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Centro de Dia dos Anjos recebe voluntários do ISCTE

Nesta quarta-feira, 9 de abril, o Centro de Dia dos Anjos da Santa Casa, que presta assistência a 87 utentes, recebeu uma atividade voluntária especial organizada pela Associação de Estudantes do ISCTE (AEISCTE), do Instituto Universitário de Lisboa, e da Unidade de Promoção do Voluntariado.

A iniciativa, chamada “Easter for the Elderly”, foi concebida pela AEISCTE, que desafiou o Centro a proporcionar uma tarde diferente aos seus utentes, onde houve espaço e tempo para várias atividades recreativas – desde pinturas de vitrais a jogos e quizzes, e até um jogo de mini-golfe com o Sr. J., de 101 anos, a direcionar as bolas aos buracos, de forma certeira, com a sua bengala a improvisar um taco de golfe.

Maria Goucha Silva, estudante do ISCTE, voluntária e responsável pela comunicação do projeto, explicou como surgiu a iniciativa: “A ideia do voluntariado vai muito ao encontro dos valores da nossa associação de estudantes, e nada melhor do que esta altura da Páscoa para podermos juntar uma atividade de solidariedade com alunos que gostam de o fazer. Escolhemos o Centro de Dia dos Anjos por podermos ter atividades mais dinâmicas e expandir o carinho e o afeto para além dos lares de idosos.”

Os voluntários, além de levarem os materiais necessários para as atividades recreativas, mais um pequeno lanche para todos, organizam, mais tarde, uma mostra ao público com os trabalhos desenvolvidos pelos utentes.

A exposição estará patente, a partir das 11h30 desta sexta-feira (11), no ISCTE, para quem quiser visitá-la ou, quem sabe, inspirar e sensibilizar mais estudantes (e não só) a proporcionar, voluntariamente, mais tardes destas em mais centros de dia.

Lar Branco Rodrigues e HOSA acolhem ação de voluntariado corporativo

O Lar Branco Rodrigues e o Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA) acolheram, no passado dia 7 de fevereiro, uma ação de voluntariado corporativo que visou a pintura de dois espaços destes equipamentos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Numa iniciativa da Unidade de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social (DEES), em colaboração com o Departamento de Gestão Imobiliária e Património, mais de 30 voluntários da empresa DXC Technology deram uma nova cor ao Lar Branco Rodrigues e ao polo de quartos particulares do HOSA, na Parede. Para tal foram usadas tintas cedidas pelo parceiro MAGJCOL.

Maria da Cunha, diretora da Unidade de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do DEES, acompanhou os trabalhos e sublinhou a importância de iniciativas como esta.

“O voluntariado corporativo é uma das formas mais eficazes e gratificantes de abrir as portas da Santa Casa à comunidade empresarial, dando a conhecer o alcance da nossa intervenção e sentindo, ao mesmo tempo, o empenho que os nossos parceiros e suas equipas trazem para a nossa casa, com o desejo de melhorarem o bem-estar dos utentes. Agradecemos à equipa da DXC Technology a energia com que puseram mão à obra, foi uma experiência enriquecedora, que reforçou a importância da empatia e do compromisso que tentamos levar a todas as relações de parceria”, frisou.

Por seu lado, Carlota Guedes Figueiredo, diretora de Marketing e Comunicação e coordenadora do Voluntariado Corporativo/ Responsabilidade Social da DXC em Portugal, congratulou-se com esta ação.

“Ao levarmos a cabo ações de voluntariado sabemos que somos agentes de mudança! E esta transformação acontece não apenas de forma palpável e visível através da atividade realizada, como é exemplo a ação de pintura do Lar Branco Rodrigues e dos quartos do Hospital de Santana, acontece sobretudo nas vidas que sabemos que estamos a impactar, nos sorrisos que geramos e em nós mesmos. O nosso propósito ao desafiar os colaboradores da DXC a fazerem parte destas ações, para além de acreditarmos que estamos a construir uma sociedade mais justa, sabemos que trabalhando em equipa vamos sempre mais longe, sabemos que esta é uma jornada, uma escolha de vida, fazer a diferença e cultivar a empatia”, finalizou.

Num ambiente de boa disposição, com um almoço no HOSA pelo meio, o dia foi de enorme azáfama entre a equipa de voluntários, que escolheram assim ceder parte do seu tempo em prol das Boas Causas.

Quando as palavras ganham vida: O Projeto de Alfabetização que une gerações em Marvila

O projeto de alfabetização do CPS Prodac, lançado em 2022, nasceu de um pedido inesperado e proativo: o desejo de algumas mulheres de melhorar as suas competências de leitura e escrita. Domingas, Zulmira, Aida, Maria do Rosário, Idalina e Rosalina vivem sozinhas, mas encontram neste grupo um lugar para partilhar experiências, aprender e conviver. Mais do que aprender letras e juntá-las em frases, vieram à procura de autonomia, dignidade e, acima de tudo, de um espaço onde as histórias se cruzam e os sonhos se encontram.

Um dia, elas que faziam parte de um grupo de aprendizagem organizado pela Junta de Freguesia de Marvila encontraram-se sem aulas quando o projeto acabou.

Recusando-se a aceitar o fim da oportunidade de aprender, decidiram agir: dirigiram-se ao CPS Prodac e apresentaram o seu pedido – queriam continuar a aprender. Mais do que um pedido, foi um apelo à inclusão e ao direito de progredir, mesmo em idades avançadas.

“Vieram ter connosco e perguntaram se podíamos ajudar. Foi impossível não nos sentirmos tocados pela energia delas,” recorda Mário Palma, animador sociocultural do centro e coordenador do projeto.

Apesar da boa vontade inicial, encontrar a metodologia e o professor certos foi um desafio. O primeiro professor voluntário, embora dedicado, usava métodos modernos que não se adequavam às necessidades das alunas. Mas estas mulheres sabiam o que precisavam e não hesitaram em sugerir uma solução: Maria Ferreira, uma professora da comunidade que já tinha ensinado os filhos e netos de muitas delas.

“Falámos com a professora Maria, que, felizmente, estava disponível. Desde 2022 que é o coração deste projeto,” acrescenta Mário.

Uma professora com amor à comunidade

Maria Ferreira, professora reformada que aceitou o desafio com dedicação e carinho, tem uma metodologia de ensino mais tradicional, adaptada às necessidades e ritmos do grupo. Maria conquistou o coração de Domingas, Zulmira, Aida, Maria do Rosário, Idalina e Rosalina.

As aulas começam com uma leitura de textos. Neste caso, foi a de Tarte de Mamute, que transporta as alunas para um tempo ido de aventuras. Seguem-se exercícios práticos e momentos de partilha, em que a professora e as alunas discutem personagens, conceitos e significados.

A ajudar está Martim. O Martim, com apenas 19 anos, foi convidado por Maria, sua professora no ensino básico, para dar continuidade e nova energia ao projeto. Martim aceitou o convite com entusiasmo, trazendo consigo a experiência de ter ajudado a avó a aprender o abecedário e a usar o computador.

“Quando soube que estas senhoras estavam a contar comigo, senti-me muito feliz. Estas aulas tornaram-se uma parte importante da minha vida,” confessa.

Embora jovem, Martim compreende o impacto transformador do projeto, não só na vida das alunas, mas também na sua. Entre as aulas e o seu curso de Desenho na universidade, encontrou um equilíbrio emocional ao dedicar as tardes de terça-feira à comunidade.

Mesmo com uma viagem à Holanda no horizonte durante o próximo mês, Martim promete regressar e continuar a contribuir para este projeto que tanto significa para ele e para as senhoras que confiam no seu apoio. 

Muito além da alfabetização

Mário Palma é animador sociocultural do centro e coordenador deste projeto. Mário recorda o início desta aventura, quando as mulheres pediram ajuda para aprender a ler e escrever. Hoje vê como as aulas se transformaram em momentos de convívio e partilha, com as alunas a mostrarem grande autonomia e entusiasmo.

Esta iniciativa vai muito além de ensinar letras e números. Simboliza inclusão, autonomia e esperança. Mais do que alunas, estas mulheres são exemplos de resiliência e determinação. E mais do que professores e voluntários, Maria Ferreira e Martim são agentes de transformação, provando que a solidariedade não tem idade.

Já o CPS Prodac, gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é mais do que um espaço físico: é um ponto de encontro para a transformação social. Cristina Simões, a responsável pelo centro, destaca a missão de apoiar a comunidade local. “Os resultados não são imediatos, porque este é um trabalho a médio/longo prazo, mas há uma transformação visível na vida destas pessoas e na comunidade em geral, que reafirma o nosso compromisso de construir uma comunidade mais justa e solidária.”

Neste caso, uma comunidade onde as letras e as palavras ganham vida, com vozes que leem histórias e com sorrisos que se abrem a novas possibilidades.

Ação de voluntariado “Mais de Ti” deu nova cor à Residência Santa Joana Princesa

A ação “Mais de Ti”, uma campanha do voluntariado da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa dedicada aos jovens entre os 17 e os 25 anos, deu novas cores a mais um equipamento da Instituição.

No último dia da primeira edição da campanha “Mais de Ti”, 30 de dezembro, as atenções viraram-se para a Residência Santa Joana Princesa, num novo exemplo demonstrativo da força e altruísmo do voluntariado jovem, que deu uma nova cor àquela valência da Misericórdia de Lisboa, num ambiente de boa disposição que contou com a presença de Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa, e Luísa Godinho, diretora da Unidade de Promoção do Voluntariado.

A ação “Mais de Ti” já tinha passado, anteriormente, por outros equipamentos, como o Centro Social Polivalente do Bairro da Boavista, o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian e a Residência e Centro de Dia Quinta das Flores, sempre com a preciosa ajuda dos parceiros envolvidos: as associações de estudantes das faculdades e a Earlybird. 

De destacar também o trabalho do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Misericórdia de Lisboa nas ações desta campanha, definindo e preparando os locais a intervencionar, tratando dos materiais e acompanhando toda a iniciativa desde a preparação até à conclusão dos trabalhos.

Para Luísa Godinho, os objetivos foram plenamente alcançados.

“O balanço é francamente positivo, para os utentes, colaboradores e voluntários. Os diretores dos locais intervencionados ficaram muito satisfeitos, vi muita alegria e ouvi coisas muito bonitas com as mudanças operadas”, refere a diretora da Unidade de Promoção do Voluntariado.

Luísa Godinho acrescenta que “os voluntários adoraram a experiência e alguns vieram mais do que uma vez”, enchendo “de vida os espaços com a sua juventude e dedicação”.

Voluntariado Jovem: Pequenas Ações, Grandes Impactos

O Centro Social Polivalente do Bairro da Boavista, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi o palco da primeira ação de voluntariado “Mais de Ti”, onde 31 jovens, de várias instituições superiores de ensino, colocaram de lado os livros e o ritmo frenético das salas de aulas e vestiram por um dia a “capa” de voluntariado.

A ideia era simples, mas com um grande propósito: pintar, num dia, os corredores e as salas do piso de entrada do centro. E motivação e vontade não faltaram durante a ação.

Ainda o sol aparecia no horizonte, já a azáfama ia tomando conta da entrada do espaço. Aos poucos, os corredores ganharam vida, ao mesmo tempo que se “despiam” as paredes para as primeiras camadas de tinta.

Entre vozes de incentivo e a música sempre a tocar no rádio, os jovens iam-se apresentando e trocando ideias entre si. Aos poucos, os grupos foram tomando conta do piso. Uns nas salas, outros na cozinha. Uns preparavam as paredes, outros cuidavam do material que se ia amontoando no meio do átrio.

João e Beatriz, ambos estudantes universitários, eram o espelho de todos os outros voluntários. Com percursos diferentes na carreia académica, Beatriz, aluna da Nova Medical School, e João, estudante do Instituto Superior Técnico, encontraram neste espaço a proximidade que a vida estudantil aparentemente afasta.

“Esta é uma oportunidade de retribuirmos um pouco de nós à comunidade, para além de ajudarmos, fazemos amigos e vemos caras que já não vemos a algum tempo”, conta João, estreante no voluntariado, que acredita que “esta é a primeira etapa de uma viagem” que quer continuar a fazer.

Opinião partilhada por Beatriz, que acredita que ser voluntário “mais do que uma obrigação, deve ser um objetivo de vida”.

“Sempre fiz voluntariado. Na nossa Universidade estamos sempre atentos a este tipo de ações, ainda mais porque somos de Medicina e ajudar os outros está na raiz de tudo aquilo que iremos fazer durante a nossa vida profissional”, defende a jovem.

O voluntariado não beneficia apenas quem recebe, mas também transforma a vida de quem doa o seu tempo. Segundo Beatriz “é essencial criar oportunidades para que os jovens se envolvam com a comunidade. Isso promove valores e cimenta a nossa responsabilidade social”.

Para além das atividades realizadas, a iniciativa deixou um legado importante: o reconhecimento do poder do voluntariado jovem.

Ainda antes de terminarem, João e Beatriz manifestaram a esperança de que numa próxima ação “venham ainda mais jovens”, e garantiram que eles marcarão presença.

As próximas ações de voluntariado inseridas na iniciativa “Mais de Ti” vão acontecer amanhã, 20 de dezembro, no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, e na próxima semana, a 27 e 30 de dezembro, na Residência e Centro de Dia Quinta das Flores e na Residência Santa Joana Princesa, respetivamente, ambos equipamentos da instituição.

O sucesso desta ação solidária é apenas um exemplo do que pode ser alcançado quando a juventude se une em prol do bem comum. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa continua a incentivar todas as pessoas a participarem nos seus programas de voluntariado, ajudando desta maneira a construir uma sociedade mais justa e solidária.

Saiba mais sobre o programa de voluntariado da Santa Casa aqui e descubra como o seu tempo e energia podem transformar vidas.

“Gosto de ser útil ao outro”: Santa Casa reconhece o trabalho meritório dos seus voluntários

São parte fundamental da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e estão ao serviço das Boas Causas sem nada esperarem em troca. A Instituição reconheceu na quinta-feira, 5 de dezembro, o trabalho meritório de 57 voluntários que em 2023 e 2024 atingiram marcas redondas: 5, 10, 15, 20 ou 25 anos de voluntariado prestado na Santa Casa.

Nem todos puderam estar presentes, mas Alfredo Santos conseguiu. Aos 77 anos, o voluntário da Misericórdia de Lisboa foi um dos agraciados na Sala de Extrações por ter atingido cinco anos de voluntariado, embora este sentimento de querer ajudar o próximo já venha de há mais tempo.

“Desde que me conheço, gosto de ser útil ao outro. Há uma lei que nos rege em todos os sentidos: o que semeares de bem, colhes de bem; o que semeares de mal, colhes de mal. Às vezes, basta uma palavra amiga ou um sorriso. O voluntariado faz as Boas Causas”, resumiu Alfredo.

Faz voluntariado em diversas áreas e a sua semana parece esticar para albergar todas elas. Tanto podemos encontrá-lo na Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo, como no domicílio de um utente, na Residência Santa Rita de Cássia ou até na Unidade de Cuidados Continuados Integrados de São Roque. Isto para além do voluntariado que faz fora da Santa Casa, aos fins de semana.

“Tenho uma doença: não gosto de estar parado. E não nos esqueçamos: quando fazemos bem, estamos a recebê-lo. Se a sociedade fosse toda gerida por este princípio, já pensaram como seria?”, questionou Alfredo Santos.

Através da sua experiência, o voluntário da Misericórdia de Lisboa aconselhou os interessados a seguirem-lhe os passos, sem qualquer receio: “O que aconselho é: não tenham medo. Cada um dá aquilo que tem e o que temos é muito mais valioso do que pensamos”.

"São a alma do que fazemos"

Rita Prates, Vice-Provedora da Santa Casa, abriu a sessão de homenagem e deixou uma mensagem de agradecimento a quem dá tudo de si em prol dos outros.

“Ao homenagearmos estes voluntários aqui presentes, queremos, de coração, agradecer a todos”, sublinhou a Vice-Provedora, acrescentando que “essa entrega não é apenas um gesto, é um compromisso” e deixando um elogio aos voluntários: “Vocês não são apenas um apoio às nossas equipas, vocês são a alma do que fazemos”.

Rita Prates sublinhou também o recém-criado programa de voluntariado jovem “Mais de Ti” e agradeceu a toda a equipa que gere o voluntariado na Santa Casa, representada na Sala de Extrações por Luísa Godinho, diretora da Unidade de Promoção de Voluntariado da Instituição.

Além da presença de dezenas de voluntários, a cerimónia, que encheu por completo a Sala de Extrações, contou ainda com a atuação da Orquestra Geração Santa Casa.

Inscrições abertas para a primeira ação de voluntariado jovem da Santa Casa

Criado com o desígnio de fomentar um verdadeiro espírito de comunidade e partilha junto de jovens dos 17 aos 25 anos, o “Mais de Ti” representa uma oportunidade única para os jovens adultos participarem em ações de voluntariado em equipamentos sociais da instituição, contactando com novas realidades, enriquecendo o seu currículo, promovendo uma cidadania assente na responsabilidade social e contribuindo para uma sociedade melhor.

O voluntariado jovem “Mais de Ti” é uma das vertentes do programa de voluntariado da Santa Casa, que possibilita a prática do altruísmo e da solidariedade de forma desinteressada, representando o primeiro passo rumo a uma maior consciência social e conduzindo à perceção individual da importância de cada um na construção de sociedades mais empáticas, solidárias e equilibradas.

Ajude a divulgar esta ação natalícia de voluntariado jovem!

Inscrições aqui, até 10 de dezembro.

Para mais informações, contacte 213 235 171/166 ou através de voluntariado@scml.pt.

Unidas pela fotografia

Santa Casa proporcionou cultura e diversão na Feira do Livro

Foram 19 dias recheados de atividades para todas as idades. O stand da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na Feira do Livro acolheu várias centenas de visitantes que participaram em cerca de 50 eventos relacionados com diversas áreas.

Logo no primeiro dia, e já após a visita do provedor Paulo Sousa, decorreu um momento musical com o Concerto Coral Stella Vitae, um dos mais antigos coros amadores de vozes iguais masculinas em Portugal. Presente ao longo de toda a feira esteve também a atividade lúdico-didática “Dominó da Liberdade”, em torno da Revolução dos Cravos, proporcionando momentos divertidos e de aprendizagem. Divertido foi, igualmente, o workshop criativo com massa de modelar para construir o Santo António e o seu altar, numa iniciativa com a Obra Social do Pousal.

Entre apresentações e conversas sobre outras obras, destaque para o catálogo da exposição “não-relíquias? relíquias? quase-relíquias? o doutor Sousa Martins, o padre Cruz, a madre Andaluz”, apresentado por António Camões Gouveia, professor universitário e coordenador do projeto. No sempre prioritário plano da inclusão, não faltou no stand da Santa Casa um atelier de braille, bem como uma experiência sensorial sobre o livro “A vida extraordinária de São Roque”, dinamizada pela equipa técnica do Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos. Já o Núcleo de Intervenção Precoce da Misericórdia de Lisboa promoveu um programa de estimulação sensorial na 1.ª infância, com uma atividade de expressão dramática sobre a edição infantil “O papagaio de papel, três estrelinhas”.

Na saúde, uma das iniciativas contou com a colaboração da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, que levou a cabo um questionário sobre a diabetes e fatores de risco. Já a Orquestra Percussiva Saúde W+, grupo terapêutico da SCML que potencia competências relacionais e expressivas através da música, mostrou os seus dotes sonoros. Houve ainda lugar para uma aula aberta de Biodanza, um tipo de dança com fins terapêuticos, bem como para a apresentação de cadernos técnicos da área da saúde, entre os quais o Caderno Técnico 17 – Saúde Oral em idade pediátrica, que contou com a presença de André Brandão de Almeida, administrador da Santa Casa com o pelouro da Direção de Saúde e um dos autores da obra.

Refira-se, ainda, a presença do projeto RADAR, que promoveu um Café Radar com o tema “O livro da minha vida…”. O voluntariado da Santa Casa também esteve presente na Feira do Livro, com atividades no âmbito do livro “Voluntariado na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”, com direito a exercício físico, um conto infantil e uma sessão de poesia, para além dos testemunhos de voluntários ali presentes.

Veja algumas das melhores imagens do evento:

Unidas pela fotografia: uma história de voluntariado ao domicílio na Santa Casa

Passam poucos minutos das 14 horas quando Ana toca à campainha. Afasta-se da porta e olha para cima, lá para o alto do quinto e último andar do velho prédio. Sabe que quem a aguarda gosta de confirmar pela janela quem lá vem. A porta é finalmente destrancada e Ana empenha-se na difícil missão de subir cinco andares de escadas, mas por uma boa causa: é voluntária da Santa Casa e prepara-se para mais um dia a fazer companhia a Adriana.

Esta última, já com 82 anos, abre a porta do pequeno apartamento e recebe Ana nos braços, com um sorriso que diz tudo: “Gosto muito da companhia da Ana! E não o digo por ela estar aqui ao lado, faz de conta que não está cá”.

Embora já tenha feito outros trabalhos de voluntariado, Ana, estudante já no final do curso de medicina, está na sua primeira experiência de voluntariado ao domicílio. Por sua vez, Adriana também acolhe um voluntário no seu lar pela primeira vez. Conhecem-se desde janeiro e a empatia foi imediata.

“É uma senhora muito animada, gosta muito de falar e acolheu-me bem. Eu vinha um pouco de pé atrás, porque estou a entrar no espaço dela. Até setembro, a Adriana tinha atividades no exterior, mas depois teve problemas de saúde e ficou mais por casa”, refere Ana.

A voluntária é, de resto, a única alternativa para que Adriana ainda saia de casa. Juntas, enfrentam os cinco andares de escadas e há pouco tempo foram passear até ao Jardim da Estrela, zona onde Adriana morou.

A idade faz-se sentir mas, apesar destes passeios serem cada vez mais raros, Adriana descobriu uma nova forma de ‘viajar’ através… da própria Ana, como explica a voluntária: “Ultimamente tenho feito algumas viagens e ela gosta muito de saber mais sobre isso. Faz-me perguntas e vou-lhe mostrando fotografias”.

A fotografia é, de resto, uma paixão comum às duas e esse foi um dado tido em conta no processo de recrutamento, no qual Ana indicou ser essa uma das suas áreas de interesse. Ora, Adriana trabalhou quase metade da sua vida em fotografia. Foi só juntar as peças.

“Gostava muito de poder viajar, coisa que não consegui fazer porque tinha de trabalhar para criar três filhos. Trabalhei em fotografia durante 35 anos e havia pouca gente que fizesse o trabalho que eu fazia. Não só retocava as chapas, como fazia o trabalho em papel”, recorda.

Por seu lado, Ana não esconde o fascínio por tudo o que aprende nas conversas com a sua amiga mais velha: “A dona Adriana fala-me do processo da fotografia de antigamente, de coisas que eu só vejo em filmes e que agora conheço melhor”.

Processo rápido e experiência enriquecedora

Ana está com Adriana uma hora por semana, no resultado de uma inscrição à qual os serviços da Santa Casa rapidamente deram resposta. Desde então, as duas têm desfrutado ao máximo da companhia uma da outra.

“Enviei um email à Santa Casa e responderam-me logo. Entrevistaram-me na semana seguinte, houve aquelas sessões de formação e foi um processo muito rápido. O voluntariado ‘enriquece’ a pessoa que o recebe, mas também o voluntário. Eu passo muito do meu tempo a estudar e estar aqui com a dona Adriana é um momento em que estou só aqui, sem pensar noutras coisas. É muito bom e abriu-me horizontes”, explica a voluntária.

E nem mesmo o facto de estar num curso exigente a afastou deste projeto: “Uma hora por semana é um compromisso que fiz comigo e com a senhora Adriana. Ninguém está o dia todo a estudar. Quando passo uma hora a ver um filme ou a ouvir um podcast, se calhar não tiro grande coisa daquilo, mas quando estou uma hora com a senhora Adriana aqui em casa, aprendo coisas, converso e acabo por sair mais relaxada. É uma experiência enriquecedora. É essa a mensagem que quero passar”.

A Santa Casa promove o voluntariado em diversas áreas, sempre com o mesmo objetivo: melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de quem mais precisa. Se quiser fazer como a Ana e disponibilizar o seu tempo para ser voluntário na Misericórdia de Lisboa, pode saber mais e inscrever-se aqui.

Play Video about Voluntária Ana posa ao lado da utente Adriana

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas