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Acolher uma criança é dar e receber amor

“Dar é receber”. Esta é uma das mensagens transmitidas na nova campanha do LX Acolhe, da Misericórdia de Lisboa. São três palavras que traduzem na perfeição o objetivo que fez Vera e Paulo, Marta e Sérgio embarcar na missão de acolher uma criança: dar amor, mas também recebê-lo. Só assim, com a ajuda de famílias que tenham muito afeto para dar e receber, é que o acolhimento familiar da Santa Casa consegue promover os direitos das crianças, proporcionando-lhes um ambiente familiar, indispensável ao seu bem-estar físico e emocional.

Receber uma criança é dar-lhe o afeto, segurança e a confiança essenciais ao seu desenvolvimento. É fazer a diferença. O acolhimento familiar é uma solução temporária, mas essencial para defender crianças em perigo. Nos casos em que é necessário encontrar uma alternativa à sua família, o acolhimento familiar constitui-se como medida prioritária de colocação de uma criança, decorrendo até que a família da criança desenvolva condições para dela voltar a cuidar ou, caso tal não se revele viável, se identifique outro contexto familiar com caráter permanente.

Vera e Paulo sabiam do caráter transitório e temporário que o acolhimento familiar implica. Hoje, o Luís (nome fictício) já não corre pelos corredores da casa deste casal, uma vez que regressou para a família de origem. Na memória de Luís, a Vera e o Paulo ficarão sempre como duas pessoas que foram fundamentais num período difícil daquela criança. Para o resto da vida, Vera e Paulo recordarão sempre aquela criança com o carinho e amor que ela merece.

“Sem dúvida que pondo tudo na balança, a parte positiva, a parte boa, ganha sempre. Ele percebe qual foi a nossa missão naquele espaço de tempo. E isso não tem valor. Ele percebe que a Vera e o Paulo são amigos”, confessa o casal.

Desde 2006 que Portugal tem vindo a assistir a uma diminuição do total das famílias de acolhimento existentes, fruto da ausência de investimento político na sensibilização da comunidade para uma cultura de exercício de cidadania e de corresponsabilização de todos na proteção da infância, o que permitiria a renovação do universo de famílias de acolhimento.

Em 2018, existiam cerca de 150 famílias de acolhimento em todo o país. Só no distrito de Lisboa, 1250 crianças estavam à procura de uma família de acolhimento. Em 2020, esta tendência inverteu-se. Para tal terá contribuído o lançamento pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa da campanha de sensibilização da comunidade e captação de candidatos a famílias de acolhimento, em novembro de 2019. Em dois anos, o Programa LX Acolhe reuniu quase 70 famílias que acolheram já mais de 80 crianças.

 

Simpósio Interações deu origem a um eBook repleto de ideias e recomendações para uma sociedade para todas as idades

Em 2021, durante a pandemia de Covid-19, a Misericórdia de Lisboa conseguiu encurtar a distância que se impunha na altura. A 3ª edição do Simpósio Interações, que decorreu entre janeiro e maio de 2021, foi organizada em 18 sessões temáticas online, todas dedicadas ao debate em torno dos desafios da construção de uma sociedade para todas as idades. Como referiu o administrador da Ação Social da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra, organizar o Interações durante a pandemia “foi um desafio, mas simultaneamente um privilégio por termos conseguido realizar um conjunto de sessões tão importantes”.

Um ano depois, os conhecimentos e as perspetivas dos 85 palestrantes que passaram pelas sessões do Interações estão sistematizadas num eBook, que foi apresentado ontem, 9 de abril, no Fórum Lisboa. Em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e sob a iniciativa do programa Lisboa Cidade de Todas as Idades, o eBook – 3ª Edição do Simpósio Interações permite uma divulgação alargada a todos os interessados nestas matérias, constituindo-se como uma forma de sistematizar os conhecimentos e as diferentes perspetivas apresentadas durante o Interações.

As 182 páginas reúnem projetos e programas nacionais e internacionais, contribuindo para a reflexão sobre as políticas públicas da longevidade, com vista à melhoria dos modelos e práticas que se têm revelado pouco ou nada adequados às necessidades e desejos das pessoas para a sua velhice. O eBook agrega o contributo dos oradores, mas também tem páginas dedicadas à dignidade e inclusão social, ao lazer ou ao suporte comunitário.

“A finalidade deste eBook não está apenas associada ao facto de termos realizado o Simpósio Interações, mas foi feito sobretudo para não perdermos a riqueza dos contributos dos oradores, permitindo uma partilha alargada a todos os interessados nesta matéria. Mas este eBook não pretende ser apenas a compilação das intervenções. Tivemos associado a ele três pressupostos: condensar as ideias chave, organizar as recomendações expressas pelos diversos oradores e sintetizar as ideias divulgadas ao longo das 18 edições”, explica Sérgio Cintra.

A sessão de apresentação contou com a presença da vereadora dos Direitos Humanos e Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, Laurinda Alves, que sugere que o eBook “funcione como documento de cabeceira”. “É algo que podemos consultar. Está lá tudo, está muito afinado até com esta realidade nova da Covid-19”, destaca.

A rede “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” também está neste eBook. Sérgio Cintra e Laurinda Alves partilham da certeza de que o sucesso do trabalho realizado com a população +65 anos da cidade de Lisboa em muito se deve à rede de “homens e mulheres” que fazem com que “Lisboa seja uma cidade para todos, e para todas as idades”.

“Todo o trabalho que temos estado a fazer resulta do esforço, do pensamento e da crítica de um conjunto de pessoas e de entidades. A governação integrada é habitual na área da ação social. Sabemos que os problemas mais complexos não são possíveis de serem ultrapassados por uma única organização”, acrescenta ainda o administrador.

Santa Casa assina acordo de colaboração no âmbito do Programa Sempre Acompanhados

No passado dia 21 de janeiro, foi realizada a apresentação pública do Programa Sempre Acompanhados, uma parceria entre a Fundação “la Caixa”, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Na sessão de lançamento, realizada em Lisboa, estiveram presentes a vereadora de Direitos Humanos e Sociais da CML, Dra. Laurinda Alves, o administrador da área da Ação Social e Empreendedorismo da SCML, Dr. Sérgio Cintra, e do diretor do Programa da Fundação “la Caixa”, Dr. David Velasco.

Criado em 2013, este Programa destina-se a promover relações de apoio e de bem-estar entre as pessoas mais idosas, através de uma intervenção que as capacite, melhor o seu envolvimento na comunidade e sensibilize os cidadãos em geral para prevenir e mitigar as diferentes situações de solidão não desejada. O Programa já está a funcionar em 12 municípios espanhóis, através do estabelecimento de acordos de colaboração entre a Fundação ”la Caixa” e as diferentes câmaras municipais, e tem a participação de entidades sociais locais que executam os seus objetivos no território, contando já com uma rede de mais de 200 entidades sociais associadas, e tendo prestado apoio a mais de 550 pessoas. Face ao sucesso dos resultados obtidos, a Fundação “la Caixa” tem agora a intenção de disseminar o programa no município de Lisboa.

A operacionalização do mesmo assenta num “acordo de colaboração” entre a Fundação “la Caixa”, o Município de Lisboa e a SCML, instituições-chave facilitadoras para o trabalho a desenvolver na cidade, neste âmbito. O Programa será consubstanciado através do lançamento de um Concurso destinado às entidades sociais locais com forte presença no município,e  que possam implementar o projeto, numa fase piloto, nas freguesias de Alvalade e Olivais, o qual, depois de avaliado poderá ser disseminado pelas restantes freguesias da Cidade.

O acompanhamento deste Programa, por parte da SCML, será da responsabilidade da Unidade Missão Lisboa Cidade de Todas as Idades, articulando o seu desenvolvimento com o trabalho que está a ser desenvolvido pelo Projeto RADAR.

Pode assistir à cerimónia de apresentação pública do projeto aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0H_-2RWFeHw

Conheça melhor o Programa e saiba como concorrer aqui: https://fundacaolacaixa.pt/pt/sempre-acompanhados-concurso

Para qualquer questão acerca do Programa ou do Concurso, poderá enviar um email para seniores@fundacaolacaixa.org

Santa Casa leva a magia do Natal de norte a sul do país

Um dia inesquecível no Wonderland Lisboa

À chegada ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, 13 jovens da Aldeia de Santa Isabel (ASI) deparam-se com a magia do Natal que paira no ar graças a mais uma edição do Wonderland Lisboa. Para lá das perguntas sobre o evento e das selfies à entrada do espaço, os olhares focam-se na roda gigante, que está logo ali, imponente, na entrada do mercado de Natal instalado em pleno coração da cidade.

Cedo começam os palpites sobre as sensações que se devem sentir ao andar na principal atração do evento apoiado pela Santa Casa. Umas mais recetivas, outras mais ansiosas, todas embarcam na aventura de verLisboa do topo. Por instantes, o nome daquela roda poderia ser “felicidade”, a julgar pelos sorrisos de alegria e emoção, por vezes pautados por breves frases: “É espetacular, fantástico. Isto é mesmo muito bonito”, ouve-se.

“Para muitas pessoas estar aqui no Wonderland é normal, mas para elas é uma experiência de vida que vai ficar marcada para sempre. Este dia tem muita importância, porque é o reconhecimento do trabalho delas. Elas sabem que, se estão aqui, é porque merecem. Este é um prémio que lhes estamos a dar, é um miminho. Estamos a proporcionar-lhes novas experiências e a dizer-lhes que o horizonte é muito maior do que aquele que elas estão habituadas”, explica a assistente social da ASI, Maria Cristina Leitão.

InterAções: construir novos modelos para um envelhecimento ativo e saudável

Organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no âmbito do programa “Lisboa Cidade de Todas as Idades”, a 3ª edição do simpósio InterAções contou com 86 oradores – entre académicos, investigadores, decisores, empreendedores e outros especialistas na área da longevidade e do envelhecimento – que, ao longo de cinco meses, debateram os desafios que se colocam à promoção de uma sociedade para todas as idades.

As 18 sessões temáticas realizadas online permitiram que os participantes defendessem diferentes pontos de vista e apresentassem soluções (algumas sujeitas a abordagens intersectoriais, multidisciplinares e integradas) adaptadas à realidade dos territórios.

No total das sessões, a 3ª edição do InterAções chegou a mais de 1600 pessoas (incluindo participantes ativos e espetadores), provenientes de norte a sul do país, do Brasil e de vários países europeus.

Na última sessão do simpósio, que decorreu esta quarta-feira, 19 de maio, o debate centrou-se no Livro Verde Para o Envelhecimento e no impulso que este pretende dar ao aprofundamento da reflexão e discussão, tendo em conta a especificidade de cada Estado-membro da União Europeia.

A sessão contou com a participação de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Petra Goran, da Secretaria Geral da Comissão Europeia, Alfonso Montero, European Social Network, Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa, e Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da instituição.

Na sessão de encerramento da terceira edição do Simpósio InterAções, Ana Mendes Godinho começou por elogiar a iniciativa da Santa Casa, defendendo que “o envelhecimento não é mais do que a nossa vida! E, por isso, é importante o envolvimento de todos na construção de uma estratégia de intervenção para a promoção da nossa vida, do envelhecimento ativo e saudável para todos nós”.

Já Edmundo Martinho destacou o debate e o envolvimento de todos como um instrumento valioso na procura de soluções para as questões do envelhecimento e da longevidade na sociedade. “Precisamos de refletir, mas precisamos, sobretudo, que as nossas práticas acompanhem as exigências destes tempos novos, assegurando que os processos do envelhecimento e da longevidade dos cidadãos se desenvolvem em harmonia com o respeito pleno e integral dos direitos humanos”.

Por outro lado, Sérgio Cintra fez um “balanço extremamente positivo” da iniciativa, sublinhando “o amplo debate, a aproximação e envolvimento de parceiros, com vista à melhoria das políticas, a alteração de modelos e das práticas que se têm revelado cada vez mais esgotadas e que pouco ou nada estão adequadas àquilo que as pessoas querem viver na sua velhice”.

3ª edição do InterAções: o balanço

Em entrevista, Mário Rui André, diretor da Unidade de Missão do programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, salienta os desafios que a longevidade coloca à sociedade atual, destaca a importância de reflexão sobre novos modelos de assistência na terceira idade e faz, ainda, um balanço “muito positivo” da iniciativa.

Quais são os grandes desafios de uma sociedade para todas as idades e que temas foram abordados na 3ª edição do InterAções?

Sob o grande chapéu do envelhecimento e longevidade, foram abordados vários temas ao longo das sessões, os quais evidenciaram a complexidade e o enorme potencial de atuação que toda a sociedade tem em mãos para fazer face a este fenómeno global. Desde os aspetos relacionados com as representações sociais da velhice e dos estereótipos idadistas, aos processos de transição para a reforma e necessária adequação das organizações a novos modelos de trabalho, passando pelos desafios associados ao envelhecimento na comunidade (aging in place) na era do digital, até à relação entre o social e a saúde.

A habitação e o espaço público são componentes fundamentais para a inclusão social e devem constituir-se, cada vez mais, como uma alavanca de dinâmicas facilitadoras da permanência da pessoa no seu meio natural de vida, bem como da transição do hospital para a comunidade, com impacto nas políticas relativas à continuidade dos cuidados.

De facto, a pandemia de Covid-19 veio evidenciar que a grande maioria das casas não estão adaptadas ao ciclo de vida. Urge, assim, olhar a habitação como o local onde as pessoas querem viver o maior tempo possível das suas vidas, nas diversas circunstâncias existenciais, onde possam manter laços de interação com o espaço público, os seus direitos de participação e cidadania e receber cuidados de qualidade.

A continuidade dos cuidados ajustados ao paradigma do envelhecimento na comunidade constitui-se como um outro grande desafio. E só é possível com uma gestão eficiente de recursos, tendo por base sistemas de informação integrados, organizações locais resilientes e capazes de realizar mudanças adaptadas às novas exigências, com profissionais qualificados e com uma maior integração e coordenação intersetorial dos níveis de prestação de cuidados sociais e de saúde.

Também o papel dos cuidadores informais na prestação e no planeamento de cuidados de qualidade em contexto domiciliário se revela fundamental, já que na Europa asseguram cerca de 60% dos cuidados prestados aos mais velhos em casa e contribuem, de forma muito significativa, para o controlo de custos dos sistemas de saúde.

A aproximação cada vez maior das pessoas ao contexto sociocomunitário onde vivem, um dos desígnios do aging in place, será tanto mais efetiva quanto maior for a capacidade de inovar, investir e adequar as respostas sociais de proximidade, para que estas se constituam como verdadeiros dinamizadores das relações intergeracionais, da participação e cidadania. Este é mais um desafio para a concretização de uma sociedade para todas as idades.

Que balanço faz desta 3ª edição?

O balanço final deste evento é muito positivo, já que permitiu não só identificar os principais desafios decorrentes do fenómeno da longevidade com que nos deparamos, como também trazer à discussão estratégias, opções e oportunidades de atuação.

O programa “Lisboa, Cidade de Todas as Idades” contribuiu, assim, para abrir um amplo debate, envolver e aproximar parceiros e impulsionar o aprofundamento da reflexão e discussão neste domínio, com vista à melhoria das políticas e da alteração dos modelos e práticas que se têm revelado cada vez mais esgotados e pouco ou nada adequados ao que as pessoas querem para viver a sua velhice.

É de salientar que do total de participantes no simpósio, 16% são colaboradores da Santa Casa, o que permitiu enriquecer os seus conhecimentos na área e potenciar as suas práticas profissionais. Assim, e a um nível interno, o debate que resultou destas sessões vem contribuir para a sustentação daquilo em que a instituição tem vindo a apostar, reforçando a necessidade de continuar a refletir e a adequar a intervenção às reais necessidades e expetativas das pessoas.

As sessões da 3ª edição do InterAções encontram-se disponíveis, para visualização, na página dedicada ao simpósio, aqui.

Abertas as inscrições para o ano letivo 2021/2022 da Escola Profissional Metropolitana

As inscrições para o ano letivo 2021/2022 para a Escola Profissional Metropolitana estão abertas. Com uma oferta variada que vai desde o 3º ciclo até ao ensino secundário, a escola aposta na formação de excelência de futuros músicos, com a particularidade de a formação ser feita em contexto de trabalho, de nível profissional, com as orquestras da Metropolitana.

As admissões para este ano letivo, que decorrem até ao próximo dia 15 de maio, referem-se ao curso básico de instrumento, equivalente ao 9° ano de escolaridade e aos cursos de instrumentista de cordas e teclas e de sopros e precursão, com equivalência ao 12ºano de escolaridade.

Desde 2018 que a Santa Casa e a Metropolitana são parceiras e, por altura de celebração do protocolo, Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa enalteceu o papel da Metropolitana, sublinhando a “excelência artística dos seus artistas e reportórios”, e “a sua capacidade de mobilizar jovens para a aprendizagem musical e de envolver diferentes públicos em diferentes circunstâncias e áreas geográficas”, considerando que a instituição desempenha “um papel social importante, marcado pela sua ação cívica e pela lógica de descentralização cultural”.

Já em tempos de pandemia, a Santa Casa e a Metropolitana uniram-se para dar música aos portugueses. Com as salas de espetáculo fechadas, foram gravados seis recitais exclusivos que são transmitidos todos os sábados, às 21h00, no site da Misericórdia de Lisboa e que juntam pequenos grupos de música de câmara a interpretar grandes compositores como Schumann, Schubert, Beethoven, Piazzola, Bach.

O próximo espetáculo é já no próximo sábado, 6 de março, com o recital “Bach, com Flauta e Piano”, apresentado pela Classe de Flauta do professor Nuno Inácio da Academia Nacional Superior de Orquestra.

A 13 de março o público vai poder ver e ouvir o último recital desde ciclo. “Quarteto para o Fim do Tempo” será interpretado pelo clarinete de Nuno Silva, o violino de Ana Pereira, o violoncelo de Nuno Abreu e o piano de António Rosado.

“Estou Aqui Adultos!”. Santa Casa e PSP mais próximas dos cidadãos

“Um senhor desapareceu de manhã e conseguimos encontrá-lo nesse mesmo dia graças à pulseira ‘Estou Aqui Adultos!’”. A frase é do Comissário da Polícia de Segurança Pública (PSP), Artur Serafim, que, esta quarta-feira, na sede da Associação para Serviço de Apoio Social a Reformados da EPAL, relançou um projeto que começou a ganhar forma em 2015, mas que parece fazer agora mais sentido do que nunca.

A iniciativa é destinada a pessoas que, em função da idade ou da patologia, possam ficar desorientadas ou inconscientes, ainda que momentaneamente, na via pública. Só em 2020, a PSP conseguiu auxiliar 20 cidadãos através desta ação, permitindo de forma rápida e segura o encontro da pessoa com o familiar ou instituição associada ao utilizador da pulseira.

“Em finais de 2016, o programa ficou acessível a todos os cidadãos a nível nacional. A pulseira faz com que a PSP, através do número gravado na mesma, identifique mais rápido o cidadão  em questão. É uma forma de nos ajudar a chegar à sua identificação e localização de forma muito mais segura, ainda que a pulseira não tenha um localizador GPS ou outro sistema de localização”, explica o Comissário Artur Serafim.

Sérgio Cintra, administrador da Ação Social da Misericórdia de Lisboa, deixou elogios à PSP pela iniciativa. Esta entidade tem ajudado a Santa Casa a dar uma melhor resposta na cidade de Lisboa, sobretudo no âmbito do projeto RADAR. Para o administrador, este é um programa que “faz todo o sentido na estratégia de cogovernação da cidade” e que vai ao encontro da missão da Santa Casa.

“Nós e a PSP somos, seguramente, das duas instituições da cidade em que as pessoas mais confiam. Elas sabem que num momento de necessidade nós estamos cá para executar a nossa missão e para apoiá-las. Estar pelas boas causas é apoiar necessariamente este projeto”, considera.

A Misericórdia de Lisboa é parceira do programa “Estou Aqui Adultos!” desde a sua primeira edição, em 2015. A associação da Santa Casa a estas iniciativas da PSP começou em 2012 com o programa “Estou Aqui”, destinado a crianças, com o principal objetivo de zelar pela proteção dos mais jovens e transmitir um sentimento de segurança aos pais.

A pulseira “Estou Aqui Adultos!” em cinco passos essenciais

1) Um cidadão é encontrado inanimado ou desorientado na via pública sem qualquer documento;

2) A pessoa tem no pulso a pulseira com o código alfanumérico e alguém liga para o 112 a informar da situação;

3) A chamada é transferida para o Centro de Comando e Controlo Estratégico da PSP, que fará a identificação do cidadão através do código da pulseira;

4) É enviada uma patrulha da PSP para o local e as autoridades de segurança entrarão em contacto com o familiar/instituição responsável por prestar apoio;

5) Esta ferramenta, segundo garantia da PSP, permite que as autoridades prestem uma resposta mais rápida e mais segura.

As pulseiras são gratuitas, pessoais e intransmissíveis. A inscrição pode ser feita pelo próprio ou através de representante (familiar ou instituição associada ao utilizador) através do endereço de correio eletrónico estouaqui@psp.pt.

Volta a Portugal: a vitória do ciclismo, do desporto e da resiliência

Numa altura de grandes desafios e incertezas, os Jogos Santa Casa voltaram a apoiar a prova rainha do ciclismo português, para satisfação de milhares de entusiastas da modalidade, de atletas, de equipas e da Federação Portuguesa de Ciclismo. A edição deste ano, num formato diferente, foi determinante para garantir o futuro do ciclismo profissional, assumir a modalidade e a Volta como elementos centrais da cultura popular portuguesa e como exemplo de regresso responsável à normalidade.

Nesta edição diferente, os Jogos Santa Casa assumiram-se como Naming Sponsor do evento e patrocinaram a camisola amarela. A “Edição Especial Volta a Portugal Jogos Santa Casa” foi dotada de várias medidas adicionais, visando mitigar ainda mais qualquer risco de contágio de SARS-CoV-2 e a festa foi mais contida, embora em Lisboa se tivesse batido um recorde de assistências, mas com um público com um comportamento muito responsável.

Amaro Antunes, da W52 – FC Porto, subiu ao pódio já com a camisola amarela envergada, que conquistara na segunda etapa, depois de concretizar aquilo que se previa: resistir até Lisboa e aguentar os ataques da concorrência no contrarrelógio.

Não sendo contrarrelogista, o atleta algarvio defendeu-se, este domingo, da melhor forma, selando a conquista da Camisola Amarela, graças ao sétimo tempo na etapa, a 31 segundos do vencedor, concluindo assim a “Edição Especial Volta a Portugal Jogos Santa Casa” com 29h28m57s, menos 42 segundos do que Gustavo César Veloso e menos 52 segundos do que Frederico Figueiredo, que completaram o pódio.

Amaro Antunes acreditou, desde cedo, que poderia ganhar a prova. “Vim para esta corrida motivado e num bom momento de forma”, declarou. Visivelmente emocionado, o algarvio de 29 anos sublinhou que “a equipa foi extraordinária e sem os meus companheiros não estaria a festejar esta importante vitória, porque sempre acreditei que um dia venceria”.

Amaro Antunes vence Volta

Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, defendeu que “a Volta a Portugal tem tudo a ver com os valores e princípios da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e dos Jogos Santa Casa, e que, se em condições normais faz sentido estarmos associados à Volta e ao desporto, este ano, fazia ainda mais sentido. Não podíamos virar costas à Federação Portuguesa de Ciclismo, aos atletas e às equipas. Por essa razão, decidimos apoiar a realização desta Volta tão atípica, mas, ao mesmo tempo, tão solidária”, reforçou.

Por outro turno, Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, era um homem feliz no final da “Volta a Portugal edição Especial Jogos Santa Casa”. “Foi uma vitória brutal! É uma vitória do ciclismo, da modalidade, do desporto e uma demonstração que temos que saber viver nas atuais circunstâncias”, adiantou, sublinhando que “os Jogos Santa Casa assumiram o papel de serem o principal patrocinador da Volta. Foi um apoio fundamental porque permitiu-nos atrair outros patrocinadores. Os Jogos Santa Casa estão connosco nos momentos mais difíceis”, concluiu.

Veja aqui as classificações.

GALERIA DE FOTOS

O fado saiu… à janela. E Lisboa parou para o ver

Aos poucos, a Rua da Mouraria, em Lisboa, foi enchendo-se de pessoas. Chegavam à medida que a música as embalava. Quem do outro lado da rua ouvia a melodia, apressava-se para ver o que se passava naquela janela: era o fado a dar música às ruas que o viram nascer. E foram ficando, separados, batendo o pé contra a calçada e erguendo as mãos ao som da guitarra portuguesa.

Da janela surgia Conceição Ribeiro, de sorriso rasgado e microfone em punho. Mulher da Mouraria, de Alfama, de Alcântara, de Lisboa. “Eu sou uma mulher de todos os bairros”, conta. De mão no peito e olhos postos no céu agradecia a todos pela presença nesta que também é uma homenagem a Amália, “que está lá em cima a ver-nos”.

 

SOL – Saúde Oral em Lisboa. O balanço do primeiro ano

A 20 de agosto de 2019, o primeiro serviço odontopediátrico de Lisboa abria as suas portas ao público. Um ano depois, cerca de 5600 pessoas solicitaram os cuidados do SOL – Saúde Oral em Lisboa, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Cerca de 16 mil consultas foram concluídas pelos dez médicos dentistas e três higienistas orais do SOL, nos últimos 12 meses, sendo que a consulta de Medicina Dentária Preventiva foi a especialidade mais requisitada.

A pandemia travou o aumento destes números, que podiam ser superiores, uma vez que o SOL esteve encerrado cerca de três meses, atendendo apenas situações comprovadamente urgentes.

Este serviço odontopediátrico, gratuito, destinado a todas crianças e jovens até aos 18 anos, que residam ou frequentem um estabelecimento de ensino no concelho de Lisboa, assume-se, cada vez mais, como um complemento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

 

O que dizem os números sobre o primeiro ano de atividade do SOL?

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Polo de inovação social na área da economia social

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas