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A marcha de todos volta a brilhar em Lisboa

Já cheira a verão em Lisboa. As festas estão de regresso. Reina a boa disposição pelos bairros da cidade. Na tarde deste domingo, 5 de junho, o corrupio era bem visível no Espaço Santa Casa. Os 50 marchantes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa preparam-se para atuar logo à noite, no pavilhão Altice Arena.

Os protagonistas provaram os figurinos, vestiram-se e maquiaram-se. Os últimos preparativos correm a bom ritmo, e a coreografia está alinhada ao milímetro, sob o olhar atento do ensaiador Paulo Jesus. Com alegria e entusiasmo redobrados, os marchantes da Santa Casa estão sedentos de regressar às atuações. É a 12 de junho, véspera do Dia de Santo António, que a Avenida da Liberdade se vai encher de milhares de pessoas e de muita cor e alegria. Mas para já, o desafio é no Altice.

“Santa Casa abraça a vida” é o mote da marcha

A marcha da Santa Casa é diferente. Não é de um bairro. É de Lisboa. É de todos. Maioritariamente composta por utentes e funcionários da instituição, a marcha da Santa Casa tem 25 pares efetivos, dois pares suplentes, o porta-estandarte, dois mascotes e dois padrinhos.

Às 50 pessoas que atuaram no Altice Arena juntaram-se, ainda, o ator Ricardo Carriço e a apresentadora Maria Botelho Moniz, padrinhos da marcha da Misericórdia de Lisboa. Esta iniciativa garante a participação de todas as pessoas, independentemente da sua idade, condição social ou de saúde, nas festas da cidade. A marcha da Santa Casa desfiliou pela inclusão, pela diversidade, por toda a cidade e pelo combate à discriminação. E que bonita foi a festa!

Os testemunhos

Maria José Aleixo, 83 anos, utente do Centro de Dia de São Boaventura, é veterana nestas andanças. “Tinha saudades desta animação, de voltar a vestir o figurino, de dançar e cantar”, diz a porta-estandarte da marcha da Misericórdia de Lisboa. “A pandemia ia matando-me”, lamenta. A octogenária não sofre de ansiedade por cada vez que atua. Está habituada a estas coisas. “Eu entro à vontade. Tenho jeito para isto. Faço teatro e cinema”, confessa.
“Isto dá-me vida, dá-me energia. Vou cá andar, enquanto sentir-me com capacidade. Esta marcha é muito querida. É uma marcha Santa, porque faz bem a muita gente”, remata.

Já Maria Luísa Branco, 72 anos, aluna da Academia do Espaço Santa Casa, é a primeira vez que participa na marcha da Santa Casa. Enquanto é maquiada, Maria confessa “algum nervosismo”, mas está bastante “empolgada” com a sua estreia nas marchas populares. “Convidaram-me para vir para as marchas. Foi a melhor coisa que fiz. estou muito satisfeita, gosto muito”, admite. Sabe de cor a letra da música que vai cantar no pavilhão Alice Arena. De forma improvisada começa a cantar.

 

 

Na hora de ensaiar ou de atuar, não há dores nem angústias, não se pensa em mais nada. É o caso de Elisabete Cotrim, 69 anos, participante desde 2017. “A marcha dá-me muita alegria, muito ânimo”, enaltecendo o espírito de camaradagem do grupo. “Gosto muito de estar aqui e quero continuar enquanto puder. Elisabete confessa que sente alguma ansiedade em voltar à Avenida da Liberdade, o seu palco de eleição. “Eu sempre conheci esta tradição, todos os anos assistia às marchas, ao longe. E, pela primeira vez, com 65 anos participei nestas festas. Hoje tenho 69 anos e nunca pensei que com esta idade pudesse ter estas experiências”, finalizou.

Já Maria Manuel Loureiro, 55 anos, aluna da Academia Espaço Santa Casa, diz a brincar que veio “substituir” a mãe na marcha da Santa Casa. Elogiando o espírito da iniciativa, Manuela descobriu outra forma de fazer amigos. Está bastante empolgada com a estreia e confessa estar ansiosa com a descida da Avenida da Liberdade. “Ensaiámos todos os dias. Foi muito giro. Estamos todos muito ansiosos pelas festas de Lisboa”.

 

Uma manhã feita de sorrisos e brincadeiras

O jardim do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (CRPCCG), equipamento sob a gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, recebeu esta sexta-feira, 3 de junho, a XI edição dos Jogos Adaptados. Estimular a coordenação motora das crianças com paralisia cerebral é um dos objetivos da iniciativa.

Inserido nas comemorações do Dia Internacional da Criança, a edição deste ano dos Jogos Adaptados, que contou com a participação de dezenas de crianças e respetivas famílias, decorreu num ambiente descontraído composto por vários recantos de brincadeiras, pensadas especialmente para as crianças e os jovens que frequentam este centro.

Quem também não ficou fora da festa foi a Guarda Nacional Republicana, que, à semelhança de edições anteriores, foi uma das entidades convidadas, para proporcionar a estas crianças a oportunidade de experienciarem um pequeno passeio a cavalo.

Como explica Ana Cadete, diretora do CRPCCG, “estes jogos pretendem proporcionar às crianças a possibilidade de participarem em atividades lúdica terapêuticas, com objetivos definidos para cada uma delas, num ambiente enriquecedor sob o aspeto cognitivo, sensorial, motor e social.”

Fomentar a participação em atividades de grupo e o convívio entre crianças, pais e a equipa do centro, bem como a utilização de um espaço exterior para a exploração multissensorial e, ainda, promover o acesso a novas experiências são outros dos objetivos destes jogos.

A manhã contou, ainda, com uma atuação da tuna académica da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, a ESSATuna.

Bicicletas com asas: pedalar para vencer cada dia

Bicicletas com asas: pedalar para vencer cada dia

Veículos recuperados são entregues a jovens carenciados para que possam trabalhar e estudar. Desde a sua criação, em 2018, o projeto já entregou mais de dez bicicletas.

Como se está a sentir? O MENTAL ajuda-o a responder a esta questão

Termina hoje, 27 de maio, a sexta edição do MENTAL. Desde o dia 19 de maio que o cinema São Jorge, em Lisboa, acolheu uma programação artística e cultural variada, com o objetivo de discutir, partilhar experiências e ideias que pretendem, simultaneamente, combater o estigma, o preconceito e o isolamento, tantas vezes, associados à saúde mental.

A iniciativa arrancou com a novidade deste ano, as sessões Mental Jovem M-Cinema, com a exibição de algumas curtas-metragens, direcionadas ao público a partir dos 12 anos de idade, que abordaram esta temática de uma maneira divertida e leve.

A par do cinema para os mais jovens, o festival contou com mais filmes para outros públicos, com a apresentação de obras cinematográficas de várias partes do mundo. Destaque para “Alexandria”, dos portugueses, Luís Miguel Pereira e Thiago Cavalheiro, sobre uma escritora que batalha contra a doença de Alzheimer.

No segundo dia de festival, foi a vez do Grupo de Teatro Terapêutico da Unidade W+, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, subir ao palco e apresentar a peça de teatro “Pé no Chão”.

A peça, que conta a história do retorno a uma realidade transformada, onde os afetos são bússolas e o espaço e tempo têm agora novos cheiros e cores, foi interpretada por vinte jovens que frequentam a Unidade W+, e que desafiaram os espetadores a embarcarem numa viagem de redescoberta.

W+ Teatro

Destaque ainda no alinhamento do MENTAL para as M-Talks, que este ano versaram sobre as temáticas do medo, direitos humanos, saúde mental, trauma e superação.

Para o encerramento da sexta edição do festival, a organização convidou os músicos JP Simões e Luiz Caracol, para o concerto “My Story My Song” no Clube Ferroviário, em Lisboa.

A iniciativa conta com a coprodução da Coordenação Nacional das políticas de Saúde Mental e teve, este ano, o alto patrocínio da Presidência da República.

O objetivo do festival, que teve a primeira edição em 2017, é trazer o tema da saúde mental para a discussão pública, através de uma série de eventos integrados em várias áreas culturais como cinema, música, dança, teatro, artes plásticas, literatura e conversas temáticas.

Um mundo para todos: “A rádio permite-me construir imagens mentais do que ouço”

Há uma relação muito estreita entre a rádio e os deficientes visuais. A rádio é um meio democrático, de linguagem particular e com características que o tornam além de informativo, emotivo e imaginativo, permitindo que os ouvintes construam as suas próprias imagens.

Esta terça-feira, 24 de maio, nas instalações do Grupo da Rádio Renascença, na Buraca, o grupo do Centro de Reabilitação de Nossa Senhora dos Anjos (CRNSA), propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, espera com alguma ansiedade a visita. O coração bate mais depressa, sente-se emoção. Vão sentir onde se faz a magia da rádio.

A receção não poderia ser melhor. Após um breve resumo histórico do Grupo da Renascença, foi feita uma audiodescrição dos corredores, da redação, dos estúdios, das pessoas, como estão vestidas, se são altas ou baixas. O objetivo era descrever da melhor forma possível todos os elementos e pessoas nas instalações.

Os testemunhos

João Fernandes, 21 anos, com cegueira total, destaca-se pelo seu entusiasmo e curiosidade. Está a realizar um sonho de criança. Conhece como ninguém os locutores, as estações de rádio, os programas e tudo o que tenha a ver com este mundo.

Enquanto esperam para entrar, João explica a sua paixão pela rádio e o sonho que tem de conhecer o Pedro Azevedo da Renascença. Para o jovem utente do CRNSA o locutor está ao nível de um Cristiano Ronaldo. Um marca golos que valem milhões, outro faz relatos que são verdadeiras imagens. Um pequeno milagre para quem nada vê.

Nesse instante, João improvisa um relato de um jogo de futebol digno de qualquer emissora.

 

 

“A rádio é um modo de vida para mim. É uma companhia diária que me transporta para o mundo e que, pela descrição pormenorizada, me permite contruir imagens mentais do que ouço”, finaliza.

Carlos Pereira, 55 anos, perdeu a visão quando tinha 20. Foi técnico de som e é locutor numa rádio online. “A rádio é uma grande companhia para quem não vê, algo que a televisão não consegue fazer. A rádio tem uma descrição aprofundada que permite ao deficiente visual (com cegueira ou baixa-visão) construir imagens. O relato de futebol é um bom exemplo. Os detalhes e a descrição pormenorizada do locutor transportam-nos para uma construção de uma imagem do que se está a passar a cada segundo do jogo”, nota. “Gostava de um dia trabalhar numa rádio a sério, numa rádio grande. Esse é um dos meus sonhos”, confessa Carlos.

O sentimento é geral entre os utentes. A rádio é um importante meio de comunicação. Sentem-se valorizados e incluídos, pois podem “ouvir o mundo com palavras”, compreender melhor os mais variados temas e conhecer várias realidades.

 

“Estar na final da Taça de Portugal foi o melhor presente que a Santa Casa me podia dar”

No relvado ultimam-se os preparativos para a grande final da Taça de Portugal Placard. Falta cerca de uma hora para a bola começar a rolar no Estádio Nacional, mas as bancadas já começam a ficar preenchidas com adeptos de FC Porto e CD Tondela. Esta final marca o regresso da prova rainha do futebol português à “casa mãe” depois de nas últimas duas edições ter sido realizada à porta fechada, no Estádio Cidade de Coimbra.

Nesta Taça de Portugal Placard, a Santa Casa e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) querem, uma vez mais, que a festa do futebol seja para todos. A parceria entre as duas instituições, no âmbito da responsabilidade social, permitiu que ninguém ficasse de fora. Junto à linha lateral do relvado ficou instalada a bancada mais especial desta final: uma área destinada a pessoas com mobilidade reduzida, preenchida por utentes do Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão (CMRA), Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian e Obra Social do Pousal. Uma bancada completamente preparada para acolher pessoas com necessidades especiais e/ou com mobilidade reduzida, permitindo aos utentes da Misericórdia de Lisboa vivenciarem uma experiência única.

 

Diversidade e Inclusão na Santa Casa

Em maio, o mês Europeu da Diversidade na União Europeia,  mostramos um retrato da diversidade e da inclusão presentes na Misericórdia de Lisboa. A temática é facilmente relacionada com a própria instituição, já que a sua missão é realizar a melhoria do bem-estar da pessoa no seu todo, prioritariamente dos mais desprotegidos. Nesta Casa, todos são respeitados, incluídos e valorizados, independentemente do género, idade, origem, orientação sexual, religião, contexto social, cultura ou incapacidade.

Um retrato de diversidade e inclusão no universo interno da instituição

Pelas diversas respostas da Santa Casa, numa manhã ouve-se português de Portugal, do Brasil, de Angola, de Moçambique, da Guiné, de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe. Já pela tarde, ouve-se espanhol de Espanha, de Cuba ou da Venezuela. Continuando o roteiro, na Misericórdia de Lisboa também se fala ucraniano, italiano, francês, polaco, moldavo, romeno e inglês. É uma instituição do mundo, onde cachupa de Cabo Verde, cozido à portuguesa, paella de Espanha, borscht da Ucrânia, feijoada à brasileira, calulu de Angola ou kotlet schabowy da Polónia fazem parte do menu. Um olá, pode ser oi, um hello, um holla, um ciao ou salut, entre tantas outras versões linguísticas que no universo da instituição se fazem ouvir.

Diariamente, a instituição promove locais de trabalho inclusivos, onde todos se sentem seguros, respeitados e valorizados. É uma organização de “porta aberta” a todos, onde se privilegia a ética, a heterogeneidade, a diversidade, a não discriminação e a liberdade de crenças religiosas e pessoais. É uma casa onde trabalham pessoas do mundo inteiro – com diversos atributos físicos, emocionais, intelectuais, materiais – para dar “um mundo” a quem não o tem.

Trabalham na Misericórdia de Lisboa 6210 pessoas. 4738 são mulheres e 1466 são homens. Cerca de 160 têm mais de 60% de incapacidade. São oriundos de 17 países e de quatro continentes. Têm várias profissões e interesses. 369 têm até 29 anos. 1373 estão na faixa etária dos 30-39 anos, 1929 dos 40-49 e 1685 dos 50-59. 659 pessoas têm entre 60 e 69 anos. Já na faixa etária dos “mais de 65 anos” registam-se 193 colaboradores.

Formar equipas diversas e criar ambientes acolhedores é uma preocupação constante na Santa Casa. Numa sociedade cada vez mais globalizada, o respeito pelas diferenças tem sido a regra dentro e fora das organizações. Por isso, diversidade e inclusão fazem parte do ambiente da instituição.

 

 

Mas o que é a diversidade nas organizações?

Cada um de nós é um universo. A frase pode explicar o conceito de diversidade. As pessoas não são iguais, elas têm particularidades que as fazem grandiosas e únicas.

A diversidade é um conjunto de diferenças e semelhanças de género, crença, habilidades intelectuais e físicas, etnia, ideologias, idade, orientação sexual, deficiências, limitações, estatuto socioeconómico, nacionalidade e opiniões.
No caso das organizações, a diversidade está ligada à compreensão e aceitação de diferentes perfis. Devemos ser capazes de conviver harmoniosamente com a diversidade cultural, principalmente em grupo, estabelecendo relacionamentos pautados na inclusão, na dignidade, na equidade e na liberdade.

E a inclusão?

Inclusão tem que ver com o ato de criar um ambiente no qual as pessoas possam pertencer e prosperar. No mercado de trabalho, ser inclusivo significa criar estratégias para acolher as diversidades e garantir que os profissionais diversos tenham oportunidades iguais de crescimento e um ambiente seguro dentro da empresa.

Qual é a diferença entre diversidade e inclusão na prática?

Enquanto a diversidade está relacionada com a representatividade, a inclusão está ligada à instauração de uma mudança de cultura e comportamento em relação às pessoas diversas. Ou seja, é possível observar que a diferença entre diversidade e inclusão também reflete a diferença entre ambientes diversos e ambientes inclusivos — e a importância e necessidade de combiná-los.

Planeta terra

Cinco respostas sociais e projetos de inclusão da Santa Casa

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem várias respostas e projetos que espelham o seu comprometimento no desenvolvimento de práticas de promoção de igualdade de oportunidades, em combater a discriminação e em criar um ambiente de inclusão. Na impossibilidade de mencionar todos, destaque para a Valor T, a agência de empregabilidade dedicada a pessoas com deficiência. A Valor T – o “T” traduz-se em talento e transformação – nasceu a 1 de maio de 2021 com o objetivo de ajudar, apoiar e suportar pessoas com deficiência na construção de carreiras profissionais estáveis e adequadas às capacidades de cada um, contribuindo para a transformação da vida destas pessoas através da empregabilidade.

A Obra Social do Pousal é outro exemplo. Esta resposta é uma Estrutura Residencial para Pessoas com Perturbações do Neurodesenvolvimento. Com um modelo de intervenção centrado na pessoa e nas atividades ocupacionais, neste espaço, o utente deve sentir-se útil com o seu trabalho. O objetivo é que esta situação tenha impacto na sua autoestima e autoconfiança, além de promover outras competências sociais e comportamentais.

Com mais de 50 anos de história, o Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos é um estabelecimento integrado na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que tem como missão promover a reabilitação de pessoas com cegueira adquirida ou baixa visão, visando a sua autonomia e inclusão.

Já o projeto da Orquestra Geração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem como objetivo constituir uma orquestra juvenil na instituição. A essência do projeto é o trabalho social. A Orquestra Geração não é um conservatório, não é uma escola de música, é um trabalho social que acontece através da música, da prática de orquestra de conjunto. A música é utilizada como veículo de integração social, fazendo chegar a educação e a cultura a grupos sociais que não têm acesso ou têm acesso limitado.

Sob gestão da Misericórdia de Lisboa, o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian presta cuidados a bebés, crianças, adolescentes e adultos com paralisia cerebral e condições neuromotoras limitadas, de modo a tornar a vida do paciente mais confortável, independente e inclusiva. O Centro garante, também, o acesso a serviços e a programas inovadores e de qualidade, graças a uma equipa multidisciplinar.

“Longevidade, viver mais e melhor”. Santa Casa participa em projeto do Expresso

O projeto do Expresso pretende avaliar de que forma a longevidade e as respetivas políticas públicas estão presentes em Portugal. Para alcançar este objetivo, o Expresso construiu uma comunidade de stakeholders e parceiros informais que vão trabalhar e debater os temas da Longevidade. Paralelamente, foi constituído um Conselho Consultivo composto pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Associação Age Friendly, Agência Nacional de Inovação, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Dr. António Cupertino Miranda, Fundação Calouste Gulbenkian, Novartis, Fidelidade, Multicare, Impresa, Observatório do Envelhecimento e União das Misericórdias Portuguesas.

Conselho Consultivo do projeto

O Conselho Consultivo do projeto do Expresso “Longevidade, viver mais e melhor” tem como missão apontar caminhos estratégicos para uma mudança gradual e sustentada no que toca ao envelhecimento em Portugal.

A primeira reunião do Conselho Consultivo realizou-se esta segunda-feira, 16 de maio, e contou com a participação do provedor da instituição, Edmundo Martinho, convidado pelo Expresso para integrar o mesmo.

Melhorar o acesso dos mais velhos aos cuidados de saúde é um dos grandes desafios colocados pelo aumento da esperança média de vida em Portugal. Paralelamente, observam-se outros como: o desenvolvimento e implementação de uma estratégia de desenvolvimento para as questões da longevidade; a abordagem sobre o impacto da transição demográfica na saúde e economia e o aumento dos cuidadores que prestam auxílio ao domicílio.

Webtalks

Ainda no âmbito do projeto do Expresso, subordinado ao tema da longevidade, está prevista a realização de seis eventos digitais em formato de webtalk, transmitidos através do Facebook do Expresso, que têm como objetivo debater temas ligados à economia da longevidade.

A primeira sessão destas webtalks decorreu esta segunda-feira, 16 de maio. Organizada em três painéis, a iniciativa contou com a participação de Maria da Luz Cabral, coordenadora do Projeto Políticas Públicas na Longevidade da Santa Casa, Nuno Marques, presidente do Observatório Nacional do Envelhecimento, Luís Jerónimo, Fundação Calouste Gulbenkian, Simon Gineste, presidente do Grupo Novartis Portugal, Manuel Villaverde Cabral, professor e investigador, e Daniel Riscado, responsável do Centro de Transformação da Fidelidade. A sessão foi moderada pelo diretor adjunto do Expresso, Martim Silva.

Um tema de todos

Comecemos pelos números da nossa realidade: Portugal é o quarto país mais envelhecido do mundo. Reflexo das baixas taxas de natalidade e do aumento da esperança média de vida – temos 182 idosos por cada 100 jovens -, a longevidade será um dos temas centrais não apenas da nossa sociedade, como de todo o mundo. Os seus impactos serão transversais: serviços, saúde, habitação, educação, emprego, banca, finanças, tecnologia e turismo, nenhuma destas áreas deixará de ser afetada pelo envelhecimento da população — e pela sua longevidade. Os desafios da chamada ‘economia cinzenta’ são enormes. Basta pensar, por exemplo, no impacto que a redução de jovens no ativo pode ter nos sistemas de pensões dos reformados.

Um espaço de todos e para todos

Foi em ambiente de festa e grande animação que o Centro Intergeracional Ferreira Borges, da Misericórdia de Lisboa, comemorou o seu primeiro aniversário, esta segunda-feira, 16 de maio. Uma celebração que contou com as presenças de Sérgio Cintra, administrador da Santa Casa com o pelouro da Ação Social, de Pedro Costa, presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, bem como de outros representantes das diversas instituições e organizações que operam na área de Campo de Ourique.

A celebração serviu de pretexto para homenagear não só os que ali trabalham diariamente, mas também os utentes que fazem “deste espaço a continuação das suas casas”, frisou Sérgio Cintra durante a sua intervenção.

“Hoje é um dia de comemoração, mas também o momento de reforçar a nossa dedicação e trabalho”, começou por dizer o administrador, recordando que o trabalho da instituição não pode ficar “refém das paredes dos equipamentos”. “É necessário estar lá fora, junto das pessoas. É nossa obrigação percebemos e ajudar quem não consegue vir ao nosso encontro, e este espaço faz isso com todo o trabalho que desenvolve em rede, com as diversas organizações da freguesia”, acrescentou.

Sérgio Cintra teceu rasgados elogios a todos os profissionais do centro, pela dedicação que demonstram, diariamente, e por terem sempre presente que o que fazem tem, e deve ter, por base “o presente e o futuro dos nossos utentes”.

Já na sua intervenção, Pedro Costa recordou todo o processo que levou à construção do espaço naquele sítio da freguesia, frisando que “este é um exemplo perfeito da maneira como devemos e queremos encarar as questões da longevidade”. “Lisboa é uma cidade mais velha do que era há dez anos e será mais velha ainda daqui a outros dez. As pessoas vivem mais e isso exige da nossa parte uma resposta diferente e integrada com todos os parceiros da junta”, realçou.

Centro Intergeracional Ferreira Borges

Situado em pleno coração de Campo de Ourique, este equipamento social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa promove o convívio intergeracional, fomenta ações de cidadania e estimula a solidariedade entre gerações, procurando ir ao encontro das expetativas e necessidades de toda a comunidade.

Numa perspetiva de proximidade, o CIFB funciona em rede com todas as entidades locais e é uma “porta aberta” a utentes de todas as idades e condições socioeconómicas. “Este trabalho em rede permite aquilo que temos aqui hoje, um centro verdadeiramente intergeracional, virado para a comunidade, onde todos são importantes”, finalizou o autarca.

Antes mesmo do momento alto das festividades, o cantar de parabéns, ao Centro Intergeracional Ferreira Borges, houve ainda lugar à realização de interpretações musicais, de atividades culturais e a demonstrações de modalidades desportivas e de bem-estar.

Agência de talentos especiais

Agência de talentos especiais

A agência de empregabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a completar o primeiro ano de existência. Projeto já acompanhou 1256 pessoas e “recrutou” 154 empresas.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas