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“Da Noite Para a Luz”. Uma visão delirante da história de São Roque

“Da noite para a luz” é uma visão renovada dos painéis de São Roque, que levaram a artista Sara Maia “a criar histórias à volta de obras absolutamente incríveis”. A exposição temporária, inaugurada que estará patente simultaneamente no Museu de São Roque e na Galeria Cisterna entre os dias 19 de maio e 30 de julho, toma como ponto de partida as pinturas da vida e lenda de São Roque.

Em torno da devoção lisboeta por um santo francês, que morreu em Itália, mas que, por toda a Europa ganhou fama de ser protetor contra pestes, a artista desenvolve uma visão delirante e imaginativa sobre a história de São Roque. O título da exposição, “Da Noite Para a Luz”, nasce da certeza de que a capacidade humana é capaz de ultrapassar todos os obstáculos. A artista pretende fazer uma alusão à beleza da noite, mas que, por vezes, “não permite que os nossos olhos vejam um percurso que só pode ser para a clareza e para o conhecimento”.

Além do universo simbólico que Sara Maia incute em toda a sua arte, “Da Noite Para a Luz” também se traduz num duplo desafio: “Esta exposição é à volta de outras imagens que já existiam, ou seja, os magníficos painéis de São Roque, o que por si é uma enorme honra, mas também uma enorme responsabilidade. Obrigou-me de alguma forma a estudar e a olhar muito para estes painéis e perceber as suas estruturas e histórias”, explica.

 

Informações sobre a exposição “Da Noite Para a Luz”, de Sara Maia

  • Entrada gratuita na Galeria Cisterna
  • Entrada gratuita no Museu de São Roque para portadores do cartão de entrada na Galeria Cisterna (Rua António Maria Cardoso 27, Lisboa)

Horários

  • Museu de São Roque – terça-feira a domingo, das 10h às 19h (última entrada às 18h30).
  • Galeria Cisterna – terça-feira a sábado, das 14h30 às 19h

Prémios Play 2022: Santa Casa reforça o seu apoio à cultura e talento nacional

O Coliseu dos Recreios abriu as suas portas para acolher, esta quinta-feira, a edição de 2022 dos Play – Prémios da Música Portuguesa. Apresentada por Filomena Cautela e Carolina Torres, a cerimónia contou, uma vez mais, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, na qualidade de Parceiro Cultural.

Um dos grandes vencedores da noite foi Dino D’Santiago, autor do recente álbum “Badiu” que ganhou, pela terceira vez, a categoria de Melhor Artista Masculino. O galardão foi entregue pelas mãos de Filipa Klut, administradora da Santa Casa com o pelouro da cultura, e do vocalista dos Black Mamba, Tatanka. Nesta categoria estavam igualmente nomeados trabalhos de Camané, António Zambujo e Tony Carreira.

Visivelmente emocionado o cantor, que venceu também o Prémio Crítica dos Play, dedicou o prémio à sua irmã e sobrinha, que irá nascer este ano. Entre os vários agradecimentos, Dino D’Santiago fez questão de salientar que a música portuguesa é “uma cultura de todos”.

Para Filipa Klut, a associação da Santa Casa aos Prémio Play surge no âmbito do apoio da instituição à cultura e talento nacional, realçando que os Prémios “Play têm uma simbologia especial, pelo reconhecimento que dão, pelo empenho dos artistas, músicos e técnicos e ainda de todos os que contribuem para esta magnífica festa da música portuguesa”.

“A música é universal, é inclusiva, une as pessoas e, por isso, a Santa Casa tem privilegiado o apoio a iniciativas na área da música de vários tipos, quer promovendo a nossa temporada anual de música clássica, quer estando em festivais tradicionais, ou festividades populares. Esta democratização do acesso à cultura musical tem conseguido objetivos e por isso continuamos empenhados nesse caminho”, destaca a administradora.

Outra das novidades desta edição dos Play foi a presença de público no Coliseu dos Recreios. Entre as largas centenas de espetadores presentes no espaço, 40 jovens de alguns equipamentos da Santa Casa tiveram a oportunidade de ver e ouvir ao vivo alguns dos seus ídolos da música portuguesa.

Em noite de alegria e de celebração, houve ainda lugar a uma ovação de pé foi para a vencedora do Prémio Carreira: Simone de Oliveira, que recentemente despediu-se dos palcos, ao fim de 65 anos de carreira.

“Não sei se voltarei aqui, mas espero que vocês continuem a achar que a música portuguesa e este país valem a pena. Até sempre”, frisou Simone de Oliveira.

Os prémios Play são promovidos pela Audiogest (Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos) e pela GDA — Gestão dos Direitos dos Artistas, em parceria com a RTP e a Vodafone.

 

“O Quarto da Menina”: uma viagem pelas páginas que contam a história (e o mito) dos Paiva de Andrade

A sala do Centro Social São Boaventura encheu para a apresentação do livro “Carolina Augusta Picaluga Paiva de Andrade – O Quarto da Menina”. Bem por cima, imaculado, está o espaço que dá título à obra. Era assim que Carolina Augusta Picaluga Paiva de Andrade (1835 – 1912), benemérita da Santa Casa, queria inscrever o nome da filha na posteridade, através da conservação do quarto onde a filha, Luísa, faleceu.

Marta Brites Rosa é a responsável por contar em 139 páginas a história desta família. A autora tomou conhecimento do mito em redor do quarto da menina por coincidência. Foi depois de uma conversa com uma colega decidiram saber mais. Certo dia, na Rua de São Boaventura, Marta ficou por ali alguns minutos a tentar adivinhar onde seria o quarto da menina.

Marta Brites Rosa a apresentar livro da sua autoria

O material recolhido por Marta permite ao leitor navegar por palavras e cenários que retratam com fidelidade a história dos Paiva da Andrade. Carolina Augusta Picaluga Paiva de Andrade morre em 1912 e no seu testamento deixa a Santa Casa como herdeira do seu património, principalmente como executora dos seus desejos. As vontades de Carolina não eram apenas suas, mas também do falecido marido Jacinto, unidos na intenção de perpetuar o nome da filha. Luísa faleceu aos 22 anos, vítima de tuberculose. É sobre ela que paira o mito, “uma neblina mística”, como refere a autora, e que envolve o quarto da menina, que dá título ao livro.

Após a morte prematura da sua filha, os Paiva de Andrade decidem deixar todos os seus bens à Misericórdia de Lisboa. Entre eles está o edifício onde, hoje, está instalado o Centro Social de São Boaventura. Durante anos, este espaço foi o lar dos Paiva de Andrade, um palco de animados serões musicais, onde se ouvia o piano tocado pela filha Luísa e onde o pai, Jacinto Paiva de Andrade, apresentava a sua coleção de arte aos convidados.

A morte intempestiva da jovem calou para sempre as gargalhadas no palacete e décadas mais tarde deu voz a um mito onde a paixão e o assombramento voltam a habitar o “quarto da menina”. Já viúva, Carolina fundou uma instituição de educação para jovens meninas que batizou com o nome da filha falecida. A manutenção desta instituição, o Instituto Luísa Paiva de Andrade, foi uma das condições para doação de todos os seus bens à Misericórdia de Lisboa, junto com a tarefa de criar um bairro económico, legado que se encontra agora sob os escombros da implacável modernidade.

A dois dias do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor (23 de abril), a obra de Marta Brites Rosa é também uma forma de homenagear a literatura. O “Quarto da Menina” é o décimo livro da Coleção Beneméritos do Centro Editorial da Misericórdia de Lisboa, onde a Santa Casa, desde 2010, dá a conhecer a vida e obra dos seus beneméritos.

Oficina de Braille… uma iniciativa para todos

No âmbito da participação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na iniciativa “Livraria Barata – Lugar de Cultura”, teve lugar, a 14 de abril, uma oficina de braille, dinamizada pelo Lar Branco Rodrigues, equipamento da Misericórdia de Lisboa destinado a portadores de deficiência visual. A sessão constituiu uma oportunidade única para conhecer e experimentar os recursos, os materiais, as tecnologias e as estratégias utilizadas para o ensino e integração de pessoas com cegueira e baixa visão.

Os testemunhos

Áliu Baio, 27 anos, é utente do Lar Branco Rodrigues há cerca de nove anos. O jovem guineense perdeu a visão, mas reergueu-se. Na passada quinta-feira, foi  um dos utentes que participaram na Oficina de Braille, mostrando um pouco do seu mundo.

“Esta iniciativa é importante porque podemos mostrar, sobretudo, às pessoas que não têm noção da realidade de como é que um cego escreve ou lê. É uma oficina pedagógica que informa como funciona o braille, como utilizamos um telemóvel ou um computador”, considerou. E continua: “Eu tenho acesso a ferramentas, nomeadamente a um programa (leitor de ecrã), que traduz a informação visual para áudio. Ou seja, eu faço tudo igual, apenas tenho ferramentas diferentes”, concluiu.

Ali mesmo ao lado e perante uma assistência de várias crianças, Duarte Pina, 61 anos, também utente do Lar Branco Rodrigues, mostra como se escreve braille com recurso a uma pauta e punção, e também em máquinas dactilográficas especiais. O utente destacou, ainda, a importância de oficinas como esta, pois, segundo ele, algumas pessoas não acreditam ser possível que uma pessoa com visão aprenda a ler em braille – um paradigma que, pelo desempenho e curiosidade dos participantes na oficina, ficou comprovado ser falso.

Por outro lado, Ana Paula Silva, diretora do Lar Branco Rodrigues, sublinhou que a oficina de braille é uma “oportunidade para conhecer um pouco melhor sobre o percurso da educação especial, da utilização do braille e das novas tecnologias que a pessoa deficiente visual teve ao longo de mais de um século”. Para a responsável da Misericórdia de Lisboa, esta iniciativa teve, acima de tudo, uma grande componente de “inclusão e de troca de experiências”.

“Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”

Ainda no mesmo dia, às 18h00, teve lugar a apresentação do livro “Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”, que contou com a participação especial da agência de talentos – Valor T, da Santa Casa, iniciativa pioneira na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Da autoria de Ana Gomes e com edição do Centro Editorial, da Direção de Cultura da Santa Casa, a obra desvenda uma crónica de pioneirismo, de conquistas e de insucessos, de adaptações e de descompassos, dos esforços de todos aqueles que, herdeiros do legado de Branco Rodrigues, persistem num trilho que continua a ser percorrido na atualidade, em prol da população com deficiência visual, em nome da inclusão plena de todos, para construção de uma sociedade melhor.

Museu de São Roque acolhe exposição temporária sobre Santo Inácio de Loyola

Foi inaugurada esta quarta-feira, 30 de março, na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque, a exposição “Ver novas todas as coisas”, uma exposição que assinala simultaneamente dois momentos chave relacionados com Santo Inácio de Loyola: o V Centenário da sua Conversão (cujas comemorações decorrem entre maio de 2021 e julho deste ano) e o IV Centenário da sua Canonização (ocorrida a 12 de março de 1622).

Exposição

Comissariada por Maria João Freitas e António Júlio Limpo Trigueiros, esta mostra engloba quatro núcleos expositivos que permitem aos visitantes acompanhar a sagração deste santo.

Composta por algumas peças inéditas, esta é uma exposição que “quer convocar um novo olhar sobre algumas peças, que permitem construir uma narrativa que dá a conhecer o processo de conversão de Santo Inácio, a iconografia que lhe está associada e as celebrações em torno da sua canonização”, refere Teresa Morna, diretora do Museu de São Roque.

Paralelamente, a mostra possibilita uma leitura histórica, por meio de uma seleção criteriosa de objetos provenientes de acervos históricos públicos e privados, nacionais e estrangeiros, que convidam o visitante a entrar no universo ilustrativo de um percurso, que vai da conversão à elevação aos altares, de uma das principais figuras ligadas à reforma católica.

Do espólio patente na exposição fazem parte, entre outras peças, uma pintura que representa Santo Inácio de Loyola a dormir nas arcadas de Veneza (da autoria do pintor jesuíta, Domingos da Cunha), o Busto relicário seiscentista do santo, em madeira policromada (propriedade da Província Portuguesa da Companhia de Jesus-Residência do Porto) e a simbólica Cruz processional indo-portuguesa, em prata e marfim (da igreja de São Bartolomeu de Vila Viçosa).

“A exposição convoca-nos para um novo olhar sobre o património histórico e artístico da Companhia de Jesus, permitindo enquadrar o acervo do Museu de São Roque, em especial nos três ciclos pictóricos dedicados aos seus santos fundadores, Inácio de Loyola e Francisco Xavier, num contexto de promoção e divulgação do conhecimento”, acrescenta Teresa Morna.

Com entrada livre, a exposição “Ver novas todas as coisas” pode ser visitada até ao dia 19 de junho, de terça-feira a domingo, das 10h às 12h e das 13h30 às 18h (última entrada às 17h30).

O acesso está condicionado durante as celebrações na Igreja de São Roque e será feito mediante o cumprimento das orientações da Direção-Geral de Saúde. Mais informações, aqui.

 

Exposição “Ver Novas Todas as Coisas”

Utentes da Santa Casa cantam a “Desfolhada” na despedida de Simone de Oliveira

Foram centenas de canções durante 65 anos de carreira e 84 anos de vida. O seu rosto é um dos mais familiares no país. A sua voz, uma das mais inconfundíveis. Simone despediu-se dos palcos com o espetáculo “Sim, sou eu… Simone”, esta terça-feira à noite, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Cerca de 20 utentes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa cantaram e emocionaram-se na última atuação da cantora.

Numa das salas mais conhecidas do país, o público revisitou o som intemporal das canções de Simone de Oliveira. Numa noite de plateia esgotada no Coliseu dos Recreios, celebrou-se a vida e a coragem de uma mulher que nunca se contentou em viver pela metade.

Os testemunhos

Foi com entusiasmo, curiosidade e alguma ansiedade que cerca de duas dezenas de utentes do Espaço Santa Casa e do Centro de Dia Nossa Senhora dos Anjos – equipamentos da Misericórdia de Lisboa – se preparavam para assistir ao espetáculo “Sim, sou eu… Simone”.

Glória Serafim, 77 anos, veio para Lisboa há mais de 40 anos. Já na sua terra, em Santo André, concelho de Santiago do Cacém, ouvia as canções da artista e deixava-se inspirar por elas. Não esconde a emoção e algum nervosismo por estar presente neste espetáculo. “Tenho uma grande admiração pela mulher e artista”, refere a utente do Espaço Santa Casa. “Fico muito contente por estar aqui. A Santa Casa está de parabéns pela iniciativa”, sublinha. “Ouvir a Simone faz-me lembrar a minha mocidade, porque quando a Simone era jovem eu também fui”, lembra.

Já Rosário Silva, 75 anos, veio de Viseu para Lisboa ainda em criança. É uma das amigas que acompanha Glória no concerto, mas também no Espaço Santa Casa, onde fazem ginástica, costura criativa, danças latinas, entre outras atividades. Rosário diz que o envelhecimento ativo e saudável não é um chavão. “No espaço Santa Casa vive-se na plenitude, não se sobrevive aos dias”, destaca. “Estou maravilhada por estar aqui”, diz sem rodeios. Já a cantarolar alguns dos temas mais conhecidos, Rosário conta que músicas gostava de ouvir e explica a importância de ver uma jovem da sua idade a “celebrar uma vida de coragem”.

Lisboeta de gema, Lourdes Andrez, 78 anos, destaca o talento profissional e a coragem pessoal. “Simone foi sempre uma mulher de coragem, lutadora, de alma inteira e com uma grande voz. Eu admiro-a muito. Vi-a crescer, vi a forma como sempre lutou e cantou”. “A ´Desfolhada Portuguesa` e o `Sol de Inverno´ são dois temas que gostava de ouvir”, revela. Surpreendida com o convite da Santa Casa para assistir ao espetáculo, Lourdes diz estar “encantada e feliz” por assistir à derradeira presença num concerto de uma mulher que sempre a inspirou.

 

Livraria Barata, onde a cultura ganha outra dimensão

A participação da Misericórdia de Lisboa neste ciclo cultural começa já no próximo sexta-feira, 11 de março, às 18h00, com a apresentação do livro “Políticas Públicas na Longevidade”. Uma obra concebida no âmbito da Estratégia Nacional para a Longevidade, com coordenação geral do Centro Editorial da Santa Casa. Esta publicação é o produto final do workshop sobre políticas públicas, dinamizado pela Santa Casa em julho de 2020, e do contributo de vários parceiros sociais, stakeholders e peritos da área.

A sessão de dia 11 de março contará com a presença da coordenadora do grupo de trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade na Santa Casa, Maria da Luz Cabral, do antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade, Paulo Pedroso, e do procurador José de Albuquerque.

A instituição volta a marcar presença na iniciativa, no mês de abril, nomeadamente no dia 14. Entre as 15h30 e as 17h30 realiza-se uma oficina de braille. Uma oportunidade para conhecer e experimentar os recursos, os materiais, as tecnologias e as estratégias utilizadas para o ensino e integração de pessoas com cegueira e baixa visão. Esta oficina estará a cargo do Lar Branco Rodrigues, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, equipamento destinado a pessoas portadoras de deficiência visual congénita ou adquirida.

Ainda no mesmo dia, às 18h00, haverá a apresentação do livro “Lição de coisas: Uma história do Lar Branco Rodrigues”, que contará com a participação especial da agência de talentos – Valor T, da Santa Casa, iniciativa pioneira na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Durante os meses de março e abril, a Livraria Barata abre as suas portas à cultura e a alguns nomes nacionais emergentes nesta área. O ciclo -que começou este sábado com a inauguração da exposição “The steady hands of a busy mind/As mãos meticulosas de uma mente irrequieta”, da reconhecida artista visual Vanessa Teodoro, patente no espaço até 28 de abril-, vai ainda receber alguns concertos, mesas redondas e espetáculos.

A entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala, com exceção do ateliê destinado a crianças dos 3 aos 5 anos, “Orquestra de papel” com Catarina Anacleto e Francisco Van Epps, que acontece nos dias 26 de março e 30 de abril e que tem um custo de 15€, por criança mais adulto.

Consulte toda a programação da iniciativa “Livraria Barata: Lugar de Cultura”, aqui.

Património e Reabilitação é o tema do novo volume dos Cadernos Técnicos da Santa Casa

Na sessão de encerro do lançamento da obra “Cadernos Técnicos n. 9 – Património e Reabilitação”, Ana Vitória Azevedo, administradora da Misericórdia de Lisboa com o pelouro do Património, começou por agradecer às várias equipas da instituição, aos arquitetos e à Universidade Lusíada. “É um dever cuidar do património da Santa Casa”, defendeu, sublinhando que é uma “tarefa enorme rentabilizar, requalificar, manter e dar uso a este património, nas diferentes áreas de intervenção”. Acrescentou ainda que “os Cadernos Técnicos são muito importantes para dar visibilidade ao trabalho e à missão” da Misericórdia de Lisboa.

Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património (DGIP), considerou que falar do património da Santa Casa “é falar de pessoas. Desde o benemérito que deixou o seu património a quem mais precisa, aos que o recebem e cuidam, até aos que dele beneficiam”. E continuou: “pretendemos que a reabilitação seja de pessoas para pessoas, conjugando o legado do passado com as necessidades do presente e a confiança e a inovação para o futuro”.

João Pedro Falcão de Campos, arquiteto e docente do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, fez um resumo da visão e do propósito do projeto do Palácio de São Roque/Casa Ásia, futuro museu da Misericórdia de Lisboa.

Já Rui Alves, arquiteto e docente da Universidade Lusíada, e Teresa Rodeia, arquiteta e docente do Instituto Universitário de Lisboa, apresentaram o projeto do Centro Intergeracional Ferreira Borges.

Tendo em conta o vasto património imobiliário da Misericórdia de Lisboa – em grande parte fruto das heranças, legados e doações dos muito beneméritos que confiam os seus bens à instituição – o nono volume dos Cadernos Técnicos da Santa Casa dá a conhecer o investimento realizado em prol da caracterização, organização, gestão e reabilitação desse património. Simultaneamente, apresenta o Departamento de Gestão Imobiliária e Património, que é responsável pela análise e operacionalização dos melhores procedimentos, tendo em vista a boa gestão do imobiliário da Santa Casa.

 

Cadernos Técnicos_Património e Reabilitação

O que são Cadernos Técnicos?

Os Cadernos Técnicos da Santa Casa são uma publicação temática, de natureza técnica, sobre as áreas de intervenção da instituição. Visam divulgar o conhecimento e a experiência dos serviços e dos seus profissionais, assim como de outras instituições ou especialistas com ação congénere.

“Património ao Domingo”. As visitas guiadas que dão a conhecer a Santa Casa

Sabia que a documentação histórica da Santa Casa é constituída sobretudo por documentos em papel e pergaminho, por fotografias e registos sonoros que preenchem cerca de 3,5 km de prateleiras? Ou que o antigo Sanatório de Sant’Ana foi fundado no início do século XX para apoiar crianças com tuberculose? E que este foi totalmente financiado pelas famílias Chamiço e Biester, legado à Santa Casa em 1913, possibilitando assim o seu funcionamento até aos dias de hoje?

Sabia, ainda, que a antiga Casa Professa de São Roque foi o principal edifício jesuíta em solo português até 1759? E que o Convento de São Pedro de Alcântara foi fundado em 1670 pelo Marquês de Marialva, em cumprimento de um voto feito cinco anos antes, na Batalha dos Montes Claros? Por último, gostava de conhecer a história da Sala de Extrações da Lotaria Nacional, um projeto traçado no início do século XX, por Adães Bermudes?

A Santa Casa dá resposta, ao pormenor, a estas e outras curiosidades históricas acerca do património da instituição. “Património ao Domingo” é o tema de um ciclo de visitas guiadas dinamizadas com o objetivo de dar a conhecer um edifício diferente a cada domingo do mês. As visitas são gratuitas e são conduzidas por técnicos do Serviço de Públicos e Desenvolvimento Cultural da Direção da Cultura da Santa Casa.

À descoberta do património da Santa Casa

Estas visitas guiadas ao domingo acontecem em cinco locais: Arquivo Histórico e Biblioteca da Santa Casa, Sala de Extrações da Lotaria Nacional, Hospital de Sant’Ana, Convento de São Pedro de Alcântara e Igreja e Museu de São Roque.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas