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Palácio de São Roque recebe menção honrosa

Na corrida à 9ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana (PNRU) estiveram 87 projetos, oriundos de 23 concelhos, de norte a sul do país. A maioria dos projetos a concurso (56%) são de uso habitacional, seguidos dos de impacto social (20%), de turismo (13%) e, por fim, dos projetos de comercial e serviços (11%). As categorias a concurso incluem: Cidade de Lisboa; Cidade do Porto; Impacto Social; Residencial; Turismo; Comércio & Serviços; Reabilitação Estrutural; Restauro; Intervenção inferior a 1.000 m2 e Sustentabilidade.

Com o Alto Patrocínio do Governo de Portugal, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura, a iniciativa tem como objetivo reconhecer anualmente os melhores projetos de reabilitação e requalificação urbana desenvolvidos em Portugal, que representam uma maior valia para a sociedade, nas suas diversas valências.

Destaque, na edição deste ano, para o Palácio de São Roque, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que recebeu uma menção honrosa na categoria de melhor intervenção de Impacto Social. Já em 2018, a Quinta Alegre, antigo Palácio do Marquês de Alegrete, na Charneca do Lumiar – hoje um espaço residencial intergeracional da instituição – venceu o prémio na categoria Restauro.

Os vencedores da edição de 2021 foram eleitos por um júri independente constituído pelo economista João Duque, os arquitetos João Carlos Santos e João Santa-Rita, o engenheiro Manuel Reis Campos e pelo coordenador do projeto “Reabilitar como Regra”, Raimundo Mendes da Silva. O prémio na área da Sustentabilidade contou com a assessoria técnica da ADENE – Agência Nacional de Energia e da imobiliária Savills.

Palácio de São Roque

Sobre o Palácio de São Roque

Exemplo da arquitetura palaciana, e cuja data de construção remontará a meados do século XVII, resulta de várias alterações, evoluções e melhoramentos levados a cabo ao longo de três séculos e meio de história.

Sob o mote de “trazer a cidade para dentro do edifício”, o projeto de reabilitação procurou tornar o palácio mais permeável à cidade, estando este de portas abertas, para a fruição de todos. A sua história e os aspetos originais foram preservados, de forma a oferecer um complemento cultural inigualável na oferta da Igreja e Museu de São Roque.

O projeto de reabilitação prevê a criação de um espaço museológico para acolher a “Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo”, bem como de um espaço de restauração.

A abertura, ainda sem data prevista, do Palácio de São Roque à cidade de Lisboa é de grande impacto na comunidade, não só pela natureza do edifício, como também pelo seu novo uso, um novo museu, que fortalece a oferta turística, dinamizando toda a zona comercial circundante.

Escadas Palácio de São Roq

Património Santa Casa, um compromisso sem idade

A edição deste ano da Semana da Reabilitação Urbana voltou a ter o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e ficou marcada por um programa rico em conferências e mesas redondas onde se discutiram vários temas atuais, como a estratégia de longo prazo para a renovação dos edifícios, o plano de recuperação e resiliência, a habitação acessível e o impacto da pandemia na reabilitação urbana.

A participação da Santa Casa na VIII edição desta iniciativa visou dar a conhecer o que tem sido feito em matéria de património da instituição e da sua reabilitação, bem como apresentar novos projetos em curso. Neste âmbito, foi promovida a conferência “A Habitação ao Longo da Vida e o Impacto da Pandemia”, que marcou o início do último dia deste evento.

Nesta sessão, foi ainda apresentado o espaço que vai nascer no Beato, o Lisboa Social Mitra, que agregará no mesmo local várias respostas da instituição, com destaque para os pavilhões dedicados à Valor T e à Casa do Impacto.

Ana Vitória Azevedo, administradora da Misericórdia de Lisboa, abriu a conferência destacando que a reabilitação da Mitra foi pensada para “criar um conjunto de valências suportadas na inovação e no empreendedorismo, que pretendem facilitar e apoiar as pessoas com mais dificuldades de integração na sociedade”.

Nesse sentido, salvaguardou ainda que “o espaço vai acolher projetos de natureza social, económica, ambiental e de empreendedorismo, a par de espaços comunitários”.

Com um investimento a rondar os 10 milhões de euros, o projeto Lisboa Social Mitra vai fazer nascer uma creche, uma academia de formação dedicada à economia social, uma quinta comunitária, um espaço aberto à comunidade com um jardim de lazer, para além de novos espaços de trabalho dedicados ao empreendedorismo social (com a mudança da Casa do Impacto do Convento de São Pedro de Alcântara para o Palácio da Mitra) e da reabilitação da atual Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) já existente no local.

Ana Vitória Azevedo salientou, ainda, que a Santa Casa “tem vindo a desenvolver, nos últimos anos, um conjunto de projetos com conceitos alternativos de habitação para os mais velhos e para os mais novos”, frisando que o Centro Intergeracional Ferreira Borges, que será inaugurado a 14 de maio é “o exemplo perfeito desta política”.

A par desta nova valência, a Misericórdia de Lisboa está também a desenvolver projetos que vão colocar no mercado de arrendamento um número significativo de frações habitacionais, que “permitem num mesmo edifício coexistirem e interagirem diferentes faixas etárias”, destacou a administradora na sua intervenção. Alguns exemplos desta atuação da instituição são o prédio existente na Rua Jau (obra concluída), o projeto de edifícios para arrendamento na Av. das Forças Armadas e o espaço na Rua Sousa Martins (ainda em fase de obra).

No final da manhã desta quarta-feira, 13 de maio, houve ainda lugar a uma Mesa Redonda, moderada por Sofia Alçada, diretora do Impulso Positivo, onde participaram Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Misericórdia de Lisboa; Ricardo Sousa, da Century 21; Aline Guerreiro, CEO do Portal Construção Sustentável; Ana Sepúlveda, CEO da 40+Lab; Sandra Marques Pereira, socióloga, e Rui Alves e Teresa Rodeia, da RA+TR Arquitetos.

Na sua intervenção, Helena Lucas sublinhou que a Santa Casa “desenvolve uma ampla e diversificada intervenção na reabilitação do seu património”, salientando que “é necessário que todo o nosso edificado esteja preparado, tanto para ser utilizado por mais novos, como por mais velhos”. “Todos os projetos que temos em curso promovem a intergeracionalidade. Acreditamos que esta componente é fundamental para uma habitação inclusiva e acessível”, concluiu a responsável.

A Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa é uma iniciativa da revista Vida Imobiliária e conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, das Ordens Profissionais e principais associações do setor.

Simultaneamente aos debates principais que decorreram, ao longo dos três dias desta iniciativa, tiveram também lugar um conjunto de sessões paralelas, organizadas por várias entidades e empresas como o LNEC, a Confidencial Imobiliário, o LiderA, o Revigrés e o Portal da Construção Sustentável.

A reabilitação urbana tem causas sociais

A VII Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa arrancou no passado dia 7 de julho, num palco exclusivamente virtual – depois de ter sido adiada em abril, devido à pandemia da Covid-19. O evento vai decorre até 9 de julho. O programa da edição deste ano conta com sessões plenárias, apresentações de empresas e serviços, formação e máxima interação com os expositores, para um debate focado na reabilitação, regeneração e reutilização na cidade de Lisboa.

Na conferência “Inovação social na cidade – Um desafio ainda mais presente em tempos de crise”, realizada esta quarta-feira, 8 de julho, esteve em destaque o papel da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, enquanto promotora da reabilitação urbana, e o contributo da instituição para uma sociedade mais equilibrada. As diversas iniciativas de empreendedorismo social da Casa do Impacto também estiveram em evidência nesta conferência.

Património; Semana da Reabilitação Urbana

Preservar, valorizar e rentabilizar o património da Santa Casa

Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património (DGIP) da Santa Casa, sublinhou que em tempos de crise “o objetivo da Misericórdia de Lisboa continua a ser o mesmo: intervir em todo o património, uma vez que é um dever intemporal desta instituição cuidar do seu património”.

“Este trabalho tem sido desenvolvido com grande responsabilidade, e com o compromisso de o preservar, valorizar e rentabilizar, com a finalidade de criar respostas sociais e gerar receitas que possam reverter para as causas apoiadas e para a atividade desenvolvida pela instituição, designadamente nas áreas da ação social, da saúde, da educação e da cultura”, acrescentou ainda.

Na sua intervenção, apresentou dois filmes de projetos que são um exemplo de como o passado se cruza e convive com o presente e com o futuro: o Convento de São Pedro de Alcântara que soube receber a Casa do Impacto e os 11 pavilhões que se preparam para receber o projeto “Lisboa Social”. Ambos constituem património de épocas diferentes e foram, ou ainda vão ser, como é o caso do projeto “Lisboa Social”, alvo de intervenções distintas que visam a adaptação e a transformação dos mesmos em respostas de impacto social e inovação.

No debate “O empreendedorismo social e a comunidade Business Angel”, moderado Sofia Alçada, diretora do Impulso Positivo, Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, começou por explicar o propósito deste ecossistema da Santa Casa. “A Casa do Impacto é uma plataforma de inovação e de empreendedorismo social, dinamizadora de uma série de ações no domínio do empreendedorismo, destinada a apoiar projetos de responsabilidade e impacto social”.

Inês Sequeira considera que, em tempo de pandemia, a Misericórdia de Lisboa “ganha ainda mais destaque e mais responsabilidade. A inovação e as novas respostas serão cada vez mais importantes numa organização como a Santa Casa”, sublinhando que, nesta altura, a instituição tem um papel ainda mais relevante, sobretudo na resposta aos problemas sociais.

ENTREVISTA DO PROVEDOR AO PÚBLICO | “É NECESSÁRIO REPENSAR E ENQUADRAR A GESTÃO DO PATRIMÓNIO DA SCML”

446 anos depois a Companhia de Jesus tem nova casa em São Roque

O dia, marcado pela assinatura do contrato de comodato entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e as duas entidades acima referidas, é histórico. Não só pela feliz coincidência de calendário, mas sobretudo por aquilo que esta cedência (gratuita) do renovado e histórico Palácio dos Condes de Tomar irá significar para a cidade de Lisboa.

Um significado e uma relevância que Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, fez questão de sublinhar durante a cerimónia desta quarta-feira. “Temos uma ambição: a de que este espaço possa constituir-se como um polo de dinamização de toda zona, que possa constituir-se como um motor daquilo que são as práticas culturais desta parte da cidade”.

No espaço que irá – juntamente com o Arquivo Histórico, a Biblioteca, o Museu e a Igreja de São Roque, bem como a futura Casa Ásia – constituir parte integrante do Polo Cultural de São Roque, ficaram expressos os desejos para a nova casa da Brotéria.

“A Brotéria quer ser um espaço aberto, criativo e de muitos e variados encontros. Desde logo, com as várias expressões da cultura urbana lisboeta, mas não só”. As palavras pertencem ao Reverencial Padre José Frazão Correia, da Província Portuguesa da Companhia de Jesus, que definiu publicamente a identidade que irá marcar a atuação da Brotéria neste novo começo. “Mais do que fazer coisas, queremos distinguir-nos pelo modo como as fazemos e por queremos fazê-las com outros”, referiu.

O desenvolvimento de ações culturais, em conjunto com a nossa instituição, até pode ser um dos pontos previstos no documento rubricado durante a cerimónia. Mas, na sua intervenção, o diretor da Brotéria, o Padre Francisco Mota, sj, fez questão de salientar outro dos pontos altos da colaboração entre a entidade que dirige e a Misericórdia de Lisboa. “Nestes últimos 2 anos, em que acompanhei mais de perto esta obra, fui vendo como o entusiamo e o empenho da Santa Casa eram tão evidentes. Foi impressionante ver tanta motivação, tanto entusiamo e tanta vontade em fazer com que esta casa pudesse abrir portas, e ser posta ao serviço da cidade”.

O serviço também esteve presente na elocução de D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa. Nomeadamente, um dos nossos serviços estatutários. “Com esta cedência, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa também concretiza uma das suas finalidades, a de “ensinar os que erram”.

A obra de Misericórdia referida pelo cardeal até poderia, como mencionou o próprio, ver a sua linguagem atualizada para o século XXI, mas a sua importância mantém-se a mesma de sempre. Foi talvez por isso que, o representante da Igreja Católica, sublinhou o “gosto” com que vê a Santa Casa a cumprir uma finalidade que é “uma maneira muito importante de conseguir que as pessoas sejam tudo aquilo que podem ser, através do seu desenvolvimento cultural”.

Com as obras de restauro concluídas, começam agora os trabalhos de instalação de todas as entidades envolvidas. Com o Palácio dos Condes de Tomar pronto a receber a Companhia de Jesus, quatro séculos depois de terem assentado arraiais nesta zona de Lisboa, o início das atividades, e abertura das portas ao público, está previsto para janeiro de 2020.

Reabilitar e preservar o património

O programa da VI Semana da Reabilitação Urbana conta com workshops, conferências, tertúlias e debates, exposições e prémios todos eles com o objetivo de chamar a atenção para o impacto social da reabilitação urbana.

A iniciativa é a ocasião para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa dar a conhecer o trabalho desenvolvido no âmbito da reabilitação do seu património. Neste sentido, a instituição preparou a conferência “Novas formas de habitar Lisboa”, durante a tarde de quarta-feira, 10 de abril, no Pátio da Galé.

A conferência pretendeu responder a questões como: Que novos formatos de habitar podem dar uma melhor resposta? Como reabilitar uma cidade para jovens e estudantes? Que novos formatos de habitação podem dar uma melhor resposta? Como tratar as famílias jovens que querem viver em Lisboa e qual a melhor solução de habitação para os estudantes?

Na sessão de abertura do encontro, Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, defendeu a importância do papel da instituição na reabilitação urbana como instrumento de promoção de novas respostas aos que mais precisam, destacando a intergeracionalidade dos novos projetos.

O provedor destacou, ainda, o investimento na requalificação e regeneração do seu património imobiliário em Lisboa, de forma a devolvê-lo à cidade e ao serviço das suas causas socais.

Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da SCML, sublinhou que “a Santa Casa continua a trabalhar em projetos que permitirão a médio prazo alcançar o objetivo de reabilitar o património desta Instituição, em função de novas respostas sociais e novas formas de viver e tendo como princípios orientadores a intergeracionalidade, a mobilidade e a sustentabilidade”.

Inovação Social e reabilitação urbana

O encontro serviu, igualmente, para identificar um conjunto de projetos (com conceitos alternativos de habitação) desenvolvidos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, nos últimos anos:

I. Para os mais velhos: a SCML criou estruturas residenciais onde coabitam diversas valências e diversas faixas etárias que permitem a centralização de serviços comuns e a interação entre os diversos utilizadores.

II. Para os jovens e estudantes: a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a desenvolver outros projetos e espera colocar no mercado de arrendamento um número significativo de frações habitacionais para este público-alvo.

Santa Casa lança apartamentos para Arrendamento Jovem

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pretende criar condições para o acesso de jovens ao arrendamento de frações habitacionais a preços acessíveis, tendo em conta as condições de mercado, contribuindo desta forma para contrariar a tendência para o envelhecimento da população nos centros urbanos, possibilitando que jovens que trabalhem ou estudem no município de Lisboa possam também nele residir.

O acesso às frações é efetuada através de candidatura cujos procedimentos estão disponíveis neste Manual que define os critérios gerais de acesso dos jovens ao arrendamento de frações propriedade da SCML, nomeadamente a idade, a situação laboral e/ou académica, bem como as condições contratuais do arrendamento, isto é o desconto a aplicar na renda e prazo de duração do contrato.

CALENDÁRIO:
VISITAS – Apenas após agendamento para o correio eletrónico arrendamentos@scml.pt e realização das mesmas nos dias 11, 12, 14 e 15 de junho de 2018, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

CANDIDATURA – A partir das 9h00 do dia 18 de Junho de 2018, segunda-feira. Não são aceites as candidaturas rececionadas em hora e data anterior ao indicado.

Para mais informações consulte a secção dos “Arrendamentos Santa Casa” no site institucional da Misericórdia de Lisboa.

Santa Casa reabilita património histórico e cultural

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Edmundo Martinho, e o presidente da Direção da Associação Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, Gustavo Guimarães, assinaram esta segunda-feira, 21 de maio, um protocolo de colaboração, com vista às obras de reabilitação parcial do Convento dos Cardaes, em Lisboa.

Apesar do Convento não estar a cargo da SCML, este apoio faz parte de um dos grandes objetivos da Santa Casa: preservar o património histórico e cultural de Lisboa. A instituição investe mais de 1,4 milhões de euros na reabilitação do Convento dos Cardaes.

“O nosso compromisso é apoiar quem precisa”, disse o provedor na sua intervenção. “Este apoio resulta do mérito e reconhecimento do trabalho aqui desenvolvido”, adiantou, enaltecendo o empenho e a dedicação da Associação Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos.

Edmundo Martinho manifestou o seu agrado por poder contribuir para a recuperação do Convento, salientando que é um orgulho para a Santa Casa associar-se à preservação do património histórico e religioso único na cidade de Lisboa.

O presidente da Direção da Associação Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, Gustavo Guimarães, na sua intervenção, agradeceu à Santa Casa o voto de confiança. “Sem a vossa ajuda, não seria possível, por nós próprios, fazer as necessárias obras”, referiu.

Além de ter como objetivo preservar o património da cidade, este investimento irá também contribuir para ajudar a Associação Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos a continuar a desempenhar a sua missão, ao mesmo tempo que permite que a prática do culto possa ser feita condignamente.

A SCML tem desenvolvido uma política de salvaguarda e valorização do seu património, dando ainda continuidade à aposta estratégica de preservar a memória coletiva e o património arquitetónico e artístico nacional. Disto são exemplos recentes e emblemáticos a reabilitação da igreja da Conceição Velha, o novo teto da igreja de Santa Isabel, a capela de São Roque dos Carpinteiros de Machado, propriedade da Marinha, a recuperação da capela de Nossa Senhora do Monte, e agora, a reabilitação do Convento Cardaes.

O Convento dos Cardaes

Fundado por D. Luísa de Távora em 1681, sendo a sua arquitetura do século XVII. É uma das poucas estruturas pré-pombalinas que ainda existe e guarda em si um significativo acervo de arte sacra e decorativa.

Em 1876, o Convento foi cedido à Associação Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, para nele instalar um “Asilo de Cegas”. Ainda hoje, esta Associação mantém ao seu cuidado, a tempo inteiro, senhoras cegas e senhoras portadoras de multideficiência grave, que residem no Convento.

Restauro da Quinta Alegre distinguido

O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana (PNRU) é coorganizado pela Vida Imobiliária e pela Promevi, contando com o Alto Patrocínio do Governo de Portugal, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura.

O PNRU foi lançado em 2013 e tem como objetivo reconhecer, premiar e divulgar a excelência na renovação das cidades e afirma-se atualmente como a mais prestigiada distinção na área da reabilitação do edificado e requalificação dos territórios em Portugal.

Quinta Alegre, um projeto emblemático

As estruturas residenciais na área social criadas e a criar pretendem dar respostas mais adequadas aos mais velhos, mas integrar também os mais novos. Assim, e a partir de uma perspetiva intergeracional o objetivo dos projetos e obras em curso é não só instalar as diferentes gerações, mas criar condições físicas para elas interagirem no momento e no tempo. A Quinta Alegre, na Charneca do Lumiar, é um dos mais emblemáticos projetos da instituição nesta área.

Este projeto está a ser desenvolvido em três fases distintas mas complementares: o Palácio do Marquês de Alegrete e o Jardim Romântico, cuja obra de reabilitação foi concluída em Junho, constitui a Unidade Social, retomou as funções da Quinta de Recreio como um espaço de acolhimento e receção, com funções lúdico-recreativas que serão abertas à comunidade exterior e apoiará o novo programa a implantar de na estrutura residencial para idosos como ponto de encontro entre gerações.

Neste momento está a decorrer a empreitada da Unidade Assistida que se prevê estar concluída no terceiro trimestre deste ano, com uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, com capacidade para 62 pessoas, espaço para a administração e serviços e ainda para um restaurante e sala de convívio e inclui ainda a construção de três apartamentos T1 e sete T0, que serão destinados a jovens e a idosos independentes.

Em projeto encontra-se a Unidade Residencial que prevê a criação de mais apartamentos para pessoas jovens e seniores independentes. Ao instalar uma estrutura residencial para seniores e uma unidade residencial para jovens num espaço contíguo, pretende-se facilitar a relação intergeracional, promovendo proximidade e interação, diálogo, desenvolvimento intelectual e social, evitando o isolamento e a exclusão, recorrentes na terceira idade.

Património ao serviço das causas sociais

Em entrevista ao Público Imobiliário, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, refere que a SCML “tem a oportunidade de se distinguir nesta área de reabilitação do património por ser proprietária de um património muito significativo, obtido na sua maioria através da confiança e da admiração dos seus beneméritos”.

O provedor fala também nesta entrevista sobre o programa “Lisboa, cidade de todas as idades”, explicando que “este programa representa uma imensa ambição de dotar a cidade de maior capacidade de suporte e apoio às pessoas mais velhas”.

O suplemento do Público Imobiliário desta quarta-feira, 18 de abril, apresenta os projetos mais emblemáticos da Misericórdia de Lisboa, como o Edifício Monsanto, a Quinta Alegre ou o Coleginho, entre outros. Destaque para o Arrendamento Jovem, onde a Santa Casa está a preparar edifícios em vários pontos da cidade para criar condições para o acesso de jovens ao arrendamento habitacional de frações a preços mais acessíveis, tendo em conta as condições atuais deste mercado, para que jovens que trabalhem ou estudem em Lisboa possam também cá residir.

Conheça melhor os projetos de reabilitação da Santa Casa no jornal Público de dia 18 de abril ou consulte aqui.

Reabilitar por boas causas

O Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, recebeu a V edição da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa. Trata-se de uma iniciativa da “Vida Imobiliária” e da “Promevi”, que tem o apoio da Misericórdia de Lisboa.

Com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), da Câmara Municipal de Lisboa e da ATL – Turismo de Lisboa, o programa desta semana tem inúmeros eventos, tais como workshops, conferências, tertúlias e debates, todos eles com o objetivo de chamar a atenção para o impacto social da reabilitação urbana.

A Santa Casa participa no evento dando a conhecer o que tem feito e os novos projetos na Reabilitação Urbana.

Neste âmbito, a instituição preparou a conferência “Cidade, Cultura e Envelhecimento – A Oportunidade”, durante a tarde de quarta-feira, 11 de abril, no Pátio da Galé. Edmundo Martinho, provedor da SCML, defendeu a importância do papel da instituição na reabilitação urbana como instrumento de promoção de novas respostas aos que mais precisam.

A conferência debruçou-se sobre a relevância da reabilitação urbana, enquanto ferramenta de inclusão e, ao mesmo tempo, de preservação da cidade genuína e dinâmica. O encontro serviu, igualmente, para identificar alguns dos projetos desenvolvidos pela instituição e o compromisso da SCML na preservação e valorização do seu património com a finalidade de criar respostas sociais adaptadas às novas realidades populacionais.

Na sessão de abertura da conferência, Edmundo Martinho, defendeu que “a SCML tem o dever de promover, reabilitar, conservar e rentabilizar o seu património, por forma a garantir projetos e obras inovadoras que respondam as necessidades daqueles que mais precisam”, destacando a criação de novas respostas e a intergeracionalidade dos novos projetos.

Edmundo Martinho destacou, igualmente, o programa de apoio à população sénior – “Lisboa – cidade de todas as idades” – que visa dotar a cidade de maior capacidade de suporte e apoio às pessoas mais velhas.

Maria da Luz Cabral, responsável da Unidade de Missão da SCML, apresentou e explicou o programa de apoio à população sénior – “Lisboa – cidade de todas as idades”, lançado no início do ano, pela SCML e a Câmara Municipal de Lisboa.

Na sua intervenção, Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da SCML, sublinhou que “a Santa Casa está a desenvolver uma ampla e diversificada intervenção na reabilitação do seu património”. O grande desafio é juntar a intergeracionalidade, o envelhecimento, a mobilidade, a sustentabilidade e a inovação.

“A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assumiu um compromisso de preservar e valorizar este património com a finalidade de criar respostas sociais e gerar receitas que possam reverter para as causas apoiadas pela instituição”, destacou a responsável.

Helena Lucas lembrou, ainda, que a SCML ao reabilitar o seu património devolve espaços fechados à cidade, respeitando sempre a história e a arquitetura, contribuindo para uma cidade mais vivida e para o rejuvenescimento do seu edificado.

Sendo a Santa Casa uma das maiores proprietárias da cidade de Lisboa, a atual administração, tem feito um grande investimento na área do Património, tendo em conta três pilares fundamentais: inovação, intergeracionalidade e investigação.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas