logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

2021 em revista. Entre o confinamento, a esperança e as Boas Causas da Santa Casa

O ano de que nos despedimos iniciou-se mais auspicioso do que qualquer outro. A vacinação contra a Covid-19 permitia ter esperança no regresso a uma vida “normal”. Num ano novamente marcado pela pandemia de Covid-19, a instituição soube adaptar-se a esta “nova realidade” para dar resposta aos desafios sociais mais urgentes, ao ajudar e cuidar de quem mais precisa.

2021 trouxe vários desafios e muitas mudanças. E dizer que 2021 foi um ano agitado seria, a par do que aconteceu o ano passado, um mero eufemismo. A pandemia não desapareceu. O seu impacto observa-se, por exemplo, no aumento do número de pessoas em situação vulnerável, o que levou mais cidadãos a recorrerem aos serviços da Misericórdia de Lisboa.

Foi um ano extremamente difícil para todos, onde palavras como solidariedade, superação, coragem, dedicação e empenho ganharam ainda mais sentido. Enquanto o país se fechava para tentar travar a propagação do vírus SARS-CoV-2, a Santa Casa esteve, desde o primeiro momento, na linha da frente a garantir o apoio a quem mais precisa. Recorde aqui algumas ações levadas a cabo pela Misericórdia de Lisboa.

Janeiro

O ano começa com uma notícia de esperança. Os utentes e os colaboradores do Lar da Mitra – Polo de Inovação Social, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Era o início da vacinação nos lares da Santa Casa. Inicialmente foram abrangidos cerca de 800 utentes e funcionários dos lares da instituição. Profissionais e internados em unidades de cuidados continuados e noutros equipamentos de saúde também foram incluídos no plano de vacinação.

Já arrancou a vacinação nos lares da Misericórdia de Lisboa

Fevereiro

Durante o confinamento, o Centro de Acolhimento Infantil Victor Manoel (CAI), também conhecido por Vítor Manuel, abriu portas para filhos e dependentes de trabalhadores que asseguraram serviços essenciais para a comunidade, tendo sido uma das sete creches que estiveram abertas no concelho de Lisboa.

CAI Victor Manoel

Ainda em fevereiro, surge-nos um retrato da saúde mental. A pandemia chegou e com ela trouxe o confinamento, o distanciamento físico, o medo da infeção, a crise económica e a incerteza. Os planos foram suspensos e os hábitos reajustados. O segundo confinamento agravou a ansiedade e o stress, mas Arlete, Rodrigo e Carla encontraram na Unidade W +, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, um porto de abrigo.

Março

Na semana em que se assinalou o Dia Internacional da Mulher, a Santa Casa apresentou duas entrevistas com mulheres que atuam em diferentes áreas da Santa Casa e que nos falaram das dificuldades de outras mulheres. Ana Sofia Branco, assistente social e coordenadora da Equipa de Acolhimento dos Requerentes de Asilo e Recolocados, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi a segunda convidada.

Num campo oposto, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, visitou a Misericórdia de Lisboa para assinar um protocolo de cooperação que permitiu a entrada em funcionamento de uma casa de autonomia em Lisboa, destinada a acolher jovens provenientes de centros educativos com medidas de supervisão intensiva.

Abril

No início de abril, o Presidente da República proporcionou uma tarde diferente ao levar afetos (ainda que confinados) aos utentes e trabalhadores da Quinta Alegre. Numa altura em que a vacinação nos lares estava quase completa, a presença de Marcelo Rebelo de Sousa nesta ERPI da Santa Casa foi também uma forma de mostrar a todos “que é possível visitar lares, sendo a Quinta Alegre bom exemplo disso”.

Maio

“Transformar” foi uma das palavras mais usadas pela Santa Casa em 2021. A Misericórdia de Lisboa apresentou, a 1 de maio, a Valor T, a agência de empregabilidade dedicada a pessoas com deficiência. A Valor T – o “T” traduz-se em talento e transformação – nasceu com o objetivo de ajudar, apoiar e suportar pessoas com deficiência na construção de carreiras profissionais estáveis e adequadas às capacidades de cada um, contribuindo para a transformação da vida destas pessoas.

Rapaz em cadeira de rodas com um papel com T

Maio fica também marcado pela distinção que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social deu à Santa Casa pelo projeto das Unidades de Retaguarda para idosos, criadas em março de 2020 e pela inauguração do Centro Intergeracional Ferreira Borges, na freguesia de Campo de Ourique, com o objetivo de alterar o paradigma da longevidade na cidade, promovendo um envelhecimento ativo, saudável e inclusivo.

Junho

Já no verão, os Estados-membros deram, em Lisboa, “um passo gigante” no combate à situação de sem-abrigo. O contributo de instituições como a Santa Casa foi fundamental para a Europa alcançar os objetivos traçados. Aumentar o diálogo sobre a exclusão social e garantir progressos concretos nos Estados-membros na luta contra a situação de sem-abrigo são alguns dos objetivos da nova Plataforma Europeia de Combate à Situação de Sem-Abrigo.

Sala da Conferência de Alto Nível

Julho

A Misericórdia de Lisboa celebrou 523 anos a 2 de julho. Tal como em 2020, esta data voltou a ser celebrada num formato totalmente digital. As festividades realizaram-se com a tradicional celebração eucarística, presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, acompanhada de um coro e de uma ação de graças, numa transmissão streaming, em direto da Igreja de São Roque.

Agosto

Já em pleno verão, o SOL – Saúde Oral em Lisboa celebrou dois anos a cuidar dos sorrisos dos mais jovens. Em 2019, a Santa Casa inaugurava o SOL – Saúde Oral em Lisboa, uma unidade de medicina dentária para crianças e jovens até aos 18 anos residentes ou a estudar no concelho. Abriu com objetivos muito claros: melhorar os índices de saúde oral da cidade e tornar-se num centro de referência. Os cuidados prestados são isentos de pagamento, independentemente da condição social ou económica dos pacientes.

Setembro

2 de setembro foi um dia histórico para o ciclismo e para as mulheres. A primeira Volta a Portugal feminina em bicicleta arrancou do Marquês de Pombal, em Lisboa, e contou com o apoio dos Jogos Santa Casa. Era uma pretensão do ciclismo feminino há muito tempo. A Volta inaugural chegou em 2021, com um percurso total de 259,3 quilómetros, divididos por quatro etapas, quase um século depois da primeira edição masculina ajudar a cimentar a popularidade de uma das modalidades mais acarinhadas no país.

1ª Volta a Portugal Feminina

Um passo enorme. A Santa Casa disponibilizou 91 camas para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. O contrato-programa, que prevê a disponibilização das camas, foi assinado a 15 de setembro, entre a Misericórdia de Lisboa, a ARS Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto da Segurança Social. As 91 camas pertencem à nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados Rainha Dona Leonor (UCCI RDL), antigo Hospital Militar da Estrela, em Lisboa. A unidade da Santa Casa está a receber os utentes de forma faseada.

Assinatura contrato SCML, ARS e ISS

Parece que foi ontem, mas o Totobola fez 60 anos. Em 1961 nasceu o jogo que colocou um país inteiro a cantar “Totobola 1×2”. Seis décadas depois, com algumas mudanças pelo percurso, continua fiel à sua missão: apoiar boas causas. Na celebração do seu 60º aniversário, o primeiro jogo de apostas desportivas mútuas em Portugal anunciou algumas alterações, que entraram em vigor no concurso normal nº 39/2021. O jogo social passa a atribuir melhores prémios, possibilitando uma valorização do «Super 14», nos ciclos de jackpot. Apesar das mudanças, continua a manter-se tudo tão simples como 1×2.

Outubro

Cultura em tempo de pandemia. Organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a 33ª Temporada Música em São Roque (TMSR) decorreu num formato misto, com transmissão online e presença de público. De 15 de outubro a 12 de novembro, Lisboa foi palco de dez concertos ímpares e imperdíveis. A edição, que contou novamente com o maestro Filipe Carvalheiro como diretor artístico, incluiu algumas das orquestras e coros mais conceituados do panorama da música clássica portuguesa.

Ainda em outubro, a Casa do Impacto celebrou o terceiro aniversário na Lisboa Social Mitra. Para celebrar mais um ano de atividade a fazer a diferença, a impulsionar o empreendedorismo português e a encontrar novas soluções, a Casa do Impacto organizou um evento dedicado à importância da inovação e do empreendedorismo de impacto na resposta aos desafios no país, como a crise climática, as desigualdades, o desemprego e a saúde.

Novembro

100 obras concluídas. É um número impressionante e que merece ser destacado. O apoio do Fundo Rainha D. Leonor chegou às 100 obras concluídas. Desde o seu nascimento, foram atribuídos mais de 23 milhões de euros às misericórdias portuguesas. 140 instituições e 143 projetos apoiados. São estes os números do apoio que o Fundo Rainha D. Leonor já prestou às misericórdias portuguesas.

Falar em Santa Casa é falar em família. Por essa razão, fica a sugestão para assistir ao vídeo “Para Sempre Família”. Orlando e Cristina começaram, em 2018, a missão de devolver a infância a crianças em risco. Cedo perceberam que este dom de fazer a diferença foi o melhor que a vida lhes deu, foi “uma bênção”. São pais, amigos e protetores. São cúmplices nesta tarefa de tornar melhor a vida de alguém. Que amor é este que une crianças e famílias de acolhimento para sempre?

2021 também foi um ano de esperança. Mais do que números, a reportagem “Nunca é tarde para pedir ajuda e recomeçar a vida. Uma história feita de esperança” conta a história de Esperança (nome fictício), natural de Marrocos. Há cerca de 11 anos apaixonou-se por um português e com ele veio para Portugal. Num tom emotivo, explicou como um conto de fadas se tornou num pesadelo, e como se reergueu com o auxílio da Casa de Apoio Maria Lamas, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Esperança - Casa Apoio Maria Lamas

Dezembro

Maria, Alexandre e Alfredo percorrem um caminho para “ser o tempo” que os outros precisam. São voluntários em três respostas da Misericórdia de Lisboa, seja em atividades presencias ou à distância, mas sempre com a mesma entrega, empenho e afeto. Dão o que têm, sem esperar nada em troca. Um sorriso basta para os fazer felizes. Acima de tudo, querem partilhar, ajudar e fazer parte de um todo que se preocupa com o outro. São os voluntários da Misericórdia de Lisboa.

Quase a fechar o ano, a Santa Casa voltou a distinguir projetos que abrem novos caminhos nas neurociências. Desde 2013, a Misericórdia de Lisboa já investiu quatro milhões de euros em investigação, através dos Prémios Santa Casa Neurociências e do Prémio João Lobo Antunes, contribuindo de forma significativa para a investigação médica e científica de excelência nesta área.

Prémios SC Neurociências e Prémio João Lobo Antunes 2021

Como recuperar da Covid-19? A app ReageCovid tem soluções que podem ajudar

Promover a autogestão a curto e longo prazo no contexto Covid-19. Este é o principal objetivo da aplicação web ReageCovid, apresentada esta quarta-feira, 8 de setembro, na Sala de Extrações da Misericórdia de Lisboa. A app desenvolvida por mais de 40 alunos e docentes do Curso de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSAlcoitão), durante o ano letivo 2020/2021, encontra-se dividida em várias secções, onde se apresentam estratégias de autogestão de sintomas, que podem contribuir para a melhoria da situação física das pessoas afetadas pela doença de Covid-19.

Esta solução de acesso público e gratuito estará em constante atualização, de modo a ajustar-se à evolução das necessidades impostas pela Covid-19, com a disponibilização de recursos de ajuda à recuperação dos doentes. Com o objetivo de procurar perceber o impacto da pandemia a médio e longo prazo na saúde e bem-estar das pessoas infetadas, o estudo “A Covid-19 em Portugal” – que está a ser desenvolvido pela ESSAlcoitão em colaboração com a Universidade de Coimbra, ISCTE e Centro Hospitalar Universitário do Porto -, será uma mais-valia para conhecer a realidade portuguesa e ajudar a definir o conteúdo da aplicação.

O professor António Alves Lopes, que acompanhou de perto o desenvolvimento desta ferramenta, lembra que este recurso surge de um repto lançado aos alunos no âmbito da unidade curricular de Fisioterapia na Comunidade, do Curso de Fisioterapia da ESSAlcoitão. Naquela disciplina o objetivo é apenas um: criar um projeto inovador, que possa ser colocado ao serviço da comunidade e que se revele útil para o utilizador.

“Conseguimos ter 40 alunos finalistas empenhados de uma maneira muito franca e a trabalhar com afinco para disponibilizarem esta app no Dia Mundial da Fisioterapia. O objetivo foi cumprido” refere o docente, realçando que esta aplicação também teve o apoio de professores de outras áreas da ESSAlcoitão, como é o caso da nutrição e da terapia da fala, que “enriqueceram a app com mais conhecimento e estratégias”.

A Covid-19 veio alterar o paradigma do ensino em Portugal e a fisioterapia não é exceção. A coordenadora do departamento de Fisioterapia da ESSAlcoitão, Ana Isabel Vieira, reitera que a pandemia veio reforçar a necessidade de um “ensino em fisioterapia que promova o desenvolvimento de profissionais com capacidade de adaptação, que face a situações inesperadas e imprevisíveis se sintam confortáveis com a mudança e com a incerteza”.

No último ano e meio, o departamento de fisioterapia em muito contribuiu para a evolução desta área da saúde, ao implementar uma série de estratégias educativas que proporcionem o aumento do reconhecimento e da reflexão dos alunos sobre a intervenção da fisioterapia no contexto da Covid-19. Resultado disso é a app ReageCovid, um projeto que é fruto de uma articulação entre a ciência, a sociedade e a escola, e que promete ser uma ferramenta útil para milhares de portugueses que ainda lidam com as marcas que a Covid-19 deixou.

Como posso aceder à aplicação?

O acesso à web app ReageCovid pode ser feito através deste link ou por intermédio da leitura do QR Code, disponível na seguinte imagem.

Início app ReageCovid

SupERa: a plataforma digital que vai dar suporte às ERPI e lares residenciais

Lançada esta segunda-feira, 5 de julho, na Quinta Alegre, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a plataforma SupERa (também disponível em aplicação para telemóveis) nasce com o objetivo de facilitar o registo e a monitorização de informações clínicas dos residentes das ERPI e lares. Trata-se de uma ferramenta que pretende apoiar no acesso e na gestão da informação de forma mais eficaz.

No âmbito deste programa serão entregues 2400 oxímetros a Estruturas Residenciais para Idosos que tenham acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A cerimónia de lançamento contou com as presenças de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Nuno Marques, presidente do Algarve Biomedical Center, e Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa. Estiveram ainda presentes Sérgio Cintra, Maria João Mendes e Ana Vitória Azevedo, administradores da Santa Casa.

Na sua intervenção, Ana Mendes Godinho destacou “a capacidade de trabalho e de reinvenção, a união entre diferentes organismos e a aprendizagem adquirida” nos últimos meses da pandemia. “É preciso não baixar a guarda, estamos quase no fim da corrida e temos que apostar em novas soluções para proteger as pessoas”.

“A nova plataforma e os oxímetros podem ter um papel importante. É o digital a ajudar. Temos que inovar para responder melhor às necessidades das pessoas e das instituições”, concluiu.

Por sua vez, Edmundo Martinho começou por lembrar que o local escolhido para o lançamento da plataforma é um “recurso emblemático” da Misericórdia de Lisboa, e que foi “reabilitado com muito cuidado e galardoado com o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana”.

A iniciativa “representa um passo significativo na prevenção e na proteção” dos residentes no que diz respeito a sintomas associados à Covid-19, bem como de outras patologias do foro respiratório, considerou. “Esperemos que supere as nossas expectativas”, finalizou.

Por outro lado, Nuno Marques fez uma apresentação global da Plataforma SupERa, sublinhando que esta ferramenta, além de mudar mentalidades, pode dar um importante contributo na facilidade e na gestão da informação sobre os dados clínicos dos residentes dos lares.

Em que consiste e como funciona a plataforma?

A plataforma SupERa irá facilitar o registo e monitorização dos níveis de saturação de oxigénio, temperatura e frequência respiratória dos residentes em Estruturas Residenciais para Idosos e lares residenciais, bem como de outras informações clínicas relevantes. Estes registos ficam disponíveis numa área reservada dedicada a cada residente, permitindo analisar a evolução das medições.

Sempre que sejam registadas medições, a SupERa emitirá um alerta com base num sistema de três cores (vermelho, amarelo e verde) que permite apoiar a tomada de decisão das estruturas residenciais na vigilância ativa de sintomatologia associada à Covid-19, bem como de outras patologias do foro respiratório. O uso da SupERa é também um contributo para a digitalização do registo deste tipo de medições, evitando-se o registo em papel.

Em que contexto surge a plataforma?

A plataforma SupERa tem enquadramento num conjunto mais alargado de soluções que visam apoiar as Estruturas Residenciais no combate à Covid-19. Desde outubro de 2020 que está em funcionamento a Linha COVID Lares (707 20 70 70), disponível 24 horas, sete dias por semana, para esclarecimento de dúvidas no âmbito da pandemia e agilizar processos de comunicação com as entidades competentes (por exemplo, Saúde Pública ou Segurança Social).

A Linha COVID Lares apoia também as ERPI no reporte ao Instituto da Segurança Social na Plataforma Integrada Monitorização Covid-19 sobre informação relativa à gestão da pandemia. Através da Linha COVID Lares é também possível identificar a necessidade de formação de profissionais em ERPI sobre controlo de surtos e a importância do correto uso de equipamentos de proteção individual.

A formação que pode ser desenvolvida nas Estruturas Residenciais tem como objetivo capacitar os profissionais com competências técnicas para desempenho das suas funções em contexto de pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, incluindo a interação com residentes (potencialmente) infetados pelo novo coronavírus.

Saiba mais, aqui.

Quais são as respostas sociais para a crise?

Organizada pela Renascença em parceria com a Câmara Municipal de Gaia, a conferência online realizou-se na manhã desta quinta-feira, 27 de maio, e debateu o papel das instituições sociais e do poder local nas respostas mais urgentes aos grandes desafios sociais que a Covid-19 trouxe. Realizada a partir do Auditório da Bienal Internacional de Arte de Gaia, a conferência foi transmitida no site, Youtube e Facebook da rádio, bem como no site da autarquia.

Em tempo de pandemia, a Europa enfrenta novos desafios sociais. Questões com impacto direto na vida quotidiana de todos: no emprego, nas condições de trabalho justas, na igualdade de oportunidades, nos cuidados de saúde ou na proteção social. Torna-se urgente debater as respostas possíveis a estes desafios em Portugal, e é neste contexto que surge este debate.

Um quinto dos portugueses está em situação de pobreza, e desses, mais de metade tem emprego. Para muitos a pobreza é uma herança familiar, e mais de 20% da população pobre é constituída por crianças e jovens.

Na qualidade de coordenador da Comissão da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, começou por dizer que o tema da pobreza e o seu cruzamento com as questões da pandemia não pode fazer perder de vista os principais eixos do trabalho da Estratégia de Combate à Pobreza. “A pandemia acabou, inevitavelmente, por intervir nos trabalhos” desta comissão. Mas procurámos, sobretudo, pensar naquilo que estruturalmente podia ser o desenvolvimento de linhas de trabalho no combate à pobreza em Portugal”.

Ainda no que diz respeito ao combate à pandemia, o responsável destacou “a importância e a responsabilidade das respostas de caráter público, o Serviço Nacional de Saúde e a Segurança Social”, explicando que “o caminho é o reforço progressivo e mais intenso da capacidade das respostas públicas nestes domínios, numa lógica de sustentabilidade das soluções e na solidez das mesmas”.

conferência “Pandemia: Respostas à Crise"

Edmundo Martinho defendeu que “é preciso quebrar os ciclos de reprodução geracional da pobreza, propondo um objetivo: “nenhuma família com crianças abaixo do limiar da pobreza até 2030”. Para o responsável “uma criança que nasce pobre não tem que ter necessariamente o seu destino traçado no momento em que nasce, e vir a morrer pobre. E isso é algo que nós temos condições para poder transformar com a proposta da estratégia do combate contra a pobreza”.

O coordenador considerou ainda que este combate tem que ser uma responsabilidade partilhada pelo Estado, os organismos públicos e os cidadãos. Finalmente, Edmundo Martinho sublinhou que esta proposta pretende dar passos significativos de mudança, através da qualificação, da proteção e promoção de emprego, do suporte e apoio às crianças, observando as questões da longevidade e as alterações demográficas, e promovendo uma melhor articulação e conjugação de esforços entre organismos públicos”.

Desafios e reinvenção

Já antes, na sessão de abertura da conferência, Rita da Cunha Mendes, secretária de Estado da Ação Social, considerou que a pandemia “acrescentou desafios” no combate à pobreza. “Deparamo-nos com um conjunto de fragilidades: a perda significativa de rendimentos que contribuíram para o aumento da pobreza e das desigualdades socais, a redução e a paralisação da atividade económica e o desemprego”, recorda.

No entanto, frisou também que o Estado, as organizações e as comunidades organizaram-se e reinventaram-se. Neste contexto, a intervenção social ganhou uma importância vital, ao responder às necessidades dos mais frágeis e vulneráveis afetados pela pandemia. Alertando para os grandes desafios – as alterações demográficas, mudanças climáticas, a longevidade e o envelhecimento – Rita da cunha Mendes afirmou que “o objetivo é continuar a proteger as famílias, os trabalhadores e as empresas”.

Os painéis

A conferência contou com a participação de vários responsáveis de organizações sociais e presidentes de câmara, e foi dividida em dois painéis. O primeiro abordou o tema da “Pandemia: o papel das Instituições Sociais”, com a presença de Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, de Lino Maia, responsável pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, e Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social. Neste painel, discutiram-se questões relacionadas com a longevidade, apoios sociais e responsabilidade do Estado e das instituições.

Já o segundo painel foi dedicado ao tema “As respostas das autarquias à crise, e contou com as presenças de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, Hernâni Dias, presidente da Câmara de Bragança, e Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures.

 

COVID-19: mais de 1200 colaboradores da Santa Casa vacinados este fim de semana

Mais de 1200 trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa receberam, no passado fim de semana, a primeira dose da vacina contra a Covid-19. As ações decorreram em vários centros de vacinação criados para o efeito, em Lisboa.

O processo que se insere no plano de vacinação nacional, elaborado pela task force criada pelo Governo, permitiu que milhares de trabalhadores “prioritários”, fossem vacinados contra a Covid-19. Entre os colaboradores da instituição agora vacinados estão trabalhadores de equipamentos de 1º e 2º infância, do Serviço de Apoio Domiciliário e ainda do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian.

Para Luís Afonso, coordenador do processo de vacinação na Misericórdia de Lisboa, esta etapa é “um marco importante”, para atingir a meta da “imunidade de grupo”, considerando que “só com atingimento deste objetivo é que poderemos diminuir o grau de transmissibilidade e infecciosidade da doença, e assim sairmos vitoriosos deste combate”.

Até ao início de abril, mais de 1500 colaboradores da Santa Casa já tinham sido vacinados, tendo 500 destes funcionários recebido as duas doses da vacina contra o vírus SARS-CoV2.

“A triagem foi feita no respeito integral das diferentes orientações da Direção Geral de Saúde (DGS), em que foram definidas as prioridades para os profissionais de saúde ou equiparados que estavam na prestação direta”, salienta Luís Afonso, concluindo que a Santa Casa está a cumprir “escrupulosamente” as orientações da DGS, nomeadamente os aspetos essenciais de “definição das populações-alvo prioritárias; das boas práticas de administração e da gestão das doses sobrantes”.

Concluída que está a primeira fase de vacinação nacional, quase metade do universo de colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já foram inoculados com a primeira dose da vacina, sendo que em alguns equipamentos da instituição, como no Hospital de Sant’Ana, na Unidade de Cuidados Continuados e Integrados de São Roque e na Unidade de Saúde Bairro Padre Cruz, os funcionários já se encontram imunizados.

Na área da ação social são também vários os equipamentos que já têm a totalidade dos seus funcionários vacinados, como a MITRA, a maioria da Estruturas Residenciais para Idosos, algumas Unidades de Apoio à Deficiência, como o Lar Branco Rodrigues, o Instituto Condessa de Rilvas e o Centro Residencial Arco-Íris e, ainda, o Centro de São José e a Residência Santa Rita de Cássia.

Numa altura em que o processo de vacinação nacional está a acelerar, e de acordo com a task force responsável pelo plano, é expetável que no decorrer do mês de abril seja possível vacinar 100 mil pessoas por dia.

Só no último fim de semana foram administradas 183 mil doses, elevando o total de vacinas contra a Covid-19, administradas em Portugal continental, para mais de 2,5 milhões. Deste total, cerca de 1,9 milhões correspondem a primeiras doses e mais de 650 mil a segundas doses da vacina.

Misericórdia de Lisboa quer saber impacto da Covid-19 nos lares

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é uma de quatro entidades parceiras que estão a desenvolver o estudo “O impacto da Covid-19 nos lares de idosos”, que deverá ficar concluído em junho de 2021. A iniciativa organizada no âmbito do Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLABOR), conta ainda com o apoio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do Instituto da Segurança Social e da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.

O estudo, que é coordenado por Pedro Adão e Silva, pretende avaliar o impacto da Covid-19 em Estruturas Residenciais Para Pessoas Idosas (ERPI) e Unidades de Longa Duração e Manutenção (ULDM), da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, do território continental. O objetivo passa por compreender de que forma é que a pandemia afetou o normal funcionamento destas estruturas e daí retirar informações que permitam definir linhas de orientação a desenvolver no futuro.

“Considero este estudo da maior importância pela informação que irá ser reunida sobre a situação vivida nos lares, ao longo deste ano. Este conhecimento permitirá propor mudanças que irão melhorar a qualidade de vida e a segurança daqueles que vivem e trabalham nas Estruturas Residenciais de Pessoas Idosas e nas Unidades de Longa e Média Duração de Cuidados Continuados”, refere Jorge Torgal, diretor da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, e membro do Conselho Nacional de Saúde Pública.

A Misericórdia de Lisboa participa neste estudo através da Direção de Estudos e Planeamento Estratégico, representada por Jorge Torgal, enquanto perito de saúde pública, e Fernanda Belo, como representante da Santa Casa no Grupo de Trabalho do Plano de Desenvolvimento Social de Lisboa e responsável pela Carta Social de Lisboa. Além de financiar a elaboração deste estudo, a Santa Casa tem voz ativa na formulação do projeto – na definição de objetivos, elaboração do questionário e  aplicação experimental do mesmo.

Testagem de colaboradores permite regresso em segurança às creches da Santa Casa

Depois do plano de desconfinamento anunciado pelo Governo, a 11 de março, que determinou a reabertura das  creches, do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa procedeu à realização de testes Covid-19 aos 644 colaboradores dos equipamentos de 1ª e 2ª Infância (creches, jardins de infância, creche familiar e babysitting), que reabrem esta segunda-feira. Este plano, montado e colocado em prática entre os dias 12 e 13 de março, garante a abertura dos equipamentos de infância e o regresso em segurança às creches das cerca de 1140 crianças que frequentam estes equipamentos.

Para a responsável da Direção do Desenvolvimento e Intervenção de Proximidade da Misericórdia de Lisboa, Etelvina Ferreira, “os testes efetuados aos colaboradores transmitem uma maior tranquilidade às famílias e às equipas. É pretendido que todos se sintam bem, seguros e tranquilos neste novo reinício”, explica.

Carla Rezende foi uma das colaboradoras testadas durante este período. Para a educadora do Centro de Acolhimento Infantil (CAI) de Campolide este regresso significa uma oportunidade para dar continuidade a tudo aquilo que ficou suspenso devido ao confinamento provocado pela pandemia de Covid-19.

“Sinto confiança. Com todos os cuidados necessários, podemos continuar a receber as crianças e as suas famílias com a mesma empatia, carinho e alegria de quem, de braços abertos, está pronta para esta etapa. Um caminho que me faz pensar nos dias que aí vêm: cheios de sol e recheados de momentos vividos ao ar livre, momentos de vivências e descobertas felizes”, refere.

O CAI Bairro Padre Cruz é outro equipamento da instituição, que reabre as portas esta segunda-feira. À medida que os dias vão passando, cresce um sentimento de ansiedade na educadora Patrícia Oliveira. Mais do que a vontade de regressar, é a necessidade de retomar o que ficou pendente que lhe provoca este anseio. “É essencial, ainda que dentro dos limites do bom senso, devolver o barulho saudável das brincadeiras com as crianças, sem nunca esquecer o afeto”.

Durante o período de confinamento, o carinho das educadoras nunca faltou. Ainda que à distância, Carla e Patrícia mantiveram sempre contacto com as crianças e respetivas famílias. Por telemóvel ou por email foram falando com os encarregados de educação e escutando as suas preocupações, angustias e conquistas. Por email eram enviadas sugestões de atividades para que pais e filhos pudessem vivenciar momentos lúdicos e pedagógicos.

“As diversas atividades foram planeadas sempre com o máximo de cuidado para que fossem viáveis de serem realizadas em casa. Durante este período, reforçámos a importância da partilha de evidências, com o propósito de enriquecerem os portefólios dos seus filhos, e foram muitos aqueles que fizeram”, explica Patrícia Oliveira.

As sucessivas reuniões com as famílias permitiram a Patrícia Oliveira perceber o quão importante tem sido o papel das educadoras no desenvolvimento das crianças. “Realizámos, uma vez por semana, uma reunião de grupo. Essas reuniões foram muito gratificantes e mostraram como realmente a nossa presença é muito importante na vida destes meninos”, lembra. Hoje, no dia em que os equipamentos de 1ª e 2ª Infância da Santa Casa reabrem portas, Patrícia está de braços abertos para receber as crianças que pertencem a esta casa, com o sentimento de que está “mais próxima das famílias” e de que a sua “missão está no rumo certo”.

Casa do Impacto. Um ecossistema formado para combater as desigualdades

O ecossistema do empreendedorismo da Casa do Impacto está cada vez mais sólido. Desde a sua criação, a 1 de outubro de 2018, que o hub de empreendedorismo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem vindo a aglomerar startups capacitadas para desenvolver projetos inovadores com resultado social.

É na Casa do Impacto que convergem todos os players do ecossistema do empreendedorismo de impacto do país. O objetivo do polo de inovação é, diariamente, promover negócios que ajudem a combater os problemas que enfrentamos enquanto sociedade. A pobreza, as desigualdades e o desemprego são alguns dos desafios que os empreendedores se propõem a resolver, através de negócios sustentáveis que nasceram para criar impacto social positivo, em conformidade com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU.

O sucesso da Casa do Impacto traduz-se, por exemplo, nos casos que aqui ganharam forma e que mereceram replicação e reputação internacional. O ecossistema mapeado pelo hub tecnológico possibilita uma rápida compreensão desse êxito, ao incluir os players mais relevantes que diretamente influenciam, ou foram influenciados, pela atividade da Casa do Impacto nos seus dois anos de existência. A infografia mostra-nos um ecossistema do empreendedorismo de impacto sólido e amplo.

Mapa ecossistema de impacto

“Queremos desafiar novos empreendedores a criar mais negócios de impacto social, uma vez que têm todas as ferramentas que necessitam na Casa do Impacto. Damos acesso a diferentes soluções para diferentes fases de negócio”, explica a diretora da Casa do Impacto, que vê no “Santa Casa Challenge” ou no fundo “+Plus” bons exemplos do apoio dado pela Casa do Impacto a novos empreendedores.

A era da inovação social

Há muito que a Casa do Impacto tenciona ter um papel unificador entre as várias realidades. O objetivo passa por possibilitar a criação de pontes e intersecções entre os vários setores: público, privado e da economia social, o empreendedorismo e a inovação de impacto naquela que, para Inês Sequeira, é “era da inovação social”.

Portugal parece dar uma boa resposta nesse sentido, sobretudo durante a pandemia de Covid-19. O nosso país é, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o estado do mundo com mais respostas inovadoras aos problemas sociais causados pela pandemia. No total, foram identificadas 37 inovações sociais originárias do setor público em Portugal, entre as 434 identificadas pela OCDE em todo o mundo.

Nestes números, a Casa do Impacto tem uma palavra a dizer. Um dos projetos que contribuiu para que Portugal atingisse este lugar foi o “acalma.online”, uma plataforma de videoconsultas para apoio psicológico de sintomas relacionados com o confinamento, criada em abril de 2020.

Mas o acalma.online é apenas um entre muitos exemplos: o movimento “tech4COVID19″, que, em 48 horas, juntou mais de 600 empreendedores tecnológicos com soluções inovadoras de combate aos efeitos da pandemia; o “Santa Casa Challenge Extra Covid-19”, que investiu 50 mil euros nos projetos Ally Smart Check-ins e Smart-AL, duas soluções tecnológicas de apoio e a idosos; a GoParity aproveitou o seu know-how em campanhas de angariação de fundos e recolheu 185 mil euros para a aquisição de material hospitalar.

Não será apenas durante a pandemia que esta tendência de crescimento do ecossistema de impacto se vai verificar. Inês Sequeira olha para o futuro de forma risonha, pois acredita que, no pós-Covid-19, “por termos ficado alerta para a necessidade de projetos com preocupações sociais”, teremos um ecossistema “saudável e inovador que vai continuar a prosperar e a crescer” em particular nas áreas da educação e na área da saúde mental.

“Na área do envelhecimento, as soluções vão continuar a surgir. Estamos a viver um desafio e uma oportunidade ao mesmo tempo. Oportunidade para inovar, democratizar e escalar as experiências de aprendizagem”, considera Inês Sequeira.

CAI Vítor Manuel aberto para filhos de trabalhadores essenciais

Os trabalhadores dos serviços essenciais vão ter as escolas abertas para poderem continuar a desempenhar as suas funções, evitando a interrupção que está em vigor. Incluem-se médicos, enfermeiros, trabalhadores das telecomunicações e resíduos, forças de segurança, bombeiros, entre outros. A solução é recuperada para mitigar o impacto do encerramento das creches e escolas.

A Misericórdia de Lisboa vem acompanhando o esforço que está a ser feito ao nível da conjugação de respostas no âmbito da Rede Social de Lisboa. Na sequência do encerramento das escolas, o Centro de Acolhimento Vítor Manuel, situado na freguesia de Alcântara, foi o equipamento identificado pela Santa Casa, nas valências de creche e jardim de infância, para permanecer disponível para filhos e dependentes de trabalhadores (sejam internos ou externos à Santa Casa) que assegurem serviços essenciais para a comunidade. O pedido deve ser feito por correio eletrónico para inscricoes.infancia@scml.pt.

No concelho de Lisboa, são sete as creches (da Câmara Municipal de Lisboa, da Santa Casa e da Segurança Social) que vão estar abertas para receber os filhos e dependentes de trabalhadores de setores essenciais.

Num âmbito mais alargado e para assegurar uma resposta para os filhos daqueles que têm mesmo de ir trabalhar, vão estar disponíveis cerca de 700 escolas de acolhimento para filhos e outros dependentes dos trabalhadores de serviços essenciais.

Consulte a lista das cerca de sete centenas de estabelecimentos que vão estar abertos durante o confinamento aqui.

 

Santa Casa e Governo português juntos no apoio a Manaus

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Governo português entregaram um apoio no valor de 50 mil euros (cerca de 320 mil reais) ao Hospital Beneficente Português do Amazonas, no Brasil, numa altura em que Manaus (capital do estado do Amazonas) atravessa um momento difícil devido à pandemia de Covid-19.

A este apoio, articulado com a Embaixada de Portugal em Brasília e com o Consulado Honorário em Manaus, que presta um serviço constante de socorro a todos os cidadãos nacionais no Amazonas, acresce aquele que tem resultado da solidariedade e mobilização da comunidade portuguesa e lusodescendente no Brasil.

O Hospital Beneficente Português do Amazonas tem servido, ininterruptamente, o Brasil, como sucede atualmente no difícil contexto da pandemia de Covid-19. A instituição filantrópica, fundada em 1873 por portugueses na cidade de Manaus, é hoje um hospital de referência no estado do Amazonas, que presta apoio não apenas à comunidade de aproximadamente cinco mil portugueses e lusodescendentes que lá residem, mas a toda população da região.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas