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Muito mais do que um jogo de futebol: jovens realizam sonho

Naquele que seria o derradeiro encontro de Portugal na caminhada até ao Mundial de 2022, no passado domingo, a equipa das quinas perdeu frente à seleção da Sérvia. Perante um Estádio da Luz cheio, a equipa portuguesa marcou com o cantar do galo, mas os sérvios correram atrás do prejuízo e venceram, por 1-2, num jogo decisivo para as aspirações lusitanas. Agora, a Seleção Nacional terá que tentar o apuramento para o Mundial via playoff, no próximo mês de março. A boa notícia é que, pelo menos até agora, conseguiram sempre apurar-se por esta via.

Jogo e contas à parte, cerca de 30 jovens que residem em instituições da Santa Casa assistiram ao Portugal – Sérvia, no âmbito do patrocínio dos Jogos Santa Casa à Federação Portuguesa de Futebol.

Para a maioria, foi a estreia num jogo da Seleção Nacional. Mas mais do que isso, foi a realização de um sonho. Não é todos os dias que veem, a escassos metros, alguns dos maiores ídolos do futebol europeu. Falamos principalmente de Ronaldo, pois claro. Os miúdos seguem-no, querem ser iguais, veem nele um exemplo e uma inspiração para as suas vidas.

Para os jovens das várias instituições da Santa Casa, ir a um jogo da Taça de Portugal Placard ou a um jogo da Seleção Nacional é sempre um momento aguardado. É uma espécie de prémio para quem tem boas notas e cumpre as regras. Dos cerca de 30 que assistiram ao jogo de domingo, acompanhámos seis residentes no Apartamento de Pré-Autonomia Migrantes, uma resposta da Misericórdia de Lisboa que tem como objetivo o treino das competências de autonomia de vida de jovens (entre os 15 e 18 anos de idade) não acompanhados, requerentes de asilo e/ou refugiados.

 

Apoio do Fundo Rainha D. Leonor chega às 100 obras concluídas

O Fundo Rainha D. Leonor (FRDL) nasceu, em 2015, de um acordo de parceria realizado no ano anterior entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP). Foi a primeira vez, em mais 500 anos de história, que a Santa Casa rompeu o horizonte concelhio de Lisboa para apoiar diretamente as restantes misericórdias do país.

Desde que o FRDL saiu do papel, os responsáveis das várias misericórdias apoiadas são unânimes em afirmar que o Fundo não ajuda apenas a colocar a última pedra, mas a alavancar muitos projetos que estavam na gaveta e que sem este apoio teriam dificuldade em ver a luz do dia. O FRDL operava, na sua criação, apenas na área dos equipamentos sociais, com enfoque para respostas sociais ligadas prioritariamente ao envelhecimento, à infância e à deficiência. Mais tarde, em 2017, o FRDL começou a destinar 25 por cento da sua verba para apoiar a reabilitação e conservação do património das misericórdias. A recuperação de igrejas é a empreitada mais comum nesta rubrica.

143 projetos apoiados: 100 obras concluídas e 43 em curso

Desde a sua criação, o Fundo Rainha D. Leonor apoiou 115 projetos na área social e 28 na área do património cultural. No âmbito dos projetos de caráter social, as iniciativas relacionadas com apoio à terceira idade são as mais comuns, onde 46 projetos aprovados representam 40 por cento do total. Seguem-se ações de apoio à juventude (17), demências (15), intergeracionalidade (14) e creches/infância (13). Respostas relacionadas com cuidados continuados de saúde (3) e apoio a pessoas com deficiência (7) foram igualmente contempladas.

De referir que, no grupo das 100 obras concluídas, a Santa Casa da Misericórdia de Coimbra inaugurou no passado sábado, dia 6 de novembro, quatro Apartamentos de Autonomização na alta da cidade, uma resposta inovadora desta Santa Casa às necessidades dos jovens em fase de pré-desinstitucionalização. O Fundo Rainha D. Leonor deu um apoio de 234 881,86 euros para a reabilitação desta valência.

Já no próximo domingo, 14 de novembro, será a vez da inauguração da obra de restauro da Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros. Desde que ficou abandonada, há 40 anos, foi cavalariça, garagem do hospital e armazém. Foi sendo saqueada ao ritmo das revoluções e do abandono. Graças a esta intervenção e ao apoio do FRDL (167 344,78 euros), a Igreja da Misericórdia de Alhos Vedros resgata a anterior grandeza, recuperando o anterior esplendor.

Em entrevista, Inez Dentinho, membro do Conselho de Gestão do Fundo Rainha D. Leonor, faz um balanço positivo e diz que a criação do Fundo Rainha D. Leonor é uma iniciativa “revolucionária”.

1. Seis anos, 23 milhões de euros, 100 obras concluídas, 140 misericórdias e 143 projetos apoiados. Como avalia esses números?

É um balanço revolucionário a todos os títulos porque rompeu os horizontes do apoio social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, levando a prática das suas obras de Misericórdia a todo o país, de Miranda do Douro à Madalena do Pico; de Melgaço a Castro Marim; de Campo Maior a Caminha. Revolucionário também porque cada projeto se fez acompanhar pelo imperativo da inovação social, promovendo soluções concretas de envelhecimento ativo, de contacto entre gerações e maior espaço para acolher visitas das Famílias. Combatemos a coletivização da vida no lar e ajudamos assim a adaptar os equipamentos ao século XXI. E, na área do património, também tem sido uma experiência revolucionária na medida em que, por baixo da sujidade e de fiadas de tijolo têm sido feitas inúmeras descobertas de pré-existências, como retábulos primitivos, janelas entaipadas e pinturas originais. Um assombro. Para além disso, mantemos uma exigência determinada nas técnicas e materiais que são aplicados na recuperação dos imóveis maioritariamente classificados.

2. Em que medida o FRDL fortaleceu a ligação entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e as restantes misericórdias?

Antes de 2015, os apoios da Santa Casa a outras misericórdias eram casuísticos e desconhecedores dos problemas reais das misericórdias portuguesas, como um todo. Dava-se a quem pedia e precisava, mas nem sempre a quem mais precisava. Através do Fundo, deu-se uma proximidade institucional, social, real às misericórdias criando um entendimento mais transparente, mais justo e equilibrado. Falamos todos a mesma linguagem o que facilita muitíssimo esta aproximação, assim tornada irreversível.

3. O FRDL, além de ajudar outras misericórdias, permitiu reduzir o centralismo e as desigualdades na distribuição dos recursos por todo o território. Foi essa a intenção, quando foi criado?

Temos um parâmetro de avaliação dos projetos candidatos ao Fundo que introduz uma discriminação positiva no apuramento das misericórdias do interior e das ilhas. Essa foi uma intenção que tem sido cumprida. Mas não ignoramos que nas cinturas metropolitanas e no litoral também há problemas graves pelo que os projetos que apresentem uma forte carga de inovação social e de necessidade da obra também são aprovados nestas regiões.

Percorra a galeria de fotografias para ver algumas das obras apoiadas pelo Fundo Rainha D. Leonor.

Na Web Summit, a Casa do Impacto mostrou como aliar inovação e boas causas

A Casa do Impacto deu mais um importante passo para que ativistas e empreendedores ambientais possam ter um lugar onde desenvolver as suas soluções inovadoras, que se revelem uma mais-valia para a meta da neutralidade carbónica. Foi durante a edição de 2021 da Web Summit, em Lisboa, que o hub da Misericórdia de Lisboa apresentou o Triggers, um programa de aceleração que pretende estimular novas ideias focadas na sustentabilidade ambiental do planeta.

O Triggers é uma oportunidade para jovens empreendedores potenciarem a consolidação e expansão de produtos e serviços inovadores ambientalmente sustentáveis. A ideia é que algumas propostas se transformem em respostas alternativas, e que as mesmas contribuam para uma transição climática justa e socialmente equilibrada.

“É um programa que pretende criar condições para que surjam mais e melhores projetos e que estes estejam devidamente capacitados para permitir que tenham uma maior probabilidade de sucesso. Procuramos empreendedores, equipas de projeto e startups motivadas, com soluções inovadoras para a resolução de problemas e necessidades ambientais, de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU”, explica a diretora da Casa do Impacto, Inês Sequeira.

Podem candidatar-se ao Triggers empreendedores individuais, equipas de projeto e startups. As candidaturas devem ser formalizadas no website da Casa do Impacto, através do preenchimento e submissão de formulário, até ao dia 7 de janeiro de 2022.

Os projetos selecionados serão premiados com um período de incubação na Casa do Impacto, acesso a uma rede de mentores exclusiva, bolsas de formação e, ainda, a oportunidade de estabelecer pontes entre os responsáveis pelos projetos de negócio e possíveis investidores. No final da fase de pós-aceleração será atribuído um prémio pecuniário no valor de 15 mil euros ao vencedor, de 10 mil euros ao segundo classificado e de 5 mil euros ao terceiro classificado.

O surgimento do Triggers deve-se ao facto de a área do impacto ambiental ser, cada vez mais,  desafiante e diversificada. Mas conciliando esta emergência com os valores e a missão da Misericórdia de Lisboa, a Casa do Impacto pretende focar parte dos seus esforços na procura de soluções que aliem a justiça climática à justiça social. Este foi um dos muitos temas discutidos ao longo dos quatro dias da Web Summit, onde a Casa do Impacto teve a oportunidade de mostrar ao mundo o trabalho que tem desenvolvido em Portugal.

Ainda no âmbito da cimeira tecnológica, o hub de empreendedorismo social da Santa Casa lançou a 7ª edição do Santa Casa Challenge, um concurso que premeia soluções tecnológicas inovadoras que deem origem a dispositivos, aplicativos, conteúdos digitais, serviços web ou de comunicação. Nesta edição do Santa Casa Challenge são aceites soluções com foco na sustentabilidade ambiental, com o intuito de dar resposta às rápidas alterações que se avizinham com a emergência climática.

O encerramento da edição de 2021 da Web Summit foi feito pelo Presidente da República com uma intervenção no Centre Stage do Altice Arena, em Lisboa. Mas, antes, Marcelo Rebelo de Sousa quis saber como inovação e boas causas podem estar aliadas em prol de um mundo mais justo. O Presidente visitou o stand da Casa do Impacto onde lhe foram apresentados projetos apoiados pelo novo programa de aceleração do hub de empreendedorismo da Misericórdia de Lisboa, o Triggers.

Percorra a galeria de fotografias para ver alguns dos principais momentos da participação da Misericórdia de Lisboa na maior cimeira tecnológica do mundo.

Federação Portuguesa de Natação homenageia Jogos Santa Casa

A Gala da Federação de Natação 2021 realizou-se este sábado, 30 de outubro, na Quinta dos Pavões, em Campo Maior. O evento visou reconhecer e homenagear personalidades, entidades e instituições parceiras que contribuem para o aumento da qualidade da prática desportiva e alto rendimento, nomeadamente os Jogos Santa Casa, o Comité Olímpico de Portugal, a Confederação do Desporto, a Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, o Instituto Português do Desporto e Juventude e a Fundação do Desporto.

Na qualidade de principal patrocinador da Federação Portuguesa de Natação, na parceria firmada em novembro de 2019, os Jogos Santa Casa foram reconhecidos pelo presidente da federação pelo contributo determinante da marca para o desenvolvimento da modalidade ao nível nacional, nas suas vertentes competitiva, organizativa e de formação, onde se inclui a natação pura, natação artística, águas abertas, polo aquático, natação adaptada e masters.

A marca dá nome aos principais campeonatos de natação, apresentando o seu logótipo na parte da frente dos equipamentos das seleções nacionais absolutas e seniores das diversas disciplinas, e das seleções nacionais de natação adaptada paralímpica e surdolímpica.

 

A Santa Casa como exemplo. “Levamos na bagagem muitas sementes que queremos fazer crescer na África do Sul”

Nove representantes de instituições sociais que atuam junto da comunidade portuguesa na África do Sul estiveram, durante esta semana, em vários equipamentos da Misericórdia de Lisboa. A iniciativa que pretende capacitar e apoiar as comunidades portuguesas presentes na naquele país está inserida no “Programa de Intercâmbio e Capacitação” entre Portugal e África do Sul.

A atividade desencadeada pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, no âmbito do Projeto PROTEA, conta com a Santa Casa como parceira, mas, sobretudo, como fonte de inspiração para outras instituições que atuam na área social. Nesta ação de apoio à comunidade portuguesa na África do Sul, a Misericórdia de Lisboa desempenhou um papel ativo na capacitação das equipas presentes, que estão ligadas a respostas de cariz social na área da longevidade e da deficiência em cidades como Joanesburgo, Pretória e Cidade do Cabo.

Entre os dias 25 e 29 de outubro, os representantes destas equipas tiveram a oportunidade de visitar cerca de dez equipamentos da Santa Casa, desde unidades de cuidados continuados integrados a centros de dia, bem como de participar num workshop de avaliação de expetativas.

Festa “rija” no Bairro da Boavista

O momento foi inserido nas comemorações do 80º aniversário do Bairro da Boavista, e ficou marcado por um ambiente de partilha, alegria e troca de experiências entre os que vivem no bairro e os visitantes. Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Santa Casa, recebeu a comitiva convidada e deu a conhecer as respostas da instituição.

O chefe de Estado e o presidente do Município de Lisboa conheceram a resposta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, inteirando-se das suas valências, história e missão social.

CAI_BairrodaBoavista

Enquadrado no contexto da celebração, que perdurou até segunda-feira, dia 25 de outubro -data que assinalou o 40º aniversário do Centro de Acolhimento Infantil da Boavista, equipamento da Misericórdia de Lisboa-, foi, ainda, apresentado um livro sobre o trabalho realizado pela instituição, na área da infância, naquele bairro. Da responsabilidade da equipa que trabalha nesta resposta, a obra faz uma viagem pela história do centro e destaca algumas das personalidades que frequentam este local. O livro “Vivendo o presente, planeando o futuro”, retrata muitas das vivências deste bairro e as suas relações.

Sobre o CAI da Boavista

O Centro de Acolhimento Infantil do Bairro da Boavista (CAI), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é uma creche e jardim de infância que, nas últimas décadas, tem sido alvo de um esforço adicional de reorganização e qualificação das respostas, quer ao nível do acesso a recursos adequados às crianças e às famílias na proximidade, priorizando as situações mais vulneráveis como forma de prevenir o agravamento de situações de exclusão, quer na especialização das respostas no que concerne à promoção e proteção.

O Bairro da Boavista, localizado na freguesia de Benfica, foi construído na década de 1940, para o realojamento de famílias provenientes de habitações precárias.

 

 

A terapeuta que ensina a “voltar a fazer”

Um terapeuta ocupacional tem como objetivo final fazer com que o seu utente atinja o máximo de autonomia e independência no seu dia a dia. Nesta área da saúde o “fazer” ocupa um lugar de destaque.

Foram estas as ideias que fascinaram Carolina Matos a enveredar por um futuro na área da terapia ocupacional, já depois de ter concorrido por duas vezes à licenciatura de fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão). “Terapia ocupacional foi a minha segunda opção. Durante grande parte do meu secundário, pensei que o meu futuro passava por ser fisioterapeuta e foi exatamente essa a minha primeira opção.

Quando não entrei, admito que fiquei um pouco desanimada, mas quis ir para este curso antes de pensar em outra coisa. E foi a melhor decisão da minha vida. Acabei por me apaixonar pela terapia ocupacional e hoje, já não me consigo imaginar a fazer outro trabalho”, recorda a terapeuta.

Após a fase de candidaturas ao ensino superior, Carolina ingressa na escola, em 2014, tendo aí concluído a licenciatura de terapia ocupacional, em 2018. Pelo meio, ainda foi membro da tuna da escola, onde conheceu a sua “família académica”, e viveu uma experiência de seis meses na Bélgica, ao abrigo do programa Erasmus. Sobre os seus tempos de estudante, não tem dúvidas: “Foi uma experiência incrível, que voltaria a repetir”.

Durante os anos em que esteve na escola, a vocação pela terapia ocupacional foi crescendo e prevaleceu até aos dias de hoje. “É engraçado que, se voltasse atrás, faria tudo de novo. Faço o que gosto e acredito que esta é a melhor profissão para mim”, realça Carolina.

Há três anos, Carolina, à semelhança do que a ESSAlcoitão proporciona a todos os seus alunos finalistas, integrou um estágio onde teve a oportunidade de colocar na prática todos os ensinamentos que recebeu na escola. Carolina não tem dúvidas em afirmar que “em Alcoitão, prepara-se verdadeiramente os alunos para o mercado de trabalho”.

“É engraçado que sempre ouvi dizer que os melhores terapeutas vêm da ESSAlcoitão e sempre achei que era um bocado presunçoso, no entanto, desde que comecei a trabalhar é que tive noção desta afirmação e reparo que dizer que estudamos na ESSAlcoitão dá-nos um selo de qualidade”, comenta a antiga aluna.

No seu dia a dia profissional, a jovem terapeuta coloca em prática tudo o que aprendeu na ESSAlcoitão, realçando que muitos “não têm noção de que existem pessoas que de um momento para outro perdem todas as suas faculdades motoras e cognitivas”, e de que “o nosso papel é, acima de tudo, ensinar e reeducar essas pessoas para as pequenas tarefas que damos como adquiridas, como comer com um talher, ou escrever o nome”, destaca.

Carolina Matos acredita que o futuro da profissão passa “por dar a conhecer a todas as pessoas o que é ser um profissional nesta área”, sendo que é “necessário continuar a apostar na formação e na qualificação dos futuros profissionais, tal como a ESSAlcoitão tem vindo a fazer desde a criação do curso em terapia ocupacional, até aos dias de hoje”, concluiu o terapeuta.

Uma experiência musical “para mais tarde recordar”

À entrada do Capitólio, no emblemático espaço do Parque Mayer, situado numa das avenidas mais conhecidas de Lisboa, a Avenida da Liberdade, um grande cartaz, decorado a rigor com uma imagem de um céu azul e com letras animadas, anuncia o espetáculo: “Anabela – O meu mundo bom”. Aos poucos, o enorme espaço vazio da entrada do cineteatro enchia-se com pequenos e graúdos, para a aguardada estreia do musical da cantora que, na década de 90, fez a delícia dos portugueses com a conhecida música do festival da canção “A cidade (até ser dia)”.

Acompanhadas pelos pais, Bianca, de cinco anos, e a sua irmã Rosana, de nove anos, foram das primeiras a chegar à entrada do teatro. De sorrisos estampados na cara, ainda não sabiam muito bem ao que vinham, mas tinham uma certeza, de que aquele domingo ia ser “dia de festa”.

“Não conheço a cantora, mas o meu pai, agora de manhã, falou-me dela. E sei que é uma grande cantora e que é muito conhecida”, contou Rosana à medida que a irmã apurava os passos de dança, enquanto trauteava algumas canções.

Enquanto a pequena escadaria da entrada do Capitólio ia ganhando vida e transformando-se num parque de diversões, as irmãs iam tentado descobrir o reportório do musical. “Acho que vai dar aquela música conhecida que ouvimos em casa”, diz Rosana. “De certeza”, remata Bianca.

irmãs

Para Aline, mãe do pequeno Martim, de 4 anos, esta é uma experiência “para mais tarde recordar”. Em Portugal há poucos anos, Aline, natural do Brasil, acredita que o acesso à cultura é primordial “para o crescimento das crianças”, frisando que “é importante uma instituição como a Santa Casa disponibilizar a estas crianças momentos destes”.

Já perto do início do espetáculo, as pancadas de Molière preparam os espetadores para o que se segue. Mais de uma hora de viagem pelo imaginário infantil, onde a palavra de ordem é alegria.

Aos poucos, o auditório ganhou forma e cor. Pequenas peças e um grande baú a decorar o palco fizeram as delícias dos mais pequenos. “Olha, é um quarto de criança! Será que vive aqui alguma criança? Tenho um brinquedo igual àquele em casa!”, exclamavam e indagavam os petizes junto dos pais, enquanto entravam e ocupavam o seu lugar.

Auditório

Estava na hora do espetáculo. Durante mais de 60 minutos, Anabela cantou e interpretou pequenos trechos do livro, que deu corpo a este musical. Foram mais de 12 músicas que levaram toda a plateia ao delírio.

No fim a opinião era unânime: “Gostei muito, quando é que vai haver mais um teatro destes?”, questionava Bianca.

Aline não tinha dúvidas: “foi muito especial a nossa tarde com tantas pessoas a assistir a este musical excelente, afinado e contagiante”, destacando ainda que “somos gratos à Santa Casa por promover um momento tão especial”. Já sobre Martim, seu filho, referiu que este “ficou muito animado e que não parou na cadeira, dançou todas as músicas e encantou-se com o colorido da tela, onde os desenhos complementam o enredo das histórias”.

Sobre o musical “Anabela – O meu mundo bom”

Com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, este é um musical que transporta os espetadores para o imaginário das crianças, inspirado e dedicado ao filho da artista, Vicente. É ele o protagonista desta aventura que transporta os espetadores para o universo dos sonhos das crianças, num espetáculo emotivo, lúdico e divertido para toda a família.

O espetáculo é composto por uma interpretação de 12 canções, já editadas em livro. Anabela canta os fascinantes sonhos da infância através de várias canções numa orquestração de Valter Rolo, com canções originais de Fernando Tordo, Luísa Sobral, Rita Red Shoes, Luiz Caracol, Catarina Furtado, Valter Rolo, Rui Melo, Barbara Tinoco, Alice Vieira, Tânia Ribas de Oliveira, Tiago Oliveira entre outros.

O projeto destina-se a todas as famílias com crianças a partir dos 3 anos.

Santa Casa e Meritis renovam bolsas anuais de apoio a jovens talentos nas artes e desporto

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a Meritis – Associação de Apoio a Jovens juntaram-se em 2020, no âmbito de um programa de atribuição de bolsas de mérito anuais nas áreas do desporto e das artes. Esta parceria foi renovada, mantendo-se objetivo principal deste programa a possibilitação da continuidade do percurso de jovens promessas, através de apoio financeiro e logístico.

Mafalda Preto, aluna de bailado na Ballet Júnior da Antuérpia, na Bélgica, e vencedora do prémio Banco Santander, pelo seu prestígio escolar, no ano letivo de 2019-2020; Jasmim Mandillo, violoncelista do quarteto de cordas Rococo Quartet e aluna do Conservatório Nacional de Música; Afonso Pinto, considerado como um dos mais promissores surfistas nacionais; e Nuno Pinheiro, tenista representante da Seleção Regional de Lisboa, que já conta no seu currículo com vários títulos nacionais, na vertente individual e em pares, são os grandes vencedores da edição de 2021 das Bolsas SCML/Meritis 2021.

Bolsas SCML/Meritis

Maria João Matos, diretora de comunicação e marcas da Santa Casa, referiu que este apoio é “uma das linhas estratégicas da SCML, que se traduz no apoio à cultura nacional e na formação dos jovens no que respeita ao seu desenvolvimento humano”, enaltecendo o “mérito destes jovens” e afirmando que “a SCML tem orgulho em proporcionar-lhes condições para a realização dos seus sonhos”.

Já Pedro Couceiro, mentor da Meritis, considera que a continuidade desta parceria com a Santa Casa permite “ajudar a construir, alavancar e melhorar a carreira dos jovens a quem estas bolsas serão destinadas”, concluindo que “existem muitos jovens de mérito para quem uma ajuda, como a que a Mafalda, a Jasmim, o Afonso ou o Nuno terão agora ao seu dispor, significa o poderem progredir imensamente nas suas carreiras”.

Rugby Youth Festival: quando o desporto assume um papel recreativo

O Rugby Youth Festival regressou a Portugal. Aquele que é um dos maiores e mais prestigiados torneios de rugby juvenil do mundo decorreu este fim de semana, 23 e 24 de outubro, no Estádio Universitário, em Lisboa. Esta edição contou, tal como nas anteriores, com vários atletas estrangeiros, ainda que em menor número devido ao atual contexto pandémico.

Ano após anos, o campeonato reúne milhares de jovens, garantindo a presença de formações estrangeiras dos cinco continentes e algumas das nações mais prestigiadas da modalidade nos escalões jovens. Em 2020, apesar da pandemia, o Portugal Rugby Youth Festival teve lugar no dia 17 de outubro, tendo sido uma edição especial, com as adaptações necessárias à nova realidade.

A Misericórdia de Lisboa patrocina este evento desde 2013, sendo que o torneio está enquadrado na estratégia de patrocínios da instituição, nomeadamente de apoio ao talento nacional e ao desporto jovem. Em 2021, 26 crianças e jovens (entre os seis e os 14 anos) apoiados pela Santa Casa puderam, igualmente, viver uma intensa experiência desportiva, com a participação em atividades lúdicas. Além das componentes de competição e de lazer, este evento pretende sensibilizar os mais jovens para o rugby e para os valores associados à modalidade: respeito pelo adversário e espírito de equipa.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Locais únicos e diferenciados de épocas e tipologias muito variadas

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas