Esta parceria, válida para o triénio 2021-2024, permite oferecer mais-valias a profissionais e utentes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa provenientes de todas as áreas, nomeadamente infância e juventude, família e comunidade, população idosa, pessoas com necessidades especiais e outros segmentos populacionais mais vulneráveis.
De acordo com uma abordagem intergeracional e inclusiva, a parceria assume uma tripla vertente considerando as seguintes áreas de atuação: infância e seniores numa abordagem integrada – projeto Boca Aberta; adolescência – oficinas para jovens; formação – desenvolvimento de oficinas de formação para técnicos da Santa Casa.
O teatro é um lugar de todos e para todos
O projeto Boca Aberta visa dar a conhecer textos dos mais diversos géneros literários, estimulando o pensamento crítico; desafiar a criatividade partindo de linguagens narrativas diferentes; estimular a imaginação e a interpretação criativa da palavra escrita e contada; abordar as diferentes perspetivas e possibilidades de interpretação/representação de um texto , promovendo o gosto pela leitura e pelas artes performativas.
Já as oficinas para jovens visam a participação de jovens apoiados pela Santa Casa em oficinas de formação, a realizar nas férias escolares de Páscoa e Verão.
Por outro lado, as oficinas de formação para técnicos da Santa Casa têm por objetivo possibilitar a reflexão sobre ferramentas pedagógicas e estratégias de comunicação em sala de aula ou em contexto de trabalho.
Esta parceria é também um projeto de acessibilidade, que tem como intuito possibilitar o acesso universal ao edifício, à programação e a outras iniciativas desenvolvidas ao longo da temporada.
Não se conhecia nenhum mamífero adulto que conseguisse regenerar o sistema nervoso central e recuperasse após lesão. Num estudo liderado por Mónica de Sousa, uma cientista do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, observou-se, pela primeira vez, que o ratinho-espinhoso-africano é capaz de recuperar a mobilidade de forma espontânea após uma lesão na espinal medula. A descoberta, publicada esta semana na revista científica Developmental Cell, abre portas para estudos futuros. A investigadora fez questão de notar que este trabalho só foi possível com apoio financeiro inicial dado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Prémios Neurociências
Desde 2013 que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa atribui os Prémios Neurociências. O Prémio Melo e Castro, mais concretamente, distingue trabalhos que permitem a descoberta de soluções para a recuperação e o tratamento de lesões vertebro-medulares.
Num comunicado sobre o trabalho desenvolvido, explica-se que a regeneração do sistema nervoso central de mamíferos adultos é impossível devido à incapacidade dos neurónios afetados reconstituírem os axónios (também eles afetados, quando acontece uma lesão). A partir daí, há uma paralisia dos membros. Os axónios são extensões dos neurónios responsáveis pela transmissão de informação a longa distância e possibilitam a perceção da informação que recebemos de diferentes partes do corpo. É também pelos axónios que o cérebro lança informação a longa distância e possibilitam a perceção da informação que recebemos de diferentes partes do corpo. É também pelos axónios que o cérebro lança informação para que o corpo execute uma ação. Quando uma comunicação é cortada, as ordens não são recebidas.
“As lesões da espinal medula afetam os axónios que fazem circular informação do corpo para o sistema nervoso central, e vice-versa”, diz Mónica de Sousa. Se já se sabia que havia seres com capacidade de regeneração de membros inteiros (como alguns anfíbios), pensava-se que os mamíferos adultos perdiam a capacidade regenerativa do sistema nervoso central.
Mónica Sousa esclarece que, ao conseguir perceber-se como um mamífero é capaz de regenerar o sistema nervoso, pode fazer-se com que doentes com uma lesão na medula repitam alguns dos mecanismos e tenham uma capacidade regenerativa. Mesmo assim, frisa: “Até se chegar à fase clínica, é necessário conseguir financiamento e interesse da indústria farmacêutica para se fazer um percurso de vários anos de provas pré-clínicas [sem humanos].”
O ano de que nos despedimos iniciou-se mais auspicioso do que qualquer outro. A vacinação contra a Covid-19 permitia ter esperança no regresso a uma vida “normal”. Num ano novamente marcado pela pandemia de Covid-19, a instituição soube adaptar-se a esta “nova realidade” para dar resposta aos desafios sociais mais urgentes, ao ajudar e cuidar de quem mais precisa.
2021 trouxe vários desafios e muitas mudanças. E dizer que 2021 foi um ano agitado seria, a par do que aconteceu o ano passado, um mero eufemismo. A pandemia não desapareceu. O seu impacto observa-se, por exemplo, no aumento do número de pessoas em situação vulnerável, o que levou mais cidadãos a recorrerem aos serviços da Misericórdia de Lisboa.
Foi um ano extremamente difícil para todos, onde palavras como solidariedade, superação, coragem, dedicação e empenho ganharam ainda mais sentido. Enquanto o país se fechava para tentar travar a propagação do vírus SARS-CoV-2, a Santa Casa esteve, desde o primeiro momento, na linha da frente a garantir o apoio a quem mais precisa. Recorde aqui algumas ações levadas a cabo pela Misericórdia de Lisboa.
Janeiro
O ano começa com uma notícia de esperança. Os utentes e os colaboradores do Lar da Mitra – Polo de Inovação Social, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Era o início da vacinação nos lares da Santa Casa. Inicialmente foram abrangidos cerca de 800 utentes e funcionários dos lares da instituição. Profissionais e internados em unidades de cuidados continuados e noutros equipamentos de saúde também foram incluídos no plano de vacinação.
Ainda em fevereiro, surge-nos um retrato da saúde mental. A pandemia chegou e com ela trouxe o confinamento, o distanciamento físico, o medo da infeção, a crise económica e a incerteza. Os planos foram suspensos e os hábitos reajustados. O segundo confinamento agravou a ansiedade e o stress, mas Arlete, Rodrigo e Carla encontraram na Unidade W +, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, um porto de abrigo.
Num campo oposto, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, visitou a Misericórdia de Lisboa para assinar um protocolo de cooperação que permitiu a entrada em funcionamento de uma casa de autonomia em Lisboa, destinada a acolher jovens provenientes de centros educativos com medidas de supervisão intensiva.
Abril
No início de abril, o Presidente da República proporcionou uma tarde diferente ao levar afetos (ainda que confinados) aos utentes e trabalhadores da Quinta Alegre. Numa altura em que a vacinação nos lares estava quase completa, a presença de Marcelo Rebelo de Sousa nesta ERPI da Santa Casa foi também uma forma de mostrar a todos “que é possível visitar lares, sendo a Quinta Alegre bom exemplo disso”.
Maio fica também marcado pela distinção que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social deu à Santa Casa pelo projeto das Unidades de Retaguarda para idosos, criadas em março de 2020 e pela inauguração do Centro Intergeracional Ferreira Borges, na freguesia de Campo de Ourique, com o objetivo de alterar o paradigma da longevidade na cidade, promovendo um envelhecimento ativo, saudável e inclusivo.
Junho
Já no verão, os Estados-membros deram, em Lisboa, “um passo gigante” no combate à situação de sem-abrigo. O contributo de instituições como a Santa Casa foi fundamental para a Europa alcançar os objetivos traçados. Aumentar o diálogo sobre a exclusão social e garantir progressos concretos nos Estados-membros na luta contra a situação de sem-abrigo são alguns dos objetivos da nova Plataforma Europeia de Combate à Situação de Sem-Abrigo.
Julho
A Misericórdia de Lisboa celebrou 523 anos a 2 de julho. Tal como em 2020, esta data voltou a ser celebrada num formato totalmente digital. As festividades realizaram-se com a tradicional celebração eucarística, presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, acompanhada de um coro e de uma ação de graças, numa transmissão streaming, em direto da Igreja de São Roque.
Agosto
Já em pleno verão, o SOL – Saúde Oral em Lisboa celebrou dois anos a cuidar dos sorrisos dos mais jovens. Em 2019, a Santa Casa inaugurava o SOL – Saúde Oral em Lisboa, uma unidade de medicina dentária para crianças e jovens até aos 18 anos residentes ou a estudar no concelho. Abriu com objetivos muito claros: melhorar os índices de saúde oral da cidade e tornar-se num centro de referência. Os cuidados prestados são isentos de pagamento, independentemente da condição social ou económica dos pacientes.
Um passo enorme. A Santa Casa disponibilizou 91 camas para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. O contrato-programa, que prevê a disponibilização das camas, foi assinado a 15 de setembro, entre a Misericórdia de Lisboa, a ARS Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto da Segurança Social. As 91 camas pertencem à nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados Rainha Dona Leonor (UCCI RDL), antigo Hospital Militar da Estrela, em Lisboa. A unidade da Santa Casa está a receber os utentes de forma faseada.
Parece que foi ontem, mas o Totobola fez 60 anos. Em 1961 nasceu o jogo que colocou um país inteiro a cantar “Totobola 1×2”. Seis décadas depois, com algumas mudanças pelo percurso, continua fiel à sua missão: apoiar boas causas. Na celebração do seu 60º aniversário, o primeiro jogo de apostas desportivas mútuas em Portugal anunciou algumas alterações, que entraram em vigor no concurso normal nº 39/2021. O jogo social passa a atribuir melhores prémios, possibilitando uma valorização do «Super 14», nos ciclos de jackpot. Apesar das mudanças, continua a manter-se tudo tão simples como 1×2.
Ainda em outubro, a Casa do Impacto celebrou o terceiro aniversário na Lisboa Social Mitra. Para celebrar mais um ano de atividade a fazer a diferença, a impulsionar o empreendedorismo português e a encontrar novas soluções, a Casa do Impacto organizou um evento dedicado à importância da inovação e do empreendedorismo de impacto na resposta aos desafios no país, como a crise climática, as desigualdades, o desemprego e a saúde.
Novembro
100 obras concluídas. É um número impressionante e que merece ser destacado. O apoio do Fundo Rainha D. Leonor chegou às 100 obras concluídas. Desde o seu nascimento, foram atribuídos mais de 23 milhões de euros às misericórdias portuguesas. 140 instituições e 143 projetos apoiados. São estes os números do apoio que o Fundo Rainha D. Leonor já prestou às misericórdias portuguesas.
Falar em Santa Casa é falar em família. Por essa razão, fica a sugestão para assistir ao vídeo “Para Sempre Família”. Orlando e Cristina começaram, em 2018, a missão de devolver a infância a crianças em risco. Cedo perceberam que este dom de fazer a diferença foi o melhor que a vida lhes deu, foi “uma bênção”. São pais, amigos e protetores. São cúmplices nesta tarefa de tornar melhor a vida de alguém. Que amor é este que une crianças e famílias de acolhimento para sempre?
2021 também foi um ano de esperança. Mais do que números, a reportagem “Nunca é tarde para pedir ajuda e recomeçar a vida. Uma história feita de esperança” conta a história de Esperança (nome fictício), natural de Marrocos. Há cerca de 11 anos apaixonou-se por um português e com ele veio para Portugal. Num tom emotivo, explicou como um conto de fadas se tornou num pesadelo, e como se reergueu com o auxílio da Casa de Apoio Maria Lamas, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Dezembro
Maria, Alexandre e Alfredo percorrem um caminho para “ser o tempo” que os outros precisam. São voluntários em três respostas da Misericórdia de Lisboa, seja em atividades presencias ou à distância, mas sempre com a mesma entrega, empenho e afeto. Dão o que têm, sem esperar nada em troca. Um sorriso basta para os fazer felizes. Acima de tudo, querem partilhar, ajudar e fazer parte de um todo que se preocupa com o outro. São os voluntários da Misericórdia de Lisboa.
Quase a fechar o ano, a Santa Casa voltou a distinguir projetos que abrem novos caminhos nas neurociências. Desde 2013, a Misericórdia de Lisboa já investiu quatro milhões de euros em investigação, através dos Prémios Santa Casa Neurociências e do Prémio João Lobo Antunes, contribuindo de forma significativa para a investigação médica e científica de excelência nesta área.
Estão abertas as candidaturas para os Prémios Nunes Correa Verdades de Faria promovidos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Os interessados podem, até ao dia 15 de março de 2022, concorrer a estes prémios, que pretendem galardoar pessoas de qualquer nacionalidade que, em Portugal, tenham contribuído pelo seu esforço, trabalho ou estudos para cada uma das seguintes áreas: 1) cuidado e carinho dispensado aos idosos desprotegidos; 2) progresso da medicina na sua aplicação às pessoas idosas; 3) progresso no tratamento das doenças do coração.
O valor de cada prémio é de 12 mil e 500 euros. Para consultar o regulamento dos prémios e contactar a Unidade técnica de Atendimento e Relações Públicas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para mais informações sobre a apresentação de candidaturas, aceda à página do nosso site dedicada a estes prémios.
As candidaturas aos Prémios Nunes Correa Verdades de Faria serão apreciadas por um júri composto por personalidades de reconhecido mérito no âmbito da área social e da saúde, presidido pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Em 1974, Enrique Mantero Belard deixou à Misericórdia de Lisboa uma parte significativa dos seus bens com a obrigação de atribuição de três prémios pecuniários anuais. Nascido em 1903, Enrique Mantero Belard é reconhecido como um dos últimos grandes beneméritos portugueses. Foi casado com D. Gertrudes Eduarda Verdades de Faria, mulher particularmente atenta aos artistas, idosos e desprotegidos.
Cinco pregoeiros cantaram, esta segunda-feira, na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, os números da sorte da 52ª Extração de 2021. A Extração do Natal contempla o maior prémio do ano da Lotaria Clássica, no valor de 12 milhões e 500 mil euros.
Os números mais aguardados desta época festiva andaram hoje “a roda” e ditaram os seguintes prémios:
1º Prémio: 80 980 contemplado com €12.500.000*
2º Prémio: 48 607 contemplado com €2.500.000*
3º Prémio: 21 898 contemplado com €1.250.000*
(*) Prémio total nas dez séries. Esta informação não dispensa a consulta da lista oficial de prémios. Os prémios atribuídos de valor superior a €5.000,00 estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.
No próximo dia 3 de janeiro, às 12h30, a Sala de Extrações volta a abrir-se para cantar os números da sorte da Lotaria Clássica do Ano Novo. A extração será transmitida em direto pela TVI.
À chegada ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, 13 jovens da Aldeia de Santa Isabel (ASI) deparam-se com a magia do Natal que paira no ar graças a mais uma edição do Wonderland Lisboa. Para lá das perguntas sobre o evento e das selfies à entrada do espaço, os olhares focam-se na roda gigante, que está logo ali, imponente, na entrada do mercado de Natal instalado em pleno coração da cidade.
Cedo começam os palpites sobre as sensações que se devem sentir ao andar na principal atração do evento apoiado pela Santa Casa. Umas mais recetivas, outras mais ansiosas, todas embarcam na aventura de verLisboa do topo. Por instantes, o nome daquela roda poderia ser “felicidade”, a julgar pelos sorrisos de alegria e emoção, por vezes pautados por breves frases: “É espetacular, fantástico. Isto é mesmo muito bonito”, ouve-se.
“Para muitas pessoas estar aqui no Wonderland é normal, mas para elas é uma experiência de vida que vai ficar marcada para sempre. Este dia tem muita importância, porque é o reconhecimento do trabalho delas. Elas sabem que, se estão aqui, é porque merecem. Este é um prémio que lhes estamos a dar, é um miminho. Estamos a proporcionar-lhes novas experiências e a dizer-lhes que o horizonte é muito maior do que aquele que elas estão habituadas”, explica a assistente social da ASI, Maria Cristina Leitão.
No Relatório de Sustentabilidade da instituição referente ao ano passado, a palavra “pandemia” e “COVID” são dominantes em todo o documento ou não fosse esse o ano em que tudo mudou, junto das populações e, inevitavelmente, na Santa Casa. Paralelamente ao receio inerente a uma situação desconhecida, a instituição com 523 anos enfrentou um duplo teste às suas capacidades: a de se adaptar a uma nova realidade e preservar a confiança e respostas a quem a ela recorre.
“Não obstante as dificuldades e desafios, a pandemia precipitou processos de mudança positivos e demonstrou ser possível atuar com agilidade e flexibilidade para corresponder às necessidades iminentes e imprevistas. A capacidade de mobilização de recursos foi significativa e imperou a cooperação”, pode-se ler no Relatório de Sustentabilidade, que refere a proteção e segurança dos profissionais da Santa Casa e dos utentes como “uma das grandes prioridades”.
O impacto da pandemia na sociedade portuguesa, em particular junto dos mais desfavorecidos refletiu-se nas contas da instituição. Em 2020, a atribuição de apoios pecuniários temporários ou de emergência apresentou um acréscimo de 74,2% do montante total face a 2019, de acordo com o relatório agora divulgado, que justifica o aumento, com a necessidade de reforçar e ampliar o apoio a situações de carência alimentar e de quebra de rendimentos resultantes do regime de layoff ou de desemprego.
“Em 2020, pela situação de emergência gerada pela pandemia de COVID-19, precisámos de chegar a mais famílias e mais utentes, implementando novos serviços e novas formas de trabalho. Garantimos a acessibilidade dos mais vulneráveis aos cuidados e apoios essenciais e a proteção dos nossos colaboradores. Todas estas circunstâncias refletiram-se nos nossos resultados económicos, nomeadamente através do aumento das despesas. Por outro lado, o prolongado período que o País viveu com as restrições e constrangimentos inerentes aos vários ´estados de emergência` decretados e às muitas dificuldades com que a sociedade e a população se depararam na luta contra o vírus SARS-CoV-2, resultaram na diminuição das receitas geradas pelos Jogos Sociais do Estado, as quais constituem a principal fonte de receita da Santa Casa”, refere o documento .
Em termos contabilísticos, a Ação Social – pelas respostas que assegura e pelo número de utentes que abrange – foi a área de atividade onde as medidas de resposta à pandemia tiveram uma maior expressão no investimento e nos gastos correntes da Misericórdia de Lisboa, representando um esforço de €8,6 milhões. No ranking das despesas está, em segundo lugar, a área da Saúde, com €2,2 milhões, e os apoios a outras entidades, com €1,9 milhões. As Unidades de Retaguarda, os Cuidados Continuados e os Sistemas e Tecnologias de Informação foram outros setores que contabilizaram gastos considerados, com €938 mil, €394 mil e €512,7 mil, respetivamente.
Para poder dar uma resposta ajustada a todos os que precisam do seu apoio, a Misericórdia de Lisboa contou, ao longo do ano, com a dedicação de quase 6000 colaboradores. O investimento em pessoas verifica-se, sobretudo, na estabilidade laboral que a instituição permitiu aos seus funcionários: 98% destes colaboradores têm um contrato de trabalho por prazo indeterminado. Destaque ainda para o facto de, em 2020, 76% dos funcionários serem mulheres.
Gerir mais de uma centena de equipamentos, onde todos os dias são prestados a milhares de pessoas os mais variados serviços de saúde, ação social, formação, cultura, entre outros, exige um elevado consumo de energia, de água e gera uma produção muito significativa de resíduos. Ao longo dos anos, a Santa Casa tem adotado comportamentos e medidas mais responsáveis em prol de um ambiente melhor.
Os relatórios de sustentabilidade funcionam como um “input” para a transparência das organizações. A divulgação mais aprofundada de informação não financeira é algo cada vez mais valorizado, permitindo que as organizações demonstrem o impacto da sua atividade na sociedade, na economia e no ambiente, num compromisso com a responsabilidade e a transparência.
Logo no início do ano de 2020, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa aderiu ao compromisso Lisboa Capital Verde Europeia 2020, implementando na sua ação diária algumas medidas que irão reduzir a sua pegada ecológica até 2030.
Entre as várias ações que a Santa Casa implementou até 2030 em diversas áreas de atuação, estão, para além da vertente energética – com a instalação de iluminação LED (meta alcançada) e de equipamentos de produção de eletricidade solar (30%) -, áreas como a da mobilidade – com o aumento da promoção de veículos elétricos nas frotas operacionais da instituição (50%) – e a área da economia circular – com a redução dos resíduos sólidos produzidos (10%), o aumento do envio de resíduos para reciclagem (10%) e a eliminação total de plásticos de utilização única (100%).
A época natalícia simboliza amor e amizade, pelo que não é por acaso que esta é a quadra habitual para presentear quem nos é próximo. Os livros são presentes sempre adequados, que duram para sempre, aumentam o conhecimento, transportam os leitores para outras vivências e que podem transformar vidas.
Ao longo de 2021 foram várias as obras publicadas pela nossa instituição, num total de dez. Livros sobre a história da Misericórdia de Lisboa, sobre o envelhecimento e até obras para os mais novos, existe de tudo um pouco e capaz de agradar a “gregos e a troianos”. E para os adquirir, nada mais fácil: basta aceder à loja online ou à loja física do Museu de São Roque.
Consulte a lista, aproveite o desconto de 10% e… boas leituras!
Para os apreciadores da história da Capela de São João Baptista, sugerimos o livro da historiadora Angela Delaforce, que reúne memórias e testemunhos de ilustres estrangeiros que visitaram a Igreja de São Roque, entre 1750 e 1968.
Retratando uma sociedade em que desigualdade está mais presente do que o desejável, Lição de coisas: uma história do Lar Branco Rodrigues fala sobre uma casa destinada a jovens deficientes visuais, vanguardista para a época e atualmente com um século de história.
Para se atualizar no que concerne às “boas causas”, pode ainda ler os artigos do mais recente número dos Cadernos Técnicos da Misericórdia de Lisboa. Conheça-os também na loja online e fique atento às novas edições.
Todas as publicações estão disponíveis na loja online da Cultura e na loja física do museu de São Roque.
Poeta, jovem e com muitos sonhos por realizar. Ana Cláudia Santos é a grande vencedora da terceira edição do New Talent, o concurso promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, NiT e TVI, que elege os melhores jovens talentos de Portugal na área do lifestyle. A jovem natural de Benavente, que tem dedicado os últimos anos à poesia, vai receber 10 mil euros para desenvolver um projeto pessoal durante o próximo ano.
Ana Cláudia Santos foi a candidata mais votada pelos leitores da NiT, que ao longo das últimas semanas elegeram o melhor jovem talento entre um leque de dez finalistas. Agora, graças ao prémio de 10 mil euros que conquistou, a jovem de 25 anos vai poder dar forma aos projetos que já tinha idealizado: “quero desenvolver o projeto L.U.A (evento de poesia). Quero poder criar uma equipa, pagar às pessoas, pagar aos poetas. Quero mudar isso. A imagem que há é a de que o poeta declama e não recebe nada por isso. Isso tem que mudar porque o poeta também é um profissional”, explicou em entrevista à NiT.
Influenciada por autores como Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, Ana Cláudia Santos encontrou a liberdade na poesia, mais do que na prosa. Os primeiros passos na escrita foram dados em Benavente, com os primeiros poemas a serem escritos naquela vila ribatejana. Foi já a viver em Lisboa que, em 2018, editou “Poemas Místicos”, a sua primeira obra assinada, que foi lançada em formato e-book. Durante a pandemia de Covid-19 nasceu “Meia-Vida”, uma edição independente que vai ser apresentada na Ler Devagar, em janeiro.
As obras, que tiveram um custo total de 865 mil euros, receberam o apoio do fundo Rainha D. Leonor (FRDL), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no valor máximo de subvenção de 300 mil euros, sendo o restante montante angariado pela Santa Casa da Misericórdia de Coruche, proprietária do imóvel.
As reabilitações de restauro devolveram-lhe a qualidade e a dignidade anteriores, recuperando o esplendor original. O templo está classificado, desde o dia 26 de março, pelo Ministério da Cultura, como Monumento de Interesse Público, configurando a igreja como um importante elemento na história local. O espaço estava danificado, mas preservava a riqueza e qualidade de património de época ao nível dos acabamentos arquitetónicos e decorativos.
Durante a obra, atrás de camadas de tinta e sujidade, escondido atrás de uma fiada de tijolos de burro, foi descoberto o retábulo original datado do século XVI. As intervenções concretizadas, sobretudo na cobertura, garantiram uma segurança duradoura ao edifício, contrariando assim as fragilidades e podridão encontradas na estrutura.
Construído em 1575, o espaço mantinha as características do maneirismo preservando a nave única, com abóbadas de berço em cinco tramos e alçados laterais com pintura decorativa, divididos por pilastras rematadas por capitéis toscanos. Na fachada, destaca-se o corpo anexo do antigo Hospital da Misericórdia, onde figura uma lógia de dupla arcada, separada por colunelo central.
O templo está aberto diariamente para oração e é visitada por turistas. É igualmente utilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Coruche para assinalar grandes datas do calendário.