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Relicários e relíquias: um tesouro escondido no coração de Lisboa

Não tem paralelo, em Portugal, o conjunto de relicários e relíquias que se encontram expostos na Igreja e Museu de São Roque: peças datáveis dos séculos XIV ao XVIII, parte delas doação de Dom João de Borja, em 1588, e outras reunidas pela Companhia de Jesus, na sua antiga Casa Professa, durante a sua vivência de quase dois séculos em São Roque, chegando à posse da Misericórdia de Lisboa, por doação régia de D. José I, em 1768.

Estes 265 relicários, preciosos objetos de arte e devoção, podem ser visitados na própria Igreja e no Museu. No que diz respeito às relíquias, não se consegue apurar um número certo, porque alguns relicários possuem diversas relíquias, mas estima-se que poderá andar à volta das 500 a 1000 relíquias de santos.

Conheça um pouco mais sobre a incrível coleção de São Roque. Saiba o que é um relicário, uma relíquia e o seus propósitos.

Mas afinal o que é uma relíquia. E um relicário?

As relíquias são as partes corporais dos santos ou os seus objetos pessoais, os quais são colocados nos relicários, objetos criados para os guardar e expor. Destacam-se pela sua componente artística e material, onde abunda os metais preciosos.

Uma relíquia é um testemunho material de um santo. A relíquia é assim, quase sempre, o corpo do santo ou parte dele: uma cabeça, um braço, uma perna, etc. Entende-se que a relíquia se pode multiplicar, dividindo-se o corpo. Há também as relíquias de contacto, que são objetos que estiveram em contacto direto com o santo, vivo ou morto: o manto, o sapato, a cruz que tinha ao peito, etc. Para conter estes objetos (partes de corpo ou objetos pessoais) fazem-se os relicários. Originalmente eram caixas em madeira decoradas, mas com o tempo ganham uma forma mais preciosa: cofres em metais preciosos, que se adaptavam à preciosidade religiosa da relíquia. Com a partilha do corpo do santo, os relicários adquirem muitas vezes a forma da parte do corpo que contêm. Por exemplo, um relicário que guarda a cabeça de um santo representa o seu busto, o que guarda a perna tem a forma dessa parte, para o braço acontece o mesmo.

 

Há 117 anos nascia o Museu de São Roque, um importante símbolo da cultura nacional

O Museu de São Roque foi um dos primeiros museus de arte a serem criados em Portugal. Abriu ao público a 11 de janeiro de 1905, com a designação de Museu do Thesouro da Capela de São João Baptista, no edifício da antiga Casa Professa da Companhia de Jesus. A inauguração solene deste espaço foi feita na presença do casal real, D. Carlos e D. Amélia, ato que demonstrava a relevância da coleção e conferia ao museu um elevado estatuto. Aquando da sua inauguração, era um pequeno museu que exibia uma joia do património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: o Tesouro da Capela de São João Batista.

Ao longo do século XX, o Museu de São Roque foi colecionando conquistas. A criação da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, em 1929, veio inaugurar uma época de intenso restauro monumental, que deixou marcas visíveis no património português, de Norte a Sul do país, em particular nos monumentos que podiam ilustrar uma narrativa de um Portugal antigo e transcontinental. O património foi usado como uma arma de propaganda do regime e de transmissão dos seus valores. E o que acontece ao Museu do Thesouro da Capela de São João Batista neste contexto? Desaparece e dá lugar ao Museu de Arte Sacra de São Roque.

Propriedade da Misericórdia de Lisboa, o Museu de São Roque guarda um dos mais importantes acervos da arte sacra nacional. Como refere a diretora do Museu de São Roque, Teresa Morna, a missão do Museu passa pelo “estudo, preservação, valorização e divulgação” da arte, sempre com o intuito de estimular o interesse e conhecimento da comunidade em geral pela arte sacra, “através de uma oferta cultural inovadora” que, de forma sustentada, atraia públicos diversificados. É, no fundo, assumir o papel principal de um museu: servir para educar, para deleite, para conservar objetos, para contar histórias.

Cultura para todos. Santa Casa e Teatro D. Maria II renovam parceria

Esta parceria, válida para o triénio 2021-2024, permite oferecer mais-valias a profissionais e utentes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa provenientes de todas as áreas, nomeadamente infância e juventude, família e comunidade, população idosa, pessoas com necessidades especiais e outros segmentos populacionais mais vulneráveis.

De acordo com uma abordagem intergeracional e inclusiva, a parceria assume uma tripla vertente considerando as seguintes áreas de atuação: infância e seniores numa abordagem integrada – projeto Boca Aberta; adolescência – oficinas para jovens; formação – desenvolvimento de oficinas de formação para técnicos da Santa Casa.

O teatro é um lugar de todos e para todos

O projeto Boca Aberta visa dar a conhecer textos dos mais diversos géneros literários, estimulando o pensamento crítico; desafiar a criatividade partindo de linguagens narrativas diferentes; estimular a imaginação e a interpretação criativa da palavra escrita e contada; abordar as diferentes perspetivas e possibilidades de interpretação/representação de um texto , promovendo o gosto pela leitura e pelas artes performativas.

Já as oficinas para jovens visam a participação de jovens apoiados pela Santa Casa em oficinas de formação, a realizar nas férias escolares de Páscoa e Verão.

Por outro lado, as oficinas de formação para técnicos da Santa Casa têm por objetivo possibilitar a reflexão sobre ferramentas pedagógicas e estratégias de comunicação em sala de aula ou em contexto de trabalho.

Esta parceria é também um projeto de acessibilidade, que tem como intuito possibilitar o acesso universal ao edifício, à programação e a outras iniciativas desenvolvidas ao longo da temporada.

Créditos fotografia: Filipe Ferreira

Este Natal, ofereça cultura

A época natalícia simboliza amor e amizade, pelo que não é por acaso que esta é a quadra habitual para presentear quem nos é próximo. Os livros são presentes sempre adequados, que duram para sempre, aumentam o conhecimento, transportam os leitores para outras vivências e que podem transformar vidas.

Ao longo de 2021 foram várias as obras publicadas pela nossa instituição, num total de dez. Livros sobre a história da Misericórdia de Lisboa, sobre o envelhecimento e até obras para os mais novos, existe de tudo um pouco e capaz de agradar a “gregos e a troianos”. E para os adquirir, nada mais fácil: basta aceder à loja online ou à loja física do Museu de São Roque.

Consulte a lista, aproveite o desconto de 10% e… boas leituras!

Para os apreciadores da história da Capela de São João Baptista, sugerimos o livro da historiadora Angela Delaforce, que reúne memórias e testemunhos de ilustres estrangeiros que visitaram a Igreja de São Roque, entre 1750 e 1968.

Publicação reeditada, com conteúdos revistos e aumentados.

Já a coleção Património lançou o IV volume, dedicado ao Convento São Pedro de Alcântara, em que os 400 anos da beatificação de São Francisco Xavier, pelo Papa Paulo V, a 25 de outubro de 1619, foram lembrados no livro Missão, espiritualidade e arte em São Francisco Xavier.

Retratando uma sociedade em que desigualdade está mais presente do que o desejável, Lição de coisas: uma história do Lar Branco Rodrigues fala sobre uma casa destinada a jovens deficientes visuais, vanguardista para a época e atualmente com um século de história.

Para os mais novos:

Os mais novos não foram esquecidos com esta publicação ludo-didático repleta de curiosidades históricas.

No âmbito do envelhecimento, peritos e parceiros sociais juntaram-se para debater este tema:

Sobre Saúde física e mental:

Para se atualizar no que concerne às “boas causas”,  pode ainda ler os artigos do mais recente número dos Cadernos Técnicos da Misericórdia de Lisboa. Conheça-os também na loja online e fique atento às novas edições.

Todas as publicações estão disponíveis na loja online da Cultura e na loja física do museu de São Roque.

Museu de São Roque acolhe exposição “O Menino Jesus de Cebu”

No âmbito das comemorações dos 500 anos do descobrimento das Filipinas, pelo navegador português, Fernão de Magalhães, que se notabilizou por ter liderado a primeira viagem de circunavegação ao globo, foi inaugurada, esta quinta-feira, 9 de dezembro, na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque, a exposição “O Menino Jesus de Cebu: um ícone da cultura e da história das Filipinas”.

Organizada em quatro núcleos, a mostra permite aos visitantes acompanhar a história do culto ao Menino Jesus de Cebu, que evoca a chegada de Fernão de Magalhães à ilha de Cebu e o batismo católico dos soberanos e de 800 autóctones.

Construída em madeira, a estátua de “O Menino Jesus de Cebu” é o símbolo da chegada do cristianismo às Filipinas. Segundo a tradição, este foi doado, em 1521, pelo explorador português à rainha de Cebu.

Do espólio presente na exposição fazem parte, entre outras peças, duas vestes, do século XIX, do “Santo Niño de Cebu”, um colete frontal com tecido bordado a prata e ouro e enfeites de pedras preciosas, e uma capa magna de veludo vermelho e pano de cetim, com fios costurados a ouro.

A instalação convoca a atenção dos visitantes para um tema que, apesar de bem vivo na cultura filipina, permanece desconhecido em Portugal. A imagem do “Santo Niño de Cebu” – que encontra paralelo na tradição católica no Menino Jesus da Cartolinha, de Miranda do Douro, e no Menino Jesus de Praga, entre outros – é a mais antiga relíquia católica das Filipinas, e encontra-se na Basílica Menor do Sto. Niño de Cebu.

Exposição

Paralelamente à exposição, a Santa Casa preparou uma série de atividades que acompanham esta mostra. No dia 14 de dezembro a Sala do Brazão do Museu de São Roque recebe as conferências, “Fernão Magalhães e o início do Cristianismo nas Filipinas” e “A Devoção do Sto. Nino nas Philippine”, onde decorrerá uma breve apresentação que relembra os momentos definidores dos 500 anos do Cristianismo nas Filipinas.

A 26 de janeiro, também no Museu de São Roque, a tarde tem início com a conferência “O local da primeira missa nas Filipinas em debate: o contributo da cartografia portuguesa”, por Miguel Rodrigues Lourenço, do Centro de Humanidades da Universidade NOVA de Lisboa. No mesmo dia, acontece outra palestra, “Pobre, & despido por seu amor: o Menino Jesus e a prática de vestir imagens na Época Moderna”, que, partindo de várias leituras, pretende contribuir para um entendimento mais alargado do papel das roupas no culto do Menino Jesus, em Portugal.

Com entrada livre, a exposição resulta de um projeto da Embaixada das Filipinas em Portugal, da National Historical Commission of the Philippines e da Basílica Menor do Sto. Niño de Cebu, em colaboração com o Museu de São Roque e pode ser visitada até ao dia 6 de fevereiro, de terça-feira a domingo, das 10h às 12h e das 14h30 às 18h (última entrada às 17h30).

Temporada Música em São Roque volta a ter público

Temporada Música em São Roque volta a ter público

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa abre amanhã as portas à música erudita para a realização da 33ª edição da Temporada Música em São Roque. Serão, no total, dez concertos a realizar a partir de amanhã e até 12 de novembro.

Temporada Música em São Roque está de volta

De 15 de outubro a 12 de novembro, Lisboa será palco de dez concertos ímpares e imperdíveis. Esta edição, que vai contar novamente com o maestro Filipe Carvalheiro como diretor artístico, inclui algumas das orquestras e coros mais conceituados do panorama de música clássica portuguesa, e conta com duas estreias absolutas: Polyphōnos Ensemble e o duo Márcio da Rosa & Isabel Calado.

Os concertos desta temporada têm lugar na Igreja de São Roque e na capela do Convento de São Pedro de Alcântara, e podem ser assistidos gratuita e presencialmente, com lotação limitada. À semelhança de anos anteriores, todos os concertos são transmitidos através do site da TMSR e da plataforma RTP Palco. O mesmo sucede com as sessões de “Ouvidos para a Música”, um ciclo da autoria do maestro Martim Sousa Tavares, já a decorrer deste o dia  4 e até ao dia 29 de outubro.

O programa da 33ª edição da Temporada Música em São Roque conta com o Coro Gulbenkian, sob a direção de Inês Tavares Lopes, para fazer as honras de abertura, no dia 15 de outubro, com o concerto intitulado “Luz e sombras”. Uma peça dedicada à voz feminina, com obras que vão de Hildegarda Von Bingen a John Tavener.

No dia 17 de outubro, segue-se o Grupo Vocal Olisipo, sob a direção de Armando Possante, com o concerto “Herança – A música da Sé de Évora”, escrito a partir de obras, que demonstram a continuidade do estilo seiscentista, feita por gerações de talentosos compositores da denominada Escola de Música da Sé de Évora.

No dia 22, o concerto “Imanência e Transcendência – Entre Mestres e Discípulos: Polifonia Portuguesa do séc. XVI”, de Polyphōnos Ensemble, com direção de José Bruto da Costa, terá como ponto de partida os motetes de Frei Manuel Cardoso, apresentando um confronto entre a música de mestres e discípulos.

O Bando de Surunyo regressa à TMSR para apresentar, no próximo dia 24 de outubro, alguns cânticos de devoção e independência durante a Guerra da Restauração, preenchido com vilancicos recuperados e escutados pela primeira vez desde o séc. XVI, onde a mensagem de patriotismo e de religiosidade se fundem.

O grupo Concerto Campestre, sob a direção de Pedro Castro, promete brindar, no dia 29, os espetadores com o “Más no puede ser”. Uma peça que é um contraponto entre o vilancico barroco, de imensa popularidade na península Ibérica, e novo mundo com o estilo musical italiano que o veio destronar em Portugal.

Ensemble Bonne Corde, dirigido por Diana Vinagre, apresentará, no dia 30 de outubro, um concerto sobre a publicação em Londres de uma série de “concerti grossi” do compositor António Pereira da Costa.

O tenor Márcio da Rosa e Isabel Calado, que o acompanhará num piano de mesa original do final do séc. XVIII, levarão, no dia 31 de outubro, ao Convento de São Pedro de Alcântara um conjunto de canções de cariz religioso, não publicadas em edições atuais e raramente apresentadas ao público.

No dia 6 de novembro, os Capella Duriensis, com direção de Jonathan Ayerst, irão apresentar um concerto alusivo a dois acontecimentos trágicos: a praga de Lisboa, em 1570, e a mais recente pandemia de Covid-19. No centro do programa está o texto da “Missa pro Defunctis”, apresentado em canto gregoriano, que será intercalado com motetos de Damião de Góis e obras tocadas no órgão da Igreja de S. Roque.

A atuação do grupo Sete Lágrimas vai decorrer no dia 7 de novembro. “Iberia Mayor” é o nome da peça e representa o cruzamento intercultural, essência das culturas ibéricas entre os séculos XVI e XIX.

A 33ª edição da Temporada Música em São Roque encerra com o esplendor do alto barroco, em duas cantatas de J. S. Bach e uma suite para flauta e cordas de Telemann, num concerto apresentado pela Orquestra Barroca Casa da Música, com a soprano Mónica Monteiro e o oboísta Pedro Castro.

Saiba tudo sobre os protagonistas e a programação da 33ª Temporada Música em São Roque, aqui.

Uma iniciativa da Misericórdia de Lisboa, a não perder!

Iminente: o festival onde cabem todas as expressões da cultura urbana

Depois de Oeiras e do Panorâmico de Monsanto, o Iminente instalou-se, em 2021, na zona oriental de Lisboa, na antiga fábrica de gás da Matinha. A iniciativa voltou a ser palco de diversas expressões artísticas como a música, as artes visuais, as performances, entre outras, num trabalho que envolveu também vários bairros da cidade.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoiou, pela primeira vez, o festival Iminente, nomeadamente o projeto das oficinas comunitárias. Entre setembro e início de outubro, quatro bairros de Lisboa (Quinta do Lavrado, Alta de Lisboa, Bairro do Rego e Quinta do Loureiro) receberam 16 oficinas.

Para além de constituir um veículo promotor da cultura, e em especial da criatividade, o projeto das oficinas comunitárias assenta em valores como a partilha e a inclusão, particularmente no seio das comunidades que habitam estes bairros, os quais estão em linha com os valores promovidos pela Santa Casa.

Entre os autores convidados para integrar as oficinas comunitárias deste ano, estiveram Tristany, na música; Pedro Pinho e Luísa Homem, no cinema; Herberto Smith, Bruno Mantraste e Confere, nas artes visuais, e El Warcha – Atelier Social e Comunitário, Furo – Atelier Arquitetura, coletivo E-DA / Ensaios & Diálogos Associação, e Coletivo Warehouse, na área da arquitetura.

Durante quatro dias, de 7 a 10 de outubro, o Iminente juntou vários artistas de renome no universo da música. Entre dezenas de outros nomes nacionais, estiveram Plutónio, Pongo, Ana Moura, Dino D’Santiago, Branko, Jorge Palma, PAUS, Julinho KSD e Nenny. Já na música internacional, destacaram-se os Slum Village, The Alchemist ou Emir Kusturica & the No Smoking Orchestra.

O festival que celebrou a diversidade de expressões artísticas e culturais contou, ainda, com uma programação robusta de artes visuais, instalações, exposições, cinema e conversas.

Nesta edição as “Talks” (conversas), com curadoria do investigador António Brito Guterres, focaram questões fundamentais da cultura urbana contemporânea, num formato de discussão aberta e plural.

Festival Iminente talksfotografia: @chriscost.a_@festivaliminente

Sobre o Iminente

O festival Iminente é uma iniciativa que junta música e artes visuais, e que teve lugar pela primeira vez em Oeiras, em 2016, cidade à qual regressou no ano seguinte. Em 2018 o Iminente mudou-se para Lisboa, para o Panorâmico de Monsanto, onde se repetiu em 2019. O artista português Alexandre Farto (Vhils) é um dos fundadores do festival.

Em 2020, devido à pandemia, transformou-se na Oficina Iminente, uma residência artística que, durante dez dias, contou com o público como parte ativa do processo criativo.

Festival Iminentefotografia: Vera Marmelo_@festivaliminente

Coroa preciosa de Fátima exposta na Igreja de São Roque

Duas missas, um colóquio e uma vigília de oração marcam o programa da deslocação desta coroa a Lisboa. A exposição da coroa representa uma oportunidade para fazer memória de uma peça de joalharia dos anos 40 do século XX, cuja relevância extravasa o valor artístico e patrimonial.

A “Coroa Preciosa” faz parte da exposição temporária “Suor Frio”, inserida na 1.ª Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa, e estará exposta em frente ao altar-mor da Igreja de São Roque, nos dias 7 e 8 de outubro. Os curadores desta mostra são Cristina Filipe e o Padre João Norton de Matos SJ. O desenho é de Fernando Brízio.

O programa prevê uma celebração Eucarística presidida pelo reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, no dia 7 de outubro, às 12h30, na Igreja de São Roque. Ainda nesta data, decorre um colóquio, entre as 18h00 e as 20h00, no qual participam o diretor do Museu do Santuário, Marco Daniel Duarte, o gemólogo Rui Galopim de Carvalho, o joalheiro Jorge Leitão, a jornalista Aura Miguel e o diretor do Museu da Gulbenkian, António Filipe Pimentel.

O debate, no final das apresentações dos cinco oradores, será moderado por Madalena Braz Teixeira, que também abrirá o colóquio. O encerramento da iniciativa será realizado pelo reitor do Santuário de Fátima.

. Coroa Preciosa de Fátima_t

A história desta coroa – que nos dias solenes é colocada na imagem que se venera na Capelinha das Aparições – começa em 1942, quando um conjunto de mulheres portuguesas quis agradecer a Nossa Senhora de Fátima o facto de Portugal não ter entrado na Segunda Guerra Mundial, que ainda decorria.

Com entrada gratuita, efetuada por ordem de chegada e sujeita à capacidade da Igreja de São Roque, a exposição “Coroa Preciosa” pode ser visitada das 10h00 às 12h00 e das 13h30 às 18h00.

Consulte o programa completo da 1ª Bienal de Joalharia Contemporânea, aqui.

 

Isto é música para todos os ouvidos

De 4 a 29 de outubro, o maestro Martim Sousa Tavares conduz um ciclo online de encontros de apreciação musical, levando os espetadores num périplo à descoberta da música clássica, explicando os seus significados e segredos e quebrando barreiras entre a música, a arte e a vida quotidiana.

Este menu de degustação musical é acompanhado pelo Duo Litanei que, além do concerto no final de cada sessão, vai acompanhando o maestro durante as exemplificações. Ao todo serão vinte as sessões que compõem o ciclo deste ano, nas quais os espetadores poderão conhecer “músicas de compositores dos cinco continentes, vivos e mortos, homens e mulheres, novos e velhos, desconhecidos e famosos”, realça o maestro.

“Este é um ciclo de encontros com diferentes tópicos e repertórios da música clássica, que são mediados e colocados em contexto, mediante uma apresentação. Dirigem-se não apenas ao público da Temporada Música em São Roque, mas a todos os interessados pelos temas da música, das artes e da cultura”, afirma Martim Sousa Tavares.

Todas as sessões são escolhidas criteriosamente, para que o espetador possa conhecer a música e a história que a acompanha de maneira a que consiga “pensar” sobre a música de uma forma profunda e até aprimorar o seu conhecimento musical.

“Alegoria” de Eurico Carrapatoso é o tema da primeira sessão, que vai para o “ar” esta segunda-feira, à qual se segue, no dia 05 de outubro, “Papillons” de Kaija Saariaho, na qual se dá a conhecer a música da brilhante compositora finlandesa, suscitando um diálogo sobre questões de género, de indústria, e da necessidade da criação contemporânea.

As restantes três sessões da primeira semana de outubro (6, 7 e 8 de outubro), são dedicadas às composições feitas e destinadas ao público infantil e às grandes figuras da música clássica do século XX. Já na segunda semana do mês (11 a 15), Martim Sousa Tavares explora a mística de vários instrumentos musicais e a complexidade de obras escritas de Oscar Wilde e Jane Austen.

De 18 a 22 de outubro, o maestro apresenta episódios que revelam a permeabilidade da cultura africana em face da cultura europeia, e como é possível atingir uma harmonia entre ambas, através da originalidade de Christian Onyeji.

O “Ouvidos para a Música” encerra a sua programação no dia 29 de outubro, com um episódio dedicado ao amor. Neste dia, o tema escolhido foi a história de amor entre Robert e Clara Schumann, onde a criatividade de ambos resulta diretamente das suas vivências amorosas.

O ciclo está integrado na 33ª Temporada Música em São Roque, cuja programação tem início no dia 15 de outubro e se prolonga até 12 de novembro, com um programa que pode conhecer aqui.

O maestro que descomplica a música clássica

Martim Sousa Tavares nasceu em Lisboa em 1991. Realizou o seu percurso de formação em ciências musicais e direção de Orquestra entre as cidades de Lisboa, Milão e Chicago, tendo concluído o mestrado em Direção de Orquestra na Bienen School of Music – Northwestern University, na classe de Victor Yampolsky, com bolsas Fulbright e Eckstein Foundation, concluindo os estudos com honras académicas.

Trabalhou com orquestras de sete países e realizou concertos em cidades como Madrid, Rio de Janeiro ou São Petersburgo, mas também em pequenas aldeias portuguesas como Maçaínhas, Caria ou Inguias, num percurso que se pauta pela descentralização do acesso às oportunidades de participação cultural.

É uma voz activa na divulgação da música clássica, regenerando e multiplicando abordagens e formas de contacto com esta forma de arte.

O ciclo “Ouvidos para a Música” está disponível para visualização já a partir do dia 4 de outubro no site da Temporada Música em São Roque.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas