocleoplastia foram alvo de revisão e de discussão dinâmica, sendo o resultado pedagógico final muito satisfatório. As Jornadas contaram com a presença de Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, e de André Brandão de Almeida, administrador da Misericórdia de Lisboa com o pelouro da Direção de Saúde.

O feedback final foi positivo e os participantes elogiaram, ainda, as excelentes condições logísticas do Centro, bem como todo o apoio de bastidores e de restauração. Estas jornadas terão novamente lugar dentro de um ano, em data ainda a definir, e serão focadas na Instabilidade do Cotovelo e Punho.

Hospital de Sant’Ana

O Hospital Ortopédico de Sant’Ana, localizado na marginal que une Lisboa a Cascais, na Parede, é uma referência na área da ortopedia e traumatologia. Com 118 anos de história, este equipamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa nasceu como Sanatório de Sant’Anna e é hoje uma unidade de saúde com uma notável reputação nacional e internacional.

A sua longa fachada, paralela à Avenida Marginal, revela o gosto eclético da arquitetura portuguesa do início do século XX, ao qual se alia uma profunda capacidade funcional, bem expressa na articulação de espaços, serviços e equipamentos.

A iniciativa para a sua edificação partiu do casal filantropo Amélia e Frederico Biester, depois sucedidos por Claudina Chamiço. Donos de avultada fortuna, sem filhos, afetados pela morte de familiares com tuberculose, cedo se entusiasmaram com o desafio do médico e amigo da família, Dr. Sousa Martins, de construir um sanatório para as crianças desfavorecidas.

Em 1899 e já com o projeto dos arquitetos Rosendo Carvalheira, Álvaro Machado, Couto Abreu, Norte Júnior e Marques Silva, autorizado pela Câmara de Cascais, uma sucessão de acontecimentos trágicos – a morte prematura da quase totalidade dos seus mentores – ia comprometendo o início da obra. Ainda assim, foi lançada a primeira pedra em 1901 e em 31 de julho de 1904 é inaugurado, não pelo casal Biester, mas pela herdeira da fortuna dos Biester, Claudina de Freitas Guimarães Chamiço.

O sanatório surge na época como uma unidade hospitalar modelo, especializada no combate e prevenção da tuberculose óssea e destinada a acolher sessenta crianças do sexo feminino e quarenta adultos, vinte homens com complicações cardiovasculares e vinte mulheres com problemas cancerígenos.

Para a prossecução deste propósito, a fundadora contou com o apoio das irmãs de S. Vicente de Paulo, sendo estas substituídas, em 1910, pelas irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena e um capelão, ficando com residência permanente numa área distinta no piso superior do edifício principal.

Por vontade expressa no testamento de Claudina Chamiço e após a sua morte, em 1913, o sanatório passa a ser gerido por uma comissão de administração composta por sete elementos: o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Mendes Belo como presidente não executivo, para tesoureiro, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Conselheiro Augusto Pereira de Miranda, um familiar dos herdeiros (na altura o marido da sobrinha de Claudina Chamiço), António José de Carvalho, um membro representante da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa e mais três membros escolhidos pelo Cardeal. A dificuldade financeira sentida por esta comissão, determinou que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assumisse a administração do sanatório, em 1927.

Em 1956, é idealizado o projeto de realização de um Centro de Recuperação de Incapacitados Motores, que passa a ser designado por Centro de Reabilitação de Diminuídos Motores. É só em 1961 e por despacho governamental que o sanatório ganha identidade jurídica como hospital central, passando a denominar-se Hospital Ortopédico de Sant’Ana.

Desde então, o hospital promoveu várias especialidades e iniciativas pioneiras, que passaram pela criação, formação e especialização de equipas multiprofissionais, como ortopedistas, anestesiologistas, fisiatras, enfermeiras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e técnicos ortoprotésicos.

Já neste milénio o Hospital Ortopédico de Sant’Ana inicia um processo de modernização e atualização tecnológica, com a criação e remodelação de novos espaços do complexo. Em 2014, é lançada a primeira pedra de um novo edifício hospitalar, inaugurado em 2018. Esta unidade conta com uma área total de construção de mais de 6.000 m², um bloco operatório com 4 salas, 60 camas de internamento, uma unidade de cirurgia ambulatória e uma central de esterilização.

Assista ao episódio do programa da RTP, Visita Guiada, dedicado ao Hospital Ortopédico de Sant’Ana, aqui.

 

Hospital Ortopédico de Sant’Ana lança novo site institucional

Com uma nova imagem e uma apresentação mais dinâmica e intuitiva, esta reformulação vai para além do elemento visual. Em destaque estão novos conteúdos, que pretendem dar a conhecer uma vertente mais pessoal do hospital e, ao mesmo tempo, apresentar aos utilizadores informação mais completa e relevante acerca dos seus serviços e parceiros existentes.

Na nova casa digital do hospital, disponível em hosa.scml.pt, poderá encontrar todas as informações sobre as especialidades e serviços disponíveis, fazer marcações de consultas médicas e exames complementares de diagnóstico e conhecer todo o corpo clínico do equipamento, classificado, desde 2011, como Monumento de Interesse Público.

Seguindo as mais recentes tendências de Web Design, o site foi desenvolvido de maneira a garantir o acesso a todos, independentemente do equipamento utilizado, das limitações físicas do utilizador ou da localização geográfica.

HOSA promove debate sobre o impacto da alimentação no envelhecimento

A promoção da qualidade de vida, a intervenção nutricional e os modelos de intervenção nos idosos e/ou em utentes seniores em internamento, foram alguns dos principais temas em debate na conferência “Nutrição e Saúde”, que decorreu no HOSA, entre os dias 3 e 4 de novembro.

Num formato integralmente online, o evento contou com a participação de oradores provenientes de várias áreas da saúde e foi acompanhado por quase dois mil participantes, dividido pelos dois dias de conferência.

Na sessão de abertura, Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, salientou que “a instituição tem vindo a consolidar, através de várias iniciativas como esta, a partilha de saberes e de experiências para soluções adequadas à realidade”.

“Esta conferência tem para nós um objetivo muito claro. É importante darmos nota sobre as boas práticas que já existem, mas temos novos desafios pela frente e este é o momento de encontrar possíveis soluções e sobretudo orientarmos, genericamente, todo o trabalho que desenvolvemos diariamente”, frisou o provedor.

Segundo estudos realizados pelo Instituto Nacional de Estatística, Portugal é um dos países membros da União Europeia com a população mais envelhecida. O trabalho conhecido em 2019 sugere, ainda, que longevidade não é sinónimo de qualidade. Neste sentido, Edmundo Martinho realçou a importância e o desejo de que “uma vida mais longa seja também uma vida com saúde e qualidade”.

Opinião partilhada por Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, que, no painel “Oportunidades e desafios do envelhecimento da população para a saúde pública”, defendeu que é necessário “proporcionar todas as condições possíveis para que as pessoas possam viver mais anos e com qualidade, e neste sentido, hábitos de vida saudáveis são cruciais”.

Já no espaço de debate “Let’s Talk About – Envelhecimento e Nutrição todos os intervenientes consideraram que a situação epidemiológica que o país atravessa comprovou que a adoção de hábitos de vida saudáveis, aliados a uma alimentação cuidada, diminui o risco de complicações nas pessoas que possam vir a estar infetadas com Covid-19. Este fórum contou com a participação de Teresa Amaral, professora da Universidade do Porto, Patrícia Almeida Nunes, diretora de Dietética e Nutrição do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Luís Matos, diretor de Nutrição da Unidade Local de Saúde de Guarda, e Paulo Niza, coordenador de Dietética e Nutrição da Misericórdia de Lagos. No final, todos concordaram que as respostas são cada vez mais exigentes e que as instituições têm que se adaptar aos novos tempos.

O desafio demográfico e o envelhecimento da população, o impacto da desnutrição nos cuidados hospitalares, a obesidade nos indivíduos e a sustentabilidade financeira das instituições foram algumas das questões que preencheram todo o debate.

Conferência Nutrição e Saúde

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas