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Ju, o “super-herói” da Casa dos Plátanos

Quem disse que os heróis só existem em livros e filmes é porque nunca conheceu o Jesualdo. De sorriso fácil, o jovem de 15 anos, é um dos três casos conhecidos em Portugal com uma doença rara, que o condiciona desde o seu nascimento.

Por isso mesmo, Ju sempre se entregou à sua imaginação, encontrando, desde cedo, no desenho uma maneira de viver com mais qualidade, onde o “limite está apenas na nossa cabeça”.

Ju reside na Casa dos Plátanos, uma das 19 unidades de acolhimento residencial. No início deste ano, foi a estrela principal da peça de teatro que integrou o programa do terceiro Encontro ExperimentArte. Uma peça de teatro concebida a partir dos seus desenhos, também eles expostos durante a iniciativa, e protagonizada por utentes e técnicos da Unidade de Saúde W+, da Santa Casa.

Conheça um pouco mais da história deste nosso “herói”, nesta vídeo-reportagem.

 

Núcleo de Infância e Juventude de Mafra celebra primeiro aniversário

Com uma equipa de dez profissionais, o Núcleo de Infância e Juventude (NIJ) de Mafra nasceu para cumprir a intervenção da Misericórdia de Lisboa nas áreas da infância e juventude.

No último ano, e no âmbito da assessoria técnica ao Tribunal de Família e Menores, por exemplo, relativamente à intervenção desenvolvida na promoção e proteção de crianças e jovens em perigo, a equipa do NIJ interveio em 597 processos judiciais que abrangeram 677 crianças, jovens, as suas famílias e responsáveis legais.

Este acompanhamento, que incidiu no apoio técnico às decisões dos tribunais e na vigilância relativa à execução das medidas de promoção dos direitos e de proteção aplicadas às crianças e jovens abrangidos, foi desenvolvido através da avaliação e elaboração de informações e/ ou relatórios sociais sobre as várias situações, da intervenção em audiência judicial e da participação nas diligências instrutórias determinadas pelo juiz.

Estas situações de perigo que afetam a população mais nova têm diferentes origens, como a violência doméstica (com 33% dos casos), absentismo escolar, bullying, tráfico de estupefacientes e adições. E para a identificação destas circunstâncias, o NIJ contou com o apoio e colaboração das várias entidades do concelho, desde a GNR à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).

Mas um dos maiores desafios que enfrentou foi logo no início do seu ainda pouco tempo de existência. Em maio de 2022, três meses depois do início da guerra na Ucrânia, chegaram a Mafra dez crianças vindas daquele país, completamente desacompanhadas.

“Eram crianças que vinham completamente sozinhas, sem pais nem família, filhos de militares ou profissionais de saúde que tiveram de permanecer na Ucrânia. Foram momentos duros para aquelas meninas e meninos que, de um momento para o outro, se viram obrigados a fugir de um contexto dramático”, explica Paula Rocha, diretora do Núcleo. “Creio que contribuímos para fazê-las sentir em segurança. E mesmo depois do seu regresso à Ucrânia, em setembro de 2002, vamos conseguindo saber como estão”.

O NIJ acompanhou ainda um conjunto de processos tutelares cíveis (390, no total), nos quais estiveram envolvidas 308 crianças, que foram apoiadas por audições técnicas especializadas, nomeadamente em intervenções junto dos pais em desacordo relativamente às suas responsabilidades parentais e em questões fundamentais das vidas dos filhos.

 

Trabalho desenvolvido de mãos dadas com os parceiros

Com os olhos postos no futuro e prosseguindo com a missão que lhe foi confiada pela Misericórdia de Lisboa, o NIJ de Mafra continuará a proteger e a promover os direitos das crianças no desenvolvimento de um trabalho protetor do presente e promotor do futuro. Para tal, continuará a contar com a colaboração ativa dos seus parceiros que, nesta data especial, fizeram questão de deixar o seu testemunho.

“A relação da CPCJ com o NIJ de Mafra tem sido muito positiva. Desde o primeiro momento, desenvolvemos esforços, no sentido de acolher, promover e desenvolver ações na promoção e proteção das crianças e jovens. Neste ano de articulação, destacamos o trabalho, dedicação e rigor desenvolvido pelo NIJ. Damos os parabéns à equipa e reiteramos a nossa disponibilidade para apoiarmos na nobre missão que desenvolvemos, junto das crianças e jovens de Mafra” – CPCJ de Mafra.

“Estou a trabalhar há apenas 2 meses e vejo uma equipa disponível para trabalhar em equipa, digo com o Tribunal, que não deixam dúvidas sobre a entrega total e capacidade de aprender e se adaptarem em prol de um trabalho eficaz, para além de eficiente” – Dr. Joaquim Silva, juiz de Direito de Família e Menores de Mafra.

“A complementaridade e a partilha são a chave no sucesso da relação interinstitucional com Núcleo de Infância e Juventude de Mafra. A secção de Prevenção Criminal da GNR de Mafra agradece o padrão de eficiência em prol das crianças e jovens do concelho e deseja muitos parabéns neste dia de aniversário!” – GNR de Mafra.

“Muitos parabéns, equipa do Núcleo de Infância e Juventude de Mafra! Ao longo do último ano muitas têm sido as famílias que temos acompanhado em estreita articulação. Foi um ano de muito trabalho, mas a nossa colaboração conjunta permitiu-nos ultrapassar todos os obstáculos e concretizar todos os desafios. Acreditamos poder continuar esta nossa parceria com a vossa equipa que sempre se tem demonstrado atenciosa e disponível em prol das crianças e jovens.” – equipa da ComDignitatis.

Centro de Bem Estar Infantil das Janelas Verdes

Criado em 1972, ano em que foram recebidas as primeiras crianças, o Centro de Bem Estar Infantil das Janelas Verdes foi construído no espaço onde existia uma vivenda doada por D. Hortênsia Castanheira Klein à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tendo sido neste mesmo local que viveu o primeiro presidente da República Portuguesa, Manuel de Arriaga.

Em 1941, D. Hortênsia Castanheira Klein decide em testamento que o espaço seria entregue à Misericórdia de Lisboa, com o encargo de aí se fazer uma creche-escola infantil para acolher os filhos das “mulheres pobres” e que o financiamento deste equipamento seria feito através do rendimento dos seus outros ativos imobiliários.

Volvidos onze anos, em 1952, a esposa do Ministro da Presidência, D. Maria Amália Lumbrales, solicitou o imóvel para aí instalar provisoriamente as oficinas de trabalhos manuais do Instituto Condessa de Rilvas, pedido que foi recusado. Só em 1957 foi escolhido o arquiteto Manuel Alzina de Menezes, que ficou encarregue de fazer o anteprojeto da creche a instalar no imóvel.

Em 1971, é concluído com sucesso o projeto do novo edificado, sendo a loja e o piso 4 ocupados pelas duas firmas, os pisos 1 a 3 pela divisão de informática da instituição e os pisos 6 e 7 por uma creche e jardim de infância da Santa Casa, que viria a ser batizada como Centro de Bem Estar Infantil das Janelas Verdes. Assim, a 2 de julho de 1972 a creche abre finalmente as suas portas às primeiras crianças.

 

Santa Casa aumenta oferta na área da primeira infância com inauguração de creche

A creche do Convento do Desagravo, no Campo de Santa Clara, em Lisboa, foi inaugurada esta quarta-feira, 21 de dezembro. A cerimónia contou com as presenças de Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do presidente da autarquia de Lisboa, Carlos Moedas.

O novo equipamento ocupa uma das alas do antigo edifício do Convento do Desagravo e irá possibilitar que 42 crianças, que já integram a creche, possam usufruir daquele espaço e de todas as condições pedagógicas e de comodidade nos seus primeiros anos de vida.

Na sua intervenção, Edmundo Martinho sublinhou que a nova resposta será empenhada e eficaz, desejando “boa sorte” a todos os intervenientes para a etapa que agora começa, frisando que “a Santa Casa estará sempre comprometida em apoiar e ajudar tudo o que sejam as melhores soluções para a cidade, para podermos ter mais crianças a usufruir de serviços educativos de qualidade”.

Já Carlos Moedas afirmou que a educação “é uma prioridade máxima” deste executivo, salientando que “a educação é o bem mais importante que uma pessoa pode ter”.

“Precisamos de ter sempre em mente que a aposta na educação tem de ser sempre feita no início, desde a creche, é aí que nós formamos homens e mulheres, cidadãos a corpo inteiro”, concluiu o autarca.

O presente protocolo celebrado entre a Santa Casa e a CML prevê ainda, para 2023, a inauguração de mais duas creches na cidade, aumentando significativamente o número de vagas que a instituição disponibiliza, em equipamentos de primeira infância, para crianças até aos 3 anos.

Paralelamente a esta inauguração foi reaberto, esta terça-feira, 20 de dezembro, o Centro de Acolhimento Infantil do Bairro da Boavista, na freguesia de Benfica, após obras de reabilitação na cozinha do equipamento, pertencente à Misericórdia de Lisboa.

Santa Casa subscreve “Pacto para a infância”

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através do seu provedor, Edmundo Martinho, do diretor da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, Jorge Torgal e do diretor de Infância e Juventude da instituição, Rui Godinho, subscreve o “Pacto para a infância”, promovido pelo ProChild CoLAB – Associação ProChild Against Poverty and Social Exclusion, um dos Laboratórios Colaborativos aprovado pelo Painel Internacional de Avaliação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que visa desenvolver uma estratégia nacional no combate à pobreza e à exclusão social na infância.

O “Pacto para a infância” foi promovido no dia 20 de novembro, pela ocasião do 32º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas. Este reforça o compromisso articulado entre os vários setores (público e privado, académico e profissional) de contribuir de forma ativa para o bem-estar das crianças, através da implementação de políticas – baseadas em evidências científicas – que possam promover uma mudança social efetiva em Portugal.

Cientes dos efeitos negativos que a situação da pandemia da Covid-19 colocou à luz do dia, especialmente nas camadas mais jovens da população portuguesa, o pacto já subscrito por várias instituições, empresas e organismos estatais pretende ser uma “chamada de atenção” para garantir a promoção da inclusão social e da luta contra a pobreza infantil, para alargar a prevenção e proteção contra todas as formas de discriminação e de violência contra a criança e para a promoção ativa de uma cultura dos direitos da criança, a todos os níveis – local, regional e nacional.

De momento o ProChild CoLAB, do qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é um dos membros fundadores, encontra-se com uma petição pública, sob o lema “As crianças são uma prioridade nacional”.

 

Testagem de colaboradores permite regresso em segurança às creches da Santa Casa

Depois do plano de desconfinamento anunciado pelo Governo, a 11 de março, que determinou a reabertura das  creches, do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa procedeu à realização de testes Covid-19 aos 644 colaboradores dos equipamentos de 1ª e 2ª Infância (creches, jardins de infância, creche familiar e babysitting), que reabrem esta segunda-feira. Este plano, montado e colocado em prática entre os dias 12 e 13 de março, garante a abertura dos equipamentos de infância e o regresso em segurança às creches das cerca de 1140 crianças que frequentam estes equipamentos.

Para a responsável da Direção do Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade da Misericórdia de Lisboa, Etelvina Ferreira, “os testes efetuados aos colaboradores transmitem uma maior tranquilidade às famílias e às equipas. É pretendido que todos se sintam bem, seguros e tranquilos neste novo reinício”, explica.

Carla Rezende foi uma das colaboradoras testadas durante este período. Para a educadora do Centro de Acolhimento Infantil (CAI) de Campolide este regresso significa uma oportunidade para dar continuidade a tudo aquilo que ficou suspenso devido ao confinamento provocado pela pandemia de Covid-19.

“Sinto confiança. Com todos os cuidados necessários, podemos continuar a receber as crianças e as suas famílias com a mesma empatia, carinho e alegria de quem, de braços abertos, está pronta para esta etapa. Um caminho que me faz pensar nos dias que aí vêm: cheios de sol e recheados de momentos vividos ao ar livre, momentos de vivências e descobertas felizes”, refere.

O CAI Bairro Padre Cruz é outro equipamento da instituição, que reabre as portas esta segunda-feira. À medida que os dias vão passando, cresce um sentimento de ansiedade na educadora Patrícia Oliveira. Mais do que a vontade de regressar, é a necessidade de retomar o que ficou pendente que lhe provoca este anseio. “É essencial, ainda que dentro dos limites do bom senso, devolver o barulho saudável das brincadeiras com as crianças, sem nunca esquecer o afeto”.

Durante o período de confinamento, o carinho das educadoras nunca faltou. Ainda que à distância, Carla e Patrícia mantiveram sempre contacto com as crianças e respetivas famílias. Por telemóvel ou por email foram falando com os encarregados de educação e escutando as suas preocupações, angustias e conquistas. Por email eram enviadas sugestões de atividades para que pais e filhos pudessem vivenciar momentos lúdicos e pedagógicos.

“As diversas atividades foram planeadas sempre com o máximo de cuidado para que fossem viáveis de serem realizadas em casa. Durante este período, reforçámos a importância da partilha de evidências, com o propósito de enriquecerem os portefólios dos seus filhos, e foram muitos aqueles que fizeram”, explica Patrícia Oliveira.

As sucessivas reuniões com as famílias permitiram a Patrícia Oliveira perceber o quão importante tem sido o papel das educadoras no desenvolvimento das crianças. “Realizámos, uma vez por semana, uma reunião de grupo. Essas reuniões foram muito gratificantes e mostraram como realmente a nossa presença é muito importante na vida destes meninos”, lembra. Hoje, no dia em que os equipamentos de 1ª e 2ª Infância da Santa Casa reabrem portas, Patrícia está de braços abertos para receber as crianças que pertencem a esta casa, com o sentimento de que está “mais próxima das famílias” e de que a sua “missão está no rumo certo”.

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