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Santa Casa e Rádio Renascença lançam Prémio de Jornalismo Jovem

Joana Marques, Ana Galvão e Inês Lopes Gonçalves, as apresentadoras do programa “As Três da Manhã” da Rádio Renascença, receberam na manhã desta sexta-feira, 6 de maio, os responsáveis da Misericórdia de Lisboa e Rádio Renascença. No estúdio, Edmundo Martinho e D. Américo Aguiar explicaram que a iniciativa representa uma vontade de refletir sobre os problemas, desafios e oportunidades que os jovens enfrentam nos dias de hoje e, ao mesmo tempo, de apresentar soluções que permitam que este público acredite no futuro.

O concurso desafia jornalistas até aos 35 anos a apresentarem trabalhos que incidam sobre os problemas, desafios e oportunidades colocados atualmente aos jovens. No valor total de 8500 euros, o Prémio do Jornalismo Jovem divide-se em quatro categorias.

Edmundo Martinho sublinhou a importância de reconhecer o trabalho dos jornalistas mais novos. “Aceitámos de imediato este projeto de premiar trabalhos de jornalistas jovens, pois sabemos das dificuldades em que muitas vezes exercem a sua profissão, porque é conhecida a forma como hoje a pressão é imensa. Nos mais jovens, essa pressão acentua-se e, em muitas circunstâncias, acaba por ser muito pouco estimulante para a atividade. Portanto, este é um contributo modesto que queremos dar”. Segundo o provedor, a iniciativa, além de refletir sobre a problemática, pretende “criar soluções e estimular a criatividade, reconhecendo o mérito do trabalho de jornalistas jovens”.

Por outro lado, D. Américo Aguiar lembrou que “infelizmente, nestes últimos dois anos, há jovens que não deixaram de viver apenas em situação de limite, seja pela questão económica passada, seja pela pandemia que vivemos. (…) Eu acredito que muitos jovens têm tido dificuldades em permitir-se sonhar. Por isso, é muito importante nós fazermos o levantamento, fazermos o estado da nação, daquilo que possam ser os principais problemas e dificuldades.”

Em relação à parceria da Rádio Renascença com a Santa Casa, o presidente do Conselho de Administração da Renascença, afirma que “esta é uma das boas causas que, de facto, temos que abraçar como sociedade e ter a capacidade de olhar para trás e fazer o diagnóstico certo e, depois, ser capaz de lançar o futuro”. Resumidamente, o bispo auxiliar de Lisboa pretende que esta parceria ajude os jovens a sonhar de novo.

Prémio Anual de Jornalismo

O prémio prevê quatro categorias:

  • Prémio Rádio, no valor de 2500 euros;
  • Prémio Multimédia, no valor de 2500 euros;
  • Grande Prémio Jornalismo Jovem Renascença/Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no valor de 1000 euros, que acresce aos 2500 euros do Prémio Rádio ou Multimédia. O valor total deste prémio é, assim, de 3500 euros;
  • Grande Prémio Renascença, dedicada apenas a jornalistas da Renascença, no valor de 2500 euros. Sendo a Renascença uma das entidades promotoras do concurso, por uma questão de transparência, os seus jornalistas têm uma categoria própria a que podem concorrer.

Tendo como pano de fundo as Jornadas Mundiais da Juventude em 2023, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Renascença estabeleceram uma parceria para refletir sobre os problemas da juventude. Uma parceria que além do lançamento do Grande Prémio do Jornalismo Jovem prevê também a realização de uma grande conferência dedicada à juventude. Veja ou reveja a participação de Edmundo Martinho e D. Américo Aguiar no programa “As Três da Manhã”, aqui.

 

Património Santa Casa: uma porta aberta à cidade

Quantos são? Onde ficam? Para que servem? Ou como é que a instituição conseguiu ter um vasto acervo imobiliário? Estas são algumas das questões que povoam a mente dos lisboetas, quando andam pela cidade diariamente e reparam que, em todas as freguesias, em todos os bairros e em diversas ruas, becos e vielas existe um equipamento ou um prédio que pertence à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Para responder a estas e outras questões é necessário recuar cerca de cinco séculos. Fundada em 1498 pela Rainha D. Leonor, a Misericórdia de Lisboa sempre mereceu o reconhecimento da cidade graças às suas obras de caridade. Desde a sua origem que a instituição trabalhou em prol dos mais desfavorecidos, sendo que, para que este propósito fosse concretizado, importava assegurar a subsistência da instituição.

Em 1768, novos subsídios foram concedidos para a criação dos expostos. Esta política protetora da Misericórdia de Lisboa culminaria na doação, à instituição, da Igreja e da Casa Professa de S. Roque (edifício que pertencia à Companhia de Jesus e que, ainda hoje, alberga a sede da Santa Casa).

Tal como em séculos passados, também nos dias de hoje a grande maioria do património da instituição advém da confiança de benfeitores e beneméritos que entregam à instituição os seus bens, na certeza de serem aplicados em favor de quem mais precisa, como explica a administradora da Santa Casa, com o pelouro do património, Ana Vitória Azevedo.

“A Santa Casa tem a oportunidade de se distinguir nesta área de reabilitação do património por ser proprietária de um património muito significativo, obtido na sua maioria através da confiança e da admiração dos seus beneméritos”. Este património entregue à instituição, e que se configura numa das maiores fontes de receitas, destina-se essencialmente a contribuir para a missão diária da Misericórdia de Lisboa de apoiar as “Boas Causas”.

“Existe sempre uma expectativa das pessoas que doam o património à Misericórdia de Lisboa, de que esse património irá ser utilizado para a missão diária da Santa Casa e que irá servir para ajudar nessa missão”. Ana Vitória Azevedo salienta, ainda, que “a instituição preza sempre a reabilitação do património doado, recorrendo à alienação do mesmo, apenas quando tal seja possível e se revele adequado para a angariação de mais receita destinada à promoção das “Boas Causas”.

Entre prédios urbanos e algumas propriedades rústicas, a Misericórdia de Lisboa detém um total de 659 imóveis. Muitos destes são hoje a residência de centenas de pessoas, seja através da permanência em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), seja através de um arrendamento convencional, seja por um necessário e imprescindível cuidado médico exercido numa Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), ou pela permanência numa casa de autonomia destinada apoiar a transição de jovens, para uma autonomia plena na sua vida adulta, ou ainda através dos vários equipamentos da instituição destinados à primeira infância.

“A Misericórdia de Lisboa tem o dever de promover, reabilitar, conservar e rentabilizar o seu património, por forma a garantir projetos e obras inovadoras que respondam as necessidades daqueles que mais precisam” e a criação de novas respostas depende “das necessidades sentidas, num determinado tempo”, acrescenta, ainda, Ana Vitória Azevedo.

Ana Vítoria Azevedo

A Santa Casa possui um considerável património imobiliário em Lisboa, e ocupa o lugar de segundo maior senhorio da cidade, a seguir à Câmara Municipal de Lisboa. Algum deste património, já reabilitado nos últimos anos, tem vindo a ser premiado pela qualidade das intervenções, sobretudo pela adequação dos espaços reabilitados à missão da instituição.

Um desses exemplos é a Quinta Alegre, na Charneca do Lumiar, que arrecadou o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana – Restauro de 2018, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura.

Construído no século XVIII por iniciativa do 2.º Conde de Vilar Maior e 1.º Marquês de Alegrete, o até então degradado e inacessível Palácio do Marquês do Alegrete, na freguesia de Santa Clara, foi reabilitado tendo em conta um dos principais pilares defendidos pela instituição na intervenção e reabilitação do seu património: a intergeracionalidade.

A Santa Casa “tem vindo a desenvolver, nos últimos anos, um conjunto de projetos com conceitos alternativos de resposta para os mais velhos e para os mais novos”, frisando que a Quinta Alegre é um “exemplo perfeito desta política”, acrescentou a administradora com o pelouro do património.

Em julho passado foi a vez do Palácio de São Roque receber uma menção honrosa na categoria de melhor intervenção de Impacto Social, durante a 9ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana.

Respeitar o passado, ponderar o presente e transformar o futuro

Em junho de 2018, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa acompanha as tendências da cidade e cria o seu programa de arrendamento jovem.

A iniciativa que, numa primeira fase, colocou no mercado 24 frações habitacionais localizadas no centro de Lisboa, com um valor de renda 25% inferior ao valor de mercado, veio contribuir para contrariar a tendência de envelhecimento da população nos centros urbanos e possibilitar que jovens que trabalhem ou estudem no município de Lisboa possam também nele residir.

Este ano já entraram no programa mais 8 frações, na Travessa do Rosário, e irão entrar mais 15 apartamentos, localizados na Rua dos Douradores, após licença de utilização. Com este reforço a instituição garante não só a devolução de mais parque habitacional à cidade, como também permite melhores condições habitacionais e financeiras aos jovens que nela pretendem viver.

Rua dos douradores

Outro dos projetos, ainda em curso, mas que irá reabilitar um dos equipamentos emblemáticos da instituição na zona oriental de Lisboa é o novo espaço da Mitra, situado na freguesia de Marvila, junto ao rio Tejo.

O Lisboa Social Mitra vai agregar no mesmo local várias respostas da Santa Casa, com destaque para os pavilhões dedicados à Valor T e à Casa do Impacto.

Ana Vitória Azevedo afirma que a reabilitação da Mitra foi pensada para “criar um conjunto de valências suportadas na inovação e no empreendedorismo, que pretendem facilitar e apoiar as pessoas com mais dificuldades de integração na sociedade”. “O espaço vai acolher projetos de natureza social, económica, ambiental e de empreendedorismo, a par de espaços comunitários”.

Com um investimento a rondar os 10 milhões de euros, o projeto Lisboa Social Mitra vai fazer nascer uma creche, uma academia de formação dedicada à economia social, uma quinta comunitária, um espaço aberto à comunidade com um jardim de lazer, para além de novos espaços de trabalho dedicados ao empreendedorismo social (com a mudança da Casa do Impacto do Convento de São Pedro de Alcântara para o Palácio da Mitra) e da reabilitação da atual ERPI já existente no local.

Exterior

Livraria Barata, onde a cultura ganha outra dimensão

A participação da Misericórdia de Lisboa neste ciclo cultural começa já no próximo sexta-feira, 11 de março, às 18h00, com a apresentação do livro “Políticas Públicas na Longevidade”. Uma obra concebida no âmbito da Estratégia Nacional para a Longevidade, com coordenação geral do Centro Editorial da Santa Casa. Esta publicação é o produto final do workshop sobre políticas públicas, dinamizado pela Santa Casa em julho de 2020, e do contributo de vários parceiros sociais, stakeholders e peritos da área.

A sessão de dia 11 de março contará com a presença da coordenadora do grupo de trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade na Santa Casa, Maria da Luz Cabral, do antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade, Paulo Pedroso, e do procurador José de Albuquerque.

A instituição volta a marcar presença na iniciativa, no mês de abril, nomeadamente no dia 14. Entre as 15h30 e as 17h30 realiza-se uma oficina de braille. Uma oportunidade para conhecer e experimentar os recursos, os materiais, as tecnologias e as estratégias utilizadas para o ensino e integração de pessoas com cegueira e baixa visão. Esta oficina estará a cargo do Lar Branco Rodrigues, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, equipamento destinado a pessoas portadoras de deficiência visual congénita ou adquirida.

Ainda no mesmo dia, às 18h00, haverá a apresentação do livro “Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”, que contará com a participação especial da agência de talentos – Valor T, da Santa Casa, iniciativa pioneira na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Durante os meses de março e abril, a Livraria Barata abre as suas portas à cultura e a alguns nomes nacionais emergentes nesta área. O ciclo -que começou este sábado com a inauguração da exposição “The steady hands of a busy mind/As mãos meticulosas de uma mente irrequieta”, da reconhecida artista visual Vanessa Teodoro, patente no espaço até 28 de abril-, vai ainda receber alguns concertos, mesas redondas e espetáculos.

A entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala, com exceção do ateliê destinado a crianças dos 3 aos 5 anos, “Orquestra de papel” com Catarina Anacleto e Francisco Van Epps, que acontece nos dias 26 de março e 30 de abril e que tem um custo de 15€, por criança mais adulto.

Consulte toda a programação da iniciativa “Livraria Barata: Lugar de Cultura”, aqui.

Prémios Human Resources. Santa Casa entre as melhores empresas em gestão de pessoas

Na 11.ª edição dos Prémios Human Resources, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa volta a ter um lugar de destaque, estando nomeada em duas áreas: “Gestão de Seniores/Envelhecimento Ativo e Preparação para a Reforma” e “Empresa Pública e/o Setor Público Estatal”.

A categoria “Gestão de Seniores/Envelhecimento Ativo e Preparação para a Reforma” distingue a empresa com a melhor política de otimização dos recursos mais seniores, prevendo esta a promoção da partilha do seu know-how e experiência e da atualização das suas competências e conhecimentos, bem como uma transição gradual para a reforma, com aconselhamento e apoio.

Por sua vez, a categoria “Empresa Pública e/o Setor Público Estatal” distingue a empresa pública e/ou do setor público estatal com melhor desempenho ao nível da gestão de pessoas.

Já pode votar nos Prémios Human Resources 2022

Na décima primeira edição da iniciativa, vão estar a votação 28 categorias: 25 de empresas e organizações e três de profissionais, para eleger o melhor presidente/CEO, o melhor diretor de recursos humanos e o melhor diretor de recursos humanos com menos de 45 anos. Nas categorias de empresas também há duas novidades: uma distinção para “Well-being” e outra para “Prestação de Serviço – Advogados”. No total serão atribuídos 31 prémios.

As votações decorrem até ao dia 11 de maio e podem ser submetidas, aqui.

Os Prémios Human Resources distinguem as empresas e profissionais que se destacam no âmbito da gestão de pessoas. Os finalistas foram selecionados pela redação e conselho editorial da revista, após análise e discussão das boas práticas e iniciativas promovidas pelas empresas ao longo do ano anterior. Na fase seguinte, a Human Resources convida os leitores a votar nas empresas que consideram terem tido um melhor desempenho em diversas áreas relacionadas com a gestão de pessoas. E também nos melhores profissionais. As votações estão abertas!

Sabia que…

Em 2016 e 2017, a Misericórdia de Lisboa foi reconhecida como “Melhor Empresa Socialmente Responsável”? E que nos últimos três anos, entre 2018 e 2021, a instituição foi distinguida na categoria “Gestão de Pessoas em Empresa Pública e/ou do Sector Público Estatal”?

Matay no Alta Definição. O cantor que juntou a sua voz às das crianças da Santa Casa

Ruben Matay Leal de Sousa, ou simplesmente Matay (de 35 anos), é um nome bem conhecido no seio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ou não fosse um dos mais de 6 mil colaboradores que integram a instituição. Licenciado em animação sociocultural, é às crianças da Santa Casa que dedica grande parte do seu tempo. Primeiro no Centro Social Polivalente do Bairro da Boavista, mas desde há quatro meses no Centro de Acolhimento Familiar do Bairro Alto, totalizando 15 anos “de intervenção social por Boas Causas”, como faz questão de afirmar.

Ruben Matay

“Faço parte daquele conjunto de pessoas que faz realmente aquilo que gosta! Eu escolhi este emprego, pois é isto que me completa!”, assegura o cantor, que era presença assídua em vários eventos e concertos organizados pela Santa Casa, antes da pandemia se ter instalado no mundo. Nessas ocasiões, poucos eram os elementos do público que não se juntavam à sua voz, nem que fosse para cantar o refrão de “Eu queria dizer que não | Mas não consigo” ou a letra de “O que tu dás” ou “Perfeito”, este último, tema que “levou” ao Festival da Canção, em 2019.

Artista amplamente reconhecido em Portugal, “o cantor da Santa Casa” foi a estrela do Programa Alta Definição, transmitido na SIC, no último fim de semana de janeiro. Numa entrevista intimista, emotiva e reveladora, Matay relatou as dificuldades que enfrentou na infância, descreveu a importância da música na sua vida, desvendou o papel da Misericórdia de Lisboa no seu crescimento pessoal, revelou já ter sido vítima de racismo e discriminação, e muito mais…

Assista aqui à entrevista e fique a conhecer um pouco melhor o artista e colaborador da Santa Casa, aqui.

 

Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Encarnação com novas instalações

O Centro Social Paroquial da Nossa Senhora da Encarnação (CSPNSE) é uma instituição particular de solidariedade social, que se dedica a apoiar as famílias na educação dos filhos. Fundado em 1958 e instalado num edifício da Misericórdia de Lisboa, na Calçada da Glória, o centro foi agora transferido para as novas instalações, por forma a aumentar o número de vagas no âmbito das suas valências.

Realizadas as obras de remodelação profunda pelo Departamento de Gestão Imobiliária e Património (DGIP) da Santa Casa no primeiro, segundo e terceiro pisos (e parte da cave) do nº 31 / 31 A da Travessa do Rosário, o centro pode agora abrir portas e disponibilizar os serviços de berçário, creche e pré-escolar não sem antes ter sido descerrada a nova placa, na segunda-feira, dia 13, ato que esteve a cargo da diretora do DGIP, Helena Lucas.

No dia seguinte, terça-feira, foi a vez do centro ser benzido pelo Bispo-Auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar.

Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Encarnaçã

Um novo espaço para reforçar a vivência comunitária

Foi inaugurado esta quinta-feira, 18 de novembro, o Espaço Comunitário da Quinta do Loureiro, na Avenida de Ceuta, cujo principal objetivo passa por criar um modelo de participação ativa e colaborativa de vários grupos sociais e organizações de proximidade, tornando-os participantes e agentes responsáveis nas dinâmicas e atividades do bairro, que promovem o crescimento comunitário.

Ideia defendida por Ana Pato, diretora da Unidade de Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade (UDIP) Descobertas, da Misericórdia de Lisboa, que reforça que o espaço agora inaugurado vai “ajudar a criar sinergias e trabalho em rede, na intervenção comunitária em todo o território do Vale de Alcântara, proporcionando um lugar aberto a todos e para todos”.

“Pretende-se que o espaço seja utilizado pela equipa no desenvolvimento de atividades e na replicação de boas práticas, como o Balcão Único ativo no CLDS do Vale de Chelas”, defendeu a responsável. O Espaço Comunitário da Quinta do Loureiro “permitirá o contacto e acompanhamento mais próximo da população residente, no acesso a esclarecimentos e encaminhamentos para os diversos serviços, seja na procura ativa de emprego ou na promoção de atividades direcionadas para os jovens”, acrescentou ainda.

Inauguração

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa enquanto parceira da Fundação Aga Khan – nomeadamente em projetos de desenvolvimento comunitário e de educação de infância que contribuem para promover a qualidade de vida da população da cidade de Lisboa – vai alocar, neste novo equipamento, um técnico especializado em serviço social para integrar a equipa multidisciplinar que irá trabalhar diariamente com esta população.

Na inauguração estiveram presentes vários convidados e entidades parceiras do projeto. Logo após o ato oficial a população foi convidada a conhecer as novas instalações e a participar num lanche-convívio, que contou também com alguns momentos de animação.

Apoio do Fundo Rainha D. Leonor chega às 100 obras concluídas

O Fundo Rainha D. Leonor (FRDL) nasceu, em 2015, de um acordo de parceria realizado no ano anterior entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP). Foi a primeira vez, em mais 500 anos de história, que a Santa Casa rompeu o horizonte concelhio de Lisboa para apoiar diretamente as restantes misericórdias do país.

Desde que o FRDL saiu do papel, os responsáveis das várias misericórdias apoiadas são unânimes em afirmar que o Fundo não ajuda apenas a colocar a última pedra, mas a alavancar muitos projetos que estavam na gaveta e que sem este apoio teriam dificuldade em ver a luz do dia. O FRDL operava, na sua criação, apenas na área dos equipamentos sociais, com enfoque para respostas sociais ligadas prioritariamente ao envelhecimento, à infância e à deficiência. Mais tarde, em 2017, o FRDL começou a destinar 25 por cento da sua verba para apoiar a reabilitação e conservação do património das misericórdias. A recuperação de igrejas é a empreitada mais comum nesta rubrica.

143 projetos apoiados: 100 obras concluídas e 43 em curso

Desde a sua criação, o Fundo Rainha D. Leonor apoiou 115 projetos na área social e 28 na área do património cultural. No âmbito dos projetos de caráter social, as iniciativas relacionadas com apoio à terceira idade são as mais comuns, onde 46 projetos aprovados representam 40 por cento do total. Seguem-se ações de apoio à juventude (17), demências (15), intergeracionalidade (14) e creches/infância (13). Respostas relacionadas com cuidados continuados de saúde (3) e apoio a pessoas com deficiência (7) foram igualmente contempladas.

De referir que, no grupo das 100 obras concluídas, a Santa Casa da Misericórdia de Coimbra inaugurou no passado sábado, dia 6 de novembro, quatro Apartamentos de Autonomização na alta da cidade, uma resposta inovadora desta Santa Casa às necessidades dos jovens em fase de pré-desinstitucionalização. O Fundo Rainha D. Leonor deu um apoio de 234 881,86 euros para a reabilitação desta valência.

Já no próximo domingo, 14 de novembro, será a vez da inauguração da obra de restauro da Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros. Desde que ficou abandonada, há 40 anos, foi cavalariça, garagem do hospital e armazém. Foi sendo saqueada ao ritmo das revoluções e do abandono. Graças a esta intervenção e ao apoio do FRDL (167 344,78 euros), a Igreja da Misericórdia de Alhos Vedros resgata a anterior grandeza, recuperando o anterior esplendor.

Em entrevista, Inez Dentinho, membro do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor, faz um balanço positivo e diz que a criação do Fundo Rainha D. Leonor é uma iniciativa “revolucionária”.

1. Seis anos, 23 milhões de euros, 100 obras concluídas, 140 misericórdias e 143 projetos apoiados. Como avalia esses números?

É um balanço revolucionário a todos os títulos porque rompeu os horizontes do apoio social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, levando a prática das suas obras de Misericórdia a todo o país, de Miranda do Douro à Madalena do Pico; de Melgaço a Castro Marim; de Campo Maior a Caminha. Revolucionário também porque cada projeto se fez acompanhar pelo imperativo da inovação social, promovendo soluções concretas de envelhecimento ativo, de contacto entre gerações e maior espaço para acolher visitas das Famílias. Combatemos a coletivização da vida no lar e ajudamos assim a adaptar os equipamentos ao século XXI. E, na área do património, também tem sido uma experiência revolucionária na medida em que, por baixo da sujidade e de fiadas de tijolo têm sido feitas inúmeras descobertas de pré-existências, como retábulos primitivos, janelas entaipadas e pinturas originais. Um assombro. Para além disso, mantemos uma exigência determinada nas técnicas e materiais que são aplicados na recuperação dos imóveis maioritariamente classificados.

2. Em que medida o FRDL fortaleceu a ligação entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e as restantes misericórdias?

Antes de 2015, os apoios da Santa Casa a outras misericórdias eram casuísticos e desconhecedores dos problemas reais das misericórdias portuguesas, como um todo. Dava-se a quem pedia e precisava, mas nem sempre a quem mais precisava. Através do Fundo, deu-se uma proximidade institucional, social, real às misericórdias criando um entendimento mais transparente, mais justo e equilibrado. Falamos todos a mesma linguagem o que facilita muitíssimo esta aproximação, assim tornada irreversível.

3. O FRDL, além de ajudar outras misericórdias, permitiu reduzir o centralismo e as desigualdades na distribuição dos recursos por todo o território. Foi essa a intenção, quando foi criado?

Temos um parâmetro de avaliação dos projetos candidatos ao Fundo que introduz uma discriminação positiva no apuramento das misericórdias do interior e das ilhas. Essa foi uma intenção que tem sido cumprida. Mas não ignoramos que nas cinturas metropolitanas e no litoral também há problemas graves pelo que os projetos que apresentem uma forte carga de inovação social e de necessidade da obra também são aprovados nestas regiões.

Percorra a galeria de fotografias para ver algumas das obras apoiadas pelo Fundo Rainha D. Leonor.

Festa “rija” no Bairro da Boavista

O momento foi inserido nas comemorações do 80º aniversário do Bairro da Boavista, e ficou marcado por um ambiente de partilha, alegria e troca de experiências entre os que vivem no bairro e os visitantes. Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Santa Casa, recebeu a comitiva convidada e deu a conhecer as respostas da instituição.

O chefe de Estado e o presidente do Município de Lisboa conheceram a resposta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, inteirando-se das suas valências, história e missão social.

CAI_BairrodaBoavista

Enquadrado no contexto da celebração, que perdurou até segunda-feira, dia 25 de outubro -data que assinalou o 40º aniversário do Centro de Acolhimento Infantil da Boavista, equipamento da Misericórdia de Lisboa-, foi, ainda, apresentado um livro sobre o trabalho realizado pela instituição, na área da infância, naquele bairro. Da responsabilidade da equipa que trabalha nesta resposta, a obra faz uma viagem pela história do centro e destaca algumas das personalidades que frequentam este local. O livro “Vivendo o presente, planeando o futuro”, retrata muitas das vivências deste bairro e as suas relações.

Sobre o CAI da Boavista

O Centro de Acolhimento Infantil do Bairro da Boavista (CAI), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é uma creche e jardim de infância que, nas últimas décadas, tem sido alvo de um esforço adicional de reorganização e qualificação das respostas, quer ao nível do acesso a recursos adequados às crianças e às famílias na proximidade, priorizando as situações mais vulneráveis como forma de prevenir o agravamento de situações de exclusão, quer na especialização das respostas no que concerne à promoção e proteção.

O Bairro da Boavista, localizado na freguesia de Benfica, foi construído na década de 1940, para o realojamento de famílias provenientes de habitações precárias.

 

 

“Conseguimos dar resposta à maior parte das circunstâncias”

Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi entrevistado esta sexta-feira, 10 de setembro, na recente rubrica da Renascença, “Respostas sociais à crise”. Lançada no seguimento da conferência “Pandemia: respostas à crise”, que aconteceu a 27 de maio, e onde o responsável pela instituição foi um dos oradores, esta rubrica semanal tem como objetivo perceber como as várias instituições sociais combatem a crise pandémica.

Em entrevista, o provedor refere não ter dúvidas de que a instituição que lidera teve um papel fundamental no apoio às pessoas mais desfavorecidas.

Com o aumento substancial do número de pessoas apoiadas pela Santa Casa durante a pandemia, existiu um esforço acrescido por parte dos funcionários, que Edmundo Martinho não quis deixar de valorizar.

Destaca ainda o aumento dos pedidos de asilo, de ajuda domiciliária, de ajuda alimentar e também de auxílio a doentes que tinham alta dos hospitais. “Era preciso, por um lado, libertar camas dos hospitais e libertar capacidade dos hospitais e, por outro, assegurar que as pessoas tinham um acompanhamento adequado, e foi isso que fizemos ao longo deste último ano”, explica.

Já no que respeita às receitas dos jogos sociais do Estado, o provedor da Misericórdia de Lisboa avança que a recuperação das mesmas só deve acontecer em 2022.

“SANTA CASA DE LISBOA NA PANDEMIA. PEDIDOS DE AJUDA DISPARAM E RECEITAS DOS JOGOS CAEM 20%” | Entrevista do provedor à RR, 10-09-2021

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas