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Dia Europeu da Terapia da Fala: Quando comunicar é uma dificuldade

“Será que ele tem algum problema?”. Esta é a pergunta que quase sempre antecede uma visita ao terapeuta da fala, o profissional que previne, avalia e trata os distúrbios relacionados com a comunicação, que podem ser tão diversos como problemas de fala, de linguagem, de voz, de audição e de deglutição. Patologias diferentes, mas que têm em comum o facto de afetar a capacidade comunicativa de crianças e adultos, podendo conduzir a problemas como isolamento social e baixa autoestima. Afinal, estas podem ser as consequências de se viver num mundo dominado pela comunicação sem se ser entendido.

“Um dos casos que mais me marcou foi na altura em que trabalhava no serviço de Medicina Física e Reabilitação com adultos, quando recebi um utente que tinha sofrido um AVC e que tinha ficado com afasia. O que me marcou particularmente foi o facto dessa pessoa ser uma figura pública que tinha tido um papel fulcral no planeamento do 25 de Abril. Gostava de contar essa história, mas tinha perdido a capacidade de o fazer”, recorda Margarida Ramalho, Professora Adjunta e diretora do Departamento de Terapia da Fala da ESSAlcoitão. Neste caso em particular, a terapia “era um momento essencial” onde se tentava recuperar a função perdida e, simultaneamente, se procuravam formas alternativas de comunicação.

Quer o paciente seja uma criança de tenra idade, quase sempre a iniciar a aprendizagem da leitura e da escrita, ou um adulto que tenha sofrido um AVC, por exemplo, fornecer aos pacientes a capacidade de comunicar é quase sempre um desafio. Um desafio “recompensador”, nas palavras das Margarida Ramalho, sobretudo por o trabalho do terapeuta da fala ter um impacto direto na vida das pessoas, facilitando “processos que lhes permitem ser quem quiserem”.

“Quando os problemas são ultrapassados, nota-se que as pessoas ficam mais capacitadas em termos comunicativos e isso traduz-se num aumento da segurança, autoconceito e autoestima”, explica a responsável, adiantando que além da intervenção em perturbações da comunicação e da deglutição, o terapeuta da fala trabalha também no aperfeiçoamento da expressão oral, seja em contextos educativos, clínicos ou profissionais.

Atualmente, os terapeutas da fala têm um papel cada vez mais abrangente, apoiando não apenas crianças com dificuldades linguísticas, mas também adultos que desejam melhorar a sua voz, dicção, projeção vocal e confiança ao falar em público. É o caso de apresentadores televisivos ou políticos, que recorrem a estes profissionais não por qualquer problema de saúde, mas para melhorar a respetiva comunicação.

Margarida Ramalho, a recém-nomeada diretora do Departamento de Terapia da Fala da ESSAlcoitão

Margarida Ramalho, a recém-nomeada diretora do Departamento de Terapia da Fala da ESSAlcoitão

Um mundo de dificuldades

É sem dúvida incontestável que a Terapia da Fala cresceu exponencialmente nos últimos anos. Muitos dos problemas desta área são hoje mais facilmente identificados e diagnosticados, os cidadãos estão mais consciencializados para a importância de procurarem um especialista precocemente – quer diretamente, quer através do encaminhamento de profissionais de saúde e de educação -, e a evidência científica trouxe mais suporte às metodologias utilizadas. Por outro lado, com o aumento das áreas de intervenção, surgiu também a necessidade dos terapeutas se especializarem, para conseguirem responder a uma vasta gama de problemas que afetam a comunicação, a linguagem, a fala, a deglutição e a alimentação.

Mas se a Terapia da Fala tem evoluído, as dificuldades têm crescido na mesma medida, sobretudo ao nível da procura por estes profissionais, especialmente na área pediátrica: “Atualmente, um dos maiores desafios é garantir o acesso atempado a cuidados especializados, sobretudo no setor público, onde ainda há carência de terapeutas da fala em algumas regiões”, refere a diretora do Departamento de Terapia da Fala da ESSAlcoitão, destacando a necessidade de se sensibilizar a população para a diversidade de áreas de intervenção da terapia da fala, que vão desde a neonatologia até à reabilitação de doentes neurológicos, sem esquecer o trabalho com profissionais da voz.

“Outro desafio prende-se com a digitalização dos serviços de saúde, que impõe a adaptação de metodologias de intervenção para contextos online, garantindo sempre a qualidade da prestação dos cuidados”, acrescenta a responsável.

Este ano, o Dia Europeu da Terapia da Fala assinala-se sob o lema “Potenciar o ambiente linguístico das crianças”, tema lançado pelo European Speech and Language Association (ESLA).

Santa Casa inaugura novo centro de acolhimento para pessoas em situação de sem teto e requerentes de proteção internacional

O Centro de Alojamento Temporário da Saudade, destinado a acolher pessoas sinalizadas em situação de sem teto e requerentes de proteção internacional, com vista a promover o desenvolvimento de competências pessoais, sociais, educacionais e profissionais, foi inaugurado esta quarta-feira, 5 de março, na presença da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, do Provedor da Santa Casa, Paulo Sousa, do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, do patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, e de representantes de várias instituições da cidade.

Na sua intervenção, o Provedor começou por dizer que este é mais um momento importante da vida Misericórdia de Lisboa, salientando que este centro “é mais uma resposta essencial para a cidade de Lisboa e que reforça o compromisso secular da instituição, de apoiar os mais vulneráveis e desprotegidos”.

Depois da abertura do Centro de Alojamento Temporário do Grilo, no final do ano passado, que veio dar resposta à necessidade de providenciar alojamento temporário a pessoas que, embora recebam rendimentos, não conseguem aceder a habitação própria, esta nova Unidade, com 17 quartos, vem reforçar a capacidade instalada de alojamento temporário da instituição.

Para além do alojamento temporário de emergência, o centro disponibiliza um conjunto de serviços e valências básicas como a lavagem e tratamento de roupa, o provimento de pequeno-almoço, um banco de roupa, atividades pedagógicas, ocupacionais e de capacitação e ainda cuidados de saúde, em articulação com as Unidades de Saúde da Santa Casa e do Serviço Nacional de Saúde.

Paulo Sousa salientou que a problemática das pessoas em situação de sem abrigo e requerentes de asilo têm sido uma prioridade para a administração da Santa Casa, que tem desenvolvido respostas e planos que promovam “a capacitação, aquisição e desenvolvimento de competências para uma reintegração plena na sociedade”.

“Continuaremos a trabalhar diariamente com o objetivo de reforçar e ampliar as nossas respostas e rede de apoio territorial, apostando em medidas preventivas para uma sociedade mais justa e inclusiva”, frisou o Provedor.

Já Carlos Moedas identificou como prioritário que as instituições da cidade continuem “este trabalho de colaboração”, destacando o papel que a Santa Casa tem tido no apoio “aos que mais necessitam”.

“A Santa Casa é uma organização irmã da Câmara Municipal de Lisboa e é inspirador o trabalho que a Santa Casa tem feito na cidade”, destacou o autarca, complementando que é “crucial o investimento que a instituição tem feito nesta área de atuação”.

A identificação e encaminhamento para esta nova resposta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) é feita pelas equipas técnicas da Unidade de Emergência e da Ação Social da SCML, pelos gestores de processo do Núcleo de Planeamento e Intervenção com Pessoas em Situação de Sem Abrigo e por outras entidades do concelho.

A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social acrescentou que “o trabalho de proximidade e colaborativo entre a Santa Casa e a Câmara Municipal de Lisboa, juntamente com o Estado é essencial para que respostas como esta possam ser uma realidade”. 

Maria do Rosário Palma Ramalho frisou ainda que “não basta apenas dar um teto. É importante, para além de garantir uma residência, ajudar as pessoas a reencontrar o seu projeto de vida”. 

Desta maneira, a Santa Casa passa agora a dispor de sete equipamentos de alojamento temporário e de emergência direcionados a públicos vulneráveis e com respostas sociais adaptadas às problemáticas das pessoas acolhidas. Exemplo disso são as unidades da Misericórdia de Lisboa destinadas a antigos reclusos, jovens com percursos de institucionalização, mulheres com filhos e pessoas com necessidade de acompanhamento terapêutico.

Valor T em ações de divulgação pelo país

A Valor T, agência de empregabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para pessoas com deficiência, continua a divulgação do seu trabalho pelo país, à boleia da nova Rede Valor T IES, criada no âmbito do protocolo celebrado em setembro de 2024 entre a Santa Casa, a Direção-Geral do Ensino Superior e 21 Instituições de Ensino Superior.

Esta rede tem como objetivo contribuir para a empregabilidade dos diplomados do Ensino Superior com deficiência e facilitar o percurso de transição para o mundo do trabalho, potenciando os recursos científicos, técnicos e humanos existentes e criando pontes entre diferentes agentes que podem fazer a mudança. Para isso, foi lançada uma campanha de divulgação num Plano de Ação para 2025, com um total de 170 ações.

A mais recente decorreu no passado dia 22 de fevereiro, dia em que a Associação de Antigos Alunos da Universidade de Aveiro e o GUIA – Gabinete de Apoio ao Estudante organizaram a 6.ª Edição do Alumni Talks – “Talento e Transformação”, na qual Vanda Nunes, diretora da Valor T, apresentou o projeto.

Já antes desta iniciativa tinha decorrido, ainda em janeiro, o webinar “A Educação Inclusiva no Ensino Superior: Construindo um ambiente académico para todos e todas”, dirigido a docentes e não-docentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco, bem como uma ação de divulgação da Valor T aos estudantes com Necessidades Educativas Específicas e aos Alumni da Universidade de Aveiro.

Já no mês de fevereiro, o trabalho desenvolvido pela Valor T e pela nova Rede Valor T IES foi apresentado na reunião de Senado da Universidade de Lisboa, órgão consultivo de representação da Comunidade Académica e das Escolas que integram a Universidade.

A Valor T passou depois pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, num encontro de divulgação dirigido a alunos e alunas com Estatuto de Estudante NEE (Necessidades Educativas Especiais).

Próximas ações da Rede Valor T IES

  • 5 de março | Participação da Valor T no Encontro Feira de Emprego 2025 da Universidade Lusófona – Centro Universitário Lisboa;
  • 10 a 14 de março| Presença da Valor T na Semana da Empregabilidade do Instituto Politécnico de Setúbal;
  • 12 de março | Encontro de apresentação da Valor T e da Rede Valor T IES e de sensibilização para a diversidade e a inclusão, dirigido à Comunidade Académica do Instituto Politécnico de Beja;
  • 19 de março | Presença da Valor T na UAlg Careers Fair, da Universidade do Algarve.

Já pode conhecer a agenda sociocultural para março e abril

Com o objetivo de promover a interação entre diferentes faixas etárias, fomentar a cultura e combater estereótipos relacionados com a idade, a iniciativa volta a oferecer um vasto leque de atividades durante os meses de março e abril.

Vários equipamentos sociais da Santa Casa prepararam uma programação diversificada, com atividades lúdico-recreativas, manuais e artísticas, intelectuais, de aprendizagem e até religiosas e espirituais. Entre as opções estão ateliers de pintura, clubes de leitura, formações de literacia digital e atividades de exercício físico.

A comunidade está convidada a participar e a conhecer de perto o dinamismo desses espaços, que se abrem para todos os públicos, reforçando um ambiente inclusivo e enriquecedor para todas as idades.

Conheça a programação completa aqui.

Conheça os Meios Complementares de Diagnóstico disponíveis no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão

O Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA), equipamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e referência ímpar na sua área de atuação, dispõe de diversos Meios Complementares de Diagnóstico, que estão disponíveis para utentes em tratamento ambulatório no CMRA, mas também para utentes referenciados por outras instituições. Conheça as diversas valências:

CENTRO DE MOBILIDADE

Único no país e integrado no Programa Europeu Autonomy, tem como objetivo a criação de formas alternativas de condução para pessoas com deficiência. É realizada uma avaliação e nos casos em que há potencial para licenciamento da condução e são equacionadas e relatadas as adaptações necessárias a realizar no veículo.

Pessoa utiliza simulador de condução

LABORATÓRIO DE MARCHA

O laboratório permite registar e analisar de forma rigorosa e detalhada a forma como caminhamos e, assim, dar indicações sobre o melhor tratamento para cada caso.

Exames:

  • Registo videográfico do ortostatismo e da marcha;
  • Análise cinemática e dinâmica do movimento;
  • Análise da dinâmica articular;
  • Eletromiografia dinâmica telemétrica;
  • Análise do apoio em dinâmica postural;
  • Análise baropodográfica estática e dinâmica;
  • Posturografia.
Utente trabalha a marcha no CMRA

LABORATÓRIO DE ANÁLISE DA POSIÇÃO DE SENTADO (LAPoSe)

Realiza a avaliação completa e precisa do posicionamento em cadeira de rodas. Utiliza um sistema computadorizado de análise de pressões e uma vasta gama de sistemas e dispositivos de posicionamento e segurança, de forma a obter o posicionamento mais cómodo, mais funcional e mais seguro para cada pessoa na cadeira de rodas.

LABORATORIO DE ACESSO À TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO (LATeC)

Tem como objetivo a avaliação, intervenção, investigação e desenvolvimento dirigidos a utentes com dificuldades de comunicação. Encontra-se equipado com um conjunto de tecnologias de apoio na área da comunicação e do acesso ao computador, que são selecionadas de acordo com as características individuais e com consequente treino da sua utilização.

ESTUDOS URODINÂMICOS

Contribuem para a avaliação, orientação terapêutica e seguimento de pessoas com bexiga neurogénica de variadas etiologias, orientando os clínicos para o treino vesical adequado a cada indivíduo. A avaliação pré e pós-operatória na incontinência urinária do sexo feminino e o estudo e seguimento de indivíduos com patologia prostática são outras indicações para este tipo de exames de diagnóstico.

FISIOPATOLOGIA RESPIRATÓRIA

Para a avaliação da função respiratória em crianças e adultos, dispõe de uma cabine de pletismografia adaptada para utentes em cadeira de rodas.

Exames:

  • Eletrocardiograma;
  • Espirometria;
  • Plestismografia;
  • Prova de broncodilatação;
  • Estudo de pressões máximas;
  • Gasimentria arterial em repouso;
  • Oximetria digital em repouso.
Utente faz exame respiratório

Recorde-se que o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão dispõe de acordos e convenções com as principais seguradoras e subsistemas de saúde e equiparados, incluindo o Serviço Nacional de Saúde. Para mais informações, consulte a secção “Acordos”. Em caso de dúvida entre em contacto com o CMRA ou com a sua entidade financiadora.

Utentes do Centro de São José contam histórias de circo que se confundem com histórias de vida

O espetáculo tem de continuar. Ilídio Quintiliano, um antigo utente do Centro de São José, infelizmente já desaparecido, trabalhou num circo durante 40 anos, numa das mais difíceis profissões do mundo: ser palhaço. As histórias das palhaçadas e de quem com elas se riu, com o que a memória permitiu e a imaginação complementou, ficaram registadas em manuscritos guardados por aquele equipamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e agora voltaram à vida. Porque, nunca é demais repetir, o espetáculo tem mesmo de continuar.

Assim, um grupo de utentes do Centro desenvolveu o projeto Histórias de Circo, num processo de expressão dramática, com vários passos ao longo de um ano, que resultou numa pequena, mas representativa peça de teatro, agora apresentada noutros equipamentos da Misericórdia de Lisboa.

“Quisemos dar vida a estas histórias. Começámos por trabalhar com sessões de conto, depois fizemos máscaras de algumas personagens e, por fim, deu-se o processo de expressão dramática”, explica a monitora Liliana Fernandes, no camarim improvisado no Centro de Desenvolvimento Comunitário da Charneca, o palco de hoje.

Monitora Liliana Fernandes sorri

Monitora Liliana Fernandes coordena o projeto

Ao seu lado, além do monitor Diogo Ribeiro, tem seis utentes, todos já devidamente caracterizados e prontos a entrar em cena. A narradora, o apresentador, o palhaço, a bailarina, o mágico e o trapezista. São eles quem tem a missão de encarnar as histórias circenses deixadas por Ilídio Quintiliano.

Paulo Almeida é o trapezista, mas na vida real os seus trapézios foram outros. Nunca andou por estas artes, mas chegou bem a tempo.

“Nunca participei em teatros, esta é uma experiência única. Gosto do convívio. Assim que me convidaram aceitei logo, nem pus qualquer obstáculo, porque tinha a curiosidade de saber o que é pertencer a um grupo de teatro. Nem sabia a história, fui à descoberta! Represento um trapezista que já não executa a profissão há muito tempo, mas volta a tentar. E tem uma utilidade muito grande para a minha vida…”, deixa escapar Paulo, num tom repentinamente mais sério.

Paulo Almeida interpreta o papel de um trapezista que quer voltar aos palcos

Sem querer, Paulo Almeida chocou com uma personagem que tem, afinal, muito que ver consigo. E é a monitora Liliana quem dá a primeira pista: “É curioso, porque se adequa à própria história de vida do Paulo. Ele teve um problema de saúde e ficou retirado dos seus palcos da vida, da sua profissão. E isto trouxe-o de volta para a sua vida laboral”.

Paulo, tal como Santini, o nome da sua personagem, vai tentar o regresso ao seu trabalho de sempre. E se Santini o fará na peça de teatro dentro de minutos, Paulo vai fazê-lo já na próxima semana.

“Desde os 13 anos que trabalhei na construção civil. Estive 20 anos fora de Portugal, em Angola. Mas, infelizmente, derivado a doença, tive de voltar para Portugal para me tratar. E agora é o recomeço da vida, como o trapezista. Dá ânimo… Até me emociono…”, confessa Paulo Almeida, com uma lágrima a escorrer-lhe na face.

Paulo, juntamente com Ângelo, Nélson, Vanda, Inês e Máximo, dirigem-se então para o palco. É hora de subir o pano e começar o espetáculo. Senhoras e senhores, meninos e meninas, são Histórias de Circo. E de vida também.

Santa Casa foi exemplo do papel das mulheres na evolução das cidades na Semana da Reabilitação Urbana

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) foi protagonista numa das conferências da Semana da Reabilitação Urbana, o maior evento nacional dedicado aos temas da habitação, construção e sustentabilidade. Numa iniciativa subordinada ao tema “O Papel das Mulheres na Evolução das Cidades”, a Instituição foi apontada como exemplo, desde logo por ter sido fundada por uma mulher, a Rainha D. Leonor, como destacou Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Misericórdia de Lisboa.

“A Santa Casa é uma das instituições mais emblemáticas do nosso país e, desde a sua fundação por uma mulher, a Rainha D. Leonor, atua para o bem-estar social e para a promoção da dignidade humana. Mas a sua missão compreende também o compromisso de preservar, valorizar e rentabilizar o seu património com a finalidade de criar respostas sociais e gerar receitas que possam reverter para as suas causas”, lembrou Helena Lucas na sua primeira intervenção da tarde, com o título “Construir cidade – O contributo da SCML”, que decorreu na Fábrica do Pão, no Beato Innovation District.

Após a intervenção de Maria de Fátima Reis, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e secretária-geral da Academia Portuguesa da História, com uma perspetiva histórica do papel das mulheres na construção das cidades, decorreu uma mesa redonda que juntou Helena Lucas, Margarida Ordaz Caldeira, Sofia Galvão, Helena Roseta e Inês Lobo.

Mais uma vez, a diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da Santa Casa realçou o papel feminino nesta área, comparando mesmo as virtudes atribuídas às mulheres com aquelas que a Misericórdia de Lisboa tem apresentado no seu trabalho.

“As mulheres têm uma resiliência e uma capacidade de fazerem várias coisas ao mesmo tempo e de se adaptarem. E eu acho que é isso que a Santa Casa faz: é resiliente, tem capacidade de garantir e se responsabilizar por diversas áreas e consegue adaptar-se às necessidades da sociedade. É isso que tem feito ao longo destes cinco séculos”, terminou Helena Lucas.

Refira-se que a área do património tem sido uma das prioridades da Misericórdia de Lisboa nos últimos meses, com uma forte aposta na sua valorização, inerente ao Plano de Reestruturação que a Instituição tem em curso e cujas bases passam pela rentabilização de ativos, otimização de serviços e equipamentos e alienação de património sem possibilidades de rentabilização ou em estado avançado de degradação, no âmbito de um programa de investimento e desinvestimento.

Estas medidas impactam diretamente noutra área fundamental, a habitação, e a Misericórdia de Lisboa pretende reforçar o número de imóveis no mercado de arrendamento habitacional, à medida que foi reabilitando o seu património. Esta constitui, de resto, uma das mais importantes medidas do Plano de Reestruturação, pois potencia o seu património enquanto fonte de rendimento e, simultaneamente, disponibiliza mais frações para o mercado de arrendamento habitacional em Lisboa.

Exposição “Cidade feita pelas mulheres”

No primeiro dia da Semana da Reabilitação Urbana, um evento com organização da Vida Imobiliária e com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi inaugurada a exposição “Cidade feita pelas mulheres”, na qual foram destacados os principais rostos femininos que tiveram um papel ativo na transformação de Lisboa e não só.

Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa, e Ângela Guerra, administradora da Instituição, tiveram oportunidade de visitar a exposição e contemplar um painel inteiramente dedicado à Rainha D. Leonor, também chamada de Rainha das Misericórdias pelo seu contributo pioneiro e determinante nesta área.

HOSA dispõe de exames de imagiologia com a tecnologia mais avançada

O Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA) constitui-se como um Hospital de referência na área da Ortopedia e Traumatologia, dispondo de um conjunto alargado de serviços de saúde de proximidade.

Destacando-se pela qualidade e inovação dos seus serviços, dispõe de uma oferta alargada de exames, especialidades clínicas e cirúrgicas, serviços de enfermagem e um Centro de Imagiologia – com equipamentos diferenciados e de última geração, incluindo TAC e Ressonância Magnética.

Para comodidade dos seus utentes, o Hospital Ortopédico de Sant’Ana dispõe de acordos e convenções com as principais seguradoras e subsistemas de saúde e equiparados, incluindo o SNS.

Para mais informações consulte a secção “Acordos” no site do HOSA e em caso de dúvida entre em contacto com a equipa do Hospital ou com a entidade financiadora.

Para mais informações sobre os serviços disponíveis e para marcação de consultas e exames, visite o site do HOSA.

“Mãos conVida”: uma exposição que celebra a força e a beleza das mãos que cuidam

O Departamento de Terapia Ocupacional da ESSALcoitão, da Santa Casa, que trabalha a problemática das deficiências físicas e mentais, entre outros racionais, juntamente com a Casa de Saúde da Idanha – Irmãs Hospitaleiras, desenvolveram uma exposição que pretende ser um espaço de inspiração e reconhecimento do valor das mãos, que moldam o presente e constroem o futuro.

A exposição, integrada em vários espaços da escola e que estará patente até ao final de março, é composta por várias peças que representam não só o papel das mãos na centralidade do cuidar, mas também na perspetiva de como são o instrumento que dá forma à imaginação e ao talento.

Os visitantes terão assim a oportunidade de apreciar um conjunto de peças que vão desde a pintura aos bordados, passando pela escrita e modelação de matérias-primas, como a madeira e a argila.

Ainda no âmbito da exposição, no dia 11 de março, a escola acolhe um grupo de artistas, autores de algumas das peças expostas, para a dinamização de um workshop com os alunos da licenciatura em Terapia Ocupacional. A fechar o mesmo mês, no dia 27, é a vez dos finalistas do curso receberem a visita do projeto de rádio “Lado a Lado” para a realização do podcast da rádio “Uma loucura por dia nem sabes o bem que te fazia”.

A 6.ª edição do RISE for Impact já tem projetos apurados para a próxima fase

O RISE for Impact – um programa da Casa do Impacto delineado para transformar as ideias em soluções tecnicamente viáveis e financeiramente sustentáveis, com o objetivo promover soluções para problemáticas ambientais e sociais – é constituído por 4 fases.

A Fase de Pré-Seleção das Candidaturas (uma Open Call em que foram recebidas 93 candidaturas e selecionadas 30 para passar à fase seguinte); a Fase de Pré-Aceleração (um Bootcamp intensivo com os projetos selecionados, onde os participantes passaram por sessões contínuas de trabalho, tendo sido selecionados 10 projetos); a Fase de Aceleração ou Capacitação (em que durante 12 semanas os 10 projetos selecionados receberão uma bolsa mensal, formação, acesso a Workshops, Masterclasses e Mentoria para potenciar os seus modelos de negócio e Sustentabilidade, terminando num Demoday com uma sessão de pitch para a seleção de três projetos finalistas); e a Fase de Pós-Aceleração ou Incubação (em que os três projetos finalistas passarão para a Fase de Incubação e receberão um prémio de 1.500 euros, Mentoria, horas de acompanhamento, acesso ao espaço de Incubação e uma bolsa mensal), são as quatro fases que compõem o RISE for Impact.

O RISE terminou a segunda fase, sendo já conhecidos os 10 projetos selecionados para passar para a fase de Capacitação:

Curious Cotton é um projeto que se foca em promover rotinas sem stress, incentivando práticas de auto-cuidado através de ferramentas digitais e lembretes físicos sustentáveis e ajudando Empresas e Instituições Sociais a cuidar do Bem-Estar das suas pessoas, através da moda.

DAT – Dança, Arte e Terapia visa promover o Bem-Estar individual e comunitário através da arte, especialmente a dança, como ferramenta de transformação social.

GreenDash é uma plataforma baseada na Web e alimentada por IA, concebida para simplificar e automatizar o processo de criação de Relatórios de Sustentabilidade em conformidade com a CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive) europeia.

Impacte é uma plataforma de Finanças Sustentáveis que permite aos utilizadores criar um Impacto Social e Ambiental positivo, associando automaticamente uma parte das suas despesas diárias a carteiras de investimento diversificadas e alinhadas com os seus valores.

Lampsy Health é um dispositivo protegido por patente que aumenta a segurança e a qualidade de vida das pessoas com Epilepsia. Notifica imediatamente a família e os contactos de emergência durante uma crise, assegurando uma atenção médica imediata. Discretamente integrado numa lâmpada, o Lampsy ajuda os utilizadores a evitar o estigma, permitindo-lhes viver de forma independente e confiante.

Lask Portugal aborda o problema social do acesso limitado a assistência jurídica acessível e fiável para os Imigrantes. Navegar na Imigração pode ser complexo e, por isso, este projeto simplifica o processo através de uma plataforma que garante o acesso de Imigrantes a advogados qualificados com conhecimentos jurídicos especializados nesses temas, pedidos de visto, patrocínio familiar, autorizações de trabalho ou outras questões de Imigração.

NOSHAME Movement é uma iniciativa social focada em desmistificar a Saúde Mental masculina, combatendo o estigma associado à depressão em homens, através da união do desporto de endurance, diálogo e inclusão.

Royaltea é a primeira linha de refrigerantes 100% guilt-free no mercado português. Os Fundadores, que enfrentaram a obesidade na infância, compreenderam cedo o impacto das escolhas de consumo na saúde e resolveram criar este projeto.

The Queer Spot é uma aplicação inovadora criada para ajudar a comunidade LGBTQ+ a explorar novos espaços e eventos, oferecendo uma experiência gamificada com uma curadoria de eventos baseada em inteligência artificial (IA).

Usawa Care tem como objetivo integrar pediatras através da tecnologia, para permitir que cada médico apoie 10 vezes mais pacientes, tornando os cuidados acessíveis às famílias necessitadas e ajudando a resolver a escassez global de médicos.

O culminar desta edição do RISE for Impact acontecerá em julho de 2025, com uma sessão final de pitch, onde serão decididos os vencedores e atribuídos prémios de 3.000 euros para o primeiro classificado, 2.000 euros para o segundo e 1.000 euros para o terceiro.

 

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde

Unidades da rede nacional

Unidades que integram a rede de cobertura de equipamentos da Santa Casa na cidade de Lisboa

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas