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Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão assinala Dia Mundial do Cancro

O Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão não quis passar ao lado do Dia Mundial do Cancro e organizou uma iniciativa que juntou vários utentes, familiares, cuidadores e profissionais do centro.

Para além de sensibilizar para o tema, o evento “Escalar Contra o Cancro” quis sublinhar a importância da superação individual associada à prática de exercício físico, como forma de ajudar no combate a uma doença que causa, anualmente, 10 milhões de mortes no mundo.

Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, mais de um terço dos casos de cancro pode ser evitado e outro terço pode ser curado se detetado precocemente e tratado adequadamente. No entanto, existem alguns fatores que podem ser fulcrais para evitar esta doença, como são exemplo disso não fumar, manter um peso saudável, comer de forma saudável ou fazer exercício físico de forma regular.

No dia do evento os convidados presentes foram desafiados a superarem-se, através da subida da parede de escalada adaptada do Centro (a primeira do género em Portugal), que foi inaugurada em abril do ano passado, no âmbito das comemorações do 57.º aniversário do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.

Nesta parede os utentes escalam em top rope, ou seja, ficam presos por uma corda colocada no topo da parede, sendo a segurança assegurada por pessoas experientes e habilitadas para o efeito. As equipas de apoio estão sempre presentes, a trabalhar diretamente com os utentes.

Veja alguns dos momentos da iniciativa na galeria abaixo:

Escalada

Utentes do CMRA na ação "Escalar Contra o Cancro"

Parede de escalada adaptada do CMRA

Terapeutas do CMRA

Equipa de apoio

Inscrições abertas para as Jornadas Internacionais CMRA 2024

Já abriram as inscrições para as Jornadas Internacionais CMRA 2024, que vão decorrer entre os dias 18 e 20 de abril no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Durante três dias, a iniciativa irá reunir palestrantes, investigadores e outros profissionais, que vão partilhar os seus conhecimentos e ideias sobre os “Avanços Tecnológicos e Organizacionais ao Serviço dos Resultados em Reabilitação”, o tema central do evento.

Constituindo-se como uma oportunidade ímpar de compromisso intelectual, estabelecimento de redes de trabalho, colaboração e aquisição de conhecimentos, as Jornadas Internacionais CMRA 2024 aproveitam o lugar de vanguarda que o Centro de Medicina de Alcoitão tem neste processo, tanto a nível nacional como internacional.

“Esperamos contar com a vossa participação para enriquecer ainda mais estas jornadas e contribuir para o avanço do conhecimento na nossa área de interesse e valorização”, refere Maria de Jesus Rodrigues, diretora clínica do CMRA e presidente das Jornadas, desvendando um pouco do que vai acontecer nos três dias de trabalho.

“Convidámos oradores e formadores de renome, quer nacionais, quer internacionais, para as sessões plenárias, onde estão previstas comunicações, intervenções e conferências Ted Talks. Durante o evento teremos diversos cursos e workshops multidisciplinares. Iremos abrir o curso “Importância das red flags na avaliação do neurodesenvolvimento: quando referenciar e intervir?” e o workshop “Avaliação da aptidão para a condução adaptada”, para Médicos Especialistas e Internos de Medicina Geral e Familiar e Delegados de Saúde, sem necessidade destes profissionais se inscreverem nas Jornadas. Contamos ter a presença de uma área de exposição de indústria tecnológica médica e farmacêutica”, resume.

Os participantes que apresentem trabalhos podem ainda concorrer ao Prémio Dr. Santana Carlos, que distingue trabalhos originais na área da Reabilitação e serve de homenagem à figura mentora do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.

Saiba mais informação sobre as Jornadas e inscrições aqui.

Residência Temporária de Sant’Ana alivia o SNS nos internamentos sociais

Foi ontem inaugurada a Residência Temporária de Sant’Ana, uma resposta da Santa Casa para acolher pessoas em situação de internamento social, vindas de unidades do Serviço Nacional de Saúde.

O equipamento fica situado no Hospital Ortopédico de Sant’Ana e logo no primeiro dia acolheu dois utentes, que mereceram a visita de Ana Jorge, provedora da Misericórdia de Lisboa, e Manuel Pizarro, ministro da Saúde. Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão, e Ricardo Mestre, secretário de Estado da Saúde, também integraram a comitiva que percorreu a nova ala.

Esta nova resposta da Santa Casa resulta de um protocolo assinado com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e com o Ministério da Saúde, e terá 27 camas, recebendo utentes que já tiveram alta clínica, mas não têm condições ou família disponível para regressar a casa, permanecendo nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

provedora com ministro da saude

Aproveitando a época natalícia, Ana Jorge sublinhou que a residência constitui “um presente de Natal às pessoas que o SNS e a Santa Casa têm a obrigação e missão de cuidar”.

“Desta forma, a Santa Casa consegue dar expressão a mais uma das boas causas, indo buscar os retidos nos hospitais. Não é uma residência permanente, é algo intermédio para depois tentarmos encontrar uma solução definitiva para estas pessoas. Não é apenas uma questão social. São pessoas muito frágeis e vulneráveis, que precisam de acompanhamento e esse é o grande desafio que temos neste momento: há muitas pessoas destas em que a família já não existe ou não quer existir e que aguardam que alguém os possa acolher”, acrescentou a provedora.

Por seu lado, a secretária de Estado da Inclusão realçou a abertura da residência “em tempo recorde”.

“Muito obrigado à Santa Casa por estas 27 camas, que serão muito úteis, e por este acolhimento ímpar nestas instalações de excelente qualidade”, referiu Ana Sofia Antunes.

Por fim, tomou a palavra Manuel Pizarro para explicar que a nova Residência Temporária de Sant’Ana “permite humanizar os cuidados às pessoas e aliviar a pressão sobre o SNS”.

“Um hospital não é o sítio próprio para as pessoas permanecerem durante meses, não apenas porque não é o sítio adequado para elas, mas também porque precisamos dos lugares para ir acolhendo as pessoas que todos os dias nos procuram. Uma palavra muito especial aos profissionais que aqui vão trabalhar, porque este trabalho exige conhecimento técnico, empenho e coração”, terminou o ministro da Saúde.

Santa Casa acolhe conferência “Hold My Hand”

O encontro contou com um vasto painel de oradores pertencentes a organismos portugueses, suecos, italianos e belgas, e teve a provedora Ana Jorge a abrir os trabalhos.

Na sua intervenção, a responsável salientou o propósito da conferência – uma reflexão profunda sobre o tema do fim da vida, tendo em conta as diferentes vivências e sensibilidades de todos os que já experienciaram de perto a situação.

“Enquanto pessoa, profissional de saúde e provedora, tenho dedicado muita atenção e reflexão a este tema. Há uns tempos, a Santa Casa publicou um livro chamado ‘E tudo muda num instante’. E, de facto, a vida muda num instante, a nossa ou a dos que nos estão próximos. Somos continuamente desafiados a lidar com as questões da perda e do luto. Mas a perda e o luto não são só a morte”.

Provedora_Hold My Hand

Ana Jorge afirmou: “Todos temos direito a ter qualidade de vida, do princípio ao fim. Porque a qualidade de vida faz-se ao nascer, ao morrer e durante a vida. Este é um tema que temos de discutir, todos, e enquanto Santa Casa, uma vez que o nosso ‘core’ principal é apoiar os mais vulneráveis, num apoio por toda a vida, seja qual for a situação”.

Numa alusão ao nome do programa – Hold My Hand –, a provedora lembrou a importância de “dar a mão. Todos nós precisamos que nos deem a mão em determinadas alturas da vida. Temos de estar disponíveis para os outros, não em tempo, mas em qualidade. Às vezes, basta a nossa presença, sem palavras. Só o segurar a mão”.

O projeto nasceu em novembro de 2022 e durará até outubro de 2024. Destina-se à população adulta, sociedade civil, familiares e cuidadores (formais e informais) e assenta em cinco objetivos principais:

  • Desenvolver uma cultura que aborde em plena consciência a questão dos cuidados em fim de vida;
  • Capacitar a população para lidar com a questão do fim da vida, no seio familiar e com os profissionais de saúde;
  • Sensibilizar para a necessidade de assegurar a transmissão das informações contidas num documento com as escolhas e a antecipação de cuidados em fim de vida, entre a pessoa e os familiares, as instalações residenciais e as instituições hospitalares, entre outros;
  • Ajudar as instituições a promover a autonomia dos seus residentes;
  • Apoia as instituições a repensarem sobre o envelhecimento, e considerarem os desejos dos seus residentes.

Na conferência desta terça-feira, estiveram também presentes os parceiros europeus: a Anziani e non solo, uma cooperativa social italiana criada em 2004, que promove a aprendizagem ao longo da vida, o conhecimento e o fortalecimento das comunidades; a Elderberry, uma PME sueca que realiza formação digital de professores e desenvolvimento, redação, teste, edição e publicação de programas de formação digital; e a UNESSA, associação belga com mais de 1100 serviços de acolhimento, apoio e cuidados para pessoas na Bélgica francófona, que trabalham em diferentes áreas: juventude, idosos, crianças, hospitais, integração social e economia social, deficiência, prevenção e primeira linha, saúde mental.

Santa Casa repete campanha anual de covacinação de pessoas sem-abrigo

A campanha anual de covacinação das pessoas em situação de sem-abrigo está em andamento desde o dia 17 de outubro. Na passada terça-feira, 14 de novembro, decorreu mais uma ação de sensibilização na Unidade de Atendimento para a Pessoa Sem-Abrigo, no Cais do Gás, onde os interessados podem vacinar-se contra a gripe e a covid-19.

Organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa e Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, além de outras entidades, a campanha de covacinação termina oficialmente a 24 de novembro, mas o cenário mais provável é que se alargue para além dessa data, no sentido de abranger o maior número possível de interessados.

Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Misericórdia de Lisboa, esteve presente na Unidade de Atendimento e reforçou a importância desta campanha, que começou já em 2016.

“As pessoas que vivem na rua têm de ter uma especial atenção das entidades. A Misericórdia realiza esta ação específica nos seus equipamentos de apoio à população na cidade, principalmente no nosso Centro de Alojamento Temporário Mãe d’ Água e no Centro de Apoio Social dos Anjos”, explicou, realçando que entre os parceiros podem surgir novas ideias para ampliar o alcance da campanha.

Ana Jorge nas comemorações do Dia Nacional do Enfermeiro de Reabilitação

Ana Jorge, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, marcou presença na passada quarta-feira, 18 de outubro, nas comemorações do Dia Nacional do Enfermeiro de Reabilitação. A sessão, promovida pela Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação, teve lugar no auditório do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.

Na sua primeira intervenção, Ana Jorge destacou aquela valência da Misericórdia de Lisboa como sendo “o berço não só da enfermagem de reabilitação, mas da reabilitação em Portugal”.

Num segundo momento, durante a apresentação sobre o papel das Misericórdias na saúde em Portugal, a provedora da instituição voltou a sublinhar a importância do Centro: “Há todo um passado marcante e significativo de Alcoitão na área da reabilitação e que fará todo o sentido reforçarmos”.

Ana Jorge lembrou ainda que a reabilitação “é uma área cada vez mais importante face à evolução da saúde” no país, recordando também que “as Misericórdias tiveram – e têm ainda – um papel essencial na prestação de cuidados a quem não tinha nada, até haver o Serviço Nacional de Saúde em 1979”, acrescentando que, mesmo posteriormente, “a Santa Casa sempre manteve estes cuidados de saúde de proximidade”.

Mergulhos mal calculados – a história de dois exemplos de superação

Igor tem 34 anos. Nasceu na Moldávia e vive em Portugal há 20 anos. Em 2019, numa festa de aniversário, e apesar de “ter experiência em mergulhos e natação”, mergulhou numa piscina, a pouca profundidade. Fraturou a C7, o que lhe provocou tetraplegia incompleta. Esteve no Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão entre 2020 e 2022, tendo passado por vários internamentos e tratamentos ambulatórios.

“É, de facto, muito importante alertar a sociedade sobre os mergulhos e brincadeiras nas praias e piscinas. Pensamos que estas situações só acontecem aos outros, mas não. E se estas campanhas de sensibilização forem feitas por pessoas como eu, que passaram por isto, mais impacto terão nos recetores”, diz Igor.

Esta é uma posição partilhada também por Henrique, 50 anos e 32 de tetraplégico. Também ele mergulhou “numa piscina pouco profunda. Bati no fundo e fraturei a C4, C5 e C6. O perigo está sempre lá, tal como quando conduzimos uma viatura”. Por isso, considera que “todas as campanhas que possam existir são bem-vindas, o que não invalida que seja feito um trabalho mais amplo, sobretudo nas escolas e nas idades mais jovens, pois quando ganhamos alguma autonomia e não temos tanta supervisão dos adultos, e se tivermos recebido informação sobre os perigos que existem quando mergulhamos no desconhecido, talvez consigamos evitar alguns acidentes destes”.

Tanto Igor como Henrique insistem na prevenção como a melhor forma de evitar males maiores, alguns deles sem retorno: “É preciso que sejamos responsáveis. Não fazer uma coisa tão simples como, por exemplo, brincar aos empurrões à volta das piscinas, porque tudo acontece num segundo e esses ambientes têm tudo para correr mal”, insiste Igor. Henrique assina por baixo: “O que eu digo às pessoas é que se divirtam, sim. Mas na hora de mergulhar, não custa nada verificar primeiro o local onde o vão fazer. Além disso, não fazer mergulhos para os quais não se está apto – mergulhar bem exige coordenação motora, alguma força e técnica”.

Apesar das situações limitativas que vivem, estes dois exemplos de superação mantêm muita esperança no futuro. Igor pratica rugby em cadeira de rodas no Casa Pia e atletismo adaptado na associação Jorge Pina, tendo já praticado outras modalidades adaptadas como surf, andebol e cross fit. “Apesar de ter recuperado muito após o acidente, tenho esperança que a ciência ainda nos ajude a recuperar mais movimentos. Quem sabe, voltar a conseguir subir mais alguns metros”. Já Henrique espera continuar a trabalhar como analista de sistemas. “Apesar de a tetraplegia obrigar a uma constante adaptação ao dia a dia, seja no trabalho ou em ambiente mais social, a exigência física e mental é muito grande. Mas espero conseguir, tal como até aqui, integrar-me em todos os aspetos da vida”.

Com o lema “Mede as consequências. Mergulha em Segurança”, a campanha “Mergulho Seguro” tem como objetivo alertar e sensibilizar os mais jovens para a prevenção de lesões vertebro-medulares provocadas por acidentes relacionados com mergulhos imponderados (em piscinas, praias ou outras zonas balneares, costeiras ou fluviais), e que constituem uma das maiores causas de situações graves de paraplegia e tetraplegia.

Lançada, em 2013, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), dez anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”.

E porque nunca é demais lembrar, antes de mergulhar, avalie primeiramente o espaço, perceba onde há mais profundidade bem como se há rochas envolventes e/ou correntes de água. Evite locais desconhecidos, não vigiados e sem as devidas condições de segurança indicadas para mergulhar. Informe-se, fale com frequentadores do local e com as equipas de nadadores salvadores. Garanta que existe água debaixo de água, para não bater no fundo. Mergulhe em segurança.

Curta-metragem da Unidade W+ premiada em festival internacional

Uma curta-metragem da Unidade W+ foi premiada no festival internacional 48H Film Project. O projeto da equipa TAKE W, coordenada pela diretora Sónia Santos e composta por 17 jovens do Teatro Terapêutico, foi galardoada em três das cinco categorias nas quais estava nomeada: Melhor Uso da Personagem, Melhor Uso do Objeto e Prémio Inclusão.

Em colaboração com a Escola Passos Manuel, a equipa da W+ criou uma história e cenários e realizou filmagens e edição, que resultaram na curta-metragem “SOLO”. Além das categorias em que saiu vencedor, este trabalho estava ainda nomeado para Melhor Banda Sonora Original e Melhor Direção de Arte.

A participação no festival internacional 48H Film Project surgiu como parte integrante do trabalho desenvolvido com o grupo de Teatro Terapêutico de adolescentes da Unidade W+. Este projeto consiste na elaboração de uma curta-metragem em apenas 48 horas. A viagem começou numa sexta-feira à tarde, num evento de kick-off onde foram conhecidos os elementos obrigatórios para a criação da história: uma personagem, um objeto e uma frase. Dentro do prazo estabelecido, os vídeos tiveram de ser pensados, criados, entregues e submetidos à avaliação de um júri. Todas as curtas-metragens elaboradas foram posteriormente visualizadas no cinema São Jorge, após a qual decorreu a cerimónia de entrega de prémios.

Os filmes premiados poderão ser visualizados aqui.

entrega do prémio

Participação traz benefícios

Além da natural satisfação de ver o trabalho reconhecido com as três distinções, esta participação da W+ neste projeto potencia a autoestima dos jovens, a sua capacidade de organização e trabalho em equipa. Permite ainda a concretização de um objetivo com princípio, meio e fim e gera a oportunidade de um reconhecimento pelo esforço e dedicação.

Além disso, esta é uma oportunidade de levar ao grande ecrã temáticas relevantes no que diz respeito à saúde numa perspetiva biopsicossocial.

A Unidade W+ é uma resposta de saúde da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que tem como objetivo a prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico a pessoas em situação de risco e vulnerabilidade psicológica, em ambulatório ou na comunidade. Aposta também na prevenção de comportamentos de risco e na promoção de estilos saudáveis de vida, no que se relaciona com os seus principais públicos-alvo.

Inaugurado Centro de Apoio à Vida no Montijo financiado pelo Fundo Rainha D. Leonor

Foi ontem, dia 20 de junho, inaugurado o Centro de Apoio à Vida da Misericórdia do Montijo. A obra, financiada em 225 mil euros pelo Fundo Rainha D. Leonor (FRDL), visou a recuperação de um antigo edifício no centro do Montijo para acolher uma unidade de alojamento e formação destinada a jovens grávidas que careçam de apoio.

O edifício tem quatro pisos: os primeiros três são destinados a habitação, com um total de 10 quartos, e o último andar servirá para dar formação às futuras mães.

Inez Dentinho, do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor, marcou presença na cerimónia de inauguração e mostrou-se muito satisfeita por ver o que apelidou de um “investimento muito bem empregue”.

“Esta foi uma obra única para o FRDL. A Misericórdia de Lisboa e todas as outras são perdigueiros das necessidades sociais. Não estão só abertas a quem lhes bate à porta, mas também vão à procura de quem precisa”, começou por dizer.

“Este é um projeto muitíssimo interessante, porque já funcionava. As adolescentes que ficavam de esperanças e iam à consulta muitas vezes não tinham apoio em casa, não tinham apoio do pai da criança, eram vítimas de violência no namoro ou violência doméstica, e a Misericórdia do Montijo teve essa sensibilidade de captar esta necessidade social. E agora temos aqui uma capacidade para criar adultos e criar crianças”, acrescentou Inez Dentinho, que recebeu um agradecimento por parte de Ilídio Massacote, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Montijo.

O Fundo Rainha D. Leonor foi criado em 2015 pela Santa Casa de Lisboa e pela União das Misericórdias Portuguesas. Tem como objetivo ajudar as Misericórdias em todo o país, contribuindo para a coesão social e territorial do país.

placa do centro

Centro de Reabilitação e Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian foi reino de brincadeira por um dia

Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian acolheu, no passado dia 2 de junho, um autêntico festival de brincadeiras e atividades dedicadas às crianças que frequentam o estabelecimento, que puderam assim participar na XII edição dos Jogos Adaptados.

Aproveitando o Dia da Criança, assinalado na véspera, cerca de 85 famílias viveram momentos de felicidade e esqueceram, por momentos, as limitações de cada um. Desde pinturas faciais, música, doces ou escorrega, passando pelos já habituais passeios a cavalo e interação com cães, não faltaram oportunidades para o convívio entre todos.

O pequeno André, utente do Centro, foi o espelho dessa alegria, como explicou a mãe, que teceu elogios não apenas ao evento, mas ao funcionamento de toda a instituição.

“Estou a adorar, é a primeira vez que venho. Estamos cá no centro desde setembro e desde o primeiro dia que estamos a adorar isto. Tanto eu, como o meu marido, como o André, só que ele expressa-se à sua maneira. Os terapeutas, pessoal administrativo, até as senhoras da limpeza, tem sido tudo fantástico. Sentimo-nos acolhidos, é muito bom”, frisou.

Depois de ter aproveitado um passeio num dos cavalos da GNR, André tinha agora a companhia de um dos cães da Guarda Nacional Republicana. Feliz, a mãe referiu ainda que a iniciativa é boa “até para os pais”: “Sem dúvida. Vamo-nos conhecendo e interagindo, porque, afinal, não somos os únicos”.

Mais adiante estão pai e filha, que voltaram ao Centro e aos Jogos Adaptados vários anos após a última presença.

“A última vez que viemos foi há uns seis ou sete anos, mas corre sempre bem. O dia é sempre uma animação para eles, ela fica sempre muito contente em vir cá. Tivemos agora uma fase em que foi operada, esteve em Alcoitão e agora foi aqui integrada na terapia ocupacional e da fala. Tinha fotografias a andar a cavalo há uns anos e agora queria repetir. Todos os exercícios que fazem ali dentro estão refletidos aqui fora”, explicou, antes de assistirem à atuação da ESSATuna, tuna da Escola Superior de Saúde do Alcoitão.

XIII Jogos Adaptados

Habilitar e capacitar

Para Ana Cadete, diretora do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, este dia é uma “festa de jogos adaptados para reunir as famílias e todos os que aqui trabalham”.

“A importância deste dia para as crianças é perceberem que podem divertir-se e funcionar, estarem integradas como as outras crianças. As pessoas ligam sempre muito ao que elas não podem fazer, mas elas podem fazer muita coisa. É esse o foco. Não é o que não podem. As famílias têm de ser capacitadas e perceberem que podem ir ao parque infantil e podem brincar, de uma forma adaptada. Tudo isto é terapia. Os saltos no insuflável, o estarem ali na música… Tudo é terapia, em atividades no dia a dia”, resumiu.

A diretora relembrou que este Centro trabalha “com uma equipa multidisciplinar, centrada na criança e na família, com o objetivo de habilitar e capacitar as crianças para poderem funcionar enquanto crianças e depois enquanto adultos”.

“Temos intervenção direta até aos seis anos e, após essa idade, em situações pontuais, como por exemplo casos de pós-operatório. Mas depois damos orientação toda até à vida adulta. Temos adultos que ainda vêm à consulta para orientação e também porque somos um centro prescritor de produtos de apoio”, lembrou Ana Cadete.

XIII Jogos Adaptados

A importância dos estímulos

Ocupado a puxar uma boia num escorrega improvisado encontrámos o fisioterapeuta Frederico, que conhecia praticamente todas as crianças presentes na festa e considerou ser “essencial” haver mais dias como este.

“Isto promove a integração social, eles veem mais meninos e percebem que é uma coisa normal e natural. É um benefício muito grande. Têm estímulos diferentes e é muito bom para os objetivos de cada criança. Obviamente, há uns que precisam mais disto e outros daquilo, mas mal não faz. Qualquer atividade é sempre benéfica, nem que seja pela parte lúdica, mas depois podem acrescentar a parte terapêutica. Dá-lhes concentração e coordenação”, explicou.

Para os pais, Frederico deixou o conselho de que “não há brincadeiras melhores para uns do que para outros, mas sim brincadeiras que podem ser adaptadas”, e mostrou-se feliz por poder participar nos Jogos Adaptados.

“É ótimo. É diferente porque acaba por ser benéfico para nós vermos estas crianças a divertirem-se e esboçarem um sorriso, não porque dizemos uma piadinha, mas porque estão a realizar uma atividade. Depois, no fim do dia, logo se pensa no cansaço”, terminou, com um sorriso”.

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

XIII Jogos Adaptados

Jogos Adaptados 2023

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas