logotipo da santa casa da misericórdia de lisboa

2022 em retrospetiva. O “regresso à normalidade” e o abraçar de novos desafios

Após dois anos plenos de grandes incertezas provocadas pela pandemia de Covid-19, o ano de 2022 assumia-se como auspicioso e desafiante. Perante uma “nova realidade” e um mundo “virado do avesso”, a Santa Casa adaptou-se e continuou a sua jornada com mais de cinco séculos “Por Boas Causas”, devolvendo às pessoas uma normalidade tranquilizadora e um compromisso renovado, de apoiar quem mais necessita.

Se 2021 trouxe vários desafios e muitas mudanças na vida de todos nós, 2022 foi um ano de viragem e onde palavras como solidariedade, amor, dedicação e empenho ganharam um renovado sentido. Recorde aqui algumas das principais ações levadas a cabo pela Misericórdia de Lisboa.

Janeiro

O ano iniciou com uma “chuva de milhões” por toda a Europa. O Euromilhões, através de um sorteio extraordinário, premiou 100 apostadores com um milhão de euros cada. Mas se para alguns o sonho é ser um “milionário excêntrico”, para outros o facto de  poder assistir a uma peça de teatro, através de audiodescrição, é a vitória de uma vida.

Já a terminar o mês levámos os sonhos de algumas crianças, ao cuidado do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão, para dentro do campo da final da Taça da Liga, que ditou o campeão de inverno do futebol nacional.

Fevereiro

Demos a conhecer Fares, Reza e Mahdi, nomes desconhecidos para a maioria das pessoas, mas que com o apoio da Santa Casa encontraram no mundo da moda a tranquilidade e a paz que não tiveram nos seus países de origem.

jovens migrantes modelos

Assistimos ao lançamento da segunda versão do Protocolo de Avaliação Orofacial (PAOF 2), ferramenta e um contributo importante para os avanços na terapia da fala.

Igualmente importante e de grande utilidade é o projeto Holi, o “cérebro” que conquistou a edição do Santa Casa Challenge de 2021, e que demos a conhecer pelas vozes das próprias criadoras.

Ainda em fevereiro, abrimos portas e alargámos a nossa capacidade de resposta aos públicos mais novos, com a inauguração do Núcleo de Infância e Juventude de Mafra.

Março

Perante a situação do conflito armado na Ucrânia e o enorme fluxo de refugiados da guerra, a instituição disponibilizou-se, desde a primeira hora, a criar condições de integração destas pessoas na sociedade portuguesa.

Destaque ainda para a obra de restauro da Igreja da Misericórdia de Évora, que contou com o contributo do Fundo Rainha Dona Leonor no valor aproximado de 300 mil euros.

Ainda em março, organizámos a palestra dedicada ao “Impacto da pandemia nas pessoas mais velhas – estratégias para mitigar os seus efeitos”, que contou com Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade no Brasil e médico gerontólogo, como orador.

Já no final do mês, e juntamente com a Federação Portuguesa de Futebol, quebrámos barreiras ao promover a máxima de “futebol para todos”.

Jovem de 29 anos vai estar pela primeira vez num estádio de futebol

Abril

Assinalámos o Dia Mundial da Saúde relembrando que “os cuidados continuados integrados são um compromisso assumido pela Santa Casa” e que a instituição está a trabalhar para dar mais dignidade à vida das pessoas.

Depois de um interregno de dois anos, a Escola Superior de Educação do Alcoitão e o Centro de Educação e Formação Profissional da Aldeia de Santa Isabel voltaram a marcar presença na maior feira nacional de oferta educativa, Futurália.

A Casa do Impacto apresentou os grandes vencedores da edição deste ano do Santa Casa Challenge, que responderam ao desafio da ação climática, através da educação e transição digital. Ainda neste mês, a Casa do Impacto aumentou a sua rede de parceiros ao assinar um protocolo com o Instituto dos Registos e Notariado para apoiar a criação de projetos de inovação social a serem implementados naquela entidade.

No desporto, demos um novo “IMPULSO” às carreiras duais, premiando mais 50 jovens desportistas talentos nesta área através do já conhecido Programa de Bolsas de Educação Jogos Santa Casa que, em 2022, assumiu uma nova identidade.

Na véspera do 1º aniversário da VALOR T, demos a conhecer as histórias inspiradoras de Ângelo e Alexandre. Dois jovens portadores de deficiência que, nas suas palavras, conseguiram o que tanto ambicionavam: “ser como as outras pessoas”.

Maio

“Dar é receber”. Esta foi uma das mensagens transmitidas na nova campanha do LX Acolhe, da Misericórdia de Lisboa. Vera e Paulo, Marta e Sérgio são alguns dos exemplos que incorporam esta missão de acolher para assim devolver a infância a crianças em risco.

Consciente do valor e poder de uma informação correta e fidedigna, a Santa Casa uniu-se à Rádio Renascença na criação do Prémio de Jornalismo Jovem.

No mês dedicado à diversidade e inclusão, e entre vários exemplos de histórias retratadas, mostrámos ainda que os nossos valores começam em casa. Enquanto instituição responsável, promotora de diversidade e inclusão, lançámos uma campanha dedicada a esta temática, que contou com a participação de alguns rostos da instituição. Esta campanha venceu na categoria “Sustentabilidade e ESG: Social”, um galardão atribuído na cerimónia de entrega do Grande Prémio Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa.

Junho

Junho, um dos meses mais acarinhados pelos lisboetas. Mês de festa, de arraial e acima de tudo de marchas populares. Cumprindo a tradição, vários utentes da instituição voltaram a vestir-se a rigor para descer a Avenida da Liberdade, em uma edição da festa mais “alfacinha” que existe.

Ainda em ambiente de música, rumámos à “cidade do rock”. O Rock in Rio regressou a Lisboa e a Santa Casa voltou a associar-se ao festival de música promovendo a acessibilidade de uma forma ainda mais alargada, não só a pessoas com mobilidade reduzida como também a pessoas com deficiência visual e deficiência auditiva.

Através de dois episódios (vídeo 1 e vídeo 2) demos a conhecer um pouco mais do trabalho feito na nossa Obra Social do Pousal e das histórias que ali habitam. Um local que se tornou a casa de pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento.

Em junho nasce ainda o projeto É Uma Mesa, um espaço de esperança para quem pretende sair das ruas, ao qual a Santa Casa não podia deixar de se associar.

Também no desporto registámos novidades. Os Jogos Santa Casa passam a apoiar mais duas modalidades: voleibol e atletismo.

Julho

No mês do aniversário da instituição, a Santa Casa assina um protocolo com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que estabelece os princípios de colaboração entre as duas instituições na implementação de atividades do projeto Valor T.

De uma parceria estabelecida com o PÚBLICO, nasce o Artéria, o projeto de jornalismo comunitário dedicado ao quotidiano da cidade de Lisboa. Um projeto aberto a todos os que sintam a cidade como sua e tenham vontade de dar a conhecer as histórias que lhe dão vida.

Com vista a exponenciar o apoio da Santa Casa à população deslocada da Ucrânia, em particular crianças entre os 8 e os 14 anos, assinámos um protocolo com a Associação Cultural Êxito das Tendências, que prevê um projeto-piloto a ser implementado no nosso Centro Social de São Boaventura, no Bairro Alto.

Numa aposta na promoção do património da instituição, dinamizámos a iniciativa “Santa Casa Open House”. Um dia aberto ao público interessado em visitar as frações então disponíveis no número 100 da Rua dos Douradores, na freguesia de Santa Maria Maior.

Ainda em julho, o restauro da Igreja da Misericórdia de Coruche venceu a primeira menção honrosa do Prémio Gulbenkian Património. As obras receberam o apoio do Fundo Rainha D. Leonor (FDRL), no valor de 300 mil euros.

Agosto

66 mil consultas depois, o SOL – Saúde Oral em Lisboa comemorou o seu terceiro ano de existência. Este equipamento da Santa Casa tem contribuído para a diferenciação e melhoria da qualidade de prestação de cuidados de saúde oral às crianças e jovens.

O maior certame cultural de Lisboa regressou ao Parque Eduardo VII, com o apoio da Santa Casa. No espaço destinado à instituição, celebrámos a literatura, a história e o voluntariado.

Setembro

No mês de regresso ao trabalho e às atividades escolares, recebemos a visita às nossas creches da Fundação HighScope americana.

Os Jogos Santa Casa reforçaram a sua aposta no desporto ao apoiar a seleção nacional de hóquei em patins masculina e a seleção nacional feminina de futsal.

Setembro é também mês de fado e, uma vez mais com o nosso apoio, este estilo musical voltou a abrilhantar a capital ao acolher o Santa Casa Alfama.

No ano que antecede a Jornada Mundial da Juventude, o provedor da instituição discute os desafios enfrentados pelos mais jovens no nosso país, na conferência “Em Nome do Futuro: Os Desafios da Juventude”, promovida pela Renascença.

 

Outubro

A saúde mental e os idosos estiveram em destaque durante o mês de outubro. Dois temas que ganham particular importância nas Estruturas Residenciais Para Idosos e Centros de Dia da Santa Casa, onde as respetivas equipas procuram, diariamente, dar um pouco mais de sentido e de qualidade de vida aos mais velhos.

Na 11ª cerimónia de entrega dos galardões que reconhecem contributo dos idosos para a sociedade, homenageámos Maria Raquel Ribeiro, falecida em janeiro deste ano e personalidade que dá nome a estes prémios.

Santa Casa apoia primeira escola de pós-graduação na área da saúde em Portugal, a Advanced Health Education (AHED).

Quatro anos depois da sua fundação, a Casa do Impacto apresenta nova identidade visual, novo posicionamento e visão do futuro para o empreendedorismo social.

Já na música, assistimos à 34ª edição da Temporada Música em São Roque, uma iniciativa que vem reforçar a política da instituição de apoio à cultura portuguesa, divulgando, em simultâneo, o seu património histórico e artístico. Nos bastidores, falámos com um grupo estreante desta edição.

Novembro

Logo no início do mês, a Santa Casa voltou a marcar presença na maior cimeira de tecnologia do mundo, WebSummit. Na Feira Internacional de Lisboa, a Casa do Impacto apresentou as novas edições do Triggers e do Santa Casa Challenge e ainda o seu apoio à estreia do documentário “O Sopro do Diabo”, realizado por Leonardo Di Caprio, que revela o desespero vivido pelas vítimas do incêndio que assolou Pedrógão Grande em 2017.

A infância e juventude estiveram em grande destaque este mês. Exemplo disso foi a participação da Santa Casa no seminário “A Criança no Processo Tutelar Cível”. Um seminário que dá continuidade ao trabalho efetuado pela instituição, que assumiu, em 2019, na sequência de um protocolo de cooperação celebrado com o Instituto de Segurança Social- a intervenção em matéria de infância e juventude.

Demos, ainda, voz a Carolina, Kenny e Murilo, três jovens residentes em casa de autonomia da Santa Casa, que, na primeira pessoa, falaram sobre os desafios dos seus percursos de vida.

Depois de Vila Franca de Xira, Amadora e Mafra, Oeiras recebeu uma resposta da Misericórdia de Lisboa centrada na promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens.

Em matéria de prémios e investigação, celebrámos e demos a conhecer os grandes vencedores da 10º edição dos Prémios Santa Casa Neurociências, galardões nos quais a instituição já investiu mais de 4 milhões de euros para apoiar projetos científicos e clínicos destinados a promover avanços no tratamento e recuperação de lesões vertebro-medulares e nas doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento.

 

Dezembro

Maria Odete, Carla e Pedro fazem parte do grupo de dezenas de voluntários que, diariamente, ajudam a Santa Casa a cumprir a sua missão. Dedicam parte da sua vida aos outros, sempre com a mesma entrega, empenho e afeto, e sem esperarem nada em troca.

 

Como manda a tradição nesta época festiva, a instituição promoveu, uma vez mais, a magia do Natal em Lisboa, com a realização do Wonderland, e em Vila Nova de Gaia, com a Praça de Natal.

Dezembro ficou igualmente marcado pelas intensas inundações que afetaram a capital, situação que levou a uma atuação extraordinária por parte da Santa Casa de alojamento de emergência de 25 pessoas.

Quase a fechar o ano, a Santa Casa dá nota da inauguração da creche do Desagravo, no Campo de Santa Clara, revelando ainda a promessa de, em 2023, vir a inaugurar mais duas creches na cidade. Um compromisso assumido entre a instituição e a Câmara Municipal de Lisboa.

 

Santa Casa apoia a Semana da Responsabilidade Social 2022

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, associa-se à 17.ª Edição da Semana da Responsabilidade Social, que decorrerá entre 22 e 25 de novembro, no Auditório – Grupo Águas de Portugal, em Lisboa, este ano subordinada à temática “Engenho Humano & Energia”. Esta é a quarta vez que a Misericórdia de Lisboa se associa a este evento.

Durante quatro dias serão apresentados vários painéis de discussão, como palestras, depoimentos, debates e mesas redondas, com vista a promover a partilha de conhecimento, ao mais alto nível, entre os participantes. O evento regressa este ano ao formato presencial, mas poderá também ser acompanhado online, sem necessidade de inscrição prévia, passo apenas obrigatório para assistir às sessões presenciais.

Organizada pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) em parceria com a Global Compact Network Portugal, entidade da qual a Santa Casa faz parte desde 2018, os objetivos da Semana da Responsabilidade Social passam por potenciar o diálogo entre vários stakeholders e sensibilizar para a necessidade de evidenciar compromissos com os valores da Ética, Sustentabilidade e da Responsabilidade Social, nomeadamente no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Para consultar o programa na íntegra aceda à página oficial da APEE, aqui.

De recordar, ainda, que no início de 2020, a Santa Casa reforçou o seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, através da assinatura da carta de compromisso da Lisboa Capital Verde Europeia 2020 – Ação Climática Lisboa 2030. A iniciativa, que uniu mais de 200 entidades em torno do mesmo objetivo, pretende reduzir a pegada ecológica na cidade para o próximo decénio.

“Cuidados de Longa Duração” é o tema que encerra o primeiro ciclo da iniciativa “Debates Santa Casa”

A Sala de Extrações da Lotaria Nacional acolheu esta sexta-feira, 11 de novembro, o terceiro encontro do ciclo de debates promovidos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A sessão foi subordinada ao tema “Cuidados de Longa Duração” e contou com a participação de Lisa Warth, chefe da Unidade de População da UNECE (Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa), e Bruno Barata, conselheiro técnico na Representação Permanente de Portugal na União Europeia. Edmundo Martinho, provedor da instituição, moderou a iniciativa.

Através da promoção dos “Debates Santa Casa” a Misericórdia de Lisboa pretende assegurar a fundamentação e a validação de saberes e experiências da instituição numa perspetiva de alcance da melhoria contínua nos serviços prestados à comunidade.

De acordo com Maria da Luz Cabral, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade da Misericórdia de Lisboa, este primeiro ciclo de conversas “constituiu um momento privilegiado de ampla capacitação de questões emergentes que impactam os distintos domínios da intervenção da Santa Casa e são transversais à sociedade”, frisando que os temas discutidos “têm merecido especial atenção da instituição” e que estes “consubstanciaram a visão de futuro para as respostas da Misericórdia de Lisboa aos desafios da Longevidade e do Envelhecimento e às necessidades de apoio na dependência”.

Ao longo dos últimos meses foram realizadas mais duas sessões, igualmente abrangidas pelos temas da Longevidade e Cuidados de Longa Duração, tendo a primeira tido lugar no dia 13 de maio, subordinada ao tema: “Integração dos cuidados – Social e Saúde”. Esta contou com a participação do antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade, Paulo Pedroso, e do ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Já o segundo encontro aconteceu a 8 de julho, e foi dedicado à “Revolução da Longevidade”. Nele participaram o médico e gerontólogo Alexandre Kalache e o fundador e presidente honorário da Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural, Victor Ventosa.

“O tema da Longevidade é mobilizador e urge que esteja cada vez mais presente no debate público”, alerta a coordenadora. Salienta ainda que é necessária “uma integração sistemática das questões em torno desta matéria no âmbito das Políticas Públicas, de forma a que sejam desenvolvidos programas, medidas e serviços que correspondam às expetativas e respeitem a vontade dos destinatários”.

Para Maria da Luz Cabral, a “conquista da Longevidade convoca toda a sociedade para a mudança que já está a acontecer”, sendo que “a Santa Casa já tem uma forte presença funcional no domínio do Envelhecimento e da Longevidade e constitui-se como um grande laboratório prático de resposta à complexidade dos fenómenos, desenvolvendo em contínuo novas iniciativas e projetos”.

Entre as várias medidas que a Misericórdia de Lisboa tem promovido neste âmbito, a coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Políticas Públicas na Longevidade da instituição destaca alguns exemplos a serem seguidos: o projeto “Beleza não tem Idade”, o Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades e o Projeto RADAR, a Marcha Popular Santa Casa, as equipas de apoio a idosos, a saúde de proximidade a teleassistência e as residências assistidas.

Para o futuro, e inserido no quadro estratégico 2022-2025, a Santa Casa já assumiu como prioridades, no âmbito da longevidade e do envelhecimento ativo, várias medidas, entre elas: contribuir para um envelhecimento com autonomia e na comunidade; qualificar e diversificar o âmbito e os serviços de apoio na dependência; organizar a área da saúde, promovendo a integração e eficiência das respostas; adequar os recursos humanos às necessidades da missão da instituição, assegurando dimensão global e individual.

Um dos aspetos mais consensual entre os palestrantes, ao longo do primeiro ciclo de debates, foi o da questão da pirâmide demográfica que Portugal atravessa nas últimas décadas, em que cada vez se vive mais e nesse decurso é preciso encarar e responder aos desafios de resposta à promoção de uma maior qualidade do envelhecimento.

Neste ponto, Maria da Luz Cabral salienta que “é necessário perceber que isto é um ganho civilizacional”. No entanto, alerta que o aumento da esperança média de vida em Portugal “não tem sido acompanhado pelo aumento do número de anos vividos com saúde e bem-estar”.

“Viver mais e com qualidade impõe uma estratégia transversal às Políticas Públicas [da Longevidade], uma intervenção a jusante e a montante, e desde logo a integração dos cuidados, com forte aposta nos cuidados primários de prevenção e na literacia em saúde, que deve ser iniciada na infância, motivando a estilos de vida saudável. Sendo uma tendência mundial, importa trazer para a ordem do discurso a sensibilização e consciencialização desta realidade para que todos contribuam para uma sociedade de e para todas as idades, baseada na solidariedade e no compromisso intergeracional, na manutenção e conceção de espaços flexíveis e adaptáveis ao ciclo de vida e à diversidade da condição”, aponta ainda.

Sobre o balanço da iniciativa, Maria da Luz Cabral salienta que o ciclo “cumpriu os seus objetivos de incentivar e dinamizar um diálogo essencial e urgente sobre as questões da longevidade”, mas assegura que “ainda existe muito trabalho a ser feito, para assegurar a dignidade e o bem-estar da pessoa, de maneira, a promover a sua autonomia e autodeterminação”.

Santa Casa lamenta falecimento do padre António Vaz Pinto

É com profundo pesar que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa endereça sentidas condolências à família do sacerdote jesuíta. António Vaz Pinto faleceu, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde estava internado desde o dia 8 de junho, na sequência de um tumor pulmonar.

Em 2014, o sacerdote foi nomeado reitor da Igreja de São Roque e capelão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Após cinco anos de missão, em setembro de 2019, a Santa Casa decidiu prestar uma homenagem ao padre António Vaz Pinto pelo serviço prestado à instituição. A cerimónia realizou-se nos claustros do Museu de São Roque.

Na homenagem, António Vaz Pinto afirmou que foi “uma honra ter servido esta casa e esta comunidade”. Foram cinco anos dos quais muito me orgulho e sei que saio daqui mais alegre do que quando cheguei”.

Sobre o António Vaz Pinto

Natural de Arouca, onde nasceu em 2 de junho de 1942, António Vaz Pinto foi responsável pela criação e implementação de várias obras da Companhia de Jesus, entre as quais se destacam os Leigos para o Desenvolvimento (1986), o Centro São Cirilo (2002), no Porto, e o Centro Universitário Padre Manuel da Nóbrega (1975-1984), em Coimbra, e mais tarde o Centro Universitário Padre António Vieira (1984-1997), em Lisboa.

Foi também reitor da Comunidade Pedro Arrupe, em Braga, onde os jesuítas fazem parte da sua formação, e ainda reitor da Basílica do Sagrado Coração, na Póvoa do Varzim. Dirigiu o Centro de Reflexão e Encontro Universitário Inácio de Loyola, no Porto, foi assistente nacional da Comunidade de Vida Cristã (CVX) e foi também o presidente da direção do Centro Social da Musgueira, em Lisboa.

Em 2008, foi nomeado diretor da Revista Brotéria e mais tarde, em 2014, reitor da Igreja de São Roque e capelão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Trabalhou também, durante vários anos, na Rádio Renascença, onde foi assistente entre 1984 e 1997, e colaborou com vários órgãos de comunicação social.

O padre António Vaz Pinto estava desde 2019, na comunidade dos jesuítas em Évora, onde era capelão da Santa Casa da Misericórdia.

 

Muito mais do que futebol. “Liga-te à Fundação – Talks” está de regresso

Levar a responsabilidade social para o pequeno ecrã, dar-lhe vida e rostos é o principal objetivo de mais uma edição do “Liga-te à Fundação – Talks”. Com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o projeto irá mostrar o trabalho dos clubes neste âmbito. O mês de junho marca o regresso do programa “Liga-te à Fundação – Talks”, onde ao longo de cinco programas semanais será possível conhecer o lado mais solidário e sustentável do futebol profissional em Portugal, um programa conduzido por Andreia Palmeirim.

Um programa com a marca da Santa Casa

O primeiro episódio, que vai para o ar já este domingo, 26 de junho, tem como tema principal o “Futebol Inclusivo e Social” e vai procurar demonstrar a importância e pertinência que o futebol profissional pode assumir na inclusão de pessoas na sociedade (tenham estas limitações físicas intelectuais ou façam parte de um grupo social vulnerável) e dar a conhecer iniciativas e histórias reais de como o futebol contribui para sinalizar e solucionar problemas no campo da inclusão social.

Serão cinco programas consecutivos, nos próximos domingos (26 de junho, 3, 10, 17 e 24 de julho), com transmissão televisiva na CNN e interpretação em Língua Gestual Portuguesa. O quinto episódio, a 24 de julho, conta com a participação de Maria João Matos, diretora de Comunicação e Marcas da Santa Casa, para abordar o tema “Muito mais que um Jogo”. O último episódio pretende demostrar de que forma o futebol e o desporto resolvem constrangimentos sociais, educacionais e sanitários e, ao mesmo tempo, a importância do apoio ao desporto pela Santa Casa.

A iniciativa decorre no âmbito do protocolo de cooperação assinado entre a Santa Casa da Misericórdia e a Fundação do Futebol – Liga de Portugal, estabelecido em junho de 2020.

“Liga-te à Fundação – Talks”

É um conjunto de programas de televisivos, divididos por temas e participantes, através da criação de momentos de troca de ideias e debate. Nestes programas, os convidados irão abordar as sinergias que, através do futebol profissional, apostam na criação de impacto na sociedade. Falar de responsabilidade social em televisão, dar a conhecer histórias e protagonistas, reportar o país real e incentivar à ação são os propósitos deste projeto.

Veja ou reveja o primeiro episódio em baixo.

A marcha de todos volta a brilhar em Lisboa

Já cheira a verão em Lisboa. As festas estão de regresso. Reina a boa disposição pelos bairros da cidade. Na tarde deste domingo, 5 de junho, o corrupio era bem visível no Espaço Santa Casa. Os 50 marchantes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa preparam-se para atuar logo à noite, no pavilhão Altice Arena.

Os protagonistas provaram os figurinos, vestiram-se e maquiaram-se. Os últimos preparativos correm a bom ritmo, e a coreografia está alinhada ao milímetro, sob o olhar atento do ensaiador Paulo Jesus. Com alegria e entusiasmo redobrados, os marchantes da Santa Casa estão sedentos de regressar às atuações. É a 12 de junho, véspera do Dia de Santo António, que a Avenida da Liberdade se vai encher de milhares de pessoas e de muita cor e alegria. Mas para já, o desafio é no Altice.

“Santa Casa abraça a vida” é o mote da marcha

A marcha da Santa Casa é diferente. Não é de um bairro. É de Lisboa. É de todos. Maioritariamente composta por utentes e funcionários da instituição, a marcha da Santa Casa tem 25 pares efetivos, dois pares suplentes, o porta-estandarte, dois mascotes e dois padrinhos.

Às 50 pessoas que atuaram no Altice Arena juntaram-se, ainda, o ator Ricardo Carriço e a apresentadora Maria Botelho Moniz, padrinhos da marcha da Misericórdia de Lisboa. Esta iniciativa garante a participação de todas as pessoas, independentemente da sua idade, condição social ou de saúde, nas festas da cidade. A marcha da Santa Casa desfiliou pela inclusão, pela diversidade, por toda a cidade e pelo combate à discriminação. E que bonita foi a festa!

Os testemunhos

Maria José Aleixo, 83 anos, utente do Centro de Dia de São Boaventura, é veterana nestas andanças. “Tinha saudades desta animação, de voltar a vestir o figurino, de dançar e cantar”, diz a porta-estandarte da marcha da Misericórdia de Lisboa. “A pandemia ia matando-me”, lamenta. A octogenária não sofre de ansiedade por cada vez que atua. Está habituada a estas coisas. “Eu entro à vontade. Tenho jeito para isto. Faço teatro e cinema”, confessa.
“Isto dá-me vida, dá-me energia. Vou cá andar, enquanto sentir-me com capacidade. Esta marcha é muito querida. É uma marcha Santa, porque faz bem a muita gente”, remata.

Já Maria Luísa Branco, 72 anos, aluna da Academia do Espaço Santa Casa, é a primeira vez que participa na marcha da Santa Casa. Enquanto é maquiada, Maria confessa “algum nervosismo”, mas está bastante “empolgada” com a sua estreia nas marchas populares. “Convidaram-me para vir para as marchas. Foi a melhor coisa que fiz. estou muito satisfeita, gosto muito”, admite. Sabe de cor a letra da música que vai cantar no pavilhão Alice Arena. De forma improvisada começa a cantar.

 

 

Na hora de ensaiar ou de atuar, não há dores nem angústias, não se pensa em mais nada. É o caso de Elisabete Cotrim, 69 anos, participante desde 2017. “A marcha dá-me muita alegria, muito ânimo”, enaltecendo o espírito de camaradagem do grupo. “Gosto muito de estar aqui e quero continuar enquanto puder. Elisabete confessa que sente alguma ansiedade em voltar à Avenida da Liberdade, o seu palco de eleição. “Eu sempre conheci esta tradição, todos os anos assistia às marchas, ao longe. E, pela primeira vez, com 65 anos participei nestas festas. Hoje tenho 69 anos e nunca pensei que com esta idade pudesse ter estas experiências”, finalizou.

Já Maria Manuel Loureiro, 55 anos, aluna da Academia Espaço Santa Casa, diz a brincar que veio “substituir” a mãe na marcha da Santa Casa. Elogiando o espírito da iniciativa, Manuela descobriu outra forma de fazer amigos. Está bastante empolgada com a estreia e confessa estar ansiosa com a descida da Avenida da Liberdade. “Ensaiámos todos os dias. Foi muito giro. Estamos todos muito ansiosos pelas festas de Lisboa”.

 

Diversidade e inclusão. “O que é para todos, começa em nós”

Esta é uma campanha que reflete a estratégia da Santa Casa no que respeita à sua política de diversidade e inclusão, e que surge após a aprovação do primeiro Plano para a Diversidade e Inclusão e a consequente elaboração da Política da Diversidade e Inclusão da Misericórdia de Lisboa, na qual se reconhece a importância de promover estes valores entre todos na instituição.

A Misericórdia de Lisboa fecha o Mês Europeu da Diversidade (maio) com a divulgação desta que começou por ser uma campanha direcionada a todos os colaboradores, envolvendo os próprios como protagonistas, mas que é divulgada agora, também, ao público em geral.

Paulo Silva, Lino Gomes, Catarina Almeida, Neli Costa, Leandro Culita, Eduarda Gomes, Alexandre Freitas e Irene Vieira são os protagonistas do filme institucional que alerta para a importância da diversidade e da inclusão na sociedade. E como os exemplos devem começar internamente, foi com a “prata da casa” que esta campanha se materializou. Oito colaboradores, com nacionalidades e experiências de vida distintas, a comprovarem que aquilo que distingue cada um de nós deve ser respeitado e naturalmente aceite, para que o mundo se torne cada vez mais inclusivo.

A representar os valores de diversidade de inclusão, inerentes à Misericórdia de Lisboa, cada um dos participantes nesta iniciativa transmite um pouco de si, relembrando que na instituição todos são iguais, independentemente de possuírem características ou representarem escolhas distintas.

Os rostos da campanha

Foi no final do verão de 2021 que a Misericórdia de Lisboa anunciou, internamente, que procurava quem representasse a diversidade existente na instituição: pessoas com diferentes identidades de género, orientação sexual, etnias, religião, território de origem, cultura, línguas, nacionalidades diferentes, entre outros fatores.

Ao apelo responderam dezenas de colaboradores que, um mês depois, participaram num casting. Os escolhidos foram, em novembro, mostrar o seu à-vontade frente às câmaras de filmar e fotografar, num dia de gravações repleto de animação e nervosismo, com recordações que ficarão na memória de todos.

Sob o lema “O que é para todos, começa em nós”, Paulo, Lino, Catarina, Neli, Leandro, Eduarda, Alexandre e Irene vestiram, com orgulho, a camisola da instituição, dando rosto à primeira campanha institucional da Misericórdia de Lisboa dedicada à diversidade, à não discriminação e à inclusão.

Assista ao vídeo da campanha, em baixo.

Baú de memórias dos homens bons de Lisboa

Baú de memórias dos homens bons de Lisboa

Arquivo Histórico da SCML vai ficar disponível online. Sinais dos expostos são ex-líbris.

Santa Casa e Rádio Renascença lançam Prémio de Jornalismo Jovem

Joana Marques, Ana Galvão e Inês Lopes Gonçalves, as apresentadoras do programa “As Três da Manhã” da Rádio Renascença, receberam na manhã desta sexta-feira, 6 de maio, os responsáveis da Misericórdia de Lisboa e Rádio Renascença. No estúdio, Edmundo Martinho e D. Américo Aguiar explicaram que a iniciativa representa uma vontade de refletir sobre os problemas, desafios e oportunidades que os jovens enfrentam nos dias de hoje e, ao mesmo tempo, de apresentar soluções que permitam que este público acredite no futuro.

O concurso desafia jornalistas até aos 35 anos a apresentarem trabalhos que incidam sobre os problemas, desafios e oportunidades colocados atualmente aos jovens. No valor total de 8500 euros, o Prémio do Jornalismo Jovem divide-se em quatro categorias.

Edmundo Martinho sublinhou a importância de reconhecer o trabalho dos jornalistas mais novos. “Aceitámos de imediato este projeto de premiar trabalhos de jornalistas jovens, pois sabemos das dificuldades em que muitas vezes exercem a sua profissão, porque é conhecida a forma como hoje a pressão é imensa. Nos mais jovens, essa pressão acentua-se e, em muitas circunstâncias, acaba por ser muito pouco estimulante para a atividade. Portanto, este é um contributo modesto que queremos dar”. Segundo o provedor, a iniciativa, além de refletir sobre a problemática, pretende “criar soluções e estimular a criatividade, reconhecendo o mérito do trabalho de jornalistas jovens”.

Por outro lado, D. Américo Aguiar lembrou que “infelizmente, nestes últimos dois anos, há jovens que não deixaram de viver apenas em situação de limite, seja pela questão económica passada, seja pela pandemia que vivemos. (…) Eu acredito que muitos jovens têm tido dificuldades em permitir-se sonhar. Por isso, é muito importante nós fazermos o levantamento, fazermos o estado da nação, daquilo que possam ser os principais problemas e dificuldades.”

Em relação à parceria da Rádio Renascença com a Santa Casa, o presidente do Conselho de Administração da Renascença, afirma que “esta é uma das boas causas que, de facto, temos que abraçar como sociedade e ter a capacidade de olhar para trás e fazer o diagnóstico certo e, depois, ser capaz de lançar o futuro”. Resumidamente, o bispo auxiliar de Lisboa pretende que esta parceria ajude os jovens a sonhar de novo.

Prémio Anual de Jornalismo

O prémio prevê quatro categorias:

  • Prémio Rádio, no valor de 2500 euros;
  • Prémio Multimédia, no valor de 2500 euros;
  • Grande Prémio Jornalismo Jovem Renascença/Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no valor de 1000 euros, que acresce aos 2500 euros do Prémio Rádio ou Multimédia. O valor total deste prémio é, assim, de 3500 euros;
  • Grande Prémio Renascença, dedicada apenas a jornalistas da Renascença, no valor de 2500 euros. Sendo a Renascença uma das entidades promotoras do concurso, por uma questão de transparência, os seus jornalistas têm uma categoria própria a que podem concorrer.

Tendo como pano de fundo as Jornadas Mundiais da Juventude em 2023, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Renascença estabeleceram uma parceria para refletir sobre os problemas da juventude. Uma parceria que além do lançamento do Grande Prémio do Jornalismo Jovem prevê também a realização de uma grande conferência dedicada à juventude. Veja ou reveja a participação de Edmundo Martinho e D. Américo Aguiar no programa “As Três da Manhã”, aqui.

 

Presidente de São Tomé e Príncipe visita Misericórdia de Lisboa

No âmbito da primeira visita de Estado a Portugal, Carlos Vila Nova foi recebido pelo provedor da instituição, Edmundo Martinho, e pelos administradores, Sérgio Cintra, Filipa Klut e Maria João Mendes.

A visita, orientada por um técnico do Museu de São Roque, deu a conhecer as principais obras de interesse histórico e patrimonial da Igreja e Museu de São Roque e um pouco da história da instituição.

Na Sala de Sessões e após uma breve troca de impressões sobre o trabalho desenvolvido pela Santa Casa nas diferentes áreas de intervenção, o Presidente de São Tomé e Príncipe assinou o livro de honra da Misericórdia de Lisboa.

“É uma honra recebê-lo nesta casa”, começou por dizer Edmundo Martinho, elogiando os muitos cidadãos são-tomenses que trabalham na Santa Casa com empenho e dedicação. Na sua intervenção, manifestou “total disponibilidade para reforçar a cooperação entre a Santa Casa e São Tomé e Príncipe”.

Reconhecendo o “importante papel” da Misericórdia de Lisboa no combate às desigualdades, Carlos Vila Nova destacou o “simbolismo” desta visita a uma casa que dispensa apresentações. “O principal motivo desta visita é a saúde dos são-tomenses. Estamos disponíveis para colaborar e aprender. Espero que este encontro possa reforçar as boas relações que temos e ajudar os são-tomenses nas questões da saúde”, realçou.

Diversas especialidades médicas e cirúrgicas

Programas de saúde e cuidados de saúde ao domicílio

Unidades da rede nacional

Prestação de apoio psicológico e psicoterapêutico

Aluguer de frações habitacionais, não habitacionais e para jovens

Bens entregues à instituição direcionados para as boas causas

Programação e atividades Cultura Santa Casa

Incubação, mentoria e open calls

Anúncios de emprego da Santa Casa

Empregabilidade ao serviço das pessoas com deficiência

Jogos sociais do Estado e bolsas de educação

Ensino superior e formação profissional

Projetos de empreendedorismo e inovação social

Recuperação de património social e histórico das Misericórdias

Investimento na investigação nas áreas das biociências

Prémios nas áreas da ação social e saúde

Voluntariado nas áreas da ação social, saúde e cultura

Ambiente, bem-estar interno e comunidade

Ofertas de emprego

Contactos gerais e moradas