logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

Santa Casa veste o laço azul contra os maus-tratos na infância

“Serei o que me deres… que seja amor”

Esta é a mensagem forte que todos os anos se repete em abril, mês internacional da prevenção dos maus-tratos na infância, ao qual a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para quem a proteção das crianças é uma das principais prioridades, se volta a associar.

No âmbito desta campanha de sensibilização estão previstas diversas ações, que envolvem diferentes equipamentos da Santa Casa, que culminarão, à semelhança dos anos anteriores, numa iniciativa simbólica, que consiste na formação de um laço humano gigante com crianças e colaboradores da instituição, no dia 30 de abril, às 11h, no Largo Trindade Coelho.

Abril será, assim, um mês de especiais afetos, devidamente assinalados num calendário elaborado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, o qual será divulgado em várias respostas da Misericórdia de Lisboa. Além destas iniciativas, a Santa Casa mudou temporariamente a sua cor institucional no site e nas redes sociais para azul, sensibilizando os leitores para esta temática.

A história do laço azul

Símbolo máximo da luta pela prevenção dos maus-tratos na infância, o laço azul ganhou este significado há 35 anos, nos Estados Unidos da América. No estado da Virgínia, Bonnie Finney viu o seu neto Michael, de apenas três anos, ser vítima de maus-tratos fatais por parte da mãe e do namorado desta. Em consequência, esta avó atou um laço azul à antena do seu automóvel, escolhendo a cor para atuar como lembrança permanente das lesões da criança e iniciando assim uma campanha de sensibilização para prevenir os maus-tratos na infância.

A iniciativa ganhou ênfase, ultrapassou fronteiras e é hoje assinalada em diversos países, no sentido de alertar para a necessidade de defesa de, precisamente, quem menos tem capacidade para se defender: as crianças.

Cartaz da campanha com o slogan "Serei o que me deres... Que seja amor"

Direção-Geral da Saúde distingue SOL na 1.ª edição das Boas Práticas em Saúde Oral

O Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL), valência da Santa Casa, foi distinguido pela Direção-Geral da Saúde (DGS) na 1.ª edição da iniciativa Boas Práticas em Saúde Oral, “pelos relevantes serviços prestados à comunidade e pelo seu comprometimento e dedicação em contribuir para a saúde da população”, segundo pode ler-se no certificado atribuído àquele equipamento.

Esta iniciativa, lançada pela equipa do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral da DGS, visa reconhecer, promover e divulgar ações que contribuam para o aumento da literacia em saúde oral a nível nacional, nomeadamente nas escolas e na comunidade, potenciando a aquisição e a partilha de novos conceitos associados a esta temática.

A cerimónia da 1.ª edição decorreu em Coimbra e teve como elementos do júri Miguel Arriaga e Carla Afonso (DGS), Ana Luísa Costa (membro da Comissão Científica e do Conselho Geral da Ordem dos Médicos Dentistas), Sandra Ribeiro (Associação Portuguesa de Higienistas Orais) e Rui Lima (Direção-Geral da Educação).

André Brandão de Almeida, diretor clínico do SOL, reagiu com orgulho a esta distinção: “Agradeço o reconhecimento e a iniciativa e felicito toda a minha equipa do SOL por todo o empenho e dedicação. São eles os responsáveis pelo sucesso desta missão diária.”

Desde 2019, as crianças e jovens de Lisboa podem recorrer, gratuitamente, a cuidados de saúde oral, graças ao Serviço Odontopediátrico de Lisboa. Todas as crianças e jovens até aos 18 anos, que sejam residentes ou estudem no concelho de Lisboa, são elegíveis e já são milhares aquelas que recorrem a este equipamento, que conta já com cerca de 20 mil utentes e que realiza, em média, quase 200 consultas por dia.

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Santa Casa promove programa cultural no âmbito dos 50 anos do 25 de abril

O mês de abril vai marcar o arranque de uma série de eventos culturais que integram o programa dos 50 anos do 25 de abril da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Entre eles, destaca-se o Santa Casa Jazz Fest e a exposição de fotografia ROOF.

Em relação ao Santa Casa Jazz Fest oferece, de 24 a 28 de abril, no Convento de São Pedro de Alcântara, uma grande variedade de propostas dentro do jazz e da música improvisada, com grupos consagrados do jazz nacional, artistas emergentes na cena profissional e ainda apresentações da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas.

Este festival, que marcará o “regresso” do Hot Clube ao centro de Lisboa, nasceu de uma parceria inédita entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Hot Clube de Portugal.

Teresa Nicolau, diretora da Cultura da Santa Casa, explica: “A Misericórdia de Lisboa tem de
estar ao lado de uma data tão importante para a democracia portuguesa como os 50 anos do 25 de abril. Queremos que seja um evento para a comunidade e impactante para Lisboa, a fazer a diferença. O Santa Casa Jazz Fest, que nasceu da vontade de trazer o Hot Clube de Portugal de volta ao centro da cidade, é uma parceria inédita entre a Santa Casa e o Hot Clube. O festival traz ao Convento de São Pedro de Alcântara nomes consagrados do jazz e tem tudo para juntar gente livre, tal como é este género musical.”

Também Pedro Moreira, diretor do Hot Clube de Portugal, se mostra satisfeito com esta parceria: “O Hot Clube Portugal é um dos clubes de jazz mais antigos da Europa e aguarda o regresso à sua casa no centro de Lisboa. O Santa Casa Jazz Fest vai permitir-nos voltar a levar o jazz ao público de Lisboa, isto num contexto que a nós também nos diz muito: os 50 anos do 25 de abril”.

Cartaz com informação do programa do festival

Já de 27 de abril a 9 de junho, a  Santa Casa da Misericórdia de Lisboa recebe a mais recente exposição do premiado fotojornalista português Mário Cruz –  ROOF.

Esta exposição retrata as vidas dos que ficam de fora das estatísticas e de quem vive o lado escondido da crise da habitação, naquele que é o destino turístico número um da Europa. As pessoas retratadas nesta obra têm, muitas vezes, que escolher entre pôr comida na mesa ou pagar a renda. Quando saem para trabalhar, não sabem se terão casa quando voltarem. Carregam um segredo e a vergonha de não terem uma habitação condigna.

Muitas das pessoas foram fotografadas ao longo de uma década, em locais insalubres e indignos. Uns dão lugar a outros, numa cadência sem fim, mas os sítios são os mesmos, acrescidos apenas das marcas deixadas por quem lá passa.

O programa dos 50 anos do 25 de abril da Santa
Casa integra ainda exposições permanentes, visitas guiadas, uma feira do livro,
conferências, sessões de poesia, tertúlias, e muito mais, em iniciativas que
irão decorrer em três espaços da instituição: Convento de S. Pedro de
Alcântara, Sala de Extrações e Antigo Recolhimento das Merceeiras.

Futurália 2024. O futuro começa aqui

ESSAlcoitão e a Valor T – Agência de emprego para pessoas com deficiência, da Misericórdia de Lisboa, estiveram presentes na 15.ª edição da Futurália – Feira de Oferta Educativa, Formação e Empregabilidade, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa, entre os dias 20 e 23 de março.

A captação de novos alunos foi o principal objetivo da ESSAlcoitão que, no seu espaço de exposição (stands), convidou os visitantes da Futurália a conhecer, mais de perto, a oferta educativa que a escola tem na área da fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional.

Por seu lado, a Valor T, enquanto agência de empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência, que apoia talentos e competências e trabalha oportunidades para pessoas e empresas que querem fazer a diferença, contou com um expositor dedicado à empregabilidade.

Para esta agência de empregabilidade da Santa Casa, esta foi mais uma oportunidade para divulgar o projeto e a sua missão, junto dos estudantes e potenciais candidatos.

A Futurália é visitada todos os anos por milhares de estudantes, professores e famílias e este ano teve como mote “Ninguém fica para trás. Educação para todos”, reforçando a importância da aprendizagem e da formação ao longo da vida.

Destaque ainda para uma das novidades deste ano, a Web App Futurália, que funcionou como um autêntico “assistente pessoal” para os visitantes, que podiam, através dela, fazer cálculos de médias, ficar a par das últimas novidades da feira e conhecer o espaço do certame em formato 2D.

Centros de Acolhimento Infantil do Vale Fundão celebraram 50 anos ao serviço da comunidade

Os Centros de Acolhimento Infantil (CAI) do Vale Fundão celebraram ontem os 50 anos desde a sua fundação, numa tarde animada entre colaboradores, pais, crianças e convidados. O evento teve lugar no Salão de Festas do Vale Fundão e contou com a presença de Sérgio Cintra, administrador com o pelouro da Ação Social na Misericórdia de Lisboa.

“Quando o Estado português, há mais de 50 anos, decidiu iniciar os processos de autoconstrução, a Misericórdia foi desafiada a encontrar respostas para a área de infância e juventude. Em 1973, era provedor António Maria de Mendonça Lino Neto, a proposta foi à Mesa e foi autorizada a instalação destes dois centros”, começou por recordar o administrador, sublinhando “a capacidade de todas as equipas pedagógicas da Misericórdia, mas também dos provedores e das Mesas da Santa Casa, que nunca desistiram destas instalações” ao longo dos últimos 50 anos.

Afirmando-se como marvilense, Sérgio Cintra deixou depois um desejo à plateia: “Mais importante do que o que fizemos, é aquilo que queremos construir. Todos estes meninos têm de ter mais capacidade de construir sonhos do que tiveram os pais deles ou os avós”.


Administrador Sérgio Cintra discursa nos 50 anos dos CAI Vale Fundão




Música, sabores e memórias

As celebrações dos 50 anos dos CAI Vale Fundão tiveram direito a dois momentos musicais, com a atuação do grupo Latomania, composto por jovens do Centro Social Comunitário do Bairro da Flamenga e liderado pelo animador e cantor Ruben Matay, e uma pequena sessão de fados, além dos tradicionais parabéns com direito ao respetivo bolo de aniversário.

Pelo palco passaram ainda duas mesas redondas com memórias destas cinco décadas, patentes igualmente numa exposição sobre a história dos CAI Vale Fundão, além de uma mostra de sabores de empreendedores locais na sala anexa do Salão de Festas.

Criados na década de 70, os Centros de Acolhimento Infantil têm atualmente mais de 200 crianças, entre os três meses e os três anos de idade: 135 no CAI Vale Fundão I e 78 no CAI Vale Fundão II.


Ruben Matai e os Latomania atuam nos 50 anos dos CAI Vale Fundão




Terceira conferência da ESSAlcoitão teve como mote a Inteligência Artificial

Decorreu, nesta quarta-feira, no auditório do Centro de Medicina de Reabilitação do Campus de Alcoitão, a terceira conferência do ciclo de conferências “Outros Saberes”. Tendo como orador convidado o professor doutor José Júlio Alferes, diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, o assunto não podia ser mais atual: “A Inteligência Artificial no Ensino e na Investigação”.

A sessão foi presidida pela provedora da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, e comentada por João Sàágua, reitor da Universidade NOVA de Lisboa.

Na sua intervenção, o professor José Júlio Alferes começou por explicar o objetivo da Inteligência Artificial, tendo em conta as suas inúmeras definições. Assim, e antes de tudo, a IA pretende “desenvolver sistemas que exibem comportamento inteligente, e que sejam capazes de aprender. Um sistema de IA, a partir objetivos complexos, decide e age no mundo físico ou digital, possivelmente de forma autónoma, observando o ambiente que o rodeia, aprendendo e raciocinando sobre o conhecimento que detém (aprendido por ele, ou dado à partida)”.

A partir desta definição, o orador convidado desta terceira conferência da ESSA explorou a área científica da IA, através das várias formas de aprendizagem (Machine Learning, Supervised Learning, Deep Learning, entre outras) e demorou-se no ChatGPT, “o último grande responsável pelo aparecimento da IA nos media”, como lhe chamou.

A terminar, José Júlio Alferes deixou alguns alertas para o futuro sobre a o papel que a IA desempenhará no mundo, nomeadamente “a desvalorização de competências humanas, a diminuição de responsabilização e a perda de individualidade, privacidade e controlo”. Para o professor, a IA é um fator de divisão: “os sistemas são caros e consumem enormes recursos; quem não os tiver” arrisca-se a ficar para trás. Haverá também uma “mudança no mundo do trabalho e relações laborais”, acrescentou.

Ciclo de Conferências ESSA

A provedora Ana Jorge, na sua intervenção de boas vindas, lembrou as várias parcerias com a Universidade Nova, destacando a criação recente de um centro académico e clínico dedicado à investigação e ao conhecimento, que incluem a Escola Superior de Saúde do Alcoitão e o hospital de Sant’Ana.

Um modelo a replicar: SOL dá sorrisos saudáveis a 20 mil crianças e jovens

Desde 2019, que as crianças e jovens de Lisboa podem recorrer, gratuitamente, a cuidados de saúde oral, graças ao Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL), uma valência da Santa Casa ímpar a nível nacional e internacional e cujos números traduzem o sucesso da sua implementação.

Todas as crianças e jovens até aos 18 anos, que sejam residentes ou estudem no concelho de Lisboa, são elegíveis e já são milhares aquelas que recorrem a este equipamento. Com cerca de 20 mil utentes e, em média, quase 200 consultas por dia, rapidamente os serviços ficaram preenchidos, mas o atendimento é sempre feito com o selo de máxima qualidade.

“A questão da gratuitidade ser aliada à qualidade é complexa, porque há uma desconfiança. Mas procuramos contrariar isso, dando um acesso universal com o máximo de qualidade, com profissionais já experientes e formados naquela área de atuação. Trabalhar com crianças é muito específico e desafiante”, sublinha André Brandão de Almeida, diretor clínico do SOL, que realça as tecnologias de topo usadas pelo serviço.

“Temos equipamentos que qualquer clínica privada de topo usa. Mas só essas, porque são equipamentos que não estão ao alcance da maior parte das clínicas”, frisa.

Mesmo em situações que seriam, à partida, mais dispendiosas, como a colocação de aparelhos dentários, o SOL chega a garanti-las sem custos, fazendo com que o diretor clínico do equipamento aponte esta resposta da Santa Casa como sendo única no mundo.

“Dificilmente vemos um exemplo como o SOL. Há vários exemplos do Estado a intervir ou de Organizações Não Governamentais, mas, normalmente, dão respostas apenas às populações muito carenciadas e só em casos agudizados. Não há nenhum serviço, em nenhuma parte do mundo, que dê um aparelho ortodôntico a um paciente de forma gratuita e nós fazemos isso. Mas não fazemos a questão estética. Temos um índice com vários graus de severidade. Se existir comprometimento funcional da saúde da criança, então sim”, assegura.

Ainda há caminho a fazer, até porque o estudo inicial, no arranque do projeto, previa um público-alvo de 50 mil pessoas, mas deu-se posteriormente o alargamento a estudantes na cidade de Lisboa – alguém que, por exemplo, entre com 17 anos numa faculdade da cidade, tem acesso ao SOL – e a chegada de muitos imigrantes à capital, como refletem as 68 nacionalidades que compõem os pacientes da clínica.

Questionado sobre onde vê o SOL daqui a outros cinco anos, o responsável não hesita: “Num sítio maior, com uma lista de espera menor e a dar acesso ainda a mais crianças, mas com a mesma missão”.

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Replicar é o caminho

O modelo do SOL, com sucesso comprovado nestes cinco primeiros anos de atuação, deveria, na opinião de André Brandão de Almeida, ser replicado pelo país. E é por aqui que o diretor clínico entra na questão da saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Essa implementação tem sido feita, mas muito timidamente. Deve haver cerca de 100 médicos no SNS e só para casos muito específicos. Uma vez mais o modelo do SOL pode ser replicado nessas instituições, porque garantimos aos nossos médicos uma carreira que tenta dar-lhes um conjunto de benefícios para a sua prática clínica. Por exemplo, têm uma hora por semana dedicada à investigação”, explica.

O alargamento da oferta pública de saúde oral pode, segundo o diretor do SOL, trazer grandes benefícios à população e ao próprio Estado no futuro.

“Se conseguirmos, com escolas e centros de saúde, dar acesso a uma consulta, mesmo que as crianças não tenham nenhuma queixa, rapidamente os nossos índices, que são dos piores da Europa, se convertem nos melhores. Porque conseguíamos garantir o atendimento precoce e percecionar alguma lesão; precaver adiamentos de cirurgias devido a infeções orais agudas; os tratamentos seriam mais simples e mais baratos, porque as crianças seriam adultos mais saudáveis; teriam, por exemplo, menos problemas de emprego por causa da imagem; o próprio Estado pouparia milhões de euros em comparticipações de medicamentos; haveria poupança nas próprias empresas, que não teriam faltas e ausências de funcionários por dores dentárias; e o próprio trajeto escolar seria beneficiado – imaginem uma criança com dor de dentes numa sala de aula a tentar aprender”, enumera.

Dia assinalado em diversos serviços

O Dia Mundial da Saúde Oral, assinalado a 20 de março, é comemorado hoje em diversos serviços da Misericórdia de Lisboa.

Na US Oriental José Domingos Barreiro haverá rastreios e sessões de grupo sobre “Saúde Oral na gravidez”, ao passo que na Obra Social do Pousal será realizado um “Denty Paper” com os utentes, além de uma intervenção terapêutica de treino cognitivo de higiene oral.

Já nos 28 equipamentos de apoio à infância (creches, jardins de infância e grupos de jovens) foram afixados cartazes do SOL e distribuídos pelas crianças, famílias e profissionais folhetos sobre saúde oral do bebé e da criança.

Por fim, na US Liberdade serão iniciadas atividades lúdico-pedagógicas e intergeracionais sobre promoção da saúde oral, que se manterão até ao final do mês.

Conselhos básicos para uma boa saúde oral:

  • Visitar regularmente o médico dentista. Idealmente a cada seis meses mas, anualmente, é aceitável. Nunca apenas em caso de queixas.

  • Escovar os dentes, no mínimo, duas vezes por dia: à noite e ao acordar. Escovagens de dois minutos, com pasta com flúor.

  • Usar fio dentário ou escovilhão, pelo menos uma vez por dia, idealmente à noite. A escova não chega aos espaços interdentários.

  • Ter uma alimentação cuidada, com um consumo moderador de açúcar. As cáries são a lesão mais prevalente, mas são também facilmente evitáveis.

Pai é quem cuida… e acolhe

Vamos chamar-lhe André.

André tinha 3 anos quando ganhou uma segunda família, com direito a pai, mãe e dois irmãos.

Tiago e Sofia, pais do Tomás e da Clarinha, estavam de acordo num ponto: ambos queriam uma terceira criança nas suas vidas. A forma como tal aconteceria é que os dividia. “Eu estava mais com aquela ideia romântica e cliché de ‘vamos ajudar alguma criança que já esteja neste mundo e que precise’, sendo que a única forma que conhecia para o fazer era a adoção”, começa por nos contar Tiago Swart, o coprotagonista desta história inspiradora.

Nem de propósito: um dia, está Sofia – a outra personagem principal – parada no trânsito quando vê um cartaz da Santa Casa relativo ao programa de acolhimento, na traseira de um autocarro que parou, literalmente, à sua frente. Chegou a casa, comentou com o marido Tiago e, calhando a circunstância de terem um amigo funcionário da instituição, telefonaram-lhe para obterem mais informações sobre o assunto.

Esclarecidos em traços gerais, foi o que bastou para tentarem perceber melhor o que estava em causa. Contactaram a Santa Casa, que os encaminhou para uma formação online de quase dez meses (coincidiu com a altura da pandemia do covid-19). No final, não tiveram dúvidas de que seria ‘o’ filho que queriam abraçar com total dedicação.

“Uma ou duas semanas depois de termos terminado a formação, e de termos sido aceites como família ‘pronta’ para o acolhimento, foi-nos proposto o André. Na altura, tomámos conhecimento de uma doença muito específica de que padecia, pelo que, ainda antes de o conhecermos, visitámos a instituição em que estava inserido para podermos conversar com as técnicas que o acompanhavam, no sentido de percebermos os cuidados especiais de que precisava. Depois de uma tarde reunidos, e de termos compreendido todas as possíveis necessidades que o André poderia ter, decidimos, então, aceitar e avançar com o seu acolhimento, recebendo-o em nossa casa”, relembra Tiago.

O dia-a-dia na nova família

A adaptação de André à sua nova casa foi tranquila, muito graças ao ambiente acolhedor que já existia. Rapidamente se tornou parte da dinâmica familiar, com todos a contribuírem para que tal acontecesse. No ‘todos’, leia-se, dois filhos pequenos.

“O André encaixava mesmo no meio das idades dos nossos filhos – a Clarinha tinha 3 anos na altura, o André 4 e o Tomás 6. Ou seja, a parte do acolher em casa e da rotina do dia-a-dia, depois da adaptação inicial, nossa e dele, foi muito natural, uma vez que já tínhamos duas crianças. E é exatamente como se costuma dizer, ‘onde comem dois comem três, dá-se banho a dois, dá-se banho a três, despacham-se dois para irem para a escola, despacham-se três’”.

Tiago abre apenas uma exceção para o momento que exigiu alguma adaptação extra, mas do qual nunca quiseram abdicar, por considerarem (ele e Sofia) essencial ao sucesso do acolhimento e da vida do André: o momento das suas visitas à mãe e à família de origem.

“Mesmo exigindo alguma ‘ginástica’ da nossa parte em termos logísticos, nunca deixámos de o fazer, pois encarámos sempre essa premissa como parte fundamental do programa. Não faria sentido se assim não fosse. Se não permitirmos que o contacto com a família de origem continue de uma forma regular para que os laços não se percam, como é que depois vai ser a integração dessa criança na sua família outra vez?”, interroga este pai, agora já de ‘quatro’.

E os filhos? Como reagiram?

“Quando o André chegou a nossa casa, a Clarinha era muito pequenina, tinha 3 anos. Contámos-lhe que havia um menino que, naquele momento, não podia estar com a mãe e que, por isso, precisava de uma casa para morar. E era por isso que queríamos acolhê-lo. Também para o Tomás, mais velho (na altura com 6 anos), a situação foi muito serena e constituiu algo que fazia todo o sentido, até porque, sendo um menino com um coração muito bonzinho – é aquele rapaz que vai sempre confortar os amigos quando alguma coisa está mal – seria lógico que um menino, a precisar de uma casa, ‘claro que o iríamos receber, não há problema nenhum’”, relembra Tiago, com um orgulho indisfarçável na voz e no rosto. E acrescenta: “a Clarinha foi a primeira a chamar ‘mano’ ao André, porque, na cabeça dela, ele sempre esteve cá em casa. ‘Se sempre esteve cá em casa, é meu mano, como o Tomás’”.

O relacionamento com a mãe do André

Tiago e Sofia nunca não tiveram dúvidas sobre a forma como queriam e deviam relacionar-se com a mãe e família de origem do pequeno André: era imperativo e necessário envolvê-los o mais possível na rotina do menino.

“Estávamos um bocadinho receosos relativamente à reação quando nos conhecessem, mas o primeiro impacto foi positivo. Desde o início que construímos uma relação sólida, de amizade, não só com a mãe, mas também com as avós e as tias. Elas estão e estiveram sempre presentes nas várias decisões a tomar, escolares ou outra, e também as relativas à condição especial do André. A mãe dele não sabia, de todo, como lidar com esta doença”, conta Tiago.

“Fomos nós que capacitámos a mãe, através da formação que também recebemos. Estamos convencidos que, sem esta relação próxima, tal não teria sido possível, tal como não teria sido possível, por exemplo, o André falar com a mãe sempre que quer, quando sente necessidade disso. Ele pede-nos para ligar-lhe e nós, obviamente, ligamos”. Tiago conclui, orgulhoso: “queríamos que isto fosse mesmo assim e deixa-nos muito felizes o caminho que percorremos até aqui”.

 O futuro

Tiago e Sofia vivem agora algumas emoções variadas, que perspetivam um futuro desafiante. Por um lado, chegou o bebé Simão – faz em março precisamente um mês. Por outro, o André está quase a voltar para a sua mãe e família de origem.

“Neste momento, o nosso acolhimento ao André está, felizmente, a chegar ao fim. E digo felizmente porque significa que ele vai retornar à família de origem em breve. Obviamente que estamos na expectativa de saber como nos vamos sentir, porque agora vai ser… o desapego”.

Tiago parece dizer estas frases sem tristeza: “temos uma relação tão boa com a família do André, uma relação de amizade tão próxima, que acreditamos que ele não vai sair da nossa vida. Jamais! Nem agora nem daqui a dez ou quinze anos. Estamos convictos de que vamos continuar a apoiá-lo, vamos continuar a passar fins de semana e férias e a ‘matar saudades’. Faremos parte da sua família, sempre. Não somos família de sangue, mas somos do coração”.

E remata, com a anuência de Sofia: “tenho a certeza de que vamos voltar a ser família de acolhimento. Vamos só esperar que o nosso bebé não esteja tão dependente. Mas voltaremos a acolher uma criança – disso não tenho dúvida nenhuma”.

Para saber mais sobre acolhimento familiar, consulte aqui.

Igreja de São Roque acolhe concerto de música sacra mozarteana

A Igreja de São Roque recebe este sábado, 16 de março, um concerto do coro do Teatro Nacional de São Carlos e da Orquestra Sinfónica Portuguesa, com composições de Wolfgang Amadeus Mozart.

Designado como “Missa da Coroação”, o reportório é composto por uma das mais significativas composições no domínio da música sacra mozarteana, escrita no final do século XVI. O título foi atribuído na Corte Imperial em Viena, após a obra se ter tornado indispensável nas coroações imperiais e reais.

O concerto do coro e da orquestra será conduzido por Bruno Borralhinho, com Marcelina Román (soprano), Linsey Coppens (meio-soprano), Josh Lovell (tenor) e André Baleiro (barítono) a formar o elenco.

A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço. Os bilhetes, máximo dois por pessoa, podem ser levantados na bilheteira do Museu de São Roque a partir das 19h do próprio dia. Após o início do concerto não é permitida a entrada de público, mesmo que tenham bilhetes.

Financial Times nomeia Casa do Impacto como um dos principais hubs de startups da Europa

A Casa do Impacto (CdI), hub de empreendedorismo social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), foi reconhecida pelo Financial Times como uma das principais incubadoras de startups da Europa em 2024. Criada há cinco anos, a CdI tornou-se na primeira plataforma de novas empresas de impacto social em Lisboa, focada na promoção de uma nova geração de empreendedores que estão a desenvolver modelos de negócio com impacto socioambiental positivo, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.

A distinção atribuída pelo Financial Times é o reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Casa do Impacto ao serviço das causas sociais e ambientais. Cinco anos após a sua criação, o hub de empreendedorismo da Santa Casa soma já mais de 220 residentes no Convento de São Pedro de Alcântara, em Lisboa, mais de 400 projetos apoiados, através dos mais de 21 programas de aceleração ou ideação ou outras iniciativas. No total, representam 3,2 milhões de euros investidos em startups de impacto. 

“A Casa do Impacto assume agora o desafio de cimentar-se enquanto plataforma agregadora de referência internacional de uma comunidade com os olhos postos no futuro. O contexto mundial que vivemos reforça a nossa missão e visão de preparar as novas gerações de empreendedores, ajudar as organizações e reforçar o compromisso da sociedade civil na construção de um mundo com preocupações reais com as pessoas e o planeta. Sermos o único hub 100% distinguido dedicado a estas causas reforça o nosso papel num ecossistema que é cada vez mais relevante para o futuro do planeta e das organizações. “, explica Inês Sequeira, fundadora e diretora da Casa do Impacto.

Esta distinção resulta de uma parceria entre o Financial Times, através da sua marca de media relacionada com o mundo das startups, a Sifted e a Statista, empresa alemã especializada em estatísticas e dados do mercado, que coleta, analisa e fornece informações estatísticas sobre uma variedade de tópicos, desde a economia à tecnologia. A iniciativa Europe’s Leading Start-Up Hubs 2024 materializa-se numa publicação colaborativa entre o Financial Times, a Sifted e a Statista, destacando os principais hubs de startups na Europa em 2024. 

O Velho Continente apresenta hoje um cenário de startups que rivaliza com o dos EUA. De acordo com a Sifted, 98 cidades da Europa já produziram pelo menos um unicórnio (negócio em fase inicial avaliado em mil milhões de dólares ou mais). Contudo, ainda é desafiante encontrar informação atualizada sobre os programas das incubadoras e aceleradoras de empresas em execução nestas localidades – e as suas taxas de sucesso.

Assim, o Financial Times, com o seu parceiro de investigação Statista e o meio especializado Sifted, decidiram lançar um projeto de investigação para identificar os principais centros de startups da Europa em 2024, tendo distinguido a Casa do Impacto como um dos 125 locais de excelência na incubação e aceleração repartidos por 19 países. Ao todo, foram convidadas a participar mais de 2000 organizações e auscultados mais de 2600 alumni.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas